Imagem de Thomas Midgley Jr.: conheça o inventor que quase destruiu o nosso planeta no megacurioso

Confira a história do homem que, sozinho, causou mais danos ambientais do que qualquer outro organismo vivo na Terra

<p>J&aacute; pensou que coisa mais chata entrar para Hist&oacute;ria como uma das figuras mais perigosas de todos os tempos? Esse, infelizmente, &eacute; o legado de Thomas Midgley Jr., um inventor que, sem querer, acabou sendo respons&aacute;vel &mdash; indiretamente &mdash; por danos ambientais terr&iacute;veis e irrevers&iacute;veis, assim como pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo.</p>
<p>Thomas Midgley Jr. foi um brilhante qu&iacute;mico e engenheiro mec&acirc;nico que, ao longo de sua vida, conseguiu registrar mais de 100 patentes e ganhar o respeito da comunidade cient&iacute;fica em sua &eacute;poca. Em 1915, Midgley iniciou sua carreira trabalhando para o Dayton Research Laboratories, laborat&oacute;rio subsidi&aacute;rio da General Motors.</p>
<h2>Solu&ccedil;&atilde;o perigosa</h2>
<p><span class="img-fc"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152453880060.jpg" /></span></span></p>
<p>Sua miss&atilde;o era encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o para a autoigni&ccedil;&atilde;o dos motores &mdash; ou seja, para evitar a avaria produzida nas bielas provocada quando a explos&atilde;o da mistura de combust&iacute;veis ocorre antes da hora. Midgley sabia que o problema era causado pela maneira como a gasolina queimava nos cilindros do motor, e sua primeira proposta foi a de adicionar iodo ao combust&iacute;vel para tingi-lo de vermelho e, assim, alterar suas propriedades de absor&ccedil;&atilde;o de calor.</p>
<p>No entanto, tornar a gasolina vermelha n&atilde;o deu certo, e Midgley, basicamente, come&ccedil;ou a testar todos os elementos da tabela peri&oacute;dica at&eacute; ele chegar ao &ldquo;Pb&rdquo; ou chumbo. Assim nasceu o Tetraetilchumbo, um aditivo que eliminou o problema da autoigni&ccedil;&atilde;o &mdash; e at&eacute; melhorou um pouco o consumo dos ve&iacute;culos &mdash;, mas criou uma dor de cabe&ccedil;a muito maior.</p>
<h2>Aditivo letal</h2>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152510759062.jpg" /></span></p>
<p>Evidentemente, n&atilde;o demorou at&eacute; o aditivo ser misturado &agrave; gasolina em todo o mundo. S&oacute; que o tetraetilchumbo libera part&iacute;culas de chumbo no ar &mdash; e esse elemento &eacute; extremamente t&oacute;xico para os seres humanos, especialmente para as crian&ccedil;as.</p>
<p>Isso porque o chumbo ocorre naturalmente no ambiente, mas, quando &eacute; ingerido ou <em>inalado</em>, ele pode causar uma s&eacute;rie de problemas graves de sa&uacute;de, al&eacute;m de prejudicar o desenvolvimento neurol&oacute;gico de crian&ccedil;as menores de 6 anos, provocando danos permanentes. A exposi&ccedil;&atilde;o ao elemento pode resultar em aumento na falta de aten&ccedil;&atilde;o, inabilidade de seguir instru&ccedil;&otilde;es, dificuldade na solu&ccedil;&atilde;o de problemas e irritabilidade.</p>
<p>Acontece que, com a descoberta de Midgley, as pesquisas em aditivos acabaram sendo abandonadas na d&eacute;cada de 20. E, a partir de ent&atilde;o, milh&otilde;es de autom&oacute;veis movidos &agrave; gasolina com chumbo come&ccedil;aram a circular pelo planeta &mdash; todos eles liberando part&iacute;culas do metal pesado atrav&eacute;s de seus escapamentos. <em>"Legal", n&eacute;?</em></p>
<h2>Neglig&ecirc;ncia</h2>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152543816064.jpg" /></span></p>
<p>O pior &eacute; que todo mundo sabia do problema com o chumbo e, em 1923, v&aacute;rios m&eacute;dicos e especialistas expressaram sua preocupa&ccedil;&atilde;o com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; libera&ccedil;&atilde;o do elemento no ambiente. Por&eacute;m, como o uso aditivo estava gerando uma soma absurda de dinheiro, a GM optou por ignorar os alertas &mdash; mesmo depois de seus oper&aacute;rios come&ccedil;arem a sofrer as consequ&ecirc;ncias da intoxica&ccedil;&atilde;o pelo metal.</p>
<p>S&oacute; para que voc&ecirc; tenha uma ideia, em uma planta que a GM mantinha com a Standard Oil &mdash; atual Exxon Mobil &mdash;, mais de 80% dos trabalhadores sofreram envenenamento e at&eacute; morreram por conta do chumbo! Surpreendentemente (ou n&atilde;o, em se tratando de opera&ccedil;&otilde;es envolvendo muito dinheiro), se passaram <em>cinco</em> d&eacute;cadas at&eacute; que algu&eacute;m tomasse algum tipo de provid&ecirc;ncia.</p>
<p>O uso do aditivo come&ccedil;ou a ser abandonado entre os anos 70 e 80, e na d&eacute;cada de 90 o tetraetilchumbo foi finalmente banido. Mas n&atilde;o pense que, depois de intoxicar milhares de oper&aacute;rios e <em>tr&ecirc;s gera&ccedil;&otilde;es</em> de crian&ccedil;as com chumbo, Midgley resolveu se aposentar e parar de contaminar o planeta. Que nada... O inventor ainda tinha mais uma contribui&ccedil;&atilde;o importante!</p>
<h2>Refrigeradores</h2>
<p><span style="background-color: transparent;">As geladeiras, como voc&ecirc; sabe, s&atilde;o caixas met&aacute;licas com uma porta isolante, e o frio &eacute; gerado atrav&eacute;s da absor&ccedil;&atilde;o do calor dos itens de seu interior e a sua libera&ccedil;&atilde;o no ambiente. Elas contam com uma s&eacute;rie de tubos em seu exterior (na parte de tr&aacute;s) que cont&ecirc;m um fluido refrigerante &mdash; que, nessa fase do ciclo, se encontra na forma l&iacute;quida devido &agrave; alta press&atilde;o.</span></p>
