Brasil x Turquia: confira as diferenças entre os protestos nos dois países

24/06/2013 às 11:183 min de leitura

Os protestos que estão tomando as ruas do nosso país se transformaram em manchete no mundo todo, mas, antes de nós, a Turquia já havia se tornado o foco das atenções por ser palco de manifestações semelhantes às nossas. Mas quais são as diferenças entre o que está acontecendo nos dois países e como é que as coisas estão se desenrolando por aqui e por lá?

O pessoal da Associated Press publicou um interessante comparativo — sob o ponto de vista de quem está assistindo aos protestos de longe — sobre as motivações, reação das autoridades, quem são os manifestantes, quais são suas reivindicações e quais foram as proporções que as manifestações tomaram nas duas nações. E aí, quem você acha que está levando a melhor?

Destacamos que as informações contidas nesta matéria estão totalmente baseadas na publicação original (em inglês) do site da AP, que pode ser acessada através deste link.

O que motivou os protestos?

Brasília
Fonte da imagem:
Reprodução/UOL

Aqui no Brasil, a onda de manifestações começou por conta de um aumento nas tarifas do transporte público em algumas cidades, mas os protestos acabaram se espalhando e abrangendo outras questões, como os gastos do governo com a realização das Olimpíadas e Copa do Mundo, a corrupção, os lamentáveis serviços públicos com os quais a população tem que se virar e os impostos astronômicos, para mencionar algumas.

Na Turquia, outra democracia que, assim como a nossa, conta com uma crescente — e descontente — classe média, os protestos tiveram início no final de maio, com uma demonstração pacífica de ativistas ambientais. Eles tentavam evitar o corte de árvores em uma das principais praças de Istambul, mas a ação violenta da polícia turca despertou uma onda de protestos em todo o país.

Reação das autoridades

Istambul
Fonte da imagem:
Reprodução/Veja

No Brasil, a ação da polícia — que reagiu com violência contra os manifestantes — acabou levando ainda mais gente às ruas. O pronunciamento da Presidente Dilma, vários dias depois do início dos protestos, não convenceu muito e trouxe, como de praxe, um discurso repleto de promessas no sentido de criar medidas para a solução de algumas das reivindicações.

A polícia turca também interveio com violência, despertando a preocupação das Nações Unidas e de outras organizações ligadas aos direitos humanos. Além disso, o primeiro ministro turco, Recep Erdogan, criticou os manifestantes duramente, empregando uma linguagem que causou desconforto entre os líderes europeus, o que pode complicar a situação da Turquia com relação à sua entrada na União Europeia.

Quem são os manifestantes?

Rio de Janeiro
Fonte da imagem:
Reprodução/UOL

Embora no nosso país a ação de um único grupo — Movimento Passe Livre — tenha dado início à onda de protestos, a verdade é que não existe um líder responsável pelas manifestações, e são as mídias sociais que estão servindo de canal de comunicação para chamar as pessoas às ruas. Os grupos são formados principalmente por estudantes, cidadãos descontentes e uma pequena minoria de vândalos.

Já os manifestantes turcos são, em sua maioria, indivíduos urbanos pertencentes à classe média, com ensino superior e que não fazem parte de nenhum grupo religioso. Apesar de o estopim ter sido a ação da polícia contra os ambientalistas, os manifestantes agora protestam contra o governo gradativamente mais autocrático do primeiro ministro, que vem tentando aprovar uma série de restrições com base em suas raízes islâmicas.

Quais foram as proporções dos protestos?

Istambul
Fonte da imagem:
Reprodução/Mashable

Calcular quantas pessoas foram às ruas é uma tarefa bem complicada, e os números que vemos por aí foram calculados com base em estimativas realizadas por fontes oficiais. No Brasil, por exemplo, foi divulgado que no início da semana passada mais de 250 mil pessoas saíram às ruas em uma única noite, e a proporção dos protestos só escalou de lá para cá.

Já na Turquia, os números rondam a casa das dezenas de milhares, e na capital do país, Ankara, os manifestantes chegaram a cerca de 2 mil pessoas. Contudo, depois dos enfrentamentos com a polícia, as manifestações estão se espalhando de uma maneira diferente por lá, com milhares de pessoas em todo o país simplesmente ficando paradas em sinal de protesto, algo que poderia muito bem ser adotado por aqui também, você não acha?

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