Dados reveladores sobre traição

23/07/2012 às 11:278 min de leitura

Fonte: Thinkstock

Ao dizer o “sim” para o parceiro no dia do casamento, com certeza a intenção da maioria dos casais é seguir o “felizes para sempre”. Porém, nem sempre é fácil vencer a rotina, que acaba tornando o relacionamento monótono e difícil de ser levado adiante.

Nesse contexto, muitos acabam se rendendo ao flerte com colegas de trabalho, amigos ou mesmo desconhecidos como uma forma de deixar a vida amorosa e sexual mais interessante. O problema é que a infidelidade envolve quebra da confiança e é um dos motivos para que a relação chegue ao fim.

Apesar do risco, pesquisas mostram que a maioria dos casais já passou por um caso de infidelidade, por mais que a parte traída não saiba disso. Os motivos para preferir um caso extraconjugal para fugir da monotonia em vez do divórcio variam, assim como as razões para procurar um amante.

E encontrar alguém disposto a ter um caso sem compromisso parece cada vez mais fácil. As redes sociais que ajudam os comprometidos a apimentar a relação por meio de flertes sigilosos já chegaram ao Brasil conquistando mais de 100 mil usuários em poucos meses.

Confira abaixo o que as pesquisas sobre o comportamento dos infiéis têm a revelar e descubra se a traição pode realmente ser uma alternativa para fugir da rotina.

Quem são os infiéis?

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Desde que chegou ao Brasil, há cerca de um ano, o site de relacionamentos para casados Second Love tem conseguido desvendar o comportamento dos infiéis do país. Com a proposta de oferecer novas experiências amorosas para aqueles que estão cansados da rotina do casamento, o serviço já possui mais de 150 mil usuários brasileiros.

Para descobrir o perfil dos inscritos, o Second Love realizou uma pesquisa com mil deles. Entre esses, 70% eram homens e a faixa etária predominante (36%) era entre 30 e 39 anos. A maioria também declarou ter curso superior completo (54%) e seguir os princípios do cristianismo (48%). Os paulistas lideram as inscrições, seguidos por cariocas e mineiros.

Entre os comprometidos, 27% declararam que são casados há mais de 10 anos, em uma relação fechada (82,5%) e que não revelam suas aventuras extraconjugais ao parceiro (70%). Ao que parece, a monogamia anda em baixa entre os usuários, já que mais da metade deles (56%) afirmou não acreditar nela.

A pesquisa revelou ainda que a falta de sexo no casamento é o principal motivo para a traição, com 61% das respostas. Em seguida, vem o fim da paixão (35%), a dificuldade em se comunicar (26%) e a incompreensão na relação (19%). Sobre a participação no Second Love, a maioria revelou querer apenas uma relação casual, sem compromisso.

O site americano Ashley Madison, também da área de relacionamentos para casados, fez uma pesquisa semelhante com seus usuários nos Estados Unidos. Entre os 14 mil entrevistados, 11 mil eram homens na faixa dos 40 anos, casados há pelo menos 10 e com dois filhos pequenos. As principais profissões dos traidores são na área de TI e engenharia (10,6%), indústria financeira (8,2%), educadores (6,5%), médicos (4,6%) e advogados (3,8%).

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Para as mulheres, a faixa etária dos 30 anos é predominante. Em geral, elas estão casadas há cinco anos ou menos, têm um filho com cerca de três anos de idade e atuam como professoras, na indústria médica ou são donas de casa.

Brasil é o campeão nas traições

Apesar de os perfis dos infiéis brasileiros e americanos serem bem parecidos, o fato é que, quando o assunto é traição, nós saímos na frente. Um levantamento realizado por outro site que possibilita encontros entre casados, o Ohhtel.com, revelou que é aqui que vive a maior parte dos traidores.

A rede também opera nos Estados Unidos, Argentina, Canadá e Chile, sendo que a afirmação da vantagem tupiniquim surgiu com base no número de inscrições mensais no site. Enquanto aqui ele pode chegar a 80 mil pessoas, nos Estados Unidos esse número não ultrapassa os 50 mil. Em relação à Argentina e ao Canadá, a diferença é ainda maior, com 13 mil e 5 mil novos usuários mensais, respectivamente.

