Ciência
27/11/2014 às 11:13•1 min de leitura
Apesar dos benefícios dos alimentos, e dos milagres que algumas dietas específicas costumam alardear, um novo estudo propõe que praticar exercícios e jejuar em intervalos não contínuos pode ter efeitos benéficos ao cérebro.
A ideia é que o stress causado pelo jejum combinado com exercícios ajuda o cérebro a melhorar o fluxo de energia dos neurônios. Essas condições também estimulariam a produção de uma proteína chamada BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que acreditam ser um fator importante no crescimento e divisão mitocondrial.
Segundo Mark Mattson, um neurocientista do Instituto Nacional sobre Envelhecimento em Baltimore, ao estudar o fenômeno em animais, ele e outros pesquisadores conseguiram evidências que exercícios e jejum em intervalos não contínuos aumentam o número de mitocôndrias nos neurônios.
Os pesquisadores pretendem iniciar em breve os testes com humanos. Os primeiros testes seriam feitos com indivíduos obesos entre 55 e 70 anos que têm resistência à insulina e que não estejam em tratamento para diabetes. Os pacientes passariam por uma bateria de testes cognitivos enquanto têm seus cérebros mapeados através de um exame de ressonância magnética funcional.
Os testes seriam feitos para confirmar se os estímulos causados por fazer exercícios em jejum podem melhorar o desempenho em testes cognitivos e mudar a rede de conexões neurais e os marcadores de inflamações e de stress oxidativo.
É bom lembrar que o estudo ainda está em fase de testes e que o jejum proposto é em intervalos intermitentes, então nada de correr uma maratona de barriga vazia antes de uma prova importante. Ficar longos períodos sem comer ainda é considerado prejudicial por grande parte dos médicos.