Chorar faz bem? Sim — e até debaixo d'água!

09/09/2023 às 02:002 min de leitura

As lágrimas fazem parte de nossa vida desde que nascemos. Compostas de água, óleo e muco, elas cumprem algumas funções bem importantes no nosso organismo. E, quando estamos tristes ou emocionados, nosso corpo ainda produz lágrimas extras para expressar o nosso sentimento ao mundo.

A verdade é que a ciência já descobriu que chorar é benéfico à saúde. O ato do choro libera substâncias químicas naturais no corpo, como a endorfina, que é capaz de reduzir a dor, e ocitocina, hormônio que nos faz sentir ligados a outras pessoas. Por isso, na hora que der vontade de liberar algumas lágrimas, o ideal é deixar que elas rolem soltas.

A função das lágrimas

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

O pediatra Geoffrey Bradford afirma que as lágrimas são muito importantes para a saúde dos olhos – mesmo quando estamos dormindo ou até nadando em uma piscina. Elas servem para deixar os olhos bem lubrificados e protegidos, e fazem uma função de lavagem suave.

Toda a vez que piscamos os olhos, ajudamos que nosso canal lacrimal espalhe fluidos em sua superfície. Quando se usa lentes de contato, elas flutuam sobre essa camada de lágrimas. Por isso, se o olho estiver seco, as lentes vão grudar e causar uma sensação bem desconfortável.

Ao dormir, passamos a liberar menos lágrimas, mas elas ainda estão lá. Quando acordamos, elas aumentam em quantidade, e nos ajudam a piscar, além de nos fazer coçar menos os olhos. Bradford explica, em artigo da Pop Science, que o efeito é como quando colocamos água em um tobogã na piscina para deslizar melhor.

As lágrimas também são capazes de remover poeira, fumaça e qualquer coisa estranha que entre em contato com os olhos. E, por fim, quando alguém contrai conjuntivite, elas ajudam a matar e eliminar os germes.

Lágrimas embaixo d'água

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Uma curiosidade sobre o choro, segundo Geoffrey Bradford, é que elas continuam desempenhando sua função mesmo quando estamos o debaixo d'água – por exemplo, dentro de uma piscina.

O médico explica que elas têm um papel bem importante nestes ambientes aquosos. Contudo, é recomendado sempre proteger os olhos. "Como a maior parte da água onde você dá um mergulho contém irritantes para os olhos, como cloro, bactérias ou areia, nadar com os olhos abertos fará com que as glândulas lacrimais produzam lágrimas para lavá-las. Usar óculos de proteção ou manter os olhos fechados debaixo d'água ajuda a protegê-los e a mantê-los mais confortáveis", pontua Bradford.

Depois do choro, as lágrimas evaporam. Os canais lacrimais se situam dentro das pálpebras e no canto dos olhos. Estes últimos funcionam como drenos que sugam os restos. "Os dutos lacrimais levam as lágrimas antigas para o nariz e depois para a garganta, onde você as engole. É por isso que quando você chora muito, seu nariz escorre. E às vezes, quando você usa colírio, você pode sentir o gosto do remédio na parte de trás da língua", explica.

Às vezes, quando envelhecemos, passamos a produzir menos lágrimas. Quando isso acontece, os olhos começam a arder e coçar mais do que o normal, e passa a ser recomendado então o uso de colírios chamados de lágrimas artificiais. Independente da forma que seja, chorar continua sendo a maneira mais eficiente de proteger nossa visão.

Fonte

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