O levantamento revelou também que a maioria dos cadastrados brasileiros não tem a intenção de se divorciar, pois amam seus parceiros.

O sucesso das redes sociais para os casados

Fonte: Reprodução/secondlove.com.br

No último ano, os brasileiros passaram a ter acesso a novos sites que tornam a procura por um caso extraconjugal mais fácil. Entre eles está o Second Love, que em pouco mais de um ano já tem 120 mil usuários ativos.

Segundo a executiva Anabela Santos, porta-voz do serviço para o Brasil, o foco são os comprometidos que querem escapar temporariamente da monotonia dos seus relacionamentos longos. Porém, ela ressalta que a intenção não é incentivar a traição, apenas apimentar a relação com flertes virtuais. “A opção de ir além de um simples bate-papo virtual é de cada usuário”, ressalta ela.

A executiva explica que, após o cadastro, os usuários podem interagir por meio de “piscadela” (recurso para chamar a atenção dos pretendentes), troca de e-mails ou até chat em 3D. Esse último é um bate-papo virtual em que os participantes podem ser representados por uma animação durante a conversa, com um cenário descontraído. As mensagens, no entanto, continuam sendo por escrito, como nos chats convencionais.

Para que o sigilo dos participantes seja mantido, é possível fazer a inscrição com um nickname, sem envolver o nome real. Assim, todos os contatos serão feitos por meio dele, sem revelar sua identidade real. “Os usuários têm também a opção de colocar uma foto privada e somente mostram a quem lhes interessar, enviando uma senha de acesso”, exemplifica ela.

O sigilo proporcionado pela internet é uma das vantagens que tornam o meio tão atrativo para quem busca um caso extraconjugal. Além disso, o affair acontecerá com desconhecidos, o que torna a possibilidade de o cônjuge descobrir o acontecido ainda mais rara.

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Para Anabela, o site é apenas mais uma ferramenta para conhecer outras pessoas, assim como bares e baladas. “A diferença é que, com o Second Love, é possível ter certeza que as pessoas que estão lá se encontram na mesma situação. Nós apenas damos a oportunidade para que elas conheçam outras com as mesmas necessidades, preocupações, vontades etc.”, relata.

E parece que a proposta é elogiada pelos inscritos no site. “O feedback dos usuários quanto a conhecer outras pessoas e a relatos de melhorias no casamento é muito bom”, conta a executiva. Segundo ela, não há registros de pessoas que tenham começado uma nova vida, em um novo casamento. Porém, levando em consideração o número de vezes que as pessoas voltam a acessar o serviço, é possível supor que muitos se encontram na vida real.

Desempenho sexual influencia a traição

Além de entender como funcionam os sites de relacionamento para casados, vale descobrir o que pode levar essas pessoas a recorrer a um caso extraconjugal. Uma pesquisa realizada em julho de 2011 pela University of Guelph, do Canadá, concluiu que o desempenho sexual pode ter bastante influência nessa decisão.

Isso porque, conforme divulgou o periódico Archives of Sexual Behavior, homens e mulheres que ficam mais nervosos em relação à sua performance na cama são mais propensos a trair que os demais.

A intenção era desvendar fatores demográficos, interpessoais e de personalidade de casais monogâmicos que relatavam infidelidade.

Um total de 506 homens e 412 mulheres responderam à pesquisa online. Todos faziam parte de relações monogâmicas e revelaram que os fatores de personalidade e interpessoais interferem mais na ocorrência de infidelidade que os aspectos demográficos, como a religião, por exemplo.

Entre os participantes, um quarto dos homens e 19% das mulheres confessaram já terem traído o parceiro. Para eles, traição envolve ter interações sexuais com pessoas aleatórias.

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Nesse contexto, a personalidade masculina mostrou-se como um dos determinantes para a infidelidade. Entre os homens, aqueles que se excitam mais facilmente ou gostam de assumir riscos são os maiores traidores. Além disso, os maridos que ficam muito ansiosos com o seu desempenho na cama também traem mais.

