Imagem de Como funciona o nosso "relógio biológico"? no megacurioso

A ciência explica como os seres vivos sentem a passagem do tempo mesmo quando estão sem contato com o mundo externo

<head></head><body>Às vezes, ouvimos as pessoas dizendo que estão ouvindo o seu "relógio biológico" depois de um certo tempo, dando sinais de alguma coisa. Uma notícia recente trouxe curiosidade sobre o suposto mecanismo do corpo: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124906-atleta-espanhola-passa-voluntariamente-500-dias-isolada-em-uma-caverna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atleta espanhola Beatriz Flamini</a> permaneceu 500 dias numa caverna até voltar à vida normal. Segundo relatou, ela teria perdido a noção do tempo quando chegou no 65º dia.Mas será que isso é verdade, e as pessoas (e os animais) realmente têm um "relógio" interno que funciona para além do controle externo, avisando sobre o tempo? Vejamos o que a ciência tem a dizer sobre isso.<h2>Sobre os mecanismos de controle do tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/02/02103301805224.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O que se entende por relógio biológico também poderia ser chamado de uma sincronização dos sistemas que compõem os organismos. Os órgãos, na verdade, estão conectados a vários mecanismos, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/74150-voce-acha-impossivel-sair-da-cama-antes-do-meio-dia-a-ciencia-explica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ritmo circadiano</a>, que descreve os ciclos repetitivos e naturais de mudanças físicas, emocionais e comportamentais que ocorrem em um período de aproximadamente 24 horas (vale lembrar de "circa" significa "por volta de"; ou seja, é o ritmo que dura cerca de um dia).Mas os ritmos biológicos não são exclusivos da vida humana. Eles estão no cerne da existência, e passam por todos os níveis, indo do molecular até a completude do organismo de um ser. Dentre as fases inclusas nesses ciclos, estão a temperatura do corpo, as mudanças hormonais, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/75267-5-dicas-espertas-para-acelerar-seu-metabolismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metabolismo</a>, o sistema cardiovascular e o ciclo do sono.Algumas doenças também tem associação com esses ritmos. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/103177-por-que-as-mulheres-sao-mais-propensas-a-asma-do-que-os-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asma</a>, por exemplo, costuma ser mais grave à noite, e os acidentes cardiovasculares são mais frequentes pela manhã. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126700-4-habitos-que-podem-causar-perda-da-memoria.htm#:~:text=Trabalho%20por%20turnos%20pode%20levar%20%C3%A0%20perda%20da%20mem%C3%B3ria&amp;text=V%C3%A1rios%20estudos%20t%C3%AAm%20mostrado%20que,do%20humor%20e%20doen%C3%A7as%20cardiovasculares." rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho por turno</a>, em que as pessoas fazem turnos em diferentes horários, pode prejudicar o acompanhamento deste ciclo, o que, segundo a OMS, pode ser um agente causador de câncer.Uma forma muito clara de verificar as implicações desse relógio circadiano é bem simples: basta observar os efeitos do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112671-jet-lag-o-que-e-e-como-se-adaptar-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jet lag</a>,&nbsp;que é um distúrbio temporário do sono que ocorre quando o relógio biológico do corpo sai de sincronia com os sinais de um novo fuso horário, em situações de viagens.Aos poucos, os sinais do ambiente fazem com que o indivíduo comece a ressincronizar: a luz percebida no fim da noite vai aos poucos atrasando o organismo. Isso costuma acontecer em aproximadamente 24 horas.<h2>O relógio biológico de outras espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/02/02101806978217.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os animais também têm seu próprio ciclo circadiano. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/70375-cientistas-descobriram-o-que-deixa-as-moscas-das-frutas-excitadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drosophila</a>, a chamada mosca-da-fruta, isso foi descoberto ainda na década de 1970. Biólogos verificaram nela a existência de vários genes cuja manifestação oscila de acordo com a luz.Ou seja, o relógio biológico dos animais e outros seres vivos se manifesta por meio de genes cuja expressão muda conforme o tempo. Isso já foi identificado em vários organismos, como fungos, cianobactérias, plantas e animais, aqui incluindo os humanos.Em algumas espécies, o relógio biológico é sazonal: alguns pássaros e insetos, por exemplo, migram em certas fases do ano, assim como há espécies que hibernam e as plantas que florescem uma vez por ano. Nesses casos, o ciclo é chamado de circanual.Muitos desses mecanismos presentes em certos animais, como as espécies marinhas, ainda são desconhecidos pela biologia. Algumas dessas espécies se expõem ao ciclo solar que alterna dia e noite, mas há tipos que são afetados pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104271-voce-conhece-todas-as-oito-fases-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fases da lua&nbsp;</a>e as marés. Há corais, por exemplo, que sincronizam sua reprodução, colocando ovos durante um mesmo período bem curto, uma vez por ano. Mas há ainda muito a ser descoberto sobre seus relógios biológicos.</body>

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Como funciona o nosso 'relógio biológico'?

