Imagem de Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem no megacurioso

Conhecido como A23a, ele ficou preso por mais de 30 anos e agora avança em direção à ilha usada por focas, pinguins e outras aves marinhas para reprodução

<head></head><body>Em 1986, uma parte gigantesca da costa da Antártida se soltou e começou a flutuar à deriva pelo oceano Antártico, até ficar encalhado no leito do Mar de Weddell. Conhecido como A23a, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118807-maior-iceberg-do-mundo-se-separa-da-antartica-e-flutua-no-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iceberg</a> permaneceu ali por mais de 30 anos.Agora, a geleira voltou a se deslocar e especialistas afirmam que, caso o A23a seja impulsionado pela Corrente Circumpolar Antártica, ele poderá chegar à costa da Geórgia do Sul. A ilha está a pouco mais de 1.500 km da América do Sul e é usada por diversas espécies como local para reprodução. Se o iceberg realmente chegar no local, poderá colocar em risco a vida selvagem nos próximos anos.<h2>O maior iceberg do mundo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11123135518191.jpg" alt="O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)">O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)Quando o A23a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117840-iceberg-do-tamanho-da-cidade-do-rio-se-solta-na-antartica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se soltou da costa da Antártida</a>, em meados da década de 1980, ele não gerou uma preocupação imediata. Devido ao seu tamanho, a geleira encalhou no Mar de Weddell — entre a Antártida e a América do Sul — e permaneceu por lá durante as décadas seguintes.Com quase 4 mil quilômetros quadrados e 400 metros de espessura (maior que o Empire State Building), o A23a só voltou a se deslocar pelo oceano quando derreteu o suficiente para ultrapassar o leito do mar. Isso começou a acontecer em 2020, quando pesquisadores notaram um avanço significativo da geleira.Agora, o iceberg parece ter se desprendido totalmente do leito do Mar de Weddell e avança a um ritmo de cerca de 5 km por dia. Especialistas estão monitorando o A23a, para verificar se ele seguirá o rumo de outras geleiras, que são levadas por correntes e ventos até para o Atlântico Sul. Essa rota é conhecida por especialistas como “Beco das Geleiras”.<h2>Riscos à vida selvagem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11122951642190.jpg" alt="A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)">A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)Conforme avança em direção ao Oceano Atlântico, o A23a levanta uma série de preocupações sobre os possíveis impactos à vida selvagem. A Geórgia do Sul, onde vários icebergs costumam colidir, é um local de reprodução para elefantes-marinhos, focas e pinguins-reis.Em 2004, um iceberg com quase o dobro do tamanho do A23a encalhou perto da ilha. Ele acabou bloqueando as rotas de alimentação de focas e pinguins, causando um impacto ecológico na região.Caso o A23a siga até o local, ele pode causar problemas semelhantes. A expectativa é que ele derreta o suficiente para se dividir em partes menores conforme avança. Esse é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124180-o-que-acontece-quando-um-iceberg-se-descola-de-sua-geleira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destino de todos os icebergs</a>, porém, cada um deles derrete em ritmos diferentes, o que torna imprevisível o futuro do A23a nos próximos meses.</body>

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Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem

Imagem de Menores renas do mundo prosperam apesar de mudanças climáticas no megacurioso

Ao contrário de outros animais que vivem no Ártico, as renas de Svalbard têm aproveitado para se alimentar nos campos de neve derretida

