Cartão francês: a ousada pornografia de 1920

29/06/2015 às 05:572 min de leitura

Os anos de 1920 foram marcados, em algumas partes do mundo, por uma espécie de revolução comportamental, quando o moralismo passou a ser questionado, especialmente em alguns países europeus, e a mulher começou a ter mais liberdade com relação ao próprio corpo. Essa mesma liberdade começou a ser reprimida por muitos conservadores, mas acabou colaborando para grandes mudanças com relação à igualdade de gênero.

Nesse sentido, a forma como as pessoas se vestiam e se comportavam em eventos sociais, por exemplo, mudou também, de modo que a exposição do corpo feminino acabou acontecendo mesmo com o tema sendo um grande tabu.

Na Europa, os famosos “cartões franceses” começaram a fazer sucesso. Nesse sentido, o All That is Interesting chegou a comparar essas imagens com a “Playboy” dos dias de hoje. De qualquer forma, é bastante curioso ver a maneira como o corpo feminino e as representações de sexualidade eram trabalhados há quase um século.

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A França passou a ser amplamente conhecida pela produção desses cartões postais eróticos, e vários países do mundo começaram a chamar esses produtos de “cartões franceses”, mesmo quando vinham de outros países. Em alguns casos, os cartões eram desenhados, como você vai ver abaixo.

O fato é que pela primeira vez o mundo se deparava com imagens provocativas, de mulheres com decotes, saias curtas, muitas vezes com sutiãs, calcinhas e cintas-ligas à mostra. Em alguns cartões mais ousados, mas não muito comuns, algumas mulheres mostravam os seios ou chegavam a posar completamente nuas mesmo.

A coisa ficou tão séria que o governo norte-americano, preocupado com a moral e os bons costumes, proibiu a entrada desses cartões postais na Terra do Tio Sam. Enquanto isso, na França, os cartões eram vendidos em tabacarias, diversas lojas e até oferecidos por vendedores de rua. Os fotógrafos chegavam a usar falsos nomes ao assinarem os trabalhos, com medo do julgamento popular.

Galeria 2

Não demorou, logicamente, para que a venda dos cartões se tornasse ilegal, mas isso, é claro, não interrompeu a produção e a comercialização do material. No final das contas, a proibição acabou estimulando ainda mais a produção das fotos, o que logo se tornou um negócio bastante lucrativo, até mesmo porque a câmera fotográfica ainda era uma novidade – e uma raridade também, quase ninguém tinha.

As modelos que aceitavam posar para os cartões não tinham suas identidades reveladas, diferente do que acontece hoje. Na época, o sigilo e o uso de maquiagem e perucas eram meios encontrados por essas mulheres para protegerem a si mesmas, afinal, como a prática era proibida, elas poderiam ser multadas ou até presas.

Com as questões morais perdendo cada vez mais força, a proibição deixou de existir em 1933, quando a fotografia erótica passou a fazer realmente sucesso e a ter mais visibilidade em todo o mundo. E aí, o que você achou desse erotismo das antigas? Conte para a gente nos comentários!

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