Imagem de Cochilos curtos melhoram produtividade, mas longos são prejudiciais no megacurioso

Enquanto cochilos curtos são bons para a memória, produtividade, redução do estresse e um coração saudável, os cochilos longos inspiram cuidados

<head></head><body>Uma tradição cultural herdada dos nossos vizinhos da América do Sul, a “siesta” <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122517-conheca-os-7-tipos-de-descanso-de-que-seu-organismo-precisa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou cochilo revigorante após o almoço</a> é um costume adotado por muitas pessoas no Brasil. Vista por alguns como um luxo, a prática é considerada por seus seguidores como uma confortável estratégia para manter o estado de alerta e o bem-estar para o resto do dia.Mas, cientificamente falando, a prática diária de cochilar durante o dia pode trazer tanto vantagens quanto desvantagens, dependendo do seu período de duração. A afirmação é do especialista em dor orofacial e médico do sono Steven Bender, professor da Texas A&amp;M University, em College Station, nos EUA.&nbsp;Em artigo publicado segunda-feira (28) na plataforma The Conversation, o especialista explica que cochilos curtos de 20 a 30 minutos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126857-e-possivel-aprender-um-idioma-enquanto-dormimos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podem melhorar o funcionamento mental e a memória</a>. Além disso, um breve período de sono diário tem reflexos positivos no estado de alerta, na atenção e no tempo de reação.&nbsp;<h2>Mais vantagens e melhores práticas de cochilos curtos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29171138019423.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com Bender, a prática dos cochilos curtos é tão benéfica para o aumento da produtividade, que algumas empresas têm introduzido salas de cochilo no ambiente de trabalho, para capitalizar os benefícios dos curtos períodos de sono, que também melhoram o pensamento criativo.&nbsp;"Parece que o cérebro usa a hora da soneca para processar as informações coletadas ao longo do dia", diz o especialista em medicina do sono. Além de melhorar a capacidade de resolver problemas, os cochilos curtos comprovadamente aumentam a eficiência na execução das tarefas diárias, pois as pessoas ficam menos frustradas e impulsivas.Por isso, Bender recomenda que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124598-que-tipo-de-som-pode-te-ajudar-a-relaxar-e-dormir-melhor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os cochilos ocorram no início da tarde</a>, para coincidirem com a diminuição dos níveis de energia pós-almoço e com o mergulho circadiano natural do corpo (diminuição do estado de alerta à tarde). Por outro lado, recomenda o médico, "evite cochilos no final da tarde, termine o cochilo pelo menos quatro a seis horas antes de dormir e crie o ambiente certo, cochilando em um espaço silencioso, confortável e pouco iluminado".<h2>Quais as desvantagens dos cochilos longos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29175158212443.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A primeira condição desagradável que ocorre após cochilos com mais de 30 minutos é a chamada inércia do sono, aquela sensação de ainda estar meio adormecido, confuso e lento depois de acordar, mesmo quando o sono é satisfatório. Esse torpor prejudica a função cognitiva e pode durar de alguns minutos até meia hora.&nbsp;Essas sonecas compridas ou no final da tarde podem levar à interrupção <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122842-7-dicas-para-ter-melhores-noites-de-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">do ciclo regular de sono-vigília</a>. Finalmente, alerta Bender, os riscos de cochilos superiores a 30 minutos são particularmente perigosos para pessoas com 60 anos ou mais. Pesquisas mostram que idosos que cochilam por mais de uma hora por dia têm uma incidência maior de aumento da pressão arterial, hiperglicemia (açúcar no sangue), excesso de gordura corporal e aumento dos níveis de colesterol e triglicérides.</body>

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Cochilos curtos melhoram produtividade, mas longos são prejudiciais

Imagem de Chorar faz bem? Sim — e até debaixo d'água! no megacurioso

As lágrimas são altamente benéficas, e cumprem funções específicas em nosso organismo.

<head></head><body>As lágrimas fazem parte de nossa vida desde que nascemos. Compostas de água, óleo e muco, elas cumprem algumas funções bem importantes no nosso organismo. E, quando estamos tristes ou emocionados, nosso corpo ainda produz lágrimas extras para expressar o nosso sentimento ao mundo.A verdade é que a ciência já descobriu que chorar é benéfico à saúde. O ato do choro libera substâncias químicas naturais no corpo, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121570-6-beneficios-que-caminhar-diariamente-traz-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">endorfina</a>, que é capaz de reduzir a dor, e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123186-estudo-identifica-potencial-beneficio-da-ocitocina-o-hormonio-do-amor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocitocina</a>, hormônio que nos faz sentir ligados a outras pessoas. Por isso, na hora que der vontade de liberar algumas lágrimas, o ideal é deixar que elas rolem soltas.<h2>A função das lágrimas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28202622785471.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O pediatra Geoffrey Bradford afirma que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119855-como-as-nossas-lagrimas-se-parecem-pela-lente-do-microscopio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lágrimas</a> são muito importantes para a saúde dos olhos – mesmo quando estamos dormindo ou até nadando em uma piscina. Elas servem para deixar os olhos bem lubrificados e protegidos, e fazem uma função de lavagem suave.Toda a vez que piscamos os olhos, ajudamos que nosso canal lacrimal espalhe fluidos em sua superfície. Quando se usa <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/51311-confira-uma-breve-historia-sobre-as-lentes-de-contato.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lentes de contato</a>, elas flutuam sobre essa camada de lágrimas. Por isso, se o olho estiver seco, as lentes vão grudar e causar uma sensação bem desconfortável.Ao dormir, passamos a liberar menos lágrimas, mas elas ainda estão lá. Quando acordamos, elas aumentam em quantidade, e nos ajudam a piscar, além de nos fazer coçar menos os olhos. Bradford explica, em artigo da Pop Science, que o efeito é como quando colocamos água em um tobogã na piscina para deslizar melhor.As lágrimas também são capazes de remover poeira, fumaça e qualquer coisa estranha que entre em contato com os olhos. E, por fim, quando alguém contrai <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113975-conjuntivite-pode-ser-sintoma-da-covid-19-segundo-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conjuntivite</a>, elas ajudam a matar e eliminar os germes.<h2>Lágrimas embaixo d'água</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28203205585472.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Uma curiosidade sobre o choro, segundo Geoffrey Bradford, é que elas continuam desempenhando sua função mesmo quando estamos o debaixo d'água – por exemplo, dentro de uma piscina.O médico explica que elas têm um papel bem importante nestes ambientes aquosos. Contudo, é recomendado sempre proteger os olhos. "Como a maior parte da água onde você dá um mergulho contém irritantes para os olhos, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/100025-cientistas-explicam-por-que-voce-nao-deve-fazer-xixi-na-piscina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cloro</a>, bactérias ou areia, nadar com os olhos abertos fará com que as glândulas lacrimais produzam lágrimas para lavá-las. Usar óculos de proteção ou manter os olhos fechados debaixo d'água ajuda a protegê-los e a mantê-los mais confortáveis", pontua Bradford.Depois do choro, as lágrimas evaporam. Os canais lacrimais se situam dentro das pálpebras e no canto dos olhos. Estes últimos funcionam como drenos que sugam os restos. "Os dutos lacrimais levam as lágrimas antigas para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124654-cutucar-o-nariz-pode-aumentar-risco-de-alzheimer-e-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nariz</a> e depois para a garganta, onde você as engole. É por isso que quando você chora muito, seu nariz escorre. E às vezes, quando você usa colírio, você pode sentir o gosto do remédio na parte de trás da língua", explica.Às vezes, quando envelhecemos, passamos a produzir menos lágrimas. Quando isso acontece, os olhos começam a arder e coçar mais do que o normal, e passa a ser recomendado então o uso de colírios chamados de lágrimas artificiais. Independente da forma que seja, chorar continua sendo a maneira mais eficiente de proteger nossa visão.</body>

