Como fazer um strip-tease?

Meia luz, uma boa seleção de músicas, roupas interessantes... Tudo isso é parte de um bom strip-tease, sem dúvida. Ainda assim, é preciso saber algumas coisas antes de começar a tirar a roupa. A primeira delas é saber que uma boa performance não envolve apenas ligar o som e começar a se livrar das peças. Portanto, se você está com pressa é melhor nem começar. Um strip-tease que se preze leva algum tempo para ser executado.

Uma vez que você tenha isso em mente, as coisas começam a ficar realmente interessantes. Porém, é importante saber que a ideia principal não é cair na vulgaridade. Ainda que existam alguns estereótipos dessa “modalidade sedutora”, a ideia é fazer com que você tome o controle da situação e torne esse momento instigante para os dois.

As origens

Algumas culturas antigas tinham diversas superstições em relação à nudez feminina. Muitas delas viam na exposição do corpo uma forma de espantar demônios, tempestades e até mesmo combater inimigos durante guerras e confrontos menores. O fato é que unir a música correta a uma sequência de movimentos sensuais e o contato visual sempre foi uma das maiores “armas” femininas.

Dita Von Teese é um dos ícones da arte da provocação
Fonte: Getty Images

A quantidade de roupa envolvida também já variou muito durante os milênios. Desde as dançarinas da antiga Babilônia até as atuais divas do burlesque moderno, a intenção é manter algum mistério. Como o próprio nome diz, o strip-tease é uma arte que envolve tirar e provocar. É exatamente por isso que se deve fazer tudo com bastante calma e segurança.

Uma antiga lenda suméria conta que há mais de 3 mil anos existiu uma descendente da deusa Inanna que descia ao Kur (Mundo Inferior) e para cada um dos sete portões que ela passasse, deveria deixar uma peça de roupa ou uma joia. Ainda existe a crença de que esta lenda é um dos desdobramentos da famosa “dança dos sete véus” feita pela Rainha Salomé ao Rei Herodes.

Mais tarde, a representação dessa passagem bíblica realizada por Oscar Wilde em 1893 é tida como o nascimento do strip-tease moderno, já que envolve a “revelação” do que está por baixo dos tais sete véus da rainha. De uma forma ou de outra, tudo o que envolve o corpo e o seu uso para proporcionar e receber prazer foi sumariamente proibido e tido como pecaminoso – ainda que praticado às escondidas por diversos setores da sociedade.

Maud Allan interpretou a Salomé de Wilde
Fonte: Reprodução

Talvez a era da ascensão das “artes sedutoras” tenha ocorrido entre os séculos XVI e XIX, quando as peças de teatro começaram a mostrar algumas das histórias mais ousadas ao público geral. Boa parte disso aconteceu na Inglaterra e França, especialmente nos anos 1700 ao início do século XX. As performances recebiam nomes diferentes e um deles foi o “burlesque”.

“Burlando” algumas normas

O burlesque ainda é um estilo de dança que exige muito de quem pratica. Entretanto, as suas origens são mais brandas e até mesmo cômicas. O termo vem do latim “burla”, que significa “ridicularizar” ou “zombar” de algo. Neste caso, o burlesque nasce como uma forma bastante interessante de satirizar fatos do cotidiano e trabalhar performances mais sensuais para isso.

Foi durante o reinado da Rainha Vitória, na Inglaterra, que este estilo ficou famoso. Os espetáculos de dança sensual costumavam ser riquíssimos em detalhes, o que rendeu o nome “extravaganza” ao famoso burlesque vitoriano.

Outro desdobramento, talvez mais conhecido, é o burlesque americano. Ainda que as raízes sejam as mesmas da vertente inglesa, este tipo de dança é mais provocante e, com o passar dos anos ganhou ares de espetáculo hollywoodiano. Recentemente, Cher, a rainha dos sintetizadores, participou do filme que recebe o nome da dança em parceria com Christina Aguilera.

Cena do filme Burlesque (2011)

Apesar de pouco esclarecedor, o filme consegue mostrar um pouco do glamour e da complexidade deste estilo. Em todos os momentos se percebe que a dança é um misto de “inocência” e provocação que são capazes de prender os olhos da plateia por mais de 200 anos de história.

Como reunir isso tudo em casa?

Fazer um strip-tease é algo que envolve muito mais do que simplesmente chamar o seu namorado ou marido e tirar a roupa. É preciso criar um ambiente bastante propício para que a coisa aconteça bem. Um bom começo é preparar o lugar em que você pretende fazer a sua performance. Ainda que não seja totalmente necessário fazer disso um “compromisso”, essa importância toda pode ajudar.

Comece trabalhando com a iluminação. Se você não se sente muito segura em tirar a roupa com as luzes acesas, não se preocupe. A ideia é fazer com que o seu corpo permaneça em um ar de mistério. Por isso, o ideal é apagar as luzes, fechar as cortinas e deixar que as velas se encarreguem dessa parte. Se você tiver um dimer para regular a intensidade das lâmpadas do cômodo, esta é a hora de usá-lo.

Feito isso, é hora de pensar na música. Qual é o seu estilo favorito? Quais músicas fazem com que você se sinta segura? São exatamente essas que devem estar na sua playlist. Alguns clássicos como “You Can Leave Your Hat On” de Joe Cocker ou “You Sexy Thing” do grupo Hot Chocolate podem ajudar a criar uma boa seleção. Pense em mais ou menos três músicas para a sua performance, afinal você não deve ter pressa, lembra-se?

Chegamos ao momento mais importante: a roupa. Não é só porque você vai tirar peça por peça que esta etapa deve ser desprezada. Muito pelo contrário! É justamente por isso que você deve dedicar algum tempo para escolher a melhor roupa, aquela que valoriza o seu corpo sem cair no vulgar. Vale lembrar que uma boa lingerie pode fazer toda a diferença quando a “camada externa” já tiver ido pelos ares.

A palavra-chave é...

...atitude! Como você já percebeu nos parágrafos anteriores, o grande segredo do strip-tease é você demonstrar que está segura do que está fazendo. Este é o momento em que você deve esquecer aquela timidez e quaisquer outros freios para se dedicar totalmente à personagem que está encarnando. Se precisar de alguma dica para tornar as coisas mais fáceis, basta lembrar-se de que vocês estão a sós e quanto mais você provocar, melhor será a “recompensa”.

Por isso, sinta-se livre para brincar e até mesmo “maltratar” o rapaz. O plano é justamente este. Crie regras para a brincadeira e deixe bem claro que enquanto não for a hora, ele não poderá tocá-la. Se for necessário, você pode até amarrá-lo à cadeira, caso isso faça parte da fantasia. Mantenha contato visual com ele pelo máximo de tempo que conseguir – inclusive quando estiver de costas. É sustentando o olhar que você demonstra toda a segurança que conseguiu reunir.

E então, está pronta para começar a provocar?