Ciência
14/06/2012 às 13:09•2 min de leitura
26% das canções populares são escritas em dó/lá menor (C/am) (Fonte da imagem: Hooktheory)
Para a maior parte das pessoas pode parecer estranho coletar dados estatísticos a respeitos das músicas que costumam tocar nas rádios. Porém, para alguns, essa pode ser uma boa forma de estudar e entender como a música funciona e, principalmente, como elas podem ser produzidas.
Pensando nisso, o músico David Carlton, do site Hooktheory, analisou mais de 1,3 mil músicas populares em busca de padrões, ou seja, detalhes que fossem comuns à maior parte delas. A primeira parte do artigo sobre as estatísticas coletadas foi publicada no último dia 6 e explica, entre outros assuntos, que a base de dados analisada foi construída em cima do Top 100 da revista Billboard. No total, foram dois anos de pesquisas.
De acordo com o autor, essa pergunta não faz muito sentido, já que as músicas são escritas em tons diferentes. Uma composição em C# (dó sustenido), por exemplo, terá muitos C#, enquanto uma canção em G (sol) terá muitos acordes G.
Sendo assim, a melhor pergunta a se fazer seria “qual é o tom mais comum entre as canções populares”? A resposta já era a esperada: a maior parte dessas músicas foi composta em C (dó) e am (lá menor).
Sol e fá disputam os primeiros lugares dos acordes mais usados (Fonte da imagem: Hooktheory)
Porém, isso não foi o bastante para Carlton. Não satisfeito, ele transpôs todas as músicas da base de dados para dó, tornando-as mais comparáveis. Assim, como também era esperado, o acorde C (dó) foi um dos mais utilizados nas composições, porém, os primeiros lugares ficaram com G (sol) e F (fá).
Depois do mi menor, vem o fá e o lá menor, na maior parte dos casos (Fonte da imagem: Hooktheory)
Outra curiosidade levantada por David diz respeito à relação entre os acordes. Em músicas feitas em C, qual seria o acorde que costuma acompanhar o mi menor (em)? Pois bem, em 93% dos casos, os mais usados são fá (F) e lá menor (am), sendo que o F é responsável por 59% das execuções.
Isso significa que, se você compuser uma música em dó e incluir um mi menor nela, é melhor pensar bem antes de tocar, logo a seguir, um acorde que não seja o fá ou o lá menor. Afinal, pode ser que o público não receba tão bem a sua criação.
E se você ainda não está convencido, assista ao vídeo abaixo para ver quantas músicas foram feitas usando os mesmos quatro acorde. Mas cuidado: isso pode acabar com o apreço que você tem por estes artistas.
Fonte: Hooktheory