
Ciência
05/09/2017 às 03:07•2 min de leitura
Quando falamos sobre o prazer sexual feminino, tendemos a achar que ele é um grande mistério, afinal mulheres não são tão óbvias na hora de chegar ao clímax. O problema é que esse conceito nos faz acreditar, muitas vezes, que a mulher precisa de quase um milagre para sentir prazer e, bem... Não é bem assim.
Um estudo promovido por especialistas em saúde sexual da Universidade de Indiana, nos EUA, foi a fundo nessa questão e analisou a vida sexual de 1.055 mulheres entre 18 e 94 anos de idade. Elas falaram sobre orgasmo, prazer e preferências sexuais, e o objetivo desse estudo era justamente encorajar o diálogo sobre o tema.
Obviamente, as mulheres têm suas preferências, seus toques favoritos e os estímulos que mais funcionam, mas isso não quer dizer que o orgasmo feminino é um enigma absurdo e difícil de ser compreendido.
Entre as entrevistadas, menos de 20% afirmaram que chegam ao orgasmo apenas com a penetração, e quase 40% disseram que precisam de estímulos no clitóris para chegar ao clímax durante as relações sexuais – para 36% das mulheres, a estimulação clitoriana não é extremamente necessária, mas garante que o orgasmo ocorra com mais facilidade. Quase 20% das mulheres dizem que não chegam ao orgasmo durante as relações sexuais.
Em linhas gerais, a pesquisa comprovou que não existe regra: algumas mulheres chegam ao orgasmo com a penetração; outras, com estímulos no clitóris; e outras não têm orgasmos com facilidade ou passaram por alguns períodos nos quais foi mais difícil atingir o clímax.
Em relação às preferências quanto ao toque, a maioria das entrevistadas disse que prefere toques de pressão leve a média; 16% das mulheres dizem gostar de toques de todas as pressões e 10% preferem pressão mais firme no clitóris.
Em termos de direção, dois terços das entrevistadas falaram que gostam de movimentos para cima e para baixo; 50% gostam de movimentos circulares e 30% de movimentos para os lados.
Para os autores da pesquisa, o principal objetivo desse levantamento é mostrar para as pessoas que o diálogo entre o casal é fundamental, para que cada um saiba o que fazer para dar prazer à pessoa com quem tem relações sexuais. Ou seja: falar sobre o que é bom e não tem nada de constrangedor nisso – é esse tipo de conversa que tem o poder de melhorar muito a vida sexual e afetiva dos casais.
Vale lembrar também que, em termos de relações sexuais, é fundamental que haja consentimento, respeito e, claro, proteção.