<p><span style="background-color: transparent;"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152628120066.jpg" /></span></span></p>
<p>Um compressor faz o fluido passar por uma v&aacute;lvula e, depois de ele sofrer uma forte redu&ccedil;&atilde;o de press&atilde;o, entrar em estado gasoso e se resfriar drasticamente. O g&aacute;s ent&atilde;o circula por uma serpentina localizada no interior da geladeira, onde come&ccedil;a a &ldquo;roubar&rdquo; o calor dos alimentos &mdash; e a se aquecer.</p>
<p>Depois, o g&aacute;s segue pela serpentina at&eacute; passar pelo compressor, onde &eacute; novamente submetido &agrave; alta press&atilde;o &mdash; que provoca o aumento de sua temperatura e faz com que ele volte ao estado l&iacute;quido. Por &uacute;ltimo, o fluido passa por um novo tubo onde perde calor para o ambiente, antes de todo o ciclo come&ccedil;ar novamente.</p>
<p>Acontece que, para funcionar corretamente, os fluidos refrigerantes devem apresentar determinadas propriedades, como ser vol&aacute;teis &mdash; para evaporar facilmente &mdash; e inertes, para que essas provoquem a oxida&ccedil;&atilde;o do equipamento e n&atilde;o se liguem quimicamente com outros elementos. Mas, voltando a Midgley...</p>
<h2>Danos ambientais</h2>
<p>Na d&eacute;cada de 30, depois de abandonar os trabalhos com os aditivos, Midgley foi contratado para trabalhar em uma divis&atilde;o da GM chamada Frigidaire, voltada para a produ&ccedil;&atilde;o de geladeiras. Sua nova miss&atilde;o era a de encontrar uma alternativa barata para o propano, a am&ocirc;nia, o di&oacute;xido de enxofre ou o clorometano &mdash; subst&acirc;ncias t&oacute;xicas e altamente inflam&aacute;veis &mdash;, que eram as op&ccedil;&otilde;es de fluidos refrigerantes que existiam na &eacute;poca.</p>
<p><span style="background-color: transparent;">Pois em meros tr&ecirc;s dias de trabalho, Midgley conseguiu a proeza de desenvolver o Diclorodifluorometano &mdash; o primeiro clorofluorocarbono halometano j&aacute; sintetizado no mundo. Traduzindo: Midgley criou nada mais do que o infame CFC, aquela subst&acirc;ncia que era usada em refrigeradores, aparelhos de ar-condicionado e aeross&oacute;is no passado e cuja produ&ccedil;&atilde;o &eacute; proibida em todo o planeta atualmente. Calma, voc&ecirc; j&aacute; vai descobrir o motivo.</span></p>
<p><span style="background-color: transparent;"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152719164069.jpg" /></span></span></p>
<p>O CFC &eacute; inerte, o que significa que, quando ele &eacute; liberado no ambiente, nenhum processo qu&iacute;mico natural &eacute; capaz de degrad&aacute;-lo. Assim, todo o CFC liberado pelas geladeiras que come&ccedil;aram a surgir na d&eacute;cada de 30, passando pelos sprays de cabelo que permitiam que os penteados dos anos 50 e 60 se mantivessem no lugar &mdash; incluindo as cabeleiras rebeldes dos 70 e 80 &mdash; continua na atmosfera. Sem falar nos desodorantes, nas latinhas de tinta etc.</p>
<p>Acontece que, apesar de o CFC ser usado aqui na superf&iacute;cie, ele eventualmente vai parar nas camadas mais altas da atmosfera, onde &eacute; bombardeado por raios c&oacute;smicos. E quando as mol&eacute;culas de CFC interagem com os raios c&oacute;smicos, os elementos que comp&otilde;em o diclorodifluorometano &mdash; o cloro, o metano e o fl&uacute;or &mdash; s&atilde;o liberados e, al&eacute;m de contribu&iacute;rem para o efeito estufa, um deles (o cloro) &eacute; capaz de destruir a camada de oz&ocirc;nio.</p>
<p>Todo mundo sabe que o oz&ocirc;nio presente na atmosfera ajuda a filtrar os raios ultravioletas do Sol. Mas, a camada de oz&ocirc;nio n&atilde;o serve apenas para prevenir o surgimento de c&acirc;ncer de pele entre os terr&aacute;queos. O excesso de radia&ccedil;&atilde;o pode interferir na taxa de crescimento das plantas terrestres e aqu&aacute;ticas, o que, por sua vez, pode afetar ecossistemas inteiros, al&eacute;m de potencialmente reduzir a absor&ccedil;&atilde;o de di&oacute;xido de carbono da atmosfera.</p>
<h2><em>Karma</em>?</h2>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/07/16/16152756307071.jpg" /></span></p>
<p>Os efeitos provocados pelo CFC s&oacute; foram descobertos muito tempo depois de sua cria&ccedil;&atilde;o, e a produ&ccedil;&atilde;o, conforme j&aacute; mencionamos, foi proibida em meados da d&eacute;cada de 90. Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Midgley, ele n&atilde;o provocou esses danos todos deliberadamente e morreu tragicamente em 1944, sem saber a real dimens&atilde;o dos problemas catastr&oacute;ficos que as suas inven&ccedil;&otilde;es causaram. Ali&aacute;s, podemos dizer que, de certa forma, ele pagou pelo que fez, coitado.</p>
<p>Em 1940, Midgley contraiu poliomielite e inventou uma engenhoca para ajud&aacute;-lo a sair da cama. Tratava-se de um sistema de polias e alavancas que ele instalou em seu quarto, e um belo dia, ele <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/36124-conheca-7-inventores-mortos-por-suas-invencoes.htm">foi encontrado morto</a> &mdash; tendo sido estrangulado pelos cabos de sua pr&oacute;pria cria&ccedil;&atilde;o.</p>
<p><em>*Publicado em 16/7/2015</em></p>
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
<p>Voc&ecirc; sabia que o Mega Curioso tamb&eacute;m est&aacute; no Instagram?&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/megacurioso/" target="_blank">Clique aqui</a>&nbsp;para nos seguir e ficar por dentro de curiosidades exclusivas!</p>

