Imagem de Genevieve Grotjan decifrou o código impossível dos japoneses na guerra no megacurioso

E, mesmo assim, o nome dela permanece esquecido nos livros de História

De fevereiro de 1939 at&eacute; a rendi&ccedil;&atilde;o total do Jap&atilde;o aos Estados Unidos, em 1945, no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121183-auschwitz-o-que-aconteceu-la-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Jap&atilde;o usou a M&aacute;quina de Cifragem Tipo B, renomeada "Purple" pelos americanos, um dispositivo eletromec&acirc;nico que criptografava todos os tipos de mensagem. Na &eacute;poca, ele foi considerado indecifr&aacute;vel.
Mas em 20 de setembro de 1940, por volta das 14h, a matem&aacute;tica Genevieve Grotjan conseguiu o que todos julgavam ser imposs&iacute;vel: decifrar os c&oacute;digos usados pelos diplomatas japoneses ao anotar padr&otilde;es, repeti&ccedil;&otilde;es e ciclos usados nas transmiss&otilde;es criptografadas interceptadas pelo Servi&ccedil;o de Intelig&ecirc;ncia de Sinais (SIS).
<h2 class="uk-text-justify">A garota dos c&oacute;digos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06223831709021.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Nascida em 30 de abril de 1913, em Buffalo (Nova York), Grotjan se formou em bacharelado em Matem&aacute;tica, indo trabalhar na folha de pagamento do governo americano durante a Segunda Guerra Mundial at&eacute; que fosse recrutada por William Friedman, um c&eacute;lebre criptoanalista que montava uma equipe para quebrar o c&oacute;digo da cifra "Purple" do Ex&eacute;rcito Imperial japon&ecirc;s &mdash; visto que os brit&acirc;nicos j&aacute; haviam desistido da tarefa e a rotulado como imposs&iacute;vel.
Ainda jovem, Grotjan entrou para o time imenso das "garotas dos c&oacute;digos", buscadas em escolas, faculdades, universidades e cargos governamentais para que se mudassem para Arlington Farms (Virg&iacute;nia, EUA) e contribu&iacute;ssem com suas habilidades excepcionais para tentar desvendar c&oacute;digos japoneses.
Algumas delas foram realocadas para o Anexo da Marinha, mas todas foram treinadas por William e Elizabeth Friedman, decifradores famosos e fundadores do que hoje &eacute; a Ag&ecirc;ncia de Seguran&ccedil;a Nacional.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06223949474022.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A decodifica&ccedil;&atilde;o feita por Grotjan naquele dia permitiu que o SIS constru&iacute;sse um aparelho equivalente ao Purple para interceptar quase todas as mensagens trocadas entre o governo japon&ecirc;s e suas embaixadas em pa&iacute;ses estrangeiros.
Ent&atilde;o, eles tiveram acesso aos relat&oacute;rios completos codificados no Purple pelo Hiroshi Oshima, ent&atilde;o embaixador japon&ecirc;s em Berlim, que era a principal fonte de intelig&ecirc;ncia dos planos do grupo do Eixo.
Para William Friedman, a quebra da cifra Purple forneceu &ldquo;a fonte mais importante de intelig&ecirc;ncia estrategicamente valiosa e de longo prazo&rdquo;.
<h2 class="uk-text-justify">De fora da Hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/06/06224135834023.jpg" alt="(Fonte: U.S. Army/Associated Press)" />(Fonte: U.S. Army/Associated Press)
Por sua excel&ecirc;ncia e trabalho bem-sucedido, Grotjan foi designada para atuar no Projeto Venona, cujo objetivo era decodificar mensagens criptografadas enviadas pela KGB sovi&eacute;tica e pela Diretoria Principal de Intelig&ecirc;ncia (GRU).
Mais uma vez, a matem&aacute;tica provou sua capacidade em novembro de 1944, o que permitiu aos cript&oacute;grafos americanos reconhecerem quando uma cifra individual de um bloco de tempo era indevidamente reutilizada.
A mulher trabalhou no SIS at&eacute; 1947, quando renunciou ao cargo do governo para se juntar ao corpo docente da George Mason University como professora de Matem&aacute;tica.
Genevieve Grotjan integrou um elenco de mulheres brilhantes, com Dot Braden e Ruth Weston, que nunca falaram de seu trabalho mesmo ap&oacute;s o t&eacute;rmino da guerra, mantendo-se an&ocirc;nimas.
A hist&oacute;ria tamb&eacute;m pouco reconheceu o trabalho que elas fizeram, destino cruel do que era ser uma mulher brilhante no s&eacute;culo XX em um mundo t&atilde;o machista &mdash; e branco na maioria das vezes.
Ainda que Grotjan n&atilde;o tenha decifrado o Purple a tempo de evitar o ataque ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120575-o-ataque-a-pearl-harbor-na-visao-de-um-sobrevivente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pearl Harbor</a>, o trabalho que fez foi crucial durante a Batalha de Midway, servindo como uma isca e armadilha para os japoneses.

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Genevieve Grotjan decifrou o código impossível dos japoneses na guerra

Imagem de Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo no megacurioso

Arqueólogos identificaram 13 indivíduos com marcas de mumificação antes de serem enterrados há 8 mil anos

<head></head><body>Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo, descoberta feita após uma análise de antigas fotografias de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209924-missao-arqueologica-descobre-cemiterio-3-mil-anos-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escavações arqueológicas</a>. Os restos de humanos preservados possuem cerca de 8 mil anos e foram identificados a partir do acervo do trabalho do arqueólogo Manuel Farinha dos Santos, falecido em 2001, no Vale do Sado durante a década de 1960.A documentação evidenciou práticas mortuárias na região durante o Mesolítico, período que terminou com a introdução da agricultura. O novo estudo foi publicado na revista acadêmica European Journal of Archaeology e mostrou que 13 indivíduos tinham marcas de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/19585-plastinacao-a-substituta-da-mumificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mumificação</a> antes de serem enterrados, ritual feito mil anos antes do caso mais antigo conhecido até então, no Chile, e cerca de 4 mil anos antes dos registros egípcios.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115378-mumificacao-o-processo-de-embalsamar-os-mortos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mumificação: o processo de embalsamar os mortos</a></li></ul><h2>Análise dos corpos</h2>Para recuperar as condições de enterramento após a morte dos indivíduos, os especialistas usaram o método chamado de arqueotanatologia, que analisa a decomposição de corpos. Eles concluíram que os ossos dos esqueletos estavam “hiperflexionados”, no caso, com braços amarrados para colocar os cadáveres em uma plataforma elevada para drenar seus fluidos e serem secados por fogo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18152311551366.jpg" alt="Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)">Uma nova análise de escavações arqueológicas apresentou evidências de mumificação em Portugal há cerca de 8 mil anos, 4 mil anos antes do ritual egípcio. (Fonte: European Journal of Archeology / Reprodução)Segundo os autores, a mumificação tinha o propósito de facilitar o transporte dos mortos até o local considerado adequado para o enterro. Isso porque o corpo que passou por esse tratamento estaria mais contraído, ocupando menos espaço, e significativamente mais leve que um cadáver fresco. “Tais práticas também enfatizam a importância de trazer os mortos para esses locais, seguindo princípios da cultura daquela população na época”, escreveram.Outro sinal observado pelos arqueólogos, para determinar o processo de conservação, diz respeito ao solo ao redor do túmulo. Se um corpo fosse enterrado sem mumificação, sua decomposição mais rápida criaria vazios que seriam preenchidos por sedimentos, o que não foi encontrado. Como o solo estava praticamente intacto, ficou a sugestão de que ele não se decompôs dessa forma, logo, o cadáver já era uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149657-cientistas-recriaram-voz-mumia-3-mil-anos-confira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmia</a> antes do seu enterramento.</body>

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Múmias encontradas em Portugal podem ser as mais antigas do mundo

Imagem de ASPA: lei proíbe americanos de serem julgados por crimes de guerra no megacurioso

Você concorda com a polêmica lei muito julgada pela comunidade internacional?

