Estilo de vida
16/02/2023 às 02:00•2 min de leitura
O Carnaval é uma das principais festividades do ano, aguardada ansiosamente pelo povo brasileiro. Nesse momento, quando muitos saem para se divertir e acabam beijando bastante, o que a princípio pode parecer apenas uma diversão comum, pode ser uma porta de entrada para uma série de doenças que afetam gravemente o cérebro.
O beijo, e consequentemente o contato com a saliva, é uma das principais vias de transmissão de doenças infecciosas, em especial se existirem feridas, machucados ou verrugas na região oral, como boca, lábios, gengiva e língua.
(Fonte: Getty Images)
A Mononucleose infecciosa, também conhecida como a doença do beijo, é bastante comum nessa época do ano e pode ser bastante perigosa, principalmente por ser facilmente confundida com doenças comuns do inverno.
No entanto, fique atento, pois ela pode causar inflamações no cérebro, gerando cefaleias, confusão mental, delírios e desorientação – o que também pode ocorrer com infecções por citomegalovírus, também transmissíveis pelo beijo.
ISTs bastante comuns, como Sífilis e HPV, também são bastante comuns nessa época do ano e, ao contrário do que muitos acreditam, não são transmitidas apenas pelo contato sexual, mas também por vias orais. Ambas podem afetar gravemente o cérebro, podendo causar câncer na cabeça, convulsões, paralisias, irritabilidade, depressão e cegueira.
Por isso, além de se divertir, é importante ser mais seletivo e evitar beijar pessoas com feridas na região da boca, além de fugir do contato direto ou indireto com quaisquer secreções não convencionais durante as festas do Carnaval.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad de Santander.