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Chorar faz bem? Sim — e até debaixo d'água!

Imagem de Como identificar a sepse, que pode ser tão comum e mortal quanto o câncer no megacurioso

Doença é uma condição secundária que pode surgir em casos de infecções graves

<head></head><body>É relativamente comum ouvir que, depois de ser internada, uma pessoa faleceu de sepse, tida como uma infecção generalizada do organismo. Só que o que talvez muita gente não saiba é que a sepse é muito mais comum do que parece.Um estudo recém-publicado, feito por pesquisadores suecos, afirma que a sepse em pacientes internados em hospitais é muito frequente. Sugerem, inclusive, que ela pode ser tão mortal quanto um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125274-o-que-acontece-no-corpo-durante-um-ataque-cardiaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataque cardíaco</a>, e tão frequente quanto o câncer.&nbsp;<h2>O que é a sepse?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/02/02093659518202.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Chama-se de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113206-sepse-tem-relacao-em-uma-a-cada-cinco-mortes-no-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sepse</a> a ocorrência de uma resposta imunológica extrema do organismo a uma infecção, que pode levar à falência dos órgãos. Ou seja, ao tentar combater uma infecção, o corpo pode apresentar uma reação tóxica, que pode prejudicá-lo seriamente.Quando as infecções se instalam no organismo, os médicos costumam recomendar remédios específicos, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>, antivirais e outros tipos de medicamentos. Só que, por vezes, o sistema imunológico não consegue mesmo assim combater os invasores, o que dá início a uma infecção generalizada. Ou seja, há o começo da sepse, que ocorre quando o sistema imunológico começa a combater a si mesmo.Ela é tida como uma condição secundária, que pode acontecer quando uma infecção existente foge do controle e começa a atacar tecidos saudáveis. Qualquer tipo de infecção pode levar à sepse, inclusive a gripe e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>.A maior parte dos casos de sepse ocorre por conta de infecções causadas por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126918-garrafa-de-agua-tem-40-mil-vezes-mais-bacterias-do-que-um-vaso-sanitario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bactérias</a>, que costumam atacar sobretudo os pulmões, o trato urinário, a pele ou o trato gastrointestinal. O tratamento precoce é fundamental para que a doença não evolua a quadros mais graves.<h2>As descobertas recentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/02/02094227602204.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O estudo, que foi publicado na revista JAMA Network Open, iniciou a partir de uma investigação feita em 2016 no condado de Skåne, no sul da Suécia. O que os pesquisadores descobriram é que a sepse tem uma incidência muito maior do que se imaginava.A estimativa anterior era de 750 casos por 100.000 adultos. Mas, agora, descobriu-se que a sepse foi um fator em 4% das hospitalizações ocorridas no condado, e que 20% dos pacientes com sepse morreram em um período de três meses.Segundo afirma Adam Linder, um dos autores do estudo, a sepse pode ser bem mais grave do se imaginava inicialmente. “Isso torna a sepse tão comum quanto o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122193-novo-tratamento-consegue-curar-pacientes-com-cancer-de-colon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a>, com consequências negativas semelhantes a longo prazo, e tão mortal quanto um infarto agudo do miocárdio. Entre os sobreviventes da sepse, três quartos também apresentam complicações de longo prazo, como ataques cardíacos, problemas renais e dificuldades cognitivas”.Os investigadores sugerem também que a sepse pode ser considerada uma epidemia, e que agora pretendem estender a pesquisa para outros lugares da Europa.<h2>Sintomas da sepse</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/02/02095842821210.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Por tudo isso, é importante ter em mente alguns sinais que podem estar indicando a presença da sepse. Entre eles, estão a confusão mental ou fala arrastada; frequência cardíaca fraca; febres e tremores; pele suada e sensação de frio; pele, lábios e língua pálidos ou azulados; falta de ar; dor e desconforto extremo.No caso de bebês e crianças, que ainda não expressam bem os sintomas, a sepse pode ser indicada pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124264-5-mitos-famosos-a-respeito-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonolência</a> excessiva, choro que parece diferente do normal e respostas estranhas aos estímulos comuns. Em caso de suspeita, o ideal é procurar um atendimento de emergência.O estudo sueco afirma que é preciso aumentar a sensibilização sobre a sepse. "Embora o tratamento tenha melhorado nos últimos anos, precisamos aprimorar nossos métodos de diagnóstico para identificar os pacientes mais cedo. Aumentar a conscientização sobre a sépsis é crucial para garantir que os recursos sejam atribuídos de forma adequada", conclui Linder.</body>