Novas pesquisas sugerem que a dieta flex&iacute;vel tem feito as renas de Svalbard &mdash; as menores renas do mundo &mdash; conseguirem sobreviver ao aquecimento global, ao contr&aacute;rio de outras esp&eacute;cies do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127186-exploradores-refazem-expedicao-ao-artico-que-terminou-em-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&Aacute;rtico</a>, que v&ecirc;m enfrentando problemas. Isso porque as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas n&atilde;o apenas derreteram o gelo e a tundra, mas fizeram com que o crescimento de plantas no arquip&eacute;lago noruegu&ecirc;s de Svalbard fosse maior do que em qualquer outro momento na hist&oacute;ria.
A popula&ccedil;&atilde;o de renas dessa regi&atilde;o parece ter se adaptado muito bem a essa mudan&ccedil;a, alterando sua dieta para gram&iacute;neas "semelhantes a picol&eacute;s", de acordo com um novo estudo publicado na revista Global Change Biology.&nbsp;
<h2>Mais op&ccedil;&otilde;es de alimenta&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01150926893252.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ao se alimentarem dessas gram&iacute;neas que atravessam o gelo e a neve, as renas de Svalbard t&ecirc;m mais tempo para acumular reservas de gordura durante o ver&atilde;o, afirma o estudo. Esses animais s&atilde;o um pouco menores do que as esp&eacute;cies de renas do sul, mas vivem h&aacute; milhares de anos em Svalbard, a apenas 800 km de dist&acirc;ncia do Polo Norte.
A capacidade da esp&eacute;cie de se adaptar &agrave;s mudan&ccedil;as no ambiente oferece um forte contraste com outras esp&eacute;cies de renas no Canad&aacute;, Alasca e R&uacute;ssia. Nessas regi&otilde;es, as popula&ccedil;&otilde;es diminu&iacute;ram, uma vez que um habitat em r&aacute;pida mudan&ccedil;a torna mais dif&iacute;cil encontrar alimentos. Os bi&oacute;logos antes pensavam que o mesmo aconteceria em Svalbard, mas a subesp&eacute;cie norueguesa os surpreendeu.
As regi&otilde;es &aacute;rticas em todo o mundo sofreram nevascas mais espessas e chuvas crescentes. &Agrave;s vezes, a chuva congelante cobre o solo com um esmalte impenetr&aacute;vel e o inverno chega antes que tenha tempo de derreter. Ent&atilde;o, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/88084-15-curiosidades-que-voce-provavelmente-nao-sabia-sobre-as-renas.htm#:~:text=As%20renas%20s%C3%A3o%20a%20%C3%BAnica,s%C3%B3%20vai%20acontecer%20muito%20depois." rel="noopener noreferrer" target="_blank">renas</a> n&atilde;o conseguem cavar em busca de l&iacute;quen, seu alimento preferido, e morrem de fome.
Isso aconteceu na R&uacute;ssia no ano passado, quando cerca de 80 mil renas morreram. As chuvas congelantes tamb&eacute;m afetaram muitas renas na Noruega, mas as renas de Svalbard encontraram novas maneiras de sobreviver.
<h2>Problemas ainda existentes</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/01/01150947489253.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A localiza&ccedil;&atilde;o isolada de onde est&atilde;o as renas de Svalbard protegeu amplamente a esp&eacute;cie da perturba&ccedil;&atilde;o humana. E, ultimamente, &agrave; medida que as r&aacute;pidas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> tornaram o &Aacute;rtico mais verde, estes herb&iacute;voros prosperaram numa enorme miscel&acirc;nea de plantas. Na parte do planeta que registra um aquecimento mais r&aacute;pido, o sucesso dessa esp&eacute;cie &eacute; um contraste bem-vindo dos desafios enfrentados por muitos outros animais do norte.
Gra&ccedil;as &agrave;s esta&ccedil;&otilde;es de crescimento prolongadas que alimentam uma vegeta&ccedil;&atilde;o abundante e nutritiva, estas renas podem acumular quilos suficientes no ver&atilde;o para se sustentarem durante o inverno rigoroso &mdash; quando a fome &eacute; uma das principais causas de morte. Como resultado, a popula&ccedil;&atilde;o de renas de Svalbard dobrou nos &uacute;ltimos 30 anos e agora chega a 22 mil indiv&iacute;duos.
Contudo, nem tudo s&atilde;o flores. &Agrave; medida que o &Aacute;rtico continua a aquecer, at&eacute; mesmo esses animais enfrentar&atilde;o problemas. Como essas criaturas est&atilde;o adaptadas ao frio, as temperaturas mais altas exigir&atilde;o que elas regulem sua temperatura corporal, minando a energia necess&aacute;ria para procurar comida. Al&eacute;m disso, invernos mais quentes podem aumentar os eventos de chuva e neve, que bloqueiam o abastecimento de alimentos dessas renas. Sem contar que o aquecimento do clima tamb&eacute;m pode trazer parasitas, esp&eacute;cies invasoras e doen&ccedil;as.
Portanto, por mais que as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas pare&ccedil;am ser uma boa not&iacute;cia para as renas de Svalbard no presente, o futuro pr&oacute;ximo tende a ser preocupante.