<head></head><body>Desde 2002, quando a Lei de Proteção aos Membros do Serviço Americano (ASPA) foi criada, em meio a um conflito entre países com o governo dos Estados Unidos por encararem a lei como "arbitrária e sínica". Isso porque, ainda que possa parecer inofensiva a princípio, a ASPA imuniza cidadãos americanos e seus aliados a serem processados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), fundado pela Organização das Nações Unidas (ONU), localizado em Haia, Países Baixos.Ou seja, nenhum daqueles resguardados pela lei podem ser investigados ou mantidos sob custódia pelo TPI, não importa quais atos desumanos tenham cometido, podendo resultar em consequências terríveis para os envolvidos que tentarem passar por cima disso.&nbsp;Não é para menos que a ASPA é chamada pela comunidade internacional de "Lei de Invasão à Haia".<h2>Uma visão unilateral&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17215642946414.jpg" alt="(Fonte: New York Post/Reprodução)">(Fonte: New York Post/Reprodução)A ASPA foi assinada pelo então presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115624-george-h-w-bush-escapou-do-canibalismo-de-chichijima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">George W. Bush&nbsp;</a>,em 2 de agosto de 2000, após ter enviado milhares de tropas militares à Guerra ao Terror, declarada contra o Afeganistão em resposta aos ataques terroristas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121350-3-situacoes-problematicas-criadas-apos-o-11-de-setembro-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">11 de setembro de 2001</a>.O TPI havia acabado de ser criado, e em meio a essa campanha caótica de destruição, membros do governo e militares sentiram a necessidade de separar ainda mais os EUA e seus cidadãos de qualquer represália considerada "injusta" do Tribunal de Haia. Sendo assim, o senador Jesse Helms e o deputado TomDelay apresentaram o projeto de lei de ASPA ao Congresso com o propósito declarado de “proteger os militares dos Estados Unidos e outros funcionários eleitos e nomeados do governo contra processos criminais por um tribunal 'criminoso' do qual o país não faz parte”.De modo indireto, esse era um aval para que os soldados não se preocupassem em caso de práticas para práticas "mais mortíferas", em especial durante à guerra, visto que o TPI entrou em vigor visando "impedir de maneira preventiva futuras injustiças e crimes graves que preocupam a comunidade internacional".<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Pandora Report&nbsp;" data-fonte-url="https://masonbiodefense.files.wordpress.com/2015/05/flickr_-_the_u-s-_army_-_president_bush_says_thank_you_to_deployed_troops_commander_in_chief_makes_final_presidential_holiday_season_visit_to_iraq_afghanistan.jpg?w=685"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17215803055415.jpg" alt="(Fonte: The Pandora Report/Reprodução)">(Fonte: The Pandora Report/Reprodução)Esse tipo de tribunal foi formado desde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> para administrar as irregularidades políticas e culturais, porém sempre foram temporários. Só em 1998 que a Assembleia Geral das Nações Unidas concordou em criar uma instituição permanente, deixando claro que o TPI nunca existiu com intuito de "substituir a soberania das nações e de seus tribunais nacionais", apenas complementar.Mas os EUA se recusaram a assinar o Estatuto de Roma, acordo que formou o TPI, muito diferente dos 123 outros países, entrando para lista dos 7 que ficaram de fora.<h2>Um oceano de controvérsia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17215920102416.jpg" alt="(Fonte: Onultalia/Reprodução)">(Fonte: Onultalia/Reprodução)O posicionamento dos EUA e a criação da ASPA são fortemente criticados por organizações como a Human Rights Watch por conceder ao presidente americano a autoridade de “usar todos os meios necessário e que julgar apropriado para liberar qualquer funcionário dos EUA ou aliado que esteja detido ou preso por, em nome ou a pedido do Tribunal Penal Internacional”. Essa linguagem caracterizou a ASPA como uma "lei de invasão à Haia", visto que deixa claro que o país pode lançar mão de força militar para derrubar a instituição.Para forçar de maneira indireta o desmonte do TPI, a ASPA restringe a participação dos EUA em operações de manutenção da paz da ONU, inibe o compartilhamento de informações de segurança nacional classificadas ou a prestação de assistência militar a qualquer membro que ratificou o Estatuto de Roma do TPI — isso em caso dos países se dignarem a participarem de um julgamento do TPI que envolva os americanos.A ASPA abre apenas exceção de uma possível participação dos EUA em caso de investigações de inimigos públicos de sua segurança nacional, como era o caso de Osama bin Laden, e para isso foi criado a Emenda Dodd à lei.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17220241384417.jpg" alt="(Fonte: Newser/Reprodução)">(Fonte: Newser/Reprodução)Resumidamente, os requisitos do conjunto de circunstâncias em que os EUA podem cooperar com o TPI, é que o país deve estar em absoluta posição de prestador de assistência, com objetivo ajudar de maneira internacional, apenas para levar à justiça certos indivíduos que devem ser sempre "um estrangeiro" acusado de genocídio, crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.A emenda é considerada "irônica, contraditória, racista e individualista" pela maioria da comunidade internacional. Contudo, se o objetivo da ASPA era dissuadir o TPI de qualquer indiciamento, ela teve sucesso, visto que até então nunca tentou julgar um cidadão americano ou aliado do país.</body>

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ASPA: lei proíbe americanos de serem julgados por crimes de guerra

Imagem de Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira no megacurioso

Importante nome da ciência brasileira, Niède Guidon dedicou cinco décadas à luta pela preservação do maior conjunto de sítios arqueológicos das Américas

<head></head><body>Se você nunca ouviu, leu ou soube algo sobre Niède Guidon, siga neste texto e corrija esse erro. Isso porque a arqueóloga franco-brasileira é um dos mais importantes nomes da ciência brasileira, contribuindo, entre outras coisas, com a criação do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no estado do Piauí. Lá está o maior conjunto de sítios arqueológicos de todas as Américas.Filha de pai francês e mãe brasileira, Niède é natural de Jaú, interior de São Paulo. Formada em História Natural pela Universidade de São Paulo (USP), em 1959, aproveitou-se da dupla nacionalidade para curar uma especialização em <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Arqueologia</a> Pré-Histórica na Universidade Paris-Sorbonne, em 1962. Foram mais de cinco décadas dedicadas à luta pela preservação do parque nacional, até que ela se aposentou, em 2020, aos 87 anos.<h2>Do Museu do Ipiranga para o interior do Piauí</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/17/17214154406411.jpg" alt="(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUMDHAM/360Meridianos)Na década de 1960, enquanto ainda era funcionária da USP, no Museu do Ipiranga, Niède Guidon ouviu falar pela primeira vez sobre os sítios arqueológicos existentes no interior do Piauí. O contato existiu porque estava organizando uma exposição sobre pinturas rupestres do Brasil.Após uma conversa informal com uma pessoa, sua curiosidade foi atiçada, ainda que tenha levado sete anos até sua primeira visita ao local. Ela visitou os 55 sítios arqueológicos lá existentes, os fotografou e levou o material coletado para a França, onde residia. Com auxílio do governo francês, retornou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/103702-os-14-patrimonios-culturais-mundiais-do-brasil-de-acordo-com-a-unesco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Serra da Capivara</a>. O que era para ser uma pesquisa in loco com duração de dois meses virou 50 anos de luta e dedicação.<h2>A luta por preservar as importantes descobertas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18100937846095.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)">(Fonte: Reprodução/Nossa Ciência)Na Serra da Capivara, a arqueóloga e sua equipe encontraram inúmeros resquícios de fogueiras e sinais de presença humana datados de milhares de anos. Ao todo, mais de 1.300 registros pré-históricos foram encontrados em 130 mil hectares, e é Guidon a principal responsável por criar o parque que viria a preservar essas descobertas, em 1979.Sua luta, desde então, é para conseguir manter a entidade civil sem fins lucrativos que criou, em 1986, ao lado de outros pesquisadores, para manter o parque, a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM). Com despesas fixas em torno de R$ 150 mil reais, o parque tem dificuldades para gerar receita própria, já que há pouca estrutura nas cidades ao redor.Esse dinheiro é utilizado, entre outras coisas, para garantir o funcionamento dos acessos aos visitantes, rondas de combate à caça e segurança do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121357-6-dos-museus-mais-estranhos-e-curiosos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">museu</a>. Até 2015, a Serra da Capivara ficou sem recursos federais, tendo o quadro de funcionários reduzido de 270 para 30 pessoas. Naquele ano, uma verba emergencial foi destinada pelo Ministério do <a href="https://www.megacurioso.com.br/meio-ambiente/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Meio Ambiente</a>, que cobriria custos fixos por três anos. Sem auxílio governamental, o trabalho de Niède corre risco de fechar.<h2>Niède Guidon também acumulou controvérsias na carreira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/18/18102248597100.jpg" alt="(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)">(Fonte: FUNDHAM/360Meridianos)Difícil imaginar algum grande cientista ou pesquisador que não tenha, em sua carreira, acumulado algumas controvérsias, em especial alguém do gabarito de Niède Guidon. Os estudos da arqueóloga reviraram as estruturas do que se pensava sobre a chegada do Homo sapiens às Américas.A convenção científica internacional aceita que os primeiros seres a habitarem o continente teriam cruzado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117891-diomedes-2-ilhas-separadas-por-3-8-km-e-21-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estreito de Bering</a> há cerca de 13 mil a 14 mil anos antes do presente (ou AP, forma que a arqueologia, paleontologia e geologia marcam o tempo, tendo como base de referência o ano de 1950 d.C..), vindos da Rússia para os Estados Unidos.Niède e sua equipe encontraram vestígios de ferramentas e pinturas rupestres com datações de cerca de 59.000 AP a 5.000 AP. O material encontrado pela cientista e sua equipe passou por rigorosas análises em laboratórios de arqueologia na Europa e nos Estados Unidos, e, ainda assim, seguem sem aceitação plena da comunidade acadêmica americana.</body>