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Como identificar a sepse, que pode ser tão comum e mortal quanto o câncer

Imagem de Microplásticos no cérebro podem provocar mudanças no comportamento no megacurioso

Estudo conduzido em camundongos demonstrou quais efeitos da presença de microplásticos no cérebro podem ser percebidos no curto prazo

<head></head><body>Já falamos aqui no Mega Curioso que os impactos do acúmulo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplásticos</a> no oceano já podem ser observados de várias formas, afetando o desenvolvimento das cianobactérias, e possivelmente de nós, seres humanos, dada a detecção dessas partículas extremamente pequenas no pulmão e no coração humano.Para quem se pergunta que tipo de dano os microplásticos podem gerar no cérebro, um estudo inovador publicado no&nbsp;International Journal of Molecular Sciences trouxe dados alarmantes ao mostrar o impacto percebido em camundongos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31140921388240.jpg" alt="Presença de microplástico no cérebro de camundongos gerou mudança de comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Presença de microplástico no cérebro de camundongos gerou mudança de comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Efeitos da absorção de microplásticos no organismo</h2>O estudo teve como proposta avaliar quais seriam os danos identificados em um grupo camundongos a partir da exposição a microplásticos. Enquanto em organismos marinhos essas partículas são associadas à redução da viabilidade celular, em camundongos, tanto nos mais jovens, quanto nos de idade mais avançada, os efeitos já foram percebidos no curto prazo.&nbsp;Os animais foram avaliados durante três semanas. E assim como já era esperado, as partículas, que foram administradas por meio de água potável, começaram a se acumular no interior dos órgãos dos animais.Pesquisadores relataram no estudo que os roedores apresentaram sinais de inflamação em tecidos do fígado. Mas além de avançar pelos sistemas excretor e digestivo, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/22503-quer-vender-o-seu-rim-saiba-quanto-ele-vale-no-mercado-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rins</a> e intestino, os microplásticos conseguiram ir além, chegando ao cérebro deles. Em suma, essas partículas invadiram todos os sistemas do organismo.E uma vez no cérebro, o microplástico ainda provocou mudanças no comportamento — algo que foi, inclusive, observado com uma maior intensidade nos animais mais velhos. Essa alteração se assemelhou ao que ocorre em casos de demência em humanos, apesar da dose de microplásticos empregada ter sido baixa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31141020351242.jpg" alt="Estudo aponta que microplástico se acumula em todos os sistemas do organismo de camundongos, mesmo no curto prazo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Estudo aponta que microplástico se acumula em todos os sistemas do organismo de camundongos, mesmo no curto prazo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Danos do microplástico ao cérebro de camundongos</h2>Inclusive, o estudo identificou que a presença dessas partículas pode provocar a redução da proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Trata-se de uma proteína associada a vários processos celulares, e a sua redução já tem sido ligada ao desenvolvimento de doenças, como o Alzheimer e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>.Para Jaime Ross, que é professora da Universidade de Rhode Island e participou da pesquisa, essas descobertas fazem com que surjam novos questionamentos acerca do desdobramento desses efeitos que foram observados: "você fica mais suscetível à inflamação sistêmica causada por esses microplásticos à medida que envelhece? Seu corpo pode se livrar deles com a mesma facilidade? Suas células respondem de maneira diferente a essas toxinas?".Considerando que os efeitos em mamíferos ainda não são inteiramente conhecidos, o estudo representa um avanço importante para auxiliar na compreensão acerca dos possíveis malefícios aos seres humanos. Para ter uma melhor dimensão de como essa dinâmica se dá, no entanto, ainda será necessário conduzir outros estudos.</body>

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Microplásticos no cérebro podem provocar mudanças no comportamento

Imagem de O que são pedras nas amígdalas e por que causam mau hálito? no megacurioso

Diferente do que muita gente pensa, o mau hálito é causado não apenas pelos dentes: as amígdalas podem ser responsáveis por esse problema

