Estudo identifica potencial benefício da ocitocina, o 'hormônio do amor'

11/10/2022 às 02:002 min de leitura

Prepare-se para essa notícia: o hormônio do amor pode ajudar a cuidar de um coração ferido. Ficou curioso? A gente te explica! Mas antes de tudo, vamos esclarecer que é da ocitocina que estamos falando aqui. 

Presente no cérebro, a produção dela ocorre no hipotálamo e é estimulada em situações em que há a manifestação de amor ou carinho envolvido. Ou seja: o simples gesto de dar um abraço ou um beijo na pessoa amada são o suficiente para elevar o nível de concentração do hormônio no organismo, aumentando a sensação de bem estar.

Além disso, a ocitocina também é a substância responsável por estimular, de forma involuntária, as famosas contrações na hora do parto, e mesmo da lactação nas mulheres gestantes. Se isso parece fascinante, não para por aí, pois ela também protege o sistema vascular ao reduzir a pressão arterial e atuar como oxidante.

O que estudiosos descobriram, por sua vez, pode indicar um novo caminho na busca de tratamento para doenças cardíacas, pois tal associação ainda não havia sido estabelecida.

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Descoberta promissora

Nesse estudo, a análise da atuação do hormônio permitiu identificar que a ocitocina auxiliou os músculos presentes no coração a se regenerarem, atuando na substituição dos cardiomiócitos e de células musculares que sofrem danos com as lesões cardíacas.

A pesquisa, publicada no periódico Frontiers in Cell and Developmental Biology, contou inicialmente com a observação desse fenômeno nos peixes-zebra, destacando a ação do mecanismo cerebral nesse processo de reparo das lesões musculares. 

E isso não seria possível sem um fator importante: a ligação que existe entre o cérebro e coração é tão bem estabelecida que já tem sido objeto de diversas investigações que mostram a sua importância. A indução da regeneração do coração ferido, fruto dessa relação entre os órgãos, é a chave desse estudo.

Nos peixes, o organismo trabalhou ativamente na recuperação do coração graças à ação da ocitocina, mostrando efeito em apenas três dias. Mas como a produção do hormônio não ocorre de maneira tão expressiva em humanos numa situação similar, por exemplo, também foi realizado experimento com cultura de células humanas, obtendo resultados promissores. 

A descoberta realizada sugere que seria necessária a atuação de algum mecanismo que induza a esse processo. Segundo Aitor Aguirre, professor da Universidade do Estado de Michigan e principal autor do estudo, ainda é preciso investir em novas pesquisas para explorar a desenvolvimento de uma nova forma de tratamento que seja eficaz em humanos. 

(Fonte: Pexels)(Fonte: Pexels)

Prevenção é o melhor caminho

Considerando o cenário atual, em que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, trata-se de uma boa notícia no campo da ciência. Apesar dos avanços nas formas de tratamento, a prevenção ainda continua sendo a melhor forma de combate. 

As doenças cardíacas podem levar anos para se manifestar, e em boa parte dos casos, elas se desenvolvem graças a uma série de maus hábitos construídos desde cedo, antes da vida adulta. 

Além do consumo de álcool e tabagismo, o excesso do consumo de alimentos ricos em gorduras e açúcares, o sedentarismo e mesmo o estresse, conjuntamente, podem se constituir como um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração.

Por isso, adotar hábitos saudáveis na hora de se alimentar, praticar exercícios físicos e, como já falamos acima, expressar amor e caminho para quem gostamos são formas cientificamente comprovadas de se manter mais saudável – e feliz.

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