Divórcio pode estar relacionado ao início da vida sexual

As mulheres que perderam a virgindade de forma indesejada na adolescência tendem a se divorciar mais. A afirmação pode parecer improvável, mas foi essa a conclusão de uma pesquisa realizada na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores entrevistaram 3.793 mulheres casadas e divorciadas. Entre aquelas que perderam a virgindade até os 16 anos, 31% se divorciaram em cinco anos e 47% em 10. Não há especificações na pesquisa se as participantes casaram com o homem com o qual fizeram sexo pela primeira vez.

Entre as participantes, apenas 1% revelou que perdeu a virgindade antes dos 13 anos por vontade própria. Das mulheres que tiveram relações sexuais pela primeira vez antes dos 15, 5% o fizeram espontaneamente, assim como 10% daquelas que perderam a virgindade antes dos 17 anos.

De todas as voluntárias, mais da metade (58%) esperou até os 18 anos para começar a vida sexual e dessas, 22% praticaram o ato contra sua vontade.

A quantidade de parceiros também aumenta para aquelas que perderam a virgindade mais cedo. Entre elas, 31% afirmaram relacionar-se com várias pessoas, enquanto entre as que começaram a vida sexual mais tarde, apenas 24% disseram o mesmo.

A pesquisa revelou ainda que uma em cada quatro mulheres que fizeram sexo na adolescência deu à luz antes de casar. Em contrapartida, uma em cada dez entrevistadas que esperou até a idade adulta teve filhos seguindo esse padrão.

Vale ressaltar que o estudo não avaliou apenas a relação entre o início da vida sexual e o divórcio. Os pesquisadores descobriram que o sexo em si não pode aumentar a propensão ao divórcio, mas sim, o número de parceiros sexuais e a ocorrência de gravidez fora do casamento.

A relação com o divórcio vem da maneira como a primeira vez aconteceu. Quanto mais traumática foi a perda da virgindade para uma mulher, maior será a influência negativa para os relacionamentos futuros, acarretando em um comportamento propenso à separação.