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/70144-sera-que-as-amigdalas-podem-crescer-de-novo-depois-de-removidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amígdalas</a> são duas glândulas localizadas na parte de trás da garganta, e que têm a função de ajudar o corpo humano a combater infecções, como as causadas por vírus. Elas estão localizadas em cada lado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42923-10-partes-da-anatomia-humana-com-nomes-pra-la-de-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">úvula</a>, aquela espécie de "pêndulo" no fundo da garganta que impede que a comida ou os líquidos subam pelo nariz quando os engolimos.Nem todo mundo sabe, mas nossas amígdalas têm criptas tonsilares, que são formadas por dobras e fendas. E, por vezes, elas ficam cobertas de "pedras", o que pode causar um mau hálito crônico.<h2>O que são as pedras nas amígdalas?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29194216461492.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Isso que estamos chamando de pedras, na verdade, têm um nome técnico: são os tonsilólitos ou cáseos. Trata-se de alguns materiais que calcificam nas criptas tonsilares, ficando duros e difíceis de serem removidos. Esse tipo de situação é bem comum, e pode atingir até 10% da população.Só que, como isso não causa sintoma algum, a maioria das pessoas nem sabe que tem. Eles não costumam doer nem prejudicar em nada, mas são capazes de causar um efeito bem desagradável: um mau hálito crônico, que não passa de jeito nenhum.Os tonsilólitos têm formato de bolinhas brancas ou amareladas, parecendo um pouco com cascalho, e se formam por conta de acúmulo de resto de comida, saliva e células da mucosa da boca. Podem também apresentar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122767-quanto-maior-esse-fungo-fica-mais-problemas-nos-teremos.htm#:~:text=O%20Humongous%20Fungos&amp;text=Considerado%20o%20maior%20organismo%20vivo,que%20%C3%A9%20a%20baleia%2Dazul." rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungos</a> e bactérias. Além do mau hálito, eles podem causar inflamação na garganta e dificuldade para engolir.<h2>Sintomas das pedras das amígdalas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29194154774490.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Alguns sintomas podem indicar a presença dessas calcificações nas fendas das <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/102004-veja-centenas-de-glandulas-sudoriparas-na-ponta-dos-dedos-em-funcionamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">glândulas</a>. Entre eles, estão, claro, o mau hálito que não se resolve escovando os dentes ou a língua. Além disso, a pessoa pode apresentar tosse, dificuldade de engolir, gosto ruim na boca, dor de garganta, saliva que apresenta materiais brancos e a sensação de que há algo preso no fundo da boca.Essas pedrinhas cheiram muito mal porque têm bactérias anaeróbicas, que estão associadas à produção de compostos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/100875-por-que-alguns-peidos-sao-mais-fedidos-do-que-outros.htm#:~:text=Enxofre%3A%20o%20pior%20inimigo&amp;text=Quanto%20maior%20o%20ac%C3%BAmulo%20disso,sulfureto%20de%20hidrog%C3%AAnio%2C%20por%20exemplo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">enxofre</a>. Por isso, quem tem esse problema quer se livrar dele o quanto antes.A boa notícia é que há algumas soluções caseiras. A tosse, às vezes, ajuda a soltar as pedras e a cuspi-las em seguida. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120880-como-cuidavam-dos-dentes-durante-a-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gargarejo</a> com água salgada também auxilia para soltar os cálculos. O recomendável é fazer depois das refeições por 30 segundos.Outra forma, que exige bem mais cuidado, é usando um objeto macio, como um cotonete, para tentar alcançar e soltar o material. Não se recomenda o uso de nada que possa machucar as amígdalas, como escova de dente, o dedo ou um objeto mais cortante, como um palito.Em casos muito específicos, a situação pode se agravar, quando há um problema recorrente de infecção nas amígdalas. Neste caso, o médico pode sugerir a amigdalectomia, que é a retirada cirúrgica das glândulas.&nbsp;Atualmente, os profissionais da saúde evitam ao máximo tomar essa decisão, uma vez que as amígdalas têm uma grande importância na proteção do organismo. Em qualquer caso de dúvida, o ideal é consultar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116909-cirurgioes-retiram-moeda-esquecida-no-nariz-de-homem-ha-53-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">otorrinolaringologista</a>.</body>

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O que são pedras nas amígdalas e por que causam mau hálito?

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Depois de uma certa idade, alguns músculos já não correspondem da mesma forma ao realizar ações aparentemente simples

<head></head><body>Ficar mais velho traz alguns desafios e até mesmo a necessidade de realizar um esforço extra para ações simples, como sentar ou levantar do sofá. Por conta disso, é comum reparar que algumas pessoas, depois de certa idade, chegam a gemer ou fazer barulhos ao praticar essas ações.Para aqueles que estão na casa dos 40 anos ou já passaram um pouco dela, a resposta para esses sons muitas vezes involuntários possui uma explicação: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121286-fadiga-muscular-o-que-e-e-como-evita-la.htm#:~:text=Uma%20fadiga%20muscular%20que%20aparece,problemas%2C%20como%20anemia%20e%20fibromialgia." rel="noopener noreferrer" target="_blank">desgaste muscular</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28223756033507.jpg" alt="Levantar se torna uma ação mais difícil com o passar dos anos. (Fonte: GettyImages)">Levantar se torna uma ação mais difícil com o passar dos anos. (Fonte: GettyImages)<h2>Esforço explicado</h2>Falando à MEL Magazine, o quiroprata Robert Hayden explicou que, após certa idade, a ação de levantar da cadeira ou da cama exige um pouco mais de força dos músculos abdominais, que se desgastam com o passar dos anos."Quanto mais velho você fica, mais provável é de você ter esses músculos desgastados com o passar do tempo. Os músculos que você poderia usar para sair da posição sentada para se levantar, ou para fazer o movimento de se <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124857-sentar-de-pernas-cruzadas-pode-fazer-mal-para-o-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sentar</a> quando está em pé, estão enfraquecidos", explica Hayden.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124688-5-exercicios-que-voce-pode-fazer-se-trabalha-muito-tempo-sentado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 exercícios que você pode fazer se trabalha muito tempo sentado</a></li></ul>"Algumas vezes, quando tentam buscar forças para fazer esse tipo de esforço, as pessoas seguram a respiração em uma tentativa de aumentar a força muscular. Isso pode produzir o som de gemido quando voltamos a respirar", continua o quiroprata.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28223933148508.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<h2>Similaridades com atletas</h2>Uma coisa que deve ser pontuada nessa história é que nem sempre os gemidos são sinais de desconforto ou algo do gênero.&nbsp;Os atletas, por exemplo, costumam emitir alguns sons para reunir mais força, conforme explica Sincalir Smith, pesquisadora da Universidade de Drexel, em entrevista ao site Whyy."Nossa hipótese é que fazer alguns sons pode ativar o sistema nervoso autônomo, que é o sistema nervoso que controla a resposta de bater ou correr — aquele sentimento que vem quando você está assustado, a adrenalina corrente que muitos falam. E isso ajuda as contrações musculares a serem mais completas e fortes", comentou Smith."Conforme você envelhece, precisa de uma dose extra de energia para se levantar de uma cadeira ou sair da cama. Gemer pode ajudar a te dar a força extra necessária para realizar essa tarefa", complementou o médico Marc Leavey em entrevista ao site MEL Magazine.</body>

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Por que pessoas mais velhas gemem ao sentar ou levantar?

