Vírus e vestígios de cocaína são encontrados em best-sellers de biblioteca

20/11/2013 às 11:102 min de leitura

Dois professores belgas descobriram amostras de vírus do herpes e vestígios de cocaína em cópias de “Cinquenta tons de cinza”, é o que afirma o The Guardian. Além do best-seller, o romance “Tango” (do escritor belga Pieter Aspe) também apresentou traços de vírus depois que os livros mais requisitados de uma das bibliotecas de Antuérpia foram examinados.

O levantamento foi realizado pelos pesquisadores da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, que fizeram testes químicos nos dez livros mais emprestados da biblioteca. Todos os volumes analisados continham traços de cocaína.

Mas a descoberta não deve alarmar os frequentadores assíduos de bibliotecas. De acordo com Jan Tytgat, professor de toxicologia da instituição, as amostras de vírus do herpes e cocaína encontradas nos livros são muito pequenas para causar qualquer tipo de dano aos leitores.

“Os níveis encontrados não terão efeito farmacológico. Sua consciência ou comportamento não se alterarão como resultado da leitura dos volumes”, explicou Tytgat segundo o Flanders News.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

A higiene dos livros

Essa não é a primeira vez que os pesquisadores se preocupam com a higiene dos livros. Alunos da Brigram Young University, em Utah, nos Estados Unidos, descobriram que os livros considerados “mais procurados” pela biblioteca da universidade tinham entre 25% e 40% mais micro-organismos do que os outros volumes.

Para chegar a esse resultado, a equipe resolveu contar o número de possíveis colônias presentes nos livros. Joshua Nicholson, um dos alunos participantes, brinca com a situação encontrada: “Nós apenas contamos ‘um, dois, três, ok, tem 16 focos... Que nojento’”.

A pesquisa foi encerrada assim que eles identificaram os tipos de micróbios e se eles podiam oferecer riscos às pessoas. No fim, concluiu-se que os livros carregam bem menos bactérias do que as maçanetas das portas das bibliotecas, por exemplo.

Fonte da imagem: Reprodução/Shutterstock

Será que os livros são seguros?

Um estudo anterior intitulado “Are public library books contaminated by bacteria?” (Os livros das bibliotecas públicas estão contaminados por bactérias?, em tradução livre) e publicado no periódico Journal of Clinical Epidemiology afirmou que não existe nenhum risco.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores Itzhak Brook e Sara J. Brook analisaram diferentes materiais: “Estudamos a flora microbiana de 15 livros que pertenciam a uma biblioteca pública e 15 livros que pertenciam a um ambiente familiar. A bactéria Staphylococcus epidermidis foi encontrada em quatro livros da biblioteca e em três livros da família. O número de organismos por página variou entre um e quatro. Esses dados comprovam a segurança de utilizar bibliotecas públicas, já que elas não são uma fonte potencial de transmissão de bactérias e vírus”, explicam os autores do estudo.

Na dúvida, algumas bibliotecas japonesas instalaram caixas que supostamente matam qualquer organismo nocivo. Os equipamentos usam raios UV para aniquilar as bactérias e, segundo os desenvolvedores da Kiraha Corporation, são eficientes no combate do Staphylococcus aureus e Escherichia coli, além do vírus Influenza.

Mas o jornal Tokyo Times faz uma ressalva e lembra que o sistema limpa apenas a capa dos livros, sem cuidar das páginas individualmente.

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