Kryptos: enigma da CIA permanece sem solução há mais de 30 anos

19/06/2023 às 02:002 min de leitura

Localizada em frente à sede da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) em Langley, no estado da Virgínia, a escultura Kryptos guarda um mistério que está sem solução há mais de 30 anos. Criada pelo artista Jin Sanborn, ela foi inaugurada no dia 3 de novembro de 1990.

O monumento em forma de “S”, cujo nome em português significa “escondido”, é feito de cobre e tem mais de 3 m de altura, contendo 1,8 mil caracteres que, a princípio, não têm qualquer sentido. Porém, a obra guarda quatro mensagens codificadas, criadas pelo próprio escultor.

No desenvolvimento das mensagens secretas, o artista utilizou um sistema desenvolvido pelo criptógrafo francês Blaise de Vigenère e técnicas geradas com o auxílio do ex-funcionário da agência, Edward Scheidt. Na época da inauguração, Sanborn acreditava que o mistério não demoraria a ser solucionado.

(Fonte: CIA/Divulgação)(Fonte: CIA/Divulgação)

Mas até hoje, as mensagens de Kryptos não foram decodificadas por completo, restando a última delas. Ao longo de quase 33 anos, especialistas da CIA se frustraram ao não conseguir decifrar o código, assim como integrantes da Agência Nacional de Segurança (NSA), que chegaram a usar o supercomputador Cray na tarefa.

Mensagens decifradas

Ao contrário do que o artista imaginava, foram necessários oito anos para alguém decifrar o enigma de Kryptos, pelo menos parcialmente. O autor do feito foi o físico da CIA David Stein, que anunciou o resultado em 1998, usando lápis e papel — pouco tempo depois, o cientista da computação Jim Gillogly também quebrou o código, com o auxílio de softwares avançados.

Na primeira mensagem, que tem os termos “kryptos” e “palimpsest” como palavras-chave, foi revelado o seguinte texto: “Entre o sombreamento sutil e a ausência de luz está a nuança de iqlusão”. O erro na última palavra foi proposital e uma forma de dificultar a solução da charada.

(Fonte: CIA/Divulgação)(Fonte: CIA/Divulgação)

Já a segunda, que tem um texto mais longo, baseia-se nas palavras-chave “kryptos” e “abscissa”, fazendo uma brincadeira com a localização da sede da agência de inteligência. Além disso, traz um trecho em referência a William Webster (WW), que dirigia o órgão na época em que a escultura foi inaugurada.

Por fim, o terceiro enigma também contém alguns erros em meio ao texto e exigiu dois métodos de transposição para ser solucionado. Ao final, a mensagem revelada é uma versão levemente alterada do relato do arqueólogo Howard Carter ao abrir a tumba de Tutancâmon, em 1922.

Pistas finais

Com apenas 97 caracteres, a quarta mensagem codificada de Kryptos é a mais curta do conjunto. No entanto, até hoje não foi decifrada, mesmo com o autor da enigmática escultura tendo fornecido algumas pistas sobre ela.

Desde 2006, Sanborn já revelou três palavras-chave: “Berlin”, “relógio” e “Nordeste”. Caso ninguém solucione o mistério até a morte do escultor, a resolução será leiloada, com o dinheiro arrecadado sendo doado para a ciência.

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