Imagem de Google lança ferramenta para contagem de pólens e qualidade do ar no megacurioso

Ferramenta pode ser usada por pessoas com diferentes tipos de alergia, para evitar regiões durante viagens

<head></head><body>Pessoas que possuem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124813-as-3-alergias-sazonais-que-mais-afetam-as-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alergia a pólen</a> costumam sofrer em determinadas épocas do ano, quando esses grãos estão em maior concentração no ar. E isso tende a se intensificar ainda mais em condições extremas, como as que nós estamos enfrentando devido às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112087-mudancas-climaticas-comecam-a-ter-impactos-na-saude-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>.Para permitir que essas pessoas possam se preparar melhor e até mesmo evitar regiões com uma grande concentração de grãos de pólen no ar, a Google criou uma ferramenta com detalhes sobre contagem de pólen, além de outras informações detalhadas sobre alérgenos de plantas.<h2>Pollen API</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Google&nbsp;" data-fonte-url="https://cloud.google.com/blog/products/maps-platform/announcing-pollen-api-providing-actionable-info-about-airborne-pollen-levels-worldwide"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/05/05100328635049.png" alt="Ferramenta consegue mostrar a concentração de grãos de pólen de diferentes espécies de plantas. (Fonte: Google)">Ferramenta consegue mostrar a concentração de grãos de pólen de diferentes espécies de plantas. (Fonte: Google)Chamada de Pollen API, esta ferramenta está vinculada à plataforma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121903-5-funcoes-do-google-maps-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Google Maps</a>. Ela integra informações de um índice global de pólen e compara os níveis entre regiões. Outro recurso importante são os dados sobre espécies comuns de árvores, grama e ervas daninhas em todo o mundo, que pode ser valioso para pessoas com diferentes tipos de alergias.Segundo a Google, a Pollen API utiliza machine learning para “determinar onde estão localizadas plantas produtoras de pólen específicas, juntamente com os padrões de vento locais, podemos calcular a sazonalidade e a quantidade diária de grãos de pólen e prever como o pólen se espalhará”.A ferramenta calcula a sazonalidade e a quantidade diária de grãos de pólen para uma área de 1 km², em mais de 65 países e com uma previsão para até cinco dias. Além disso, a Pollen API também fornece dicas sobre como minimizar a exposição — como evitar sair de casa em determinado dia porque os níveis de pólen de bétula estarão mais altos. Ele pode ainda ser vinculado a um aplicativo disponível no display do carro, para sugerir que os motoristas fechem as janelas se houver uma mancha alta de pólen à frente.<h2>Outras novidades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/05/05100754247051.jpg" alt="Ferramenta que monitora a qualidade do ar leva em conta o congestionamento e dados meteorológicos. (Fonte: Google)">Ferramenta que monitora a qualidade do ar leva em conta o congestionamento e dados meteorológicos. (Fonte: Google)Outras duas novidades que a Google anunciou, e que também estarão vinculadas ao Maps, são a Solar API e a Air Quality API. A primeira fornece informações sobre o potencial solar que pode ser obtido em diferentes tipos de construções, como edifícios e shoppings. Ela utiliza uma IA que mapeia a área no teto das construções e cruza com dados como o clima da região e a presença — ou não — de árvores ou outras fontes de sombra.Já a Air Quality API é uma ferramenta que informa a qualidade do ar em mais de 100 países. Ela é alimentada com dados governamentais e meteorológicos obtidos por satélites — além de cruzar com informações sobre o trânsito. Com isso, ela consegue calcular o nível de poluição em diferentes áreas.</body>

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Google lança ferramenta para contagem de pólens e qualidade do ar

Imagem de Ignaz Semmelweis: o "pai da higiene hospitalar" que parou no manicômio no megacurioso