Já para as mulheres, a pesquisa revelou que a qualidade do relacionamento é o fator mais importante que as leva à traição. O estudo mostrou que aquelas que são infelizes com o parceiro são duas vezes mais propensas a se render à infidelidade. Além disso, elas podem trair três vezes mais caso se sintam incompatíveis com o cônjuge na cama.

Insatisfação emocional leva à traição

Um levantamento realizado pelo site de relacionamentos americano YourTango.com revelou, no entanto, que o sexo pode ficar em segundo plano como motivo que leva à infidelidade. Um grupo com aproximadamente 1,2 mil profissionais, membros do conselho de experts do serviço, analisou o comportamento dos usuários e divulgou o estudo no último mês com a conclusão.

Segundo os especialistas, a insatisfação emocional no relacionamento é o motivo número 1 para levar à traição, seguido pelo sexo. Para o pesquisador Lynn R. Zakery, pode ser surpreendente, mas boa parte dos homens está realmente procurando por alguém para trocar laços, ser sua melhor amiga e parceira íntima. Assim, quando o lado emocional fracassa no casamento, eles passam a buscar novas parceiras.

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O estudo analisou ainda outros aspectos relacionados à infidelidade. Entre os entrevistados, 50% concordaram que a tecnologia favorece a traição. Em contrapartida, apenas 7% confirmaram que o Facebook aumentou o número de casos extraconjugais significativamente. Além disso, 90% revelaram que os sites de namoro apenas dão a oportunidade de encontrar alguém, mas se uma pessoa quiser trair, vai encontrar alguém independente da ajuda desses recursos.

O estudo revelou ainda as três principais medidas que podem prevenir a traição. Em primeiro lugar, os dois lados do casal devem se sentir valorizados e importantes para o parceiro. Em seguida, vêm a boa comunicação e a satisfação sexual.

Qual o signo dos traidores?

Para desvendar o perfil dos traidores, o site de relacionamentos para casados Ashley Madison conferiu até alguns detalhes da personalidade de seus usuários. Recentemente, o serviço foi buscar em sua base de dados com mais de 13 milhões de pessoas quais os signos que traem mais.

Assim, se o seu marido é de peixes, fique atenta: eles formam a maior parte dos traidores (17%). Em seguidas, os maiores infiéis são aqueles do signo de Aquário (15%), Câncer (11%) e Capricórnio (10%). Entre os homens, os que menos traem são os de Sagitário e Escorpião, ambos com apenas 3%.

No caso das mulheres, as geminianas são as mais propensas a trair (20%), seguida pelas usuárias que são do signo de Áries (18%), Virgem (14%) e Peixes (12%). Entre elas, as de Escorpião também são confiáveis (2%), assim com as de Touro (1%).

Para os pesquisadores, os traços de personalidade determinados pelos signos é que podem favorecer o comportamento infiel dos usuários. Assim, a flexibilidade e a inquietude dos piscianos e das geminianas pode explicar a infidelidade. Já a lealdade, estabilidade e segurança dos escorpianos, por exemplo, justificariam a fidelidade demonstrada por esse signo.

As profissões dos infiéis

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O site de relacionamentos para casados Ohhtel.com também foi buscar entre seus usuários as características que os infiéis têm em comum. Após ouvir mais de 5 mil inscritos, os especialistas descobriram que secretárias, recepcionistas e empresários estão no topo da lista dos traidores.

O próprio ambiente de trabalho parece favorecer a infidelidade, independente da profissão. Isso porque 72,7% dos homens e 63,3% das mulheres que participaram do levantamento confessaram que já tiveram um affair com colegas de empresa. Além disso, a maioria deles (38,8%) e delas (60,7%) confirmaram já terem contado seus casos extraconjugais para os amigos do trabalho.

A pesquisa revelou ainda que o motel é o local preferido para a traição entre pessoas que trabalham juntas, assim como o carro, que ficou com o segundo lugar nas preferências. Além disso, mais de 22% dos participantes já fingiram estar em reunião para poder encontrar o amante dentro da empresa.