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Niède Guidon, a arqueóloga que elevou a pesquisa brasileira

Imagem de Revolução Pernambucana abriu caminho para a Independência do Brasil no megacurioso

Primeira grande demonstração de insatisfação com a coroa portuguesa, Revolução Pernambucana foi fundamental ao criar condições para a Independência do Brasil

H&aacute; mais de dois s&eacute;culos, no ano de 1817, a Capitania de Pernambuco passava por um de seus momentos mais conturbados durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121162-conjuracao-mineira-a-revolta-colonial-brasileira-contra-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">per&iacute;odo colonial</a>. A Revolu&ccedil;&atilde;o Pernambucana foi um movimento separatista e de perfil republicano que indicava as insatisfa&ccedil;&otilde;es das elites locais com o controle exercido pela coroa portuguesa.
Havia, ainda, o descontentamento da popula&ccedil;&atilde;o para com as desigualdades sociais existentes na capitania. Historiadores afirmam que essa revolta solidificou o terreno para que, cinco anos depois, o Brasil declarasse sua independ&ecirc;ncia de Portugal.
<h2>Os antecedentes da Revolu&ccedil;&atilde;o Pernambucana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16115051991023.jpg" alt="Batalha dos Guararapes, de Victor Meirelles (Fonte: Museu Nacional de Belas Artes)" />Batalha dos Guararapes, de Victor Meirelles. (Fonte: Museu Nacional de Belas Artes)
Anos antes, os holandeses haviam chegado &agrave; capitania de Pernambuco. No s&eacute;culo XVIII, ap&oacute;s a expuls&atilde;o deles do Nordeste brasileiro, uma grave e longa crise econ&ocirc;mica tomou conta da regi&atilde;o, motivada, especialmente, pela desvaloriza&ccedil;&atilde;o do a&ccedil;&uacute;car produzido no mercado europeu.
Os donos de engenho n&atilde;o contavam com os holandeses levando os conhecimentos adquiridos para montar novas planta&ccedil;&otilde;es, dessa vez nas Antilhas. Essa desvaloriza&ccedil;&atilde;o desencadeou uma s&eacute;rie de problemas de car&aacute;ter econ&ocirc;mico e social, alavancando a pobreza e a mis&eacute;ria.
Foi o cen&aacute;rio perfeito para que os ideais republicanos se espalhassem nas cidades da capitania, que assistiu na&ccedil;&otilde;es serem formadas em toda a Am&eacute;rica. Havia mais um detalhe nesta equa&ccedil;&atilde;o: a chegada de Dom Jo&atilde;o VI e sua corte ao Brasil elevaram o peso econ&ocirc;mico do governo central sobre as prov&iacute;ncias. O pavio de p&oacute;lvora estava prestes a estourar.
<h2>Crise e insatisfa&ccedil;&atilde;o popular</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16115509102025.jpg" alt="Chegada da Fam&iacute;lia Real Portuguesa ao Rio, de Armando Martins Viana (Fonte: Museu Hist&oacute;rico da Cidade do Rio de Janeiro)" />Chegada da Fam&iacute;lia Real Portuguesa ao Rio, de Armando Martins Viana. (Fonte: Museu Hist&oacute;rico da Cidade do Rio de Janeiro)
O desconforto da chegada da corte portuguesa, em 1808, levou a uma grande insatisfa&ccedil;&atilde;o popular. Em 1817, o Centro-Sul do pa&iacute;s prosperava, enquanto Nordeste enfrentava uma grande recess&atilde;o pelos motivos que foram citados anteriormente, impulsionada pela seca que tomou a regi&atilde;o um ano antes.
O contexto deixava prestes a explodir o que conhecer&iacute;amos como Revolu&ccedil;&atilde;o Pernambucana: falta de alimentos, aumento da popula&ccedil;&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o de rua e militares brasileiros ocupando patentes menores que militares portugueses no Ex&eacute;rcito.
A Independ&ecirc;ncia nos Estados Unidos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120949-5-enganos-historicos-sobre-a-revolucao-francesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Francesa</a> e a Revolu&ccedil;&atilde;o no Haiti pairava a mente dos futuros insurgentes. O governador r&eacute;gio Caetano Pinto de Miranda Montenegro determinou a pris&atilde;o dos conspiracionistas. Mas, no momento em que estendeu a ordem para os militares que apoiavam a revolu&ccedil;&atilde;o, desencadeou uma s&eacute;rie de ataques, que deflagraram a revolu&ccedil;&atilde;o.
<h2>Quem foram os l&iacute;deres e o que queriam os revolucion&aacute;rios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16115716197056.jpg" alt="B&ecirc;n&ccedil;&atilde;o das Bandeiras de 1817, de Ant&ocirc;nio Parreiras (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/JC Online)" />B&ecirc;n&ccedil;&atilde;o das Bandeiras de 1817, de Ant&ocirc;nio Parreiras. (Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o/JC Online)
Quando falamos da Revolu&ccedil;&atilde;o Pernambucana n&atilde;o podemos deixar de citar: Domingos Jos&eacute; Martins, Jos&eacute; Barros Lima, Padre Jo&atilde;o Ribeiro e Cruz Cabug&aacute;. S&atilde;o considerados os l&iacute;deres dos revolucion&aacute;rios, comandando a instala&ccedil;&atilde;o do Governo Provis&oacute;rio.
Eles, entre outras coisas, defendiam e colocaram em vigor: a proclama&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica, a liberdade de imprensa e credo, o princ&iacute;pio de tr&ecirc;s poderes e aumento do soldo dos militares. Era uma clara inspira&ccedil;&atilde;o nos ideais liberais, ainda que tenham optado por manter a escravid&atilde;o. Cabug&aacute;, inclusive, foi em miss&atilde;o diplom&aacute;tica aos Estados Unidos, de onde, al&eacute;m de armas, teria trazido muitas influ&ecirc;ncias.
Apesar da elite e de militares encabe&ccedil;ando os revolucion&aacute;rios, v&aacute;rios grupos sociais participaram do movimento, de comerciantes a cl&eacute;rigos. Frente a todas as contradi&ccedil;&otilde;es que possam ser apontadas, havia muita unidade entre os integrantes. Por tudo que at&eacute; aqui apresentamos, historiadores est&atilde;o em consenso para afirmar que a Independ&ecirc;ncia do Brasil foi muito influenciada pelo que aconteceu em Pernambuco.
<h2>O impacto do movimento na Independ&ecirc;ncia do Brasil</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Museu Paulista/Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Independencia_do_Brasil#/media/Ficheiro:Pedro_Americo_-_Independencia_ou_Morte_-_Google_Art_Project.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/16/16115933166057.jpg" alt="Independ&ecirc;ncia ou Morte, de Pedro Am&eacute;rico (Fonte: Museu Paulista/Wikimedia)" />Independ&ecirc;ncia ou Morte, de Pedro Am&eacute;rico. (Fonte: Museu Paulista/Wikimedia)
At&eacute; a Revolu&ccedil;&atilde;o Pernambucana, pouco vinha &agrave; tona sobre a insatisfa&ccedil;&atilde;o dos brasileiros com a presen&ccedil;a portuguesa e da maneira como a coroa cobrava seus impostos sobre as elites locais. Outra grande influ&ecirc;ncia desse movimento na futura <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/100251-a-guerra-dos-tronos-brasil-as-tretas-que-levaram-a-independencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Independ&ecirc;ncia do Brasil</a> foi mostrar que era poss&iacute;vel formar um governo que atendesse as demandas locais.
Tanto &eacute;, que mesmo ao sufocar os revoltosos da Capitania de Pernambuco, a coroa portuguesa n&atilde;o conseguiu calar a ebuli&ccedil;&atilde;o social e pol&iacute;tica que tomava corpo. Foram apenas 75 dias de dura&ccedil;&atilde;o, mas respons&aacute;vel por criar o cen&aacute;rio perfeito para que o Brasil se tornasse, anos depois, uma na&ccedil;&atilde;o independente.
Em especial, essa revolu&ccedil;&atilde;o em Pernambuco trouxe os ideais libert&aacute;rios para o Brasil, que permaneceram at&eacute; 1822. Era a certeza de que as conspira&ccedil;&otilde;es podiam sair do papel e que os anos de dom&iacute;nio portugu&ecirc;s estavam contados.

