Quem são os serial killers e o que os diferencia dos outros assassinos?

14/10/2016 às 11:333 min de leitura

Na semana passada, fizemos uma live especial no Facebook do Mega Curioso sobre serial killers. Por motivos que desconhecemos, o vídeo simplesmente sumiu depois de terminarmos a transmissão e algumas pessoas vieram perguntar onde estava o conteúdo. Por isso, resolvi transformar em matéria tudo que abordamos sobre o tema. Se você perdeu ou quer relembrar alguma informação, vem comigo:

O que é um serial killer?

De acordo com o FBI, serial killer é alguém que matou no mínimo três pessoas. Porém, essa informação pode ser um tanto vaga. Quer um exemplo? O brasileiro Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, invadiu uma escola municipal na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em abril de 2011, e matou 12 crianças. Isso o torna um serial killer? Não. Além do número de vítimas, para determinar se alguém é um assassino em série é preciso haver um espaço de tempo entre os crimes. Da mesma forma, existem criminosos que são presos antes de chegar à terceira morte, mas isso não significa que eles parariam de matar se não fossem pegos.

Ted Bundy

Diferente de assassinos comuns, serial killers são sociopatas e podem ser divididos em quatro grupos distintos:

1. Visionários: são insanos e costumam relatar que ouvem vozes que os mandam matar. David Berkowitz, também conhecido como o Filho de Sam e o Assassino da Calibre .44, matou seis pessoas e afirmava que “os demônios estavam bramindo por sangue”.

2. Missionário: são assassinos que se sentem responsáveis por livrar o mundo do que julgam imoral. Um exemplo famoso da ficção é o personagem Dexter, que acredita estar fazendo o bem ao matar todos os bandidos da região. Porém, ele não está verdadeiramente preocupado em livrar outras pessoas do mal, mas sim em como satisfazer seus desejos e permanecer com a consciência limpa.

Dexter

3. Emotivo: matam por diversão e têm prazer em planejar todos os crimes. Costumam ser bem violentos.

4. Sádicos: são os assassinos sexuais. Seu prazer está diretamente ligado ao sofrimento da vítima.

Modus operandi X Assinatura

O modus operandi de um serial killer é tudo aquilo que ele vai fazer para cometer um crime. Segundo a escritora Ilana Casoy, “o modus operandi assegura o sucesso do criminoso em sua empreitada, protege sua identidade e garante a fuga. O modo de agir é dinâmico e vai se sofisticando conforme o aprendizado do criminoso e a experiência adquirida com os crimes anteriores”.

Harvey Glatman amarrava e fotografava suas vítimas

Já a assinatura é o que ele faz para se satisfazer psicologicamente e pode até mesmo colocá-lo em risco, como um jeito diferente de amarrar a vítima ou um roteiro que ele deseja seguir.

A infância e a “terrível tríade”

Muitos especialistas acreditam que um serial killer apresenta sinais desde criança. É curioso notar, por exemplo, que mais de 80% desses assassinos tiveram uma infância difícil, envolvendo abuso sexual, físico e emocional ou abandono.

Outra característica relevante é a “terrível tríade”, que envolve três situações comuns neste grupo: a incontinência urinária, o abuso sádico de outras crianças ou animais e a destruição de propriedades por prazer.

Mas não ache que todos os sinais serão evidentes a ponto de estarem escritos na testa de uma pessoa: “sou um serial killer. Eles sabem muito bem agir como os outros, desenvolvendo uma personalidade completamente diferente de seu real comportamento violento.

Estatísticas

O livro “Serial Killer – Louco ou Cruel?”, da escritora Ilana Casoy, apresenta dados interessantes sobre os assassinos em série:

Livro da editora Dark Side

  • 84% dos serial killers são caucasianos
  • 93% são homens
  • 90% têm idade entre 18 e 39 anos
  • 89% das vítimas são caucasianas e 65% são mulheres
  • Um terço dos molestadores são viciados em alguma substância
  • A cada 9 molestadores, 8 são homens
  • Criminosos que abusam de meninos mostram maior risco de reincidir do que aqueles que abusam de meninas
  • 36% dos serial killers foram cruéis com animais na infância
  • A minoria dos serial killers são negros – em lares onde sofreram com pais abusivos, eles costumam ser adotados por uma figura feminina amável, como as avós. É um comportamento natural na cultura negra
  • Apenas 5% dos assassinos em série estavam mentalmente doentes no momento de seus crimes
  • Indivíduos antissociais, impulsivos, sem remorso e que cometem crimes violentos têm, em média, 11% menos matéria cinzenta no lobo pré-frontal
  • Países com maior número de serial killers: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha e França
  • 75% dos serial killers conhecidos são dos EUA, devido à alta tecnologia e formação de que dispõe a polícia na obtenção de dados para solucionar os crimes e à enorme facilidade de comunicação e troca de informações entre os estados

Homens x Mulheres

Normalmente, existem diferenças no modo de agir de homens e mulheres assassinos em série. Mulheres costumam ser “anjos da morte”, matando pessoas idosas ou doentes. Há também os casos em que elas se envolvem com psicopatas e têm esse lado assassino aflorado.

Karla Homolka e Paul Bernardo foram responsáveis por pelo menos 3 mortes

Outro fato curioso é que, quando abusadas na infância, as mulheres acabam internalizando seus sentimentos e podem ter comportamentos autodestrutivos, com abuso de drogas ou indo para a prostituição. Mas, quando se tornam assassinas, é mais provável matarem pessoas conhecidas, como namorados e maridos. Nesses casos, elas, geralmente, vão tentar forjar um acidente.

Serial killers no Mega Curioso

Gostou do assunto? Agora é hora de conhecer alguns dos mais famosos serial killers que já passaram por aqui:

Ed Gein: o assassino que inspirou a criação de vários personagens sinistros

Paul Bernardo e Karla Homolka – Unidos pelo crime

Hamilton Fish – Canibal e serial killer: saiba a história macabra do verdadeiro bicho-papão

Diogo Alves – O serial killer do Aqueduto

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