thumb-image-2024-02-29T13:59:29.869Z

Thomas Midgley Jr.: conheça o inventor que quase destruiu o nosso planeta

Imagem de Aquecimento global causa alagamento em silo de sementes do fim do mundo no megacurioso

Por sorte, o banco de sementes conseguiu sobreviver a esse importante teste, mas terá que passar por adequações

<p>Sabe o Silo Internacional de Sementes de Svalbard, situado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42631-proxima-parada-noruega-veja-curiosidades-do-pais-de-origem-dos-vikings.htm" target="_blank" title="Pr&oacute;xima Parada: Noruega - veja curiosidades do pa&iacute;s de origem dos vikings">Noruega</a>? Conhecido tamb&eacute;m como &ldquo;Silo do Fim do Mundo&rdquo;, esse local &eacute; uma esp&eacute;cie de bunker do apocalipse onde se encontram armazenadas sementes de esp&eacute;cies de plantas de todo o planeta para o caso de que ocorra algum evento catastr&oacute;fico que interfira com a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos.</p>
<p>Para tanto, o silo foi constru&iacute;do para suportar toda classe de adversidade &mdash; como terremotos, atividade vulc&acirc;nica e radia&ccedil;&atilde;o &mdash; e se encontra em um local a 130 metros acima do n&iacute;vel do mar para evitar que ele seja afetado em caso de que o n&iacute;vel do oceano aumente por conta do derretimento das calotas polares. Inaugurado em 2008, o banco de sementes fica em pleno permafrost, uma camada de solo permanentemente congelada que funcionaria como um &ldquo;freezer&rdquo; natural em caso de falha el&eacute;trica. S&oacute; que...</p>
<h2>Defeito no freezer natural</h2>
<p>O pessoal que projetou o silo do fim do mundo realmente n&atilde;o esperava que o permafrost fosse derreter, mas o fato &eacute; que, na semana passada, ele derreteu e alagou o t&uacute;nel de entrada do bunker. Por sorte, de acordo com Patrick Caughill, do site <a href="https://futurism.com/melting-permafrost-threatens-the-doomsday-seed-bunker/" target="_blank">Futurism</a>, a &aacute;gua n&atilde;o chegou at&eacute; os armaz&eacute;ns que guardam as sementes &mdash; o que significa que o local passou por seu primeiro teste de resist&ecirc;ncia.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/23/23164842875295.jpg" /><span class="desc">Silo Internacional de Sementes de Svalbard</span></span></p>
<p>E dever&iacute;amos nos preocupar com novos alagamentos? Segundo Patrick, o silo conta com um sistema de bombeamento de &aacute;gua que entra em a&ccedil;&atilde;o em situa&ccedil;&otilde;es desse tipo, e o pessoal que projetou o banco de sementes explicou que, no caso de que ocorra uma inunda&ccedil;&atilde;o maior e esse sistema falhe, o l&iacute;quido congelaria assim que penetrasse no armaz&eacute;m propriamente dito &mdash; onde as temperaturas s&atilde;o mantidas a -18 &deg;C.</p>
<p>Entretanto, e se os sistemas que mant&eacute;m as temperaturas no interior do banco de sementes bem abaixo de zero falharem? Parece que o mecanismo pensado para servir como &ldquo;backup&rdquo; &mdash; isto &eacute;, o freezer natural proporcionado pelo permafrost &mdash; est&aacute; com s&eacute;rios problemas! Isso porque, segundo Patrick, os cientistas v&ecirc;m alertando o mundo sobre os perigos relacionados com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas h&aacute; anos, e muitos de seus efeitos j&aacute; podem ser observados.</p>
<h2>Riscos</h2>
<p>De acordo com diversos levantamentos, o ano passado foi o mais quente de que se tem not&iacute;cia, e 2017 tamb&eacute;m promete bater recordes de temperatura. A regi&atilde;o onde o silo foi constru&iacute;do &mdash; ele fica no &Aacute;rtico, a 1,2 mil quil&ocirc;metros do Polo Norte &mdash; &eacute; particularmente vulner&aacute;vel, e o clima de l&aacute; est&aacute; mudando rapidamente.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/05/23/23165302505299.jpg" /><span class="desc">O gelo est&aacute; derretendo</span></span></p>
<p>O triste &eacute; que, apesar de ter sido constru&iacute;do visando suportar uma variedade de cat&aacute;strofes, o aquecimento global poderia afetar a seguran&ccedil;a do bunker. As autoridades norueguesas j&aacute; come&ccedil;aram a trabalhar em projetos para assegurar que a &aacute;rea ao redor do silo conte com um sistema de drenagem de &aacute;gua mais eficiente e tamb&eacute;m em solu&ccedil;&otilde;es que garantam a seguran&ccedil;a das sementes para a posteridade. Afinal, ningu&eacute;m sabe o que o dia de amanh&atilde; nos reserva &mdash; mas, considerando a forma como o nosso mundo est&aacute; mudando, as previs&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o o que podemos chamar de animadoras.</p>
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
<p>Voc&ecirc; sabia que o Mega Curioso tamb&eacute;m est&aacute; no Instagram?&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/megacurioso/" target="_blank">Clique aqui</a>&nbsp;para nos seguir e ficar por dentro de curiosidades exclusivas!</p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:26.659Z

Aquecimento global causa alagamento em silo de sementes do fim do mundo

Imagem de Cidadezinha canadense recebe maior iceberg da história e atrai turista no megacurioso

Conhecida como Avenida dos Icebergs, região no nordeste do Canadá vê a passagem de mais de 600 blocos de gelo todos os anos