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Revolução Pernambucana abriu caminho para a Independência do Brasil

Imagem de República velha: os 13 presidentes do Brasil de 1889 até 1930 no megacurioso

Conheça um pouco da história das pessoas que tomaram posse durante a Primeira República Brasileira, iniciada após o fim da monarquia

A Primeira Rep&uacute;blica Brasileira, tamb&eacute;m conhecida popularmente como a Rep&uacute;blica Velha, foi o nome dado para a primeira fase da rep&uacute;blica brasileira que durou entre 1889 e 1930. Essa &eacute; a fase da pol&iacute;tica brasileira marcada pela &eacute;poca em que grandes oligarcas dominavam o pa&iacute;s por meio de troca de favores &mdash; hegemonia chamada de "pol&iacute;tica do caf&eacute; com leite".
Esse sistema olig&aacute;rquico s&oacute; entraria em queda ap&oacute;s o Golpe de 1930, quando um movimento armado impediu a posse do presidente j&aacute; eleito J&uacute;lio Prestes e colocou <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Get&uacute;lio Vargas</a> no poder. Por&eacute;m, enquanto a Rep&uacute;blica Velha durou, o Brasil teve 13 governantes. Foram eles:
<h2>1. Deodoro da Fonseca (1889-1991)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15163632109028.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Alagoano e militar, o Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente da Primeira Rep&uacute;blica. Foi l&iacute;der durante dois mandatos: um provis&oacute;rio (1889-1891) e um constitucional (fevereiro a novembro de 1891). Embora a constitui&ccedil;&atilde;o de 1891 determinasse que os presidentes deveriam ser eleitos por voto direto, a primeira vota&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a promulga&ccedil;&atilde;o da Carta Magna deveria ser feita pelo Congresso Nacional.
Deodoro havia sido comandante do ex&eacute;rcito no Rio Grande do Sul e participou de conflitos importantes como o cerco a Montevid&eacute;u e a Guerra do Paraguai. Por ser amigo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110018-15-de-novembro-por-que-o-brasil-abandonou-a-monarquia-de-dom-pedro-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">D. Pedro II</a>, teve a legitimidade do seu governo questionada por opositores. Mesmo assim, nunca deu sinais de que tentava restaurar a monarquia.
<h2>2. Floriano Peixoto (1891-1894)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15163725530029.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O segundo presidente do Brasil tamb&eacute;m foi outro alagoano de origem militar. Marechal Floriano Peixoto era veterano da Guerra do Paraguai e havia sido eleito para ser vice-presidente de Deodoro pelo Congresso Nacional. Por&eacute;m, ap&oacute;s seu colega ter tido uma ren&uacute;ncia for&ccedil;ada nove meses depois, tornou-se o presidente efetivo.
Por ser um homem nacionalista, austero e bastante centralizador, ficou conhecido como "marechal de ferro". Embora quisesse a reelei&ccedil;&atilde;o, negou-se a participar de um golpe articulado por aliados para impedir a posse do civil Prudente de Morais. Durante seu governo, Floriano reprimiu qualquer tipo de est&iacute;mulo monarquista e incentivou a ind&uacute;stria brasileira.
<h2>3. Prudente de Morais (1894-1898)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/omnichannel-consumidor-15163910234031.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O paulista Prudente de Morais teve uma decis&atilde;o ousada ao assumir o governo brasileiro: reatar as rela&ccedil;&otilde;es diplom&aacute;ticas com Portugal. Durante seu mandato, estabeleceu a paz no Rio Grande do Sul e se mostrou um verdadeiro opositor da Campanha de Canudos, que aconteceu entre 1896 e 1897.
Foi ele quem aumentou consideravelmente a rede ferrovi&aacute;ria no Brasil e tamb&eacute;m fundou o Partido Republicano Paulista em 1901. Como primeiro civil a chegar ao cargo de presidente, Prudente de Morais representava a ascens&atilde;o da oligarquia cafeicultura ao poder.&nbsp;
<h2>4. Campos Sales (1898-1902)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15163930890033.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No mandato do paulista Campos Sales, o Brasil conheceu a pol&iacute;tica de governadores chamada de "pol&iacute;tica do caf&eacute; com leite" &mdash; com predomin&acirc;ncia de interesses de Minas Gerais e S&atilde;o Paulo. Boa parte do seu governo foi montada por meio do favorecimento pol&iacute;tico no Congresso Nacional.
Foi Sales quem criou o imposto sobre selos e o do consumo sobre produtos nacionais, o que fez com que sa&iacute;sse do cargo vaiado ap&oacute;s os quatro anos de poder. Por todo esse tempo, ele havia tentado combater a infla&ccedil;&atilde;o e renegociar uma d&iacute;vida internacional com a Inglaterra para fortalecer o nosso c&acirc;mbio.
<h2>5. Rodrigues Alves (1902-1906)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164027874034.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Com o apoio de Minas Gerais e S&atilde;o Paulo, Rodrigues Alves se tornou o quinto presidente da Rep&uacute;blica Velha em 1902. Quando esteve no poder, revelou-se bastante conservador e colocou-se acima dos partidos. Foi respons&aacute;vel pela reurbaniza&ccedil;&atilde;o do Rio de Janeiro e por enfrentar os militares rebeldes durante a Revolta da Vacina em 1904.
Rodrigues Alves acabou sendo o &uacute;ltimo paulista presidente na Rep&uacute;blica Velha, sendo eleito duas vezes e morrendo antes de assumir o segundo mandato em 1918. Ficou conhecido por sua administra&ccedil;&atilde;o financeira bem-sucedida.&nbsp;
<h2>6. Afonso Pena (1906-1909)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164056203036.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s tr&ecirc;s paulistas terem assumido a presid&ecirc;ncia sucessivamente, o mineiro Afonso Pena deu prosseguimento a pol&iacute;tica do caf&eacute; com leite com sucesso. Mesmo sendo origin&aacute;rio da terra do leite, foi um dos governantes que mais favoreceu o plantio de caf&eacute; no pa&iacute;s e incentivou a internacionaliza&ccedil;&atilde;o do nosso produto.