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Menores renas do mundo prosperam apesar de mudanças climáticas

Imagem de O que acontece se a Terra realmente ficar 2 °C mais quente? no megacurioso

 Se excedermos as metas climáticas, cientistas afirmam que aumento de temperatura pode causar mudanças graves para a vida que conhecemos 

<head></head><body>Após 35 anos de um cientista da NASA, James Hansen, ter testemunhado perante o Congresso dos Estados Unidos sobre o espectro das alterações climáticas, a Terra está a caminho de experimentar um aquecimento de 2,7&nbsp;°C até 2100. Embora haja pouco consenso entre as nações sobre como reduzir as emissões de carbono, há um consenso quase universal de que este aumento de temperatura seria desastroso.&nbsp;Inclusive, esse é um dos motivos de 196 signatários do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118375-o-que-foi-o-acordo-de-paris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acordo de Paris</a>, assinado em 2015, terem se comprometido a manter o aumento médio das temperaturas globais abaixo de 2&nbsp;°C acima dos níveis pré-industriais e, de preferência, limitar qualquer aumento a 1,5&nbsp;°C. Mas, do que exatamente esse objetivo nos salva e como ele foi selecionado em primeiro lugar?<h2>A meta de 2&nbsp;°C</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08125526183005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em termos gerais, a meta estabelecida de limitar o aquecimento global a 2&nbsp;°C em relação às temperaturas pré-industriais é uma meta tanto política quanto científica. A verdade é que não existe nada comprovado do que acontecerá com o nosso mundo em uma temperatura específica. Porém, cada grau de aumento representa uma maior probabilidade de que a Terra atinja o chamado "ponto de inflexão" irreversível.<ul><li style="font-weight: bold;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127405-humanos-ja-ultrapassaram-6-dos-9-limites-que-mantem-a-terra-habitavel-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Humanos já ultrapassaram 6 dos 9 limites que mantêm a Terra habitável, diz estudo</a></li></ul>Atualmente, nós estamos presenciando um aquecimento de 1,2&nbsp;°C, e as consequências já são devastadoras. Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) de 2018 concluiu que a diferença entre 1,5&nbsp;°C de aquecimento e 2&nbsp;°C pode ser ainda mais gritante.Segundo o estudo, 0,5&nbsp;°C adicionais de aquecimento significariam provavelmente a perda de gelo marinho no Ártico, três vezes mais calor extremo, níveis muito maiores de extinção e a possível perda de recifes de corais em todo o planeta. Isso nos levaria ainda mais perto dos pontos críticos de perda das camadas de gelo na Groenlândia e na Antártica Ocidental — sem contar os metros de aumento do nível do mar que acompanham esses eventos.<h2>Perspectivas para o futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08125542301006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se 1,2&nbsp;°C de aquecimento já é demais e 2&nbsp;°C são potencialmente cataclísmicos, isso não significa que deveríamos ter estabelecido metas mais baixas? Na realidade, quando determinamos um objetivo, é quase como se estivéssemos traçando um limite de velocidade. Afinal, o que nos faz pisar no freio é termos em mente que estamos ultrapassando um limite acordado e que isso pode ser prejudicial para nossas vidas.E, nesse momento, a humanidade não parece estar pronta para pisar completamente nos freios ainda. Muitos progressos na redução das emissões de carbono aconteceram após o Acordo de Paris de 2015, desde uma explosão de energia limpa, novas políticas públicas sendo criadas e por aí vai. Contudo, ainda será necessário tomar medidas agressivas e a um ritmo muito mais rápido se quisermos que o aquecimento não só desacelere, mas também pare.Se isso puder acontecer a tempo de evitar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a> em 2&nbsp;°C, então isso seria uma espécie de conquista para a humanidade. Porém, caso esse progresso seja feito muito antes do limiar ser atingido, definitivamente teremos tido um sucesso como espécie.&nbsp;</body>

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O que acontece se a Terra realmente ficar 2 °C mais quente?

Imagem de Como o aquecimento global está contribuindo para o abuso de drogas no megacurioso

Na Índia, famílias se afundam na toxicodependência por não conseguirem lidar com as consequências das secas e inundações extremas

<head></head><body>Segundo o relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crimes (UNODC), cerca de 284 milhões de pessoas de 15 a 64 anos usaram drogas em 2020. Na África e na América Latina, as pessoas com menos de 35 anos representam a maioria das pessoas em tratamento por transtornos relacionados ao uso de drogas. Globalmente, o relatório estima que 11,2 milhões de pessoas estavam usando drogas injetáveis, sendo que cerca de metade desse número vivia com hepatite C; 1,4 milhão com HIV e 1,2 milhão com ambas as doenças.Além de transtornos de saúde mental e fatores genéticos, já foi provado cientificamente que o meio em que o indivíduo está inserido também é responsável por contribuir no desencadeamento da toxicodependência.O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relatou que o uso de substâncias nocivas e as mortes por overdose aumentaram muito durante a pandemia de covid