<p>Nos &uacute;ltimos dias, a cidadezinha de Ferryland, no Canad&aacute;, virou polo tur&iacute;stico com a passagem de enormes icebergs. Apesar de n&atilde;o ser um evento in&eacute;dito, j&aacute; que a &aacute;rea &eacute; conhecida como Avenida dos Icebergs, em 2017 o local recebeu um dos maiores j&aacute; registrados, com cerca de 45 metros de altura vis&iacute;vel.</p>
<p>A costa da prov&iacute;ncia de Labrador at&eacute; a regi&atilde;o nordeste da ilha de Terra Nova &eacute; conhecida por propiciar uma espetacular vis&atilde;o dos imensos blocos de gelo que se desprendem da ilha de Baffin ou da Groenl&acirc;ndia e aparecem por l&aacute; nesta &eacute;poca do ano. Em m&eacute;dia, mais de 600 icebergs, de diferentes tamanhos, passam pela regi&atilde;o anualmente, mas a maioria requer um barco para ser vista mais de perto.</p>
<p>Nos &uacute;ltimos dias, por&eacute;m, o gel&atilde;o com 45 metros de altura chegou bem pr&oacute;ximo da costa de Ferruland e ficou encalhado, atraindo turistas curiosos. Neste ano, o espet&aacute;culo deve ser mais intenso, j&aacute; que altas temperaturas na regi&atilde;o e ventos girando no sentido anti-hor&aacute;rio devem levar ainda mais icebergs para l&aacute;.&nbsp;</p>
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
<script src="http://cdn.playbuzz.com/widget/feed.js"></script>
<div data-embed-by="daa7498e-26b8-4dcc-b390-699c65c028da" data-item="b3f60156-5648-4896-971b-8370464665f2" data-recommend="false" data-game-info="false" data-comments="false" data-shares="false"><span style="background-color: transparent;">O Mega est&aacute; concorrendo ao Pr&ecirc;mio Influenciadores Digitais, e voc&ecirc; pode nos ajudar a sermos bicampe&otilde;es!&nbsp;</span><a href="https://www.megacurioso.com.br/institucional/102321-extra-extra-o-mega-esta-concorrendo-ao-premio-influenciadores-digitais.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">Clique aqui</a><span style="background-color: transparent;">&nbsp;e descubra como. Aproveite para nos seguir no&nbsp;</span><a href="https://www.instagram.com/megacurioso/" target="_blank" style="background-color: transparent;">Instagram</a><span style="background-color: transparent;">&nbsp;e se inscreva em nosso&nbsp;</span><a href="https://www.youtube.com/user/canalmegacurioso" target="_blank" style="background-color: transparent;">canal no YouTube.</a></div>

thumb-image-2024-02-29T14:02:23.797Z

Cidadezinha canadense recebe maior iceberg da História e atrai turistas

Imagem de Aquecimento global: fotógrafo registra o encolhimento de geleiras no megacurioso

James Balog visita glaciares ao redor do planeta para mostrar o quanto de gelo já derreteu nesses lugares magníficos

<p>H&aacute; mais de uma d&eacute;cada, o fot&oacute;grafo James Balog est&aacute; tirando fotos de geleiras ao redor do mundo para mostrar o impacto do aquecimento global. Esse tema &eacute; muito dif&iacute;cil de ser mostrado, principalmente por conta da incredulidade de v&aacute;rias pessoas. Entretanto, as imagens de Balog mostram como as calotas de gelo est&atilde;o diminuindo ano ap&oacute;s ano.</p>
<p>O mais interessante do trabalho do fot&oacute;grafo, intitulado &ldquo;Extreme Ice Survey&rdquo;, &eacute; o fato de ele mostrar visualmente os impactos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas. Afinal, muita gente &eacute; disc&iacute;pula de S&atilde;o Tom&eacute; e s&oacute; acredita vendo! De acordo com a Sociedade Geol&oacute;gica da Am&eacute;rica (GSA), essa narra&ccedil;&atilde;o com imagens &eacute; altamente eficaz para explicar o recuo glacial.</p>
<p>Essa diminui&ccedil;&atilde;o dos glaciares tem v&aacute;rios impactos: eleva&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel do mar, maior probabilidade de secura de regi&otilde;es banhadas por rios formados de &aacute;guas de degelo e destrui&ccedil;&atilde;o de materiais ambientais mantidas em seguran&ccedil;a dentro desses glaciares. Confira abaixo algumas dessas mudan&ccedil;as.</p>
<p>Clique nas fotos para ver o antes e o depois:</p>
<script src="http://cdn.playbuzz.com/widget/feed.js"></script>
<div class="pb_feed" data-shares="false" data-comments="false" data-game-info="false" data-item="fcc160d5-b0c9-4584-8452-5c2845af46d4" data-embed-by="daa7498e-26b8-4dcc-b390-699c65c028da" data-version="2"></div>
<p>&ldquo;Eu acho que nosso aparelho sensorial mais dominante &eacute; a nossa vis&atilde;o.&nbsp;Assim, quando voc&ecirc; consegue entregar uma compreens&atilde;o da realidade atrav&eacute;s da vis&atilde;o, em vez de n&uacute;meros ou mapas, isso tem a capacidade &uacute;nica de tocar e influenciar as pessoas&rdquo;, explicou James Balog ao Washington Post.</p>
<p>O fot&oacute;grafo explica que corre atr&aacute;s de geleiras em todo o mundo e n&atilde;o apenas em regi&otilde;es polares. O seu desaparecimento afeta v&aacute;rias comunidades que sobrevivem da &aacute;gua doce fornecida por elas. Outro detalhe impactante &eacute; o fato de que a maioria das fotos foi feita com poucos anos de diferen&ccedil;a. Quanto tempo de vida essas geleiras ainda possuem?</p>
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
<p>O Mega est&aacute; concorrendo ao Pr&ecirc;mio Influenciadores Digitais, e voc&ecirc; pode nos ajudar a ser bicampe&otilde;es!&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/institucional/102321-extra-extra-o-mega-esta-concorrendo-ao-premio-influenciadores-digitais.htm" target="_blank">Clique aqui</a>&nbsp;e descubra como. Aproveite para nos seguir no&nbsp;<a href="https://www.instagram.com/megacurioso/" target="_blank">Instagram</a>&nbsp;e se inscreva em nosso&nbsp;<a href="https://www.youtube.com/user/canalmegacurioso" target="_blank">canal no YouTube.</a></p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:22.961Z

Aquecimento global: fotógrafo registra o encolhimento de geleiras

Imagem de Antes e depois: 9 imagens aéreas impactantes mostram as alterações na Terra no megacurioso

Fenômenos climáticos, crescimento populacional e uso indevido de recursos naturais causam deformidades por vezes permanentes em nosso planeta