Durante sua administra&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o se prendeu a interesses regionais e incentivou a constru&ccedil;&atilde;o de mais ferrovias. Al&eacute;m disso, foi respons&aacute;vel por interligar a Amaz&ocirc;nia ao Rio de Janeiro por linhas telegr&aacute;ficas.
<h2>7. Nilo Pe&ccedil;anha (1909-1910)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164147031037.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s o falecimento de Afonso Pena no dia 14 de junho de 1909, Nilo Pe&ccedil;anha ficou respons&aacute;vel por dar prosseguimento ao governo at&eacute; o dia 15 de novembro de 1910. Nascido no estado do Rio de Janeiro, ele foi respons&aacute;vel por instaurar a primeira grande crise na pol&iacute;tica do caf&eacute; com leite.
Nilo Pe&ccedil;anha apoiava abertamente a candidatura do ga&uacute;cho Hermes da Fonseca, e se viu for&ccedil;ado a romper la&ccedil;os com o Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano Fluminense, o qual havia sido um dos fundadores. Tentou montar um governo pacifista e interveio em v&aacute;rias rebeli&otilde;es populares ao redor do Brasil, mantendo o trabalho realizado por Afonso Pena no passado.
<h2>8. Hermes da Fonseca (1910-1914)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164240484053.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Logo no in&iacute;cio do seu governo, o militar Marechal Hermes da Fonseca precisou enfrentar a Revolta da Chibata, chefiada pelo marinheiro Jo&atilde;o C&acirc;ndido. Foi ele quem promulgou a lei do servi&ccedil;o militar obrigat&oacute;rio e contraiu novos empr&eacute;stimos internacionais para ajudar na produ&ccedil;&atilde;o de caf&eacute;.
Hermes da Fonseca tamb&eacute;m incentivou a expans&atilde;o das linhas f&eacute;rreas e telegr&aacute;ficas. Ap&oacute;s seu mandato, acabou se mudando para a Europa e s&oacute; retornou para o Brasil em 1920. Nessa &eacute;poca, foi preso por articular um golpe contra o presidente Epit&aacute;cio Pessoa.
<h2>9. Venceslau Br&aacute;s (1914-1918)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164340077054.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Com a chegada da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119293-batalha-das-toninhas-o-fracasso-brasileiro-na-primeira-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, o presidente eleito Venceslau Br&aacute;s precisou romper rela&ccedil;&otilde;es com a Alemanha e reconhecer o estado de guerra em 1917. Por conta do conflito armado, o Brasil teve grande crescimento industrial para suprir a demanda de produtos que n&atilde;o podiam mais ser importados.
Br&aacute;s se viu obrigado a participar da guerra ap&oacute;s navios brasileiros terem supostamente sofrido ataques de submarinos alem&atilde;es no dia 26 de outubro de 1917. Ele acabou falecendo em 15 de maio de 1966 aos 98 anos de idade, o que fez dele o presidente brasileiro com a vida mais longa.
<h2>10. Delfim Moreira (1918-1919)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164414531056.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Com grande hist&oacute;rico pol&iacute;tico em Minas Gerais, Delfim Moreira deveria ser o vice-presidente de Rodrigues Alves, mas precisou assumir o cargo ap&oacute;s o falecimento do titular que foi v&iacute;tima da Gripe Espanhola. Ficou no cargo at&eacute; que convocassem novas elei&ccedil;&otilde;es &mdash; algo definido na Constitui&ccedil;&atilde;o caso o presidente eleito morresse antes da posse.
Por esse motivo, teve um dos governos mais curtos da Rep&uacute;blica Velha. No seu governo, foi representado pelo senador Epit&aacute;cio Pessoa durante a Confer&ecirc;ncia da Paz, em Paris, que posteriormente acabaria se tornando o novo presidente do pa&iacute;s.
<h2>11. Epit&aacute;cio Pessoa (1919-1922)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164446156057.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Paraibano de nascen&ccedil;a, Epit&aacute;cio Pessoa sempre tentou angariar o apoio dos maiores estados da Federa&ccedil;&atilde;o durante seu governo. As maiores obras do seu mandato incluem a constru&ccedil;&atilde;o de mais de mil quil&ocirc;metros de ferrovias no sul do Brasil e o Programa de Combate &agrave; Seca no Nordeste com a constru&ccedil;&atilde;o de 200 a&ccedil;udes.&nbsp;
Sofreu grande press&atilde;o por fazer um "protecionismo ao Nordeste", o que fez com que ele liberasse novos recursos para os cafeicultores e mais uma vez aumentasse o pre&ccedil;o do produto.&nbsp;
<h2>12. Artur Bernardes (1922-1926)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164600859059.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ap&oacute;s ter assumido o governo em 1922, o mineiro Artur Bernardes sofreu com a estrat&eacute;gia de seus advers&aacute;rios, que estavam divulgando cartas falsas nas quais o presidente do Brasil teria supostamente xingado militares. Por isso, a Escola Militar, o Forte de Copacabana e a Guarni&ccedil;&atilde;o do Mato Grosso se rebelaram quando ele assumiu o governo.
Bernardes foi um dos articuladores da Revolu&ccedil;&atilde;o de 1930 para tirar a oligarquia paulista do dom&iacute;nio federal. Tamb&eacute;m participou da Revolu&ccedil;&atilde;o Constitucionalista e 1932, mas acabou se exilando em Portugal quando essa falhou.
<h2>13. Washington Lu&iacute;s (1926-1930)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/15/15164651703061.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Washington Lu&iacute;s foi o &uacute;ltimo presidente a tomar posse na Rep&uacute;blica Velha, mas deixou suas marcas. Decidiu suspender o estado de s&iacute;tio que permanecia no pa&iacute;s e aumentou nossas reservas de ouro. Ele tamb&eacute;m havia definido J&uacute;lio Prestes como seu eventual sucessor, que teria que enfrentar o candidato da Alian&ccedil;a Liberal, Get&uacute;lio Vargas, nas elei&ccedil;&otilde;es.
Com a derrota nas elei&ccedil;&otilde;es, os rio-grandenses se rebelaram e marcharam em dire&ccedil;&atilde;o a S&atilde;o Paulo sob o comando do tenente-coronel Pedro Aur&eacute;lio de G&oacute;es Monteiro. As For&ccedil;as Armadas depuseram prestes em 24 de outubro de 1930, colocando um fim definitivo a Rep&uacute;blica Velha.