O obstetra foi perseguido apenas por pedir que os médicos lavassem as mãos

<head></head><body>Entre os períodos que compreendem a Idade Média e a Idade Moderna, foram denominados hereges todos os que ameaçaram a autoridade intelectual que também era a Igreja Católica. Por isso foram caçados, presos, enforcados ou queimados na fogueira. No centro desse problema estão os filósofos, cientistas e pensadores, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119938-galileu-galilei-a-revolucao-causada-pelas-descobertas-sobre-a-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galileu Galilei</a>, Michael Servetus, Thomas Aikenhead e Giordano Bruno.Tudo o que se propuseram a descobrir serviu para revolucionar os campos científicos, revelar aspectos do universo, do pensamento e funcionamento humanos; contribuindo para que evoluíssemos ao longo da história humana e da sociedade. Naquela época, a manutenção da dissidência, instabilidade e controle da informação, sempre frequentemente alinhada à Igreja, fez com que fossem interrompidas de maneira permanente ideias que questionassem a mínima ordem estabelecida sobre as coisas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04145920782263.jpg" alt="(Fonte: Aish/Reprodução)">(Fonte: Aish/Reprodução)Com o passar do tempo, perderam espaço nos códigos legais e culturais das sociedades a influência, eficácia e o propósito dramático das punições públicas sustentadas pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45625-curiosidades-gerais-sobre-o-sinistro-tribunal-da-santa-inquisicao-espanhola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tribunal da Inquisição</a>, mas não a necessidade de coibir ideias dissidentes. O diagnóstico de “louco” e o encerramento de pessoas em hospitais psiquiátricos se tornou a medida das autoridades do século XIX.Os hospitais psiquiátricos se tornaram verdadeiros "depósitos humanos", onde os pacientes eram abusadas e estudados inescrupulosamente. A maioria das pessoas sãs que iam parar lá acabavam, muitas vezes, se perdendo ou ficando doentes por conviverem em meio à loucura e também pelo excesso de abuso. Esse pode ter sido o caso de Ignaz Semmelweis, o médico que inventou a higiene hospitalar.<h2>Uma mente inquieta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04145955583265.jpg" alt="Ignaz Semmelweis. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Ignaz Semmelweis. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Desde que ingressou na medicina, o húngaro Semmelweis foi tratado com descaso, apesar de ser brilhante. Quando se candidatou a uma posição no Hospital Geral de Viena, em 1846, ele foi relegado a administrar a divisão menos desejável da obstetrícia, a parte de trabalhos de parto. Naquela época, esse campo era considerado rejeitado devido à crueza do trabalho, que não era considerado "suficientemente científico", e pelo tabu que envolvia homens tocando nas partes íntimas de uma mulher.Contudo, o motivo pelo qual o médico parou nessa posição foi por ser húngaro e judeu. Ainda assim, isso não impediu que Semmelweis tivesse sucesso.&nbsp;Ao presidir as duas maternidades do hospital, ele começou a notar que a enfermaria administrada por parteiras sustentava uma taxa de mortalidade 17% menor em relação a outra, que ficava perto da sala de autópsia. Nessa, normalmente as crianças não conseguiam sobreviver, sempre acometidas por casos mortais do que os médicos denominavam "febre infantil".<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Publicados Brasil&nbsp;" data-fonte-url="https://1.bp.blogspot.com/-Hc_brCjVlKQ/XZLFby6K4LI/AAAAAAAAkWY/1prTHeOpms0sYQ_1M50fqdQGA6q9zl-SgCLcBGAsYHQ/s1600/04-ignaz-semmelweis-o-medico-colocado-em-manicomio-por-insistir-na-importancia-de-se-lavar-as-maos-consulta.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04150121054267.jpg" alt="(Fonte: Publicados Brasil/Reprodução)">(Fonte: Publicados Brasil/Reprodução)As mulheres tinham tanto medo de serem encaminhadas para a segunda enfermaria, que preferiam dar à luz sozinhas ou nas ruas do que arriscar serem internadas lá. Diariamente, Semmelweis ouvia grávidas da segunda enfermaria implorando para receberem alta porque acreditavam que os médicos que as tratavam eram verdadeiros "arautos da morte".Muito diferente do que acontecia, o obstetra húngaro foi o único que parou e ouviu as queixas de suas pacientes. Sua mente inquieta desenvolveu uma obsessão em encontrar uma resposta para todo aquele medo e epidemia de febre infantil que matava quase um terço dos seus pacientes.<h2>O apelo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04150253788268.jpg" alt="(Fonte: Memoria Chilena/Reprodução)">(Fonte: Memoria Chilena/Reprodução)Constava na literatura médica do século XIX, a teoria de que as infecções e propagação de doenças que causam surtos epidêmicos eram frutos de miasmas: vapores ou emanações fétidas transmitidas pelo ar. Acreditava-se que, ao serem inalados, esses vapores podiam infectar as pessoas e causando doenças graves, como cólera, malária e febre tifoide. Elas vinham de vapores considerados nocivos por serem provenientes de matéria orgânica em decomposição, água estagnada, esgoto e outras fontes de poluição do ar.Isso levou o governo a propor medidas de isolamento em áreas insalubres da cidade, a drenagem de pântanos, melhorias nos sistemas de esgoto e na ventilação dos edifícios. Tudo isso para prevenir o contágio da população.Na teoria, a desinfecção do ambiente e do ar era fundamental para o tratamento médico na época, feito por meio do uso de substâncias aromáticas e queima de incenso, porém, nada disso era sendo usado no Hospital Geral de Viena.&nbsp;Com isso, Semmelweis refletiu: como as duas alas estavam tão próximas e uma tinha maior qualidade de vida do que a outra? Nada disso parecia certo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04150355893269.jpg" alt="(Fonte: Bettman, Corbis/Reprodução)">(Fonte: Bettman, Corbis/Reprodução)Ao investigar, Semmelweis pensou que deveria haver alguma relação entre a rotina das enfermarias. As parteiras nunca entravam na sala post-mortem, tampouco manuseavam cadáveres, enquanto os médicos realizavam uma autópsia e iam direto para a maternidade ao lado dar à luz a um bebê.Semmelweis concluiu que a febre puerperal poderia ser causada pelos médicos transmitindo algum tipo de "veneno mórbido" dos cadáveres dissecados na sala de autópsia para as mulheres em trabalho de parto.Demorou até 1847 para que o médico pudesse finalmente confirmar sua teoria, após um incidente de trabalho. Um de seus colegas de profissão, Jakob Kolletschka, morreu de sepse ao se cortar com o bisturi que usava para inspecionar um cadáver. Durante a autópsia do seu amigo, Semmelweis notou que as lesões no corpo dele correspondiam àquelas no cadáver que dissecava quando se cortou acidentalmente. Ou seja, o "miasma" foi transferido pelo bisturi, não pelo ar.Em 15 de maio de 1850, o médico húngaro subiu ao pódio da sala de conferências do Hospital Geral de Viena, em frente a todos os médicos do quadro da instituição, e fez um apelo simples: "lavem as mãos".<h2>Loucura e sensatez</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04150541586271.jpg" alt="(Fonte: Science Museum/Reprodução)">(Fonte: Science Museum/Reprodução)Semmelweis exigiu que todos os funcionários esfregassem as mãos com cloreto de cálcio antes de tocar seus pacientes. Dois anos após o novo protocolo, a taxa de mortalidade em ambas as enfermarias despencou.Engana-se, porém, quem imagina que as ideias do médico húngaro foram aceitas por todos. Semmelweis foi muito perseguido por aqueles que não aceitavam que eram culpados pela morte miserável dos seus pacientes. O médico não poupou palavras para discutir com os superiores mais poderosos do hospital, que não só questionaram suas ideias como determinaram sua demissão.Ao apresentar seu trabalho de uma vida à comunidade médica com a publicação de A etiologia, o conceito e a profilaxia da febre infantil, em vez de sua descoberta ter sido celebrada, foi rejeitada, ridicularizada e evitada pela maioria da comunidade, que preferiu se ater às velhas ideias de miasmas se espalhando pelo ar.Semmelweis se mudou para Budapeste, onde continuou a pregar a importância dos procedimentos antissépticos no hospital onde foi admitido e a receber comentários hostis. Toda essa ridicularização afetou o médico húngaro a ponto de deprimi-lo. É quase um consenso entre os historiadores que toda essa ridicularização o tenha deprimido e contribuído para o desenvolvimento de demência precoce.<h2>O fim de uma mente brilhante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04150746430276.jpg" alt="(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)">(Fonte: All That's Interesting/Reprodução)Com isso, seu comportamento errático começou a se tornar cada vez mais agressivo com os críticos. Até que, em 30 de julho de 1865, ele foi atraído e internado em um hospital psiquiátrico, como parte de um plano orquestrado pela comunidade médica e as autoridades de Budapeste.A luta que Semmelweis travou para tentar sair do local, associada aos seus proeminentes problemas de saúde mental, apenas serviram para piorar seu quadro. Ele recebeu todo o tratamento que um paciente comum teria, sendo submetido a banhos com água fria e alimentado à força com laxantes.Duas semanas depois, o médico morreu aos 47 anos, abandonado em uma cela da instituição. Existe um debate até hoje sobre o que causou a sua morte precoce. Há quem diga que foi a sífilis, adquirida durante uma operação, o que também poderia explicar sua insanidade repentina. Outros acreditam que o obstetra foi espancado até a morte.Ignaz Semmelweis, o homem brilhante que revolucionou a história da medicina moderna, foi vítima de um tempo que ainda não estava pronto para ouvir o que ele tinha a dizer.</body>