<p>Que a Terra est&aacute; em constante muta&ccedil;&atilde;o voc&ecirc; est&aacute; careca de saber. Por&eacute;m, como normalmente vivemos em nosso mundinho, dificilmente temos uma no&ccedil;&atilde;o de qu&atilde;o impactantes s&atilde;o essas mudan&ccedil;as, mesmo em um pequenino espa&ccedil;o de tempo.</p>
<p>Recentemente, a NASA divulgou uma s&eacute;rie de imagens de sat&eacute;lite que mostra que o aumento populacional, as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e outros fatores ajudaram a transformar radicalmente a crosta terrestre. E nada melhor do que vermos o mundo de cima para termos uma no&ccedil;&atilde;o real do impacto dessas altera&ccedil;&otilde;es no planeta. Saca s&oacute;:</p>
<h2>1. Lago &Uacute;rmia &ndash; Ir&atilde;</h2>
<p>Em um intervalo de apenas 3 meses, o lago diminuiu de tamanho e teve sua colora&ccedil;&atilde;o alterada de verde para castanho, devido &agrave; prolifera&ccedil;&atilde;o de alguns tipos de algas e bact&eacute;rias que crescem bastante no ver&atilde;o. Nos &uacute;ltimos 14 anos, 70% da &aacute;rea do lago desapareceu.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174044153265.jpg" /></span></p>
<h2>2. Grande Lago Salgado &ndash; EUA</h2>
<p>Esse lago est&aacute; localizado no estado de Utah e teve uma dr&aacute;stica redu&ccedil;&atilde;o de tamanho entre 1985 e 2010. Isso &eacute; resultado da diminui&ccedil;&atilde;o das chuvas na regi&atilde;o e do pouco degelo das montanhas que alimentam os riachos que desaguam no lago.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174054294266.jpg" /></span></p>
<h2>3. Lago Owens &ndash; EUA</h2>
<p>Localizado na Calif&oacute;rnia, esse lago foi uma das paradas mais importantes de p&aacute;ssaros migrat&oacute;rios durante passagens pelos EUA. Por&eacute;m, o desvio do rio Owens para um aqueduto de Los Angeles fez as &aacute;guas do lago secarem drasticamente. O que restou ainda sofre com a contamina&ccedil;&atilde;o de produtos qu&iacute;micos e poeira t&oacute;xica.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174102809267.jpg" /></span></p>
<h2>4. Floresta Baban Rafi &ndash; N&iacute;ger</h2>
<p>Nos 40 anos que antecederam a imagem de 2007, a popula&ccedil;&atilde;o nessa regi&atilde;o do N&iacute;ger quadriplicou, fazendo com que grandes peda&ccedil;os da floresta (em verde mais escuro) dessem lugar &agrave; agricultura.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174110872268.jpg" /></span></p>
<h2>5. Nova Deli &ndash; &Iacute;ndia</h2>
<p>Em 25 anos, a popula&ccedil;&atilde;o da capital indiana e de sua regi&atilde;o metropolitana saltou de 9,4 milh&otilde;es para 25 milh&otilde;es de pessoas! Al&eacute;m do crescimento populacional complicar a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, isso tamb&eacute;m causa impacto no meio ambiente e em v&aacute;rios fatores que determinam a qualidade de vida.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174120247269.jpg" /></span></p>
<h2>6. Groenl&acirc;ndia</h2>
<p>&Eacute; normal que a cada ver&atilde;o surjam lagos e rios na plan&iacute;cie gelada da Groenl&acirc;ndia. Por&eacute;m, em 2016 esse degelo come&ccedil;ou muito mais cedo do que o normal, causando altera&ccedil;&atilde;o na paisagem e at&eacute; no n&iacute;vel dos mares.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174130262270.jpg" /></span></p>
<h2>7. Groenl&acirc;ndia</h2>
<p>Outras imagens da Groenl&acirc;ndia mostram o encolhimento da geleira Helheim em um intervalo de 4 anos. O tamanho da geleira permaneceu constante entre a d&eacute;cada de 1970 e 2001, ano em que come&ccedil;ou a recuar rapidamente.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174138356271.jpg" /></span></p>
<h2>8. Rio Ganges &ndash; &Iacute;ndia</h2>
<p>As torrenciais mon&ccedil;&otilde;es de 2016 fizeram com o que n&iacute;vel do rio Ganges subisse drasticamente, causando inunda&ccedil;&otilde;es e matando aproximadamente 300 pessoas. Al&eacute;m disso, mais de 6 milh&otilde;es de indianos foram afetados pela cheia do rio no ano passado.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174148903272.jpg" /></span></p>
<h2>9. Lago Poop&oacute; &ndash; Bol&iacute;via</h2>
<p>O segundo maior lago da Bol&iacute;via secou em 2016. Essa n&atilde;o &eacute; a primeira vez que isso acontece: em 1994, isso j&aacute; tinha ocorrido devido a desvios de suas fontes de &aacute;gua para minera&ccedil;&atilde;o e agricultura. O lago Poop&oacute; levou anos para se reestruturar, causando grande impacto no ecossistema da regi&atilde;o.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/24/24174200731273.jpg" /></span></p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:15.915Z

Antes e depois: 9 imagens aéreas impactantes mostram as alterações na Terra

Imagem de Aquecimento global pode deixar os mariscos tóxicos e mortais no megacurioso

Ácido produzido pelas algas se acumula nos mariscos principalmente em lugares com altas temperaturas oceânicas

<p>O aquecimento global pode trazer mais um problema, desta vez para os amantes de frutos do mar: com temperaturas mais elevadas nos oceanos, a concentra&ccedil;&atilde;o de toxinas nos mariscos pode ser maior, causando risco de consumo. Essa &eacute; a conclus&atilde;o de pesquisadores que analisaram a &aacute;gua marinha na costa do Oregon, nos EUA, durante 20 anos.</p>
<p>Foi descoberto que nos 5 anos mais quentes dessa an&aacute;lise, as algas marinhas produziram um excesso de &aacute;cido domoico, que se acumula em mariscos, sardinhas e anchovas. Esse &aacute;cido &eacute; uma neurotoxina que provoca envenenamento amn&eacute;sico, podendo causar desde perda de mem&oacute;ria at&eacute; danos cerebrais mais graves e permanentes, inclusive a morte.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/17/17155019585318.jpg" /><span class="desc">&Aacute;cido domoico &eacute; produzido em maior quantidade pelas algas quando as &aacute;guas est&atilde;o mais quentes</span></span></p>
<p>Essa toxina s&oacute; foi identificada como prejudicial &agrave; sa&uacute;de em 1987, com diversas ag&ecirc;ncias ambientais monitorando a sua concentra&ccedil;&atilde;o em alguns mares do planeta desde ent&atilde;o.&nbsp;<span style="background-color: transparent;">No ano passado, a costa do Maine, outro estado norte-americano, foi fechada para a produ&ccedil;&atilde;o de mariscos enquanto os n&iacute;veis desse &aacute;cido estivessem altos.&nbsp;</span></p>
<p><span style="background-color: transparent;">Al&eacute;m dos seres humanos, outros animais marinhos tamb&eacute;m podem ser prejudicados pelo ac&uacute;mulo do &aacute;cido domoico nos mariscos. Para piorar, os cientistas ainda n&atilde;o sabem como controlar essa toxina, j&aacute; que cozinhar ou congelar os mariscos em nada afeta na concentra&ccedil;&atilde;o desse &aacute;cido. Por enquanto, o que nos resta &eacute; pensar em maneiras de cuidar melhor de nosso planeta. Que tal come&ccedil;ar na sua casa?</span></p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:15.293Z