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República velha: os 13 presidentes do Brasil de 1889 até 1930

Imagem de 6 maneiras pelas quais as Grandes Navegações impactaram o mundo no megacurioso

Além de um novo continente, as Grandes Navegações trouxeram grandes impactos à humanidade. Do chocolate à rosa dos ventos, conheça 6 consequências das explorações

Nenhum historiador discute: as Grandes Navega&ccedil;&otilde;es foram um acontecimento marcante para a humanidade. A chegada &agrave; Am&eacute;rica deu in&iacute;cio a um per&iacute;odo de desenvolvimento da sociedade ocidental revelando&nbsp;uma nova forma de enxergar o mundo.
&Eacute; poss&iacute;vel dizer, ainda, que elas refor&ccedil;aram a pol&iacute;tica monet&aacute;ria na Europa e impulsionaram o capitalismo. Contudo, esse processo de explora&ccedil;&atilde;o do Oceano Atl&acirc;ntico tamb&eacute;m causou outros impactos na humanidade, al&eacute;m de apresentar novas rotas mar&iacute;timas para a &Aacute;sia e bens materiais. Conhe&ccedil;a a seguir algumas implica&ccedil;&otilde;es das Grandes Navega&ccedil;&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">1. Inser&ccedil;&atilde;o do tabaco na Europa</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14203308234326.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Pois &eacute;, o tabaco tem origem nas Am&eacute;ricas, onde era cultivado pelos ind&iacute;genas. A hip&oacute;tese mais aceita entre historiadores &eacute; que a planta teria surgido nos Andes Bolivianos, difundindo-se, posteriormente, pelo territ&oacute;rio que compreende o Brasil atual, sendo plantado sobretudo pelos Tupi-Guaranis.
A primeira vez que um europeu viu algu&eacute;m fumar foi em 1492, com a chegada de Crist&oacute;v&atilde;o Colombo. Estima-se que as primeiras mudas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118530-cigarro-eletronico-pode-ajudar-a-reduzir-o-tabagismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabaco</a> tenham chegado &agrave; Europa em 1530, por meio de exploradores envolvidos com as Grandes Navega&ccedil;&otilde;es.
<h2 class="uk-text-justify">2. Consumo do cacau</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14204912893327.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Com mais de 3 mil anos de domestica&ccedil;&atilde;o e planta&ccedil;&otilde;es percorrendo do M&eacute;xico &agrave; por&ccedil;&atilde;o tropical da Am&eacute;rica do Sul, o cacau era consumido originalmente como uma bebida amarga. Quem reconheceu o potencial da planta e a levou para a Europa foi Hern&aacute;n Cort&ecirc;s, por volta de 1526.
No continente europeu, passaram a adicionar a&ccedil;&uacute;car, canela e anis para tornar a bebida menos amarga. Mas foi sua chegada na Fran&ccedil;a e naIt&aacute;lia, j&aacute; no s&eacute;culo XV, que tornou a bebida popular, assim surgindo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119280-qual-e-a-historia-do-chocolate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a>,&nbsp;que passou a ser considerado tamb&eacute;m como um alimento.
<h2 class="uk-text-justify">3. Evolu&ccedil;&atilde;o da b&uacute;ssola magn&eacute;tica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14205106098328.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Registros hist&oacute;ricos indicam que a b&uacute;ssola teria sido criada na China, pr&oacute;ximo ao fim do s&eacute;culo I. Por&eacute;m, foi o navegador italiano Flavio Gioia, em 1302, quem acrescentou a rosa dos ventos em sua base.
Por fim, no s&eacute;culo XVI, o cart&oacute;grafo portugu&ecirc;s Dom Jo&atilde;o de Castro foi quem percebeu a interfer&ecirc;ncia externa de objetos met&aacute;licos no comportamento da agulha, o que levou ao desenvolvimento de uma estrutura que isolasse o conjunto, tornando-a semelhante &agrave;s b&uacute;ssolas atuais.
<h2 class="uk-text-justify">4. Aprimoramento de navios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14205458491331.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Especialistas em navega&ccedil;&atilde;o afirmam, at&eacute; hoje, que as caravelas, ainda que pare&ccedil;am simples, foram fundamentais &agrave;s Grandes Navega&ccedil;&otilde;es. Isso porque eram muito baratas para serem constru&iacute;das, sendo r&aacute;pidas, manobr&aacute;veis e naveg&aacute;veis.
Foram criadas no s&eacute;culo XV e dominaram os mares por mais de 100 anos. N&atilde;o &agrave; toa, o seu sucessor, o gale&atilde;o, &eacute; considerado uma atualiza&ccedil;&atilde;o delas, sendo verdadeiras fortalezas flutuantes. Em conjunto, ambos diminu&iacute;ram o Atl&acirc;ntico e expandiram o mapa do mundo.
<h2 class="uk-text-justify">5. Influ&ecirc;ncia na gastronomia europeia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14205652367332.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Pense nas macarronadas com a fam&iacute;lia aos domingos. A pizza dos s&aacute;bados. Aquela comida indiana do restaurante que voc&ecirc; tanto gosta. Os fish and chips que comeu em sua &uacute;ltima viagem. Nada disso seria assim se n&atilde;o fossem os exploradores.
Isso porque o tomate, presente nas massas, foi trazido dos Andes da Am&eacute;rica do Sul, do M&eacute;xico e da Mesoam&eacute;rica pelos espanh&oacute;is. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119416-6-formas-fantasticas-de-comer-batata-frita-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Batatas</a>? Tamb&eacute;m foram os espanh&oacute;is que a levaram da regi&atilde;o que compreende Peru e Bol&iacute;via para a Europa. At&eacute; as pimentas que os indianos tanto amam sa&iacute;ram de solo americano.
<h2 class="uk-text-justify">6. Redefini&ccedil;&atilde;o de riqueza</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14205844383333.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
Ningu&eacute;m est&aacute; afirmando que n&atilde;o havia ricos na Europa &mdash; at&eacute; porque eles existiam, assim como a mis&eacute;ria. O que mudou com as Grandes Navega&ccedil;&otilde;es foi o enorme fluxo de ouro e prata que saiu do chamado Novo Mundo em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Europa.
Se antes era a posse da terra que determinava a riqueza, depois disso passou a ser a quantidade de ouro e prata que se possu&iacute;a. Ela chegava abundante, ao ponto de fazer o valor das propriedades e at&eacute; de d&iacute;vidas cair, j&aacute; que muitos dos trabalhadores dos navios, por exemplo, que nem eram ricos, tamb&eacute;m recebiam, coletavam ou roubavam <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119453-5-maneiras-de-determinar-se-uma-peca-de-ouro-e-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ouro</a> e prata.&nbsp;

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6 maneiras pelas quais as Grandes Navegações impactaram o mundo

Imagem de Lendário navio Endurance é encontrado afundado na Antártida no megacurioso

Icônico navio do explorador Ernest Shackleton, desaparecido desde 1915 no Mar de Weddell, foi encontrado a quase 3 quilômetros de profundidade

