Ciência
08/07/2011 às 15:55•1 min de leitura
Fonte: Charles Platiau / Reuters
(Reuters Life!) Uma dobra é apenas uma dobra -- a não ser, é claro, que seu nome seja Madame Grès.
Para a celebrada estilista, que pregueou e drapeou o caminho de sua carreira de meio século no mundo da moda, a arte de dobrar tecidos meticulosamente sobre o corpo para criar formas esculpidas levaram a técnica a arte.
Cerca de 80 criações da artista, que morreu em 1993, estão em exibição na capital francesa. A coleção, selecionada dos arquivos temporariamente fechados da Musée Galliera da moda, é a primeira retrospectiva dessa lendária parisiense cuja marca registrada é o turbante de angorá, e a quem estilistas da moda contemporânea devem muito.
Em um exemplo estonteante, seda em um laranja elétrico é drapeada em centenas de minúsculas dobraduras em três camadas, acentuadas com um laço marrom no vestido de 1977, que é ao mesmo tempo contemporâneo e clássico.
Em outra sala, sete vestidos brancos dos anos 1950 aos 1970 oferecem versatilidade dentro de um tema comum. Os vestidos variam de uma modesta simplicidade grega a um estilo de vanguarda.
No momento em que os desfiles da alta costura chegam ao fim em Paris -- a concorrência no universo da moda em que estilistas de ponta lutam para superar os rivais com crescente luxo e glamour -- a exposição oferece uma rara visão da estilista do século 20 para quem a simplicidade e a perfeição, mais do que a ostentação, foram os objetivos de uma vida.
"A perfeição é um dos objetivos que estou buscando", disse Grès certa vez. "Para que um vestido sobreviva de uma era para a próxima, ele deve ser marcado por uma extrema pureza."
(Reportagem de Alexandria Sage)