Aquecimento global pode deixar os mariscos tóxicos e mortais

Imagem de Bloco de gelo um pouco menor que o DF está para se desprender da Antártida no megacurioso

Fragmentação de plataforma de gelo vai liberar um dos maiores icebergs registrados na História e desestabilizar a região

<p>Sabe a imagem acima? Ela parece assustadora para voc&ecirc;? Pois deveria... Ela n&atilde;o mostra o cen&aacute;rio de um filme, nem foi criada digitalmente. Trata-se de uma foto a&eacute;rea da plataforma de gelo Larsen C, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/70239-proxima-parada-antartida-deslumbre-se-com-a-beleza-deste-paraiso-gelado.htm" target="_blank">Ant&aacute;rtida</a>, clicada por cientistas da NASA no final do ano passado. Mais precisamente, o registro mostra uma fenda imensa, com cerca de 112 quil&ocirc;metros de comprimento, mais de 90 metros de largura e por volta de 500 metros de profundidade.</p>
<p>Sabe o que &eacute; pior? Desde que a imagem foi registrada em meados de novembro de 2016, o comprimento da fenda aumentou em impressionantes 18 quil&ocirc;metros. E, de acordo com Matt McGrath, da <a href="http://www.bbc.com/news/science-environment-38522954" target="_blank">BBC</a>, agora faltam cerca de 20 quil&ocirc;metros para que a plataforma de gelo inteira &mdash; que possui uma &aacute;rea de 5 mil km<sup>2 </sup>e &eacute; um pouco menor do que o Distrito Federal (<a href="http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=530010" target="_blank">com seus 5,78 mil km<sup>2</sup></a>) &mdash; se desprenda totalmente e se transforme em um baita <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128280-maior-iceberg-do-mundo-esta-a-deriva-e-ameaca-vida-selvagem.htm" target="_blank">iceberg</a>.</p>
<h2>M&aacute;s not&iacute;cias</h2>
<p>Segundo Matt, os cientistas esperam que o rompimento da plataforma de gelo seja conclu&iacute;do dentro de poucos meses e, quando isso acontecer, o bloco de gelo que ter&aacute; se desprendido no processo estar&aacute; entre os 10 maiores j&aacute; registrados na <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/historia-e-geografia" target="_blank" title="Hist&oacute;ria e Geografia">Hist&oacute;ria</a>. Achou esse papo de supericeberg interessante? Ent&atilde;o, pode parecer incr&iacute;vel e tal, mas n&atilde;o &eacute;. Na verdade, se trata de algo muito, muito preocupante.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/09/09165858930182.jpg" /><span class="desc">Rachadura imensa clicada por cientistas da NASA no final de 2016</span></span></p>
<p>Conforme explicou Matt, a plataforma Larsen C conta com aproximadamente 350 metros de espessura e se encontra flutuando na regi&atilde;o noroeste do Mar de Weddell &mdash; que fica no litoral leste da pen&iacute;nsula Ant&aacute;rtica. Quando esse peda&ccedil;&atilde;o dela se desprender, a plataforma perder&aacute; cerca de 10% de sua &aacute;rea, e os cientistas temem que ela possa se tornar inst&aacute;vel e entrar em colapso dentro de mais ou menos uma d&eacute;cada.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/09/09170032696187.jpg" /><span class="desc">Progresso da fenda desde 2010</span></span></p>
<p>O problema &eacute; que a plataforma Larsen C funciona como uma esp&eacute;cie de obst&aacute;culo que ajuda a segurar o fluxo dos glaciares da regi&atilde;o. Se ela entrar em colapso mesmo &mdash; o que, de momento, &eacute; apenas uma possibilidade &mdash;, a barreira que impede esse fluxo de gelo de chegar ao oceano acabar&aacute; desaparecendo e, como resultado, os n&iacute;veis das &aacute;guas dos mares poder&atilde;o aumentar em cerca de 10 cent&iacute;metros em todo o mundo.</p>
<p>Pode ser que meros 10 cent&iacute;metros n&atilde;o pare&ccedil;am grande coisa. No entanto, se pensarmos que nos &uacute;ltimos 20 anos o n&iacute;vel dos mares aumentaram em mais de seis cent&iacute;metros e que outros processos tamb&eacute;m est&atilde;o contribuindo para a eleva&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas, o aporte oferecido pelo poss&iacute;vel colapso da plataforma ser&aacute; bastante significativo.</p>
<h2>Culpa de quem?</h2>
<p>De acordo com Robin Andrews, do portal <a href="http://www.iflscience.com/environment/worlds-largest-icebergs-break-antarctica/" target="_blank">IFLScience</a>, apesar de muitos cientistas acreditarem que o r&aacute;pido aumento das temperaturas na regi&atilde;o possa ter acelerado o avan&ccedil;o da fenda na plataforma de gelo Larsen C, n&atilde;o existem evid&ecirc;ncias diretas que comprovem suas suspeitas. Por outro lado, existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/fim-do-mundo/43192-confirmado-colapso-do-manto-de-gelo-da-antartida-ocidental-e-inevitavel.htm" target="_blank">diversas provas</a> que associam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mundo-verde/98262-plataforma-de-gelo-maior-que-manhattan-esta-para-se-soltar-da-antartida.htm" target="_blank">redu&ccedil;&atilde;o do gelo em outras &aacute;reas</a> da <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" target="_blank">Ant&aacute;rtida</a> com o aumento da temperatura atmosf&eacute;rica e dos mares.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/09/09170051227188.jpg" /><span class="desc">Plataforma de gelo Larsen B, que passou por um processo semelhante em 2002</span></span></p>
<p>Vale destacar que a Larsen C &eacute; vizinha da Larsen B &mdash; que entrou parcialmente em colapso em 2002, depois de essa plataforma passar por um processo semelhante &mdash; e da Larsen A, que era a menor das tr&ecirc;s e se desintegrou em 1995. Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m vale destacar que as previs&otilde;es sobre o que realmente vai acontecer na regi&atilde;o n&atilde;o passa de uma... <em>previs&atilde;o</em> at&eacute; agora, mas se os modelos estiverem corretos, o colapso teria um consider&aacute;vel impacto no n&iacute;vel dos mares.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:14.617Z