A expedi&ccedil;&atilde;o Endurance22, liderada pelo ge&oacute;grafo John Shears, encontrou oficialmente os destro&ccedil;os do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121212-6-navios-desconhecidos-que-afundaram-na-primeira-viagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navio</a> Endurance, naufragado no Mar de Weddell (Ant&aacute;rtida) h&aacute; quase 105 anos.
Segundo a equipe de exploradores, o achado hist&oacute;rico conclui uma das buscas mais desafiadoras da modernidade, com diversos pesquisadores enfrentando condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas extremamente adversas em pouco mais de 388 quil&ocirc;metros quadrados de &aacute;rea.
Iniciada h&aacute; cerca de 2 semanas, a procura pelo Endurance contou com a participa&ccedil;&atilde;o de aventureiros, arque&oacute;logos marinhos e t&eacute;cnicos, recrutados por meio de um projeto do diretor Mensun Bound, anteriormente respons&aacute;vel por identificar diversos outros naufr&aacute;gios.
De acordo com a equipe, os destro&ccedil;os estavam localizados a aproximadamente 6,5 quil&ocirc;metros ao sul da &uacute;ltima localiza&ccedil;&atilde;o registrada pelo capit&atilde;o&nbsp;Ernest Shackleton (1874-1922) e pelo navegador Frank Worsley (1872-1943).
<ul class="uk-text-justify">
<li style="font-weight: bold;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114532-497-dias-presos-na-antartica-a-incrivel-historia-de-ernest-shackleton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">497 dias presos na Ant&aacute;rtica: a incr&iacute;vel hist&oacute;ria de Ernest Shackleton</a></li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14084756695022.jpg" alt="(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Encontrado a quase 3 quil&ocirc;metros de profundidade, o navio chamou a aten&ccedil;&atilde;o pelo impressionante estado de preserva&ccedil;&atilde;o, ocorrido em grande parte pelas &aacute;guas geladas, e aus&ecirc;ncia de organismos xil&oacute;fagos.
As imagens, fotografadas por submers&iacute;veis de alta resolu&ccedil;&atilde;o da Falklands Maritime Heritage Trust, mostram mais detalhes da popa de madeira, assim como do conv&eacute;s e do casco.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14084855712023.jpg" alt="(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Estamos impressionados com nossa boa sorte em ter localizado e capturado imagens do Endurance&rdquo;, disse Bound. &ldquo;Esse &eacute; de longe o melhor naufr&aacute;gio de madeira que j&aacute; vi. &Eacute; vertical, muito imponente no fundo do mar, intacto e em brilhante estado de preserva&ccedil;&atilde;o. Este &eacute; um marco na hist&oacute;ria polar&rdquo;, ele afirmou.
A busca pelo naufr&aacute;gio custou mais de US$ 10 milh&otilde;es (cerca de R$ 50 milh&otilde;es, em convers&atilde;o direta), fornecida por um doador an&ocirc;nimo. A expedi&ccedil;&atilde;o vem ocorrendo desde o in&iacute;cio de fevereiro &mdash; quando foi iniciada a partir de um quebra-gelo sul-africano que deixou a Cidade do Cabo &mdash; e contou com in&uacute;meras dificuldades, como adversidades clim&aacute;ticas, falhas t&eacute;cnicas e suspens&atilde;o de opera&ccedil;&otilde;es.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/14/14085046776024.jpg" alt="(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo registros, mais de 60 pessoas participaram das buscas. O achado foi determinado como monumento hist&oacute;rico, sob os termos do Tratado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ant&aacute;rtida</a> de 1959.
<h2 class="uk-text-justify">A trag&eacute;dia de Ernest Shackleton</h2>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114532-497-dias-presos-na-antartica-a-incrivel-historia-de-ernest-shackleton.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ernest Shackleton</a> deixou a Inglaterra com uma tripula&ccedil;&atilde;o de 27 pessoas em 1914, com destino a uma ba&iacute;a no Mar de Weddell. A viagem foi planejada para ser a primeira tentativa de cruzar completamente o eixo ant&aacute;rtico em uma &eacute;poca conhecida por grandes feitos na regi&atilde;o, como as caminhadas do noruegu&ecirc;s Roald Amundsen (1872-1928), que, em 1911, foi o primeiro a chegar ao polo, e de Robert Falcon Scott (1868-1912), um brit&acirc;nico que morreu cerca de 1 m&ecirc;s ap&oacute;s alcan&ccedil;ar o extremo do continente.
<iframe width="713" height="401" src="https://www.youtube.com/embed/LThrs8NUgbE" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Considerado l&iacute;der nato, Shackleton foi o principal nome em grandes opera&ccedil;&otilde;es de resgate e manobras acidentais, atravessando as trai&ccedil;oeiras &aacute;guas do Oceano Ant&aacute;rtico e sendo aclamado como her&oacute;i em seu pa&iacute;s.
Por&eacute;m, ao desbravar o espesso Mar de Weddell em 1915, o explorador viu uma poderosa corrente circular de gelo causar sua ru&iacute;na, deixando-o &agrave; deriva &agrave; medida que o frio intenso o esmagava completamente ao lado dos outros tripulantes.
Preso a menos de 160 quil&ocirc;metros de seu destino final, o Endurance acabou naufragando 5 meses ap&oacute;s o acidente, levando consigo todos os membros da expedi&ccedil;&atilde;o e se extinguindo definitivamente dos anais da hist&oacute;ria.

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Lendário navio Endurance é encontrado afundado na Antártida

Imagem de 3 hábitos alimentares medievais que mudaram a História da Culinária no megacurioso

Você sabia, por exemplo, que a sobremesa que desfrutamos hoje nasceu naquele período?

As pessoas podem se chocar ao descobrir o quanto de nossos costumes e h&aacute;bitos modernos s&atilde;o oriundos da Idade M&eacute;dia, apesar da primitividade dos pensamentos e comportamentos daquele per&iacute;odo.
Um desses h&aacute;bitos &eacute; a comida e como seu modo de preparo, tanto entre os ricos quanto os pobres, contribuiu para podermos ter acesso a v&aacute;rias informa&ccedil;&otilde;es que moldaram a culin&aacute;ria moderna, partindo de um tempo em que a maioria das pessoas n&atilde;o tinha acesso a todos os tipos de comidas, principalmente as nutritivas.
O que prevaleceu, por&eacute;m, de ambos os lados da cadeia social, foi o pouco conhecimento de como preparar algo quando tudo o que se tinha naquela &eacute;poca para cozinhar era uma chaleira.
<h2>1. Regando tudo com bastante molho</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04061901974007.jpg" alt="(Fonte: Medieval Recipes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O h&aacute;bito de regar ou cozer os alimentos em molhos surgiu no in&iacute;cio do per&iacute;odo medieval, quando a comida ainda era servida &agrave; base de leite, vinho, manteiga ou algum tipo de suco que surgia no processo de cozimento &mdash; popularmente conhecido como "fundinho da panela".
Essa maneira de fazer molhos surgiu, especificamente, entre os cidad&atilde;os de classe baixa, visto que a farinha n&atilde;o podia ser desperdi&ccedil;ada para preparar o molho porque era o alimento mais importante em peso cal&oacute;rico da refei&ccedil;&atilde;o.
O passar dos anos alcan&ccedil;ou o uso de especiarias em molhos e as diferentes maneiras de prepar&aacute;-lo. O mingau de aveia, hoje consumido como at&eacute; uma esp&eacute;cie de sobremesa, foi um deles, podendo ser servido em v&aacute;rias espessuras, incluindo o caldo fino mais conhecido por ser o ponto do mingau. Ele era ingerido como molho ou com p&atilde;es e legumes.
A evolu&ccedil;&atilde;o das panelas e moderniza&ccedil;&atilde;o do fog&atilde;o foram essenciais para que cheg&aacute;ssemos ao tipo de molho que conhecemos hoje, j&aacute; que na &eacute;poca medieval a prepara&ccedil;&atilde;o dele em fogo aberto dificultava o controle de temperatura do molho, resultando em misturas menos complexas e mais grosseiras.
<h2>2. Aromatizantes: colocando cheiro e sabor</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Historical Cooking Classes&nbsp;" data-fonte-url="https://www.historicalcookingclasses.com/wp-content/uploads/2020/02/Specerijenhandelaar_House-Books-of-the-Nuremberg-Twelve-Brothers-Foundation-15e-eeuw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04062010146008.jpg" alt="(Fonte: Historical Cooking Classes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Historical Cooking Classes/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Atualmente, os aromatizantes alimentares podem ser qu&iacute;micos naturais ou artificiais que t&ecirc;m o objetivo de adicionar, suplementar, modificar ou ainda mascarar o sabor original de um alimento &mdash; aparecendo como um artigo complexo na culin&aacute;ria medieval.
As variedades de ervas que eram cultivadas por toda a Europa, principalmente para fins medicinais, j&aacute; eram usadas como aromatizantes para alimentos. Baseadas nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119508-como-o-cafe-e-o-chocolate-abalaram-a-medicina-do-seculo-xv.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quatro humores</a>, tinham o objetivo de manter os alimentos saud&aacute;veis, facilitar a digest&atilde;o e manter o equil&iacute;brio.
Por outro lado, as especiarias que vinham quase todas da &Aacute;frica ou do leste europeu, limitadas aos privil&eacute;gios dos ricos, serviam para melhorar o sabor dos alimentos, tanto quanto servir como s&iacute;mbolo de status social.
Os pobres costumavam colher frutas verdes e extrair seu suco para gerar aromatizantes mais azedos, bem como o leite de am&ecirc;ndoas com mel desempenhava um papel na suaviza&ccedil;&atilde;o do sabor mais forte de algum alimento.
<h2>3. Sobremesas: del&iacute;cias atrav&eacute;s do tempo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/04/04062154193009.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Considerado por muitos um dos momentos mais saborosos de uma refei&ccedil;&atilde;o, as sobremesas tamb&eacute;m surgiram nos idos tempos medievais, quando havia uma necessidade extrema de preservar a sa&uacute;de atrav&eacute;s do equil&iacute;brio dos humores.
Os ricos, mais uma vez, foram os respons&aacute;veis por criarem esse &uacute;ltimo prato, j&aacute; que os pobres n&atilde;o tinham o luxo de fazerem mais duas refei&ccedil;&otilde;es por dia. Acreditava-se que a sobremesa ajudava a "fechar os &oacute;rg&atilde;os digestivos", permitindo que a pessoa pudesse trabalhar e fazer suas tarefas normalmente.
A princ&iacute;pio, os pratos come&ccedil;aram com queijos e algumas frutas, depois foram substitu&iacute;das por conservas e, nos meses de inverno, a neve misturada com elas deu origem a uma forma primitiva de sorvete. Foi s&oacute; em meados do s&eacute;culo XIV que as sobremesas evolu&iacute;ram para biscoitos e panquecas rudimentares.
Vale ressaltar que o a&ccedil;&uacute;car, raro e caro, s&oacute; era usado pelos ricos para agradar e surpreender visitas importantes, com cremes ado&ccedil;ados, frutas, nozes cristalizadas, e tortas recheadas com frutas adocicadas.

