Artes/cultura
22/01/2022 às 08:00•2 min de leitura
Imagine o seguinte cenário: você está em uma loja ou em algum outro lugar fechado e mais ninguém a sua volta está com uma máscara sobre o nariz e a boca. O que fazer? Será que ser a única pessoa em um recinto utilizando uma máscara ainda serve para alguma coisa? É sobre isso que falaremos neste artigo.
Por motivos óbvios, as máscaras são muito mais eficientes quando todas as pessoas em um cômodo estão usando uma. No entanto, isso não significa que a utilização individual é completamente ineficiente. E agora nós vamos explicar todos os motivos para que você não desista dessa proteção tão essencial para a nossa saúde durante a pandemia.
(Fonte: Pixabay)
Seja você a pessoa infectada pela covid-19 ou não, existem diversos motivos para usar máscara. Primeiramente, se uma pessoa doente que estiver portando uma, ela terá uma grande porcentagem de suas partículas infecciosas segurada pela proteção facial. Logo, a disseminação do vírus se torna muito menos eficiente.
É por esse motivo que o uso de máscaras coletivamente é tão efetivo. Como uma pessoa infectada usando máscara libera uma carga viral pequena no ar, é compreensível que a máscara das outras pessoas presentes consiga bloquear completamente as partículas "fujonas".
Mesmo assim, existem evidências de que o uso da máscara protegeria um indivíduo mesmo se ninguém mais estivesse usando uma — e tudo isso depende da qualidade da sua proteção. Máscaras do tipo N95, KN95 ou KF94 são as mais recomendadas, tendo o melhor fator de proteção. Outras variáveis, como quanto tempo você está exposto a uma pessoa infectada e quão bem um espaço é ventilado, também afetarão seu risco.
(Fonte: Pixabay)
Recentemente, um estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos indicou que as máscaras cirúrgicas tradicionais protegem um usuário de somente 7,5% das partículas de uma tosse. Entretanto, o método de amarrar as pontas laterais para não deixar a máscara vazada reduziu a exposição em quase 65%. Além disso, cobrir a máscara cirúrgica com uma máscara de pano reduziu a exposição às partículas de tosse em 83%.
Segundo um estudo de Tóquio, uma simples máscara de algodão oferece proteção de 17% a 27% contra partículas reais de coronavírus. Máscaras médicas, incluindo a cirúrgica, conseguem proteção de 47% a 50%. Por fim, uma máscara modelo N95 bem apertada consegue proteger o indivíduo de até 90% das partículas.
Embora todos os estudos de laboratório mostrem que uma máscara pode proteger o usuário, o desempenho das máscaras no mundo real depende de variáveis. Como não podemos afirmar com total certeza qual é o nível de precisão de uma máscara em um cenário realístico, as melhores medidas de proteção contra a covid-19 continuam sendo evitar aglomerações, se vacinar contra a doença e, claro, usar máscara.