Bloco de gelo um pouco menor que o DF está para se desprender da Antártida

Imagem de Papai Noel vai perder a carona: 80 mil renas já morreram no Polo Norte no megacurioso

Alterações nos padrões climáticos na região do Ártico Russo levaram os animais a morrer de fome

<p>Eis uma not&iacute;cia que n&atilde;o &eacute; nada agrad&aacute;vel &mdash; e que n&atilde;o deixa de ser curiosamente macabra, especialmente considerando a proximidade do Natal. De acordo com Andy Coghlan, do portal <a href="https://www.newscientist.com/article/2112958-80000-reindeer-have-starved-to-death-as-arctic-sea-ice-retreats/" target="_blank">New Scientist</a>, um estudo recente apontou que mais de 80 mil renas j&aacute; morreram no &Aacute;rtico nos &uacute;ltimos 10 anos. O mais assustador &eacute; que esses animais todos pereceram de fome, e esse desastre n&atilde;o aconteceu de forma gradual.</p>
<p>Segundo Andy, s&oacute; no ano de 2006, cerca de 20 mil renas morreram &mdash; com esse n&uacute;mero saltando para mais de 60 mil em 2013. E que saber quem &eacute; o culpado desses devastadores eventos? Padr&otilde;es clim&aacute;ticos bizarros resultantes de temperaturas mais elevadas do que o normal na Pen&iacute;nsula de Yamal, no &Aacute;rtico Russo, e o pior &eacute; que essa perda em massa da popula&ccedil;&atilde;o de renas pode se repetir este ano. Assustador, n&atilde;o &eacute; mesmo?</p>
<h2>Preocupante</h2>
<p>Conforme explicou um dos pesquisadores envolvidos no estudo, Bruce Forbes, da Universidade da Lap&ocirc;nia em Rovaniemi, na Finl&acirc;ndia, tanto no ano de 2006 como no de 2016, as temperaturas registradas em novembro na regi&atilde;o foram mais altas do que o normal. Esse calor fora de &eacute;poca resultou em chuvas mais fortes, o que, por sua vez, fez com que a neve &mdash; macia e leve &mdash; se transformasse em placas de gelo.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/18/18182759095682.jpg" /><span class="desc">Dezenas de milhares de rena morreram de fome e esse triste desastre pode voltar a acontecer</span></span></p>
<p>O problema &eacute; que essas placas de gelo chegaram a medir dezenas de cent&iacute;metros de espessura, impedindo que as renas pudessem ter acesso ao seu alimento &mdash; que se encontrava logo abaixo. Na verdade, esses animais, especialmente os machos, est&atilde;o acostumados a quebrar l&acirc;minas de gelo (geralmente com at&eacute; 2 cent&iacute;metros) para expor a tundra, mas n&atilde;o uma camada t&atilde;o grossa.</p>
<p>Segundo os pesquisadores, tudo indica que as altera&ccedil;&otilde;es nos padr&otilde;es clim&aacute;ticos foram resultado da retra&ccedil;&atilde;o da cobertura de gelo nos mares de Kara e Barents, que fazem parte do Oceano &Aacute;rtico e se encontram pr&oacute;ximos &agrave; Pen&iacute;nsula de Yamal, no in&iacute;cio de novembro em 2006 e 2013. No entanto, nessa &eacute;poca do ano, a cobertura de gelo deveria estar aumentando depois do degelo normal do ver&atilde;o.</p>
<p>Com isso, a falta de gelo fez com que a evapora&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas e a umidade na regi&atilde;o aumentassem. E isso, combinado com temperaturas mais altas do que o normal, resultaram na forma&ccedil;&atilde;o de mais nuvens carregadas que, por sua vez, se deslocaram sobre a Pen&iacute;nsula de Yamal e despencaram na forma de chuvas torrenciais. Ent&atilde;o, durante todo o inverno, as temperaturas ca&iacute;ram para -40 &deg;C, e solo encharcado simplesmente congelou.</p>
<h2>Mais mortes?</h2>
<p>Em 2006, algumas partes do solo n&atilde;o chegaram a ficar t&atilde;o congeladas nem cobertas pelas espessas camadas de gelo e, por isso, o n&uacute;mero de renas que morreram de fome chegou a 20 mil. Entretanto, 2013 foi um ano bastante pior, e mais de 60 mil do rebanho de 275 mil &mdash; ou o equivalente a mais de 20% do total &mdash; renas acabaram perecendo.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/11/18/18182848814684.jpg" /><span class="desc">Mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas na regi&atilde;o cortaram o acesso dos animais ao seu alimento</span></span></p>
<p>Assustadoramente, parece que o mesmo padr&atilde;o pode se repetir este inverno. Isso porque, em setembro os pesquisadores identificara a segunda menor cobertura de gelo j&aacute; registrada no &Aacute;rtico, o que sugere que as temperaturas na regi&atilde;o foram bem mais altas do que o normal para essa &eacute;poca do ano.</p>
<p>Pois al&eacute;m das mortes de tantos animais ser uma quest&atilde;o ambiental s&eacute;ria &mdash; j&aacute; que, al&eacute;m da perda massiva de indiv&iacute;duos, a presen&ccedil;a de tantas carca&ccedil;as pode contaminar o solo e afetar a popula&ccedil;&atilde;o que habita a regi&atilde;o &mdash;, outro problema &eacute; que as renas s&atilde;o uma importante parte da economia na pen&iacute;nsula, e as perdas dos anos anteriores ainda n&atilde;o foram completamente superadas.</p>
<p>Os pesquisadores temem que, com temperaturas cada vez mais altas e as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas resultantes desse fen&ocirc;meno, os fr&aacute;geis ecossistemas da regi&atilde;o sejam permanentemente afetados. A esperan&ccedil;a &eacute; que com o monitoramento constante, os cientistas consigam prever como ser&aacute; a cobertura de gelo e, assim, encontrem formas de proteger a fauna local &mdash; ou evitar que ela sucumba de maneira t&atilde;o inclemente.</p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:09.775Z

Papai Noel vai perder a carona: 80 mil renas já morreram no Polo Norte

Imagem de Antes e depois: 10 lugares que mudaram radicalmente em pouco tempo no megacurioso