Infidelidade influencia o divórcio

Independente da personalidade, quem recorre à traição para fugir dos problemas do relacionamento precisa ter em mente que esse comportamento pode trazer consequências irreversíveis para a relação, quando descoberto.

Um levantamento de 2010 do site Ashley Madison foi conferir como a infidelidade pode influenciar o divórcio, tomando como base os dados já existentes na internet sobre o tema. O site descobriu que 17% das separações nos Estados Unidos são motivadas por uma traição, enquanto 61% dos americanos não acham que o comportamento infiel deveria ser considerado como crime.

Os especialistas também descobriram que 14% das mulheres e 22% dos homens admitiram em pesquisas que estavam sendo traídos por seus parceiros. Mas isso não pareceu tão incômodo: entre os casais americanos, 31% resolveram manter o casamento mesmo depois de descobrir os affairs dos cônjuges.

Sobre os casos extraconjugais, o Ashley Madison revelou que a duração média é de dois anos, sendo que eles estão presentes na rotina de um em cada 2,7 casais. Esses encontros, no entanto, parecem não ter futuro. Mesmo depois de divorciados, os traidores não costumam ter um romance com quem tiveram um caso: apenas 3% de 4,1 mil homens entrevistados casaram-se com suas amantes, conforme informou o site.

A literatura pode inspirar a traição

Fonte: Divulgação - Ashley Madison

O sucesso do livro “Fifty Shades of Grey” (no Brasil, "Cinquenta Tons de Cinza") entre mulheres do mundo inteiro não foi positivo apenas para a conta bancária do autor. O site Ashley Madison comemorou o aumento de até 50% das inscrições diárias de mulheres no serviço, que foram buscar nos casos extraconjugais uma forma de realizar boa parte das fantasias que surgiram após a leitura.

A publicação foi lançada em junho de 2011 e alcançou a marca de mais de 1 milhão de exemplares vendidos em poucos meses, incluindo as versões online adquiridas para o Kindle. Para comprovar a influência desse sucesso no aumento das inscrições femininas, o Ashley Madison foi perguntar para as novas usuárias, na primeira quinzena de julho, o que elas leram ultimamente.

Das 2,7 mil entrevistadas, 72% revelaram que leram o best-seller, enquanto 82% confirmaram estar se sentindo mais atraídas por sexo do que antes da leitura. Assim, 68% querem explorar as relações sugeridas no livro, sendo que 62% acreditam que seus maridos ficariam chocados se elas pedissem para que eles realizassem tais fantasias. Nesse contexto, um caso extraconjugal sem compromisso, com desconhecidos na mesma situação, se torna mais atraente que nunca.

Traição está sendo mais aceita?

A ocorrência constante da traição em relacionamentos não é mais novidade: além das pesquisas já mostradas nesse artigo, um estudo divulgado em outubro de 2011 pelo Daily Mail revelou que 47% dos britânicos já foram infiéis. Além disso, 63% dos entrevistados descobriram que foram traídos.

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A novidade da pesquisa online, no entanto, está no fato de que um número menor de casais resolveu acabar com a relação depois da descoberta de casos extraconjugais. Entre os entrevistados, 42% admitiram já terem reatado com um parceiro após serem traídos e 30% confessaram que perdoariam um caso de uma noite do cônjuge. O mesmo número de pessoas aceitaria se o parceiro tivesse um caso com uma celebridade.

O estudo descobriu também as motivações para as traições. Entre os britânicos entrevistados, um quarto disse estar bêbado quando cometeu a infidelidade, enquanto 20% foram infiéis para se vingar de uma traição anterior.

Para a executiva do Second Love, Anabela Santos, a traição hoje é encarada de forma diferente porque os casais querem escapar da rotina e viver novas experiências. “O problema é que, por vezes, essas fantasias são realizadas com alguém do grupo de trabalho ou do círculo de amigos, e a maior parte dos casamentos termina por causa disso. Em muitos casos, os nossos usuários simplesmente gostam de flertar e partilhar experiências. Dessa forma, reduzem a monotonia que pode haver em uma relação longa”, afirma ela.

E você, arriscaria ter um caso extraconjugal para fugir da rotina?

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