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3 hábitos alimentares medievais que mudaram a História da Culinária

Imagem de 3 situações problemáticas criadas após o 11 de setembro nos EUA no megacurioso

Em<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119869-11-de-setembro-como-a-ciencia-explica-a-queda-das-torres-gemeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;11 de setembro de 2001</a>, cerca de 3 mil pessoas morreram durante o ataque ao World Trade Center, em Nova York, e no voo 93 da United, lan&ccedil;ado contra o Pent&aacute;gono. O atentado configurou um dos piores ataques terroristas da Hist&oacute;ria, respons&aacute;vel por mudar o mundo sociopoliticamente.
Visto que muitos historiadores e cientistas pol&iacute;ticos determinam que o mundo ainda vive &agrave; eterna sombra criada pelos ataques, sem conseguir se recuperar apesar de 21 anos terem se passado, as repercuss&otilde;es de curto e longo prazo prevalecem &mdash; e muita coisa perturbadora surgiu disso.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120146-cia-inventou-campanha-de-vacinacao-falsa-para-capturar-bin-laden.htm" target="_blank">CIA inventou campanha de vacina&ccedil;&atilde;o falsa para capturar Bin Laden</a>
<h2>1. Aumento dos ataques a mu&ccedil;ulmanos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20225014329030.jpg" alt="(Fonte: Samuel Corum/Anadolu Agengy/Getty Images)" />(Fonte: Samuel Corum/Anadolu Agengy/Getty Images)
Em um pa&iacute;s marcado pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120981-como-o-racismo-se-manifestou-em-palavras-ao-longo-do-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">racismo&nbsp;</a>estrutural, era de se esperar que a sociedade americana fosse reagir a um atentado manifestando um de seus piores defeitos: a dissemina&ccedil;&atilde;o de &oacute;dio. Assim que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120146-cia-inventou-campanha-de-vacinacao-falsa-para-capturar-bin-laden.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Osama Bin Laden</a>, fundador do grupo terrorista isl&acirc;mico Al-Qaeda, foi identificado como o principal arquiteto por tr&aacute;s da atrocidade, os cidad&atilde;os americanos come&ccedil;aram a derramar sua onda de indigna&ccedil;&atilde;o sobre os mu&ccedil;ulmanos e descendentes que moravam no pa&iacute;s.
De acordo com dados gerados pelo Departamento Federal de Investiga&ccedil;&atilde;o (FBI) compilados pelo The World, poucos dias ap&oacute;s o atentado, houve um aumento exponencial de viol&ecirc;ncia e intoler&acirc;ncia contra essa minoria.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NBC News&nbsp;" data-fonte-url="https://media-cldnry.s-nbcnews.com/image/upload/newscms/2016_38/1720186/2016-08-15t205234z_1705616931_s1aetvqkykaa_rtrmadp_3_new-york-shooting.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20225058329031.jpg" alt="(Fonte: Reuters)" />(Fonte: Reuters)
"Eu tinha medo de sair. Se eu fosse para as ruas, n&atilde;o poderia cometer erros, exceto talvez com minhas palavras, que eu policiava com cuidado. N&atilde;o podia correr, n&atilde;o podia assustar ningu&eacute;m, tampouco quebrar alguma lei, por mais banal que fosse", disse a escritora mu&ccedil;ulmana Shawna Ayoub Ainslie, em entrevista ao&nbsp;HuffPost.
Os n&uacute;meros de incidentes de crimes de &oacute;dio antimu&ccedil;ulmanos saltaram naquele ano de 28 para 481. As taxas at&eacute; ca&iacute;ram nos anos seguintes, por&eacute;m nunca mais como antes dos ataques. Al&eacute;m disso, s&oacute; em 2001, os crimes contra mu&ccedil;ulmanos se tornaram o segundo mais relatado no ranking de preconceito religioso, perdendo apenas para o antissemitismo.
<h2>2. Deporta&ccedil;&otilde;es em massa baseadas em preconceito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20225407987032.jpg" alt="(Fonte: Marion S. Trikosko/Library of Congress)" />(Fonte: Marion S. Trikosko/Library of Congress)
N&atilde;o foi apenas a sociedade que reagiu contra a amea&ccedil;a mu&ccedil;ulmana, o governo americano seguiu o mesmo rastro, endurecendo ainda mais o sentimento anti-imigrante que ganhava espa&ccedil;o crescente no discurso pol&iacute;tico dos EUA.
Como resposta e meio de proteger sua na&ccedil;&atilde;o americana, foi criado o Departamento de Seguran&ccedil;a Interna em conjunto com o &Oacute;rg&atilde;o de Fiscaliza&ccedil;&atilde;o de Imigra&ccedil;&atilde;o e Alf&acirc;ndega, para os quais foram atribu&iacute;dos poderes abrangentes para permitir a deporta&ccedil;&atilde;o de imigrantes documentados e indocumentados. A campanha foi disseminada como algo para descobrir espi&otilde;es infiltrados, mas s&oacute; serviu para coibir os cidad&atilde;os imigrantes que n&atilde;o tinham culpa de suas origens.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20225553957033.jpg" alt="(Fonte: Sara K. Schwittek/Reuters)" />(Fonte: Sara K. Schwittek/Reuters)
Como apontou a Transactional Records Access Clearing House, os casos de deporta&ccedil;&atilde;o aumentaram de 1,6 milh&atilde;o antes do 11 de setembro para 2,3 milh&otilde;es. Absolutamente tudo se tornou um motivo para deportar algu&eacute;m, at&eacute; mesmo uma multa de tr&acirc;nsito que, por vezes, era escrita com m&aacute; inten&ccedil;&atilde;o devido ao &oacute;dio gratuito.
Essa reforma foi &oacute;tima para empresas privadas operadoras de centros de imigra&ccedil;&atilde;o, que lucraram tubos de dinheiro processando quase metade dos imigrantes detidos pelos EUA.
<h2>3. Comercializando trag&eacute;dia</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20225840535034.jpg" alt="(Fonte: Sue Edelman/New York Post)" />(Fonte: Sue Edelman/New York Post)
Em 2014, foi aberto o Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro visando ser um "monumento &agrave; dignidade humana, coragem e sacrif&iacute;cio", mas a loja de souvenirs para comercializar a trag&eacute;dia atrav&eacute;s de moletons, crach&aacute;s, canecas e garrafas foi considerada ofensiva. "Para mim, &eacute; a coisa mais grosseira e insens&iacute;vel ter um empreendimento comercial no local onde meu filho morreu", disse a m&atilde;e Diane Horning, em uma mat&eacute;ria do The New York Post.
Mas o museu n&atilde;o foi o &uacute;nico que quis capitalizar com os eventos monstruosos do 11 de setembro. Existe um imenso mercado online para compradores e vendedores que est&atilde;o prontos para negociar rel&iacute;quias aut&ecirc;nticas resgatadas dos escombros das Torres G&ecirc;meas, como uniformes e equipamentos.

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