Coronavírus ou gripe: qual é mais perigoso?

05/02/2020 às 10:183 min de leitura

Desde que começaram a surgir os primeiros casos referentes ao coronavírus, também conhecido como 2019-nCoV, o pânico e a preocupação tomaram conta do planeta. A prioridade dos países se tornou conter a doença e impedir que ela entrasse em suas terras. As suspeitas de casos no Brasil criaram alarde e assustaram as pessoas.

Na China, o coronavírus infectou mais de 24 mil pessoas e deixou 491 mortos. Esses números colocam medo, porém não são nada se comparados com a gripe. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano, a doença também conhecida como Influenza já deixou, apenas nos Estados Unidos, 19 milhões de pessoas infectadas, 180 mil pessoas hospitalizadas e 10 mil mortos apenas nessa temporada de aumento de casos da doença.  

A tensão, então, tende a ser decorrência do desconhecimento do vírus. Enquanto a gripe é estuda há anos, o coronavírus pegou o mundo de surpresa e até deixou uma cidade chinesa em situação de quarentena. Por causa disso, cientistas do mundo todo estão correndo contra o tempo para entender melhor o 2019-nCoV e, dessa maneira, conseguir tratar e alertar a população sobre as prevenções.  

Sintomas 

Há muitas semelhanças entre os vírus da gripe (seja Influenza A ou Influenza B) e o coronavírus. Ambas são doenças respiratórias, têm sintomas muito similares e são, aparentemente, difíceis de distinguir.

Por exemplo, a gripe tem como sintomas mais comuns: febre, tosse seca, falta de ar, dores musculares, fadiga e dores de cabeça. Além desses, contém também alguns sintomas menos comuns como a hemoptise (expectoração com sangue), a diarréia e o vômito. Uma gripe pode tomar dois caminhos: ser curada sozinha em cerca de duas semanas ou, na minoria dos casos, se desenvolverem e causar complicações mais sérias como pneumonia.

(Fonte: Pixabay)

O site UOL definiu semelhanças em boa parte dos sintomas do 2019-nCoV e da gripe. Por exemplo, febre, tosse seca, falta de ar, dores musculares e fadiga. Em contrapartida, elas se diferenciam quando apenas alguns poucos casos do coronavírus apresentaram dor de garganta, coriza, diarréia, náusea e vômito.

A principal preocupação envolta no novo vírus é o sistema respiratório. A doença pode causar pneumonia e insuficiência respiratória em pessoas mais velhas e em pessoas que já tenham outras doenças. Segundo a OMS, apenas 14% dos casos de coronavírus investigados apresentavam um risco grave.

Risco de Morte

A influenza não é uma doença que causa muitas mortes. Segundo a CDC, apenas 0,05% dos casos de gripe, nos Estados Unidos, vieram a causar óbito e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 650 mil pessoas morrem de gripe anualmente.  

A tendência é que o risco de morte do coronavírus seja maior. Isso porque a doença ainda está no seu começo e não se sabe tudo sobre o que ela pode causar. Entretanto, o 2019-nCoV aparenta não chegar ao índice de letalidade de seus parentes coronavírus SARS e MERS.

O 2019-nCoV matou 2,2% dos seus infectados e, ao que tudo indica, a taxa pode chegar a ser ainda menor. Já o SARS, que atingiu a Ásia nos anos de 2002 e 2003, matou 9,6% das pessoas que foram infectadas e o MERS, que atacou o Oriente Médio em 2012, matou 34,4% dos infectados pela doença.

Transmissão

Tanto o vírus da gripe quanto o do coronavírus podem ser transmitidos enquanto ainda quando os sintomas não estão aparecendo, ou seja, durante o processo de incubação do vírus. Os cientistas têm um medidor de facilidade com a qual um vírus se espalha. Esse medidor é conhecido como “número básico de reprodução” ou R0.

O número apresentado pelo R0 faz referência a quantas pessoas um infectado pela doença pode contagiar. De acordo com o New York Times e o New England Journal of Medicine, a Influenza tem um valor de R0 de 1,3, enquanto o 2019-nCoV tem um índice de 2,2 pessoas.

Prevenção

A principal diferença na prevenção entre as duas doenças é a existência de uma vacina. A gripe comum tem uma vacina que é disponibilizada, no Brasil, todos os anos de maneira gratuita. Já o coronavírus não tem vacina e os cientistas ainda estão em seu estágio inicial de desenvolvimento. A expectativa é de que um primeiro ensaio da vacina contra o 2019-nCoV acontece nos próximos três meses.

(Fonte: Pixabay)

Fora a garantia das vacinas, ambas as doenças apresentam dicas de prevenção similares. É preciso evitar locais fechados, portanto, sempre que estiver em uma sala ou transporte público mantenha as janelas abertas. As máscaras de rosto ajudam, entretanto, não são garantia de proteção contra o novo vírus.

O CDC apresenta as seguintes dicas para evitar que ambas as doenças se espalhem: lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; e limpar e desinfetar objetos e superfícies frequentemente tocados.

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