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Ignaz Semmelweis: o 'pai da higiene hospitalar' que parou no manicômio

Imagem de Anticorpo derivado de lhamas pode tratar perda de visão no megacurioso

Pesquisadores descobriram um anticorpo especial que pode levar ao tratamento de doenças como a retinite pigmentosa

<head></head><body>Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia acredita ter descoberto um tratamento para casos de retinite pigmentosa (RP), um grupo de doenças oculares que afetam a retina na parte posterior do olho e pode causar perda da visão central, bem como visão noturna e colorida.Esse é um problema causado pela morte de células que detectam sinais de luz, conhecidas como células fotorreceptoras. Até então, a doença não tem cura conhecida e novos tratamentos dependem de terapias celulares e genéticas. Contudo, a solução para tal quadro clínico pode ser bastante inesperada: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110309-7-curiosidades-sobre-lhamas-que-voce-certamente-nao-sabe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lhamas</a>.<h2>Busca por tratamentos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04173841803385.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com o novo estudo, os pesquisadores acreditam terem encontrado uma molécula específica capaz de fornecer o tratamento para casos de RP autossômica dominante associada à rodopsina (adRP). A rodopsina é uma molécula-chave sensível à luz na retina humana e mutações em seu gene são a principal causa de adRP.“Mais de 150 mutações na rodopsina podem causar retinite pigmentosa, tornando um desafio o desenvolvimento de terapias genéticas direcionadas”, destacou o professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, Krzysztof Palczewski. Segundo o pesquisador, por conta da elevada prevalência de casos de PR, tem havido um investimento significativo em esforços de investigação e desenvolvimento de novos tratamentos.Embora os pesquisadores tenham estudado a rodopsina há mais de um século, os principais detalhes de seu mecanismo de conversão de luz em sinal celular têm sido difíceis de abordar em experimentos. Para esse estudo, então, os cientistas usaram um tipo especial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127250-cientistas-criam-anticorpos-que-reduzem-taxa-de-rejeicao-de-transplantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anticorpo</a> derivado de lhamas, conhecido como nanocorpo, o qual poderia interromper o processo de fotoativação da rodopsina e permitir que seja investigado em alta resolução.&nbsp;<h2>Soluções experimentais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04173919412388.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)“Nossa equipe desenvolveu nanocorpos que funcionam por meio de um novo mecanismo de ação. Esses nanocorpos têm alta especificidade e podem reconhecer a rodopsina alvo extracelularmente”, afirmou o pesquisador e cientista da Universidade da Califórnia, David Salom.Os cientistas descobriram que esses nanocorpos têm como alvo um local inesperado na molécula da rodopsina. Também foi descoberto que o efeito estabilizador desses nanocorpos pode ser aplicado a mutações do gene da rodopsina que estão diretamente associados a doenças da retina — sugerindo o uso terapêutico."No futuro, esperamos envolver a evolução in vitro deste conjunto inicial de nanocorpos. Também avaliaremos a segurança e a eficácia de uma futura terapia genética de nanocorpos para RP", esclareceu Arum Wu em comunicado oficial emitido pela Universidade da Califórnia. Os investigadores esperam melhorar a capacidade dos nanocorpos em reconhecer a rodopsina de outras espécies, incluindo ratos.Existe também um plano de usar esses nanocorpos para atingir um objetivo de longo prazo no campo da resolução estrutural dos principais estágios da rodopsina, desde seu estado inativo ao estado totalmente ativado. Com isso, novas estratégias poderiam ser traçadas no futuro para "atacar" <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123265-deficiencia-visual-entenda-o-amplo-espectro-da-cegueira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças de visão</a> relacionadas com esse tópico.&nbsp;</body>

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