Esqueleto de 5 mil anos seria de vítima de Peste Bubônica

16/07/2021 às 08:002 min de leitura

Por meio de pulgas infectadas pela bactéria Yersinia pestis, a Peste Bubônica, popularmente conhecida como Peste Negra, dizimou 30% da população da Europa no século XIV — o equivalente a cerca de 200 milhões de pessoas.

No entanto, recentemente, o cientista Dr. Ben Krause-Kyora, chefe do Laboratório de Ancient DNA da Universidade de Kiel, na Alemanha, publicou um artigo científico em que apresentou um esqueleto de mais de 5 mil anos com a cepa da doença.

Conforme o artigo publicado na Journal Cell Reports, o esqueleto chamado "RV 2039" foi descoberto pela primeira vez no século XIX e desapareceu de maneira misteriosa por mais de um século. Assim que ressurgiu, a equipe de Krause-Kyora examinou-o em busca de traços de bactérias ou vírus.

Vestígio antigo

(Fonte: MedicineNet/Reprodução)(Fonte: MedicineNet/Reprodução)

Eles identificaram rastros da Yersinia pestis em um estudo do DNA do crânio e dos dentes do esqueleto antigo, indo contra os registros epidemiológicos que apontavam que a doença surgiu milhares de anos mais tarde.

“O que é mais surpreendente é que podemos atrasar o aparecimento da Yersinia pestis 2 mil anos além do sugerido por estudos publicados anteriormente”, explicou Krause-Kyora. 

Dessa forma, o cientista concluiu de que cada vez que passa as pesquisas estão mais próximas de encontrar a origem exata da bactéria.

(Fonte: DigiChat/Reprodução)(Fonte: DigiChat/Reprodução)

Krause-Kyora registrou que o "RV 2039" tinha cerca de 20 ou 30 anos e uma alta carga bacteriana da doença em sua corrente sanguínea, levando a entender de que a infecção pela Peste, transmitida através de um rato, foi o que causou a sua morte.

Ele conseguiu determinar que a bactéria que infectou o esqueleto ainda não havia desenvolvido a capacidade de infectar as pulgas, e que para contrair a doença os humanos precisavam fazer contato direto com o animal infestado. A descoberta fez ainda mais sentido porque o esqueleto "RV 2039" morreu sem infectar os demais que foram encontrados com ele.

(Fonte: Forbes Alert/Reprodução)(Fonte: Forbes Alert/Reprodução)

“Achamos que essas formas iniciais da Yersinia pestis não poderiam realmente causar grandes surtos”, disse Krause-Kyora.

Mas em 1346, a bactéria já havia sofrido mutações o suficiente para encher as pessoas de furúnculos carregados de pus, causando hemorragias e apodrecendo os órgãos em três dias, tornando-se a doença mais mortal que resultou em uma epidemia na história da humanidade.

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