Confira uma seleção de paisagens que sofreram uma drástica transformação

<p>Os efeitos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e do estilo de vida descomedido das sociedades contempor&acirc;neas t&ecirc;m se mostrado cada vez mais evidentes sobre a paisagem terrestre: geleiras derretendo mais rapidamente, ilhas e cidades costeiras paulatinamente sendo tragadas pelas &aacute;guas do mar, densas florestas dando lugar a pastos e lavouras e paisagens intocadas sendo modificadas drasticamente. A seguir, voc&ecirc; confere uma sele&ccedil;&atilde;o de lugares que experimentaram uma transforma&ccedil;&atilde;o radical nos &uacute;ltimos tempos:</p>
<h3>1.&nbsp;Imagens de sat&eacute;lite de 1975 e 2009 mostram o desmatamento da Floresta Amaz&ocirc;nica no estado de Rond&ocirc;nia</h3>
<p><span class="img-fc"><span class="desc"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31160920611188.jpg" /></span>(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Usuncut)</span></span></p>
<h3>2. Mar de Aral, na &Aacute;sia Central, em 1973, 1987, 1999, 2004, 2007 e 2009</h3>
<p><span class="img-fc"><span class="desc"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31160934892189.jpg" /></span>(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Amusing Planet)</span></span></p>
<h3>3.&nbsp;<span>Lago Powell, nos Estados Unidos, em 1999 e 2014</span></h3>
<p><span class="img-fc"><span class="desc"><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31160946924191.jpg" /></span>(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Amusing Planet)</span></span></p>
<h3>4.&nbsp;Mar Chiquita, na Argentina, em 1998 e 2011</h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31160957189192.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Bright Side)</span></span></p>
<h3>5.&nbsp;<span>Geleira Muir, no Alasca, em 1941 e 2004</span></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161026455194.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Bright Side)</span></span></p>
<h3>6.&nbsp;Montanha Matterhorn, nos Alpes Su&iacute;&ccedil;os, fotografada em 1960 e 2005</h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161038298195.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Usuncut)</span></span></p>
<h3>7.&nbsp;<span>Geleira Toboggan, no Alasca, em 1909 e 2000</span></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161101876196.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Amusing Planet)</span></span></p>
<h3>8.&nbsp;<span>Floresta de Mabira, em Uganda, em 2001 e 2006</span></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161114204197.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Bright Side)</span></span></p>
<h3>9.&nbsp;<span>Geleira Kalis Glacier, no Peru, em 1978 e 2011</span></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161130454199.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Bright Side)</span></span></p>
<h3>10.&nbsp;<span>Geleira McCarty, no Alasca, em 1909 e 2004</span></h3>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/31/31161144173200.jpg" /><span class="desc">(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Usuncut)</span></span></p>

thumb-image-2024-02-29T14:02:06.980Z

Antes e depois: 10 lugares que mudaram radicalmente em pouco tempo

Imagem de Por acidente, cientistas conseguem transformar CO2 em combustível no megacurioso

A descoberta pode ser uma grande aliada no combate ao aquecimento global. Entenda como.

<p>Uma descoberta feita acidentalmente por pesquisadores nos Estados Unidos pode se mostrar uma grande aliada no combate ao aquecimento global. Cientistas do Laborat&oacute;rio Nacional de Oak Ridge, no estado do Tennessee, conseguiram transformar di&oacute;xido de carbono em etanol. A melhor not&iacute;cia &eacute; que a descoberta tem potencial para ser replicada em escala industrial.</p>
<p>A equipe, que &eacute; financiada pelo governo americano, usou cobre, carbono e nitrog&ecirc;nio para criar um catalisador, uma subst&acirc;ncia que acelera a velocidade das rea&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas. Aplicando uma corrente el&eacute;trica de apenas 1,2 volts ao catalisador, foi poss&iacute;vel converter em etanol o di&oacute;xido de carbono que estava dissolvido na &aacute;gua.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21100909738364.jpg" /></span></p>
<h2>Por que a descoberta &eacute; t&atilde;o importante</h2>
<p>Embora seja um elemento essencial para a manuten&ccedil;&atilde;o da vida na Terra, a quantidade de di&oacute;xido de carbono presente na atmosfera do nosso planeta &eacute; uma das principais respons&aacute;veis pelo aquecimento global. Isso porque o CO2 &eacute; um dos gases que causam o efeito estufa.</p>
<p>A quantidade de CO2 na atmosfera, cuja libera&ccedil;&atilde;o acontece principalmente durante a queima de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, atingiu os n&iacute;veis mais altos durante toda a Hist&oacute;ria da humanidade h&aacute; poucos anos. Por isso, uma inven&ccedil;&atilde;o que consegue transformar esse excesso em algo &uacute;til, como o etanol, que pode ser usado como combust&iacute;vel, &eacute; capaz de desacelerar o processo de aquecimento do planeta.</p>
<p>Esta n&atilde;o &eacute; a primeira vez que pesquisadores tentam converter o g&aacute;s em algo que possa ser reutilizado, mas nenhuma pesquisa tinha conseguido um produto final t&atilde;o eficiente quanto o etanol, que no Brasil &eacute; misturado na gasolina em uma propor&ccedil;&atilde;o de 20%.</p>
<p><span class="img-fc"><img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21101258769365.jpg" /></span></p>
<h2>Como eles conseguiram?</h2>
<p>De acordo com Adam Rondinone, um dos membros da equipe respons&aacute;vel pela descoberta, o material foi achado por acaso. Eles estavam estudando o primeiro passo de uma rea&ccedil;&atilde;o, quando perceberam que o catalisador estava fazendo a rea&ccedil;&atilde;o inteira por conta pr&oacute;pria.</p>
<p>O mais surpreendente foi a baixa quantidade de energia el&eacute;trica necess&aacute;ria, o que deve ser essencial na hora de tentar replicar o procedimento em maior escala. Os pesquisadores dizem que isso foi poss&iacute;vel porque a nanoestrutura do catalisador &ndash; peda&ccedil;os de cobre com o tamanho de um milion&eacute;simo de mil&iacute;metro &ndash; &eacute; f&aacute;cil de ser manipulada.</p>
<p>Um artigo mostrando os resultados foi publicado na revista Chemistry Select. Agora, os cientistas devem continuar trabalhando para aperfei&ccedil;oar o m&eacute;todo e saber se ele pode mesmo resolver o problema de aquecimento da Terra.</p>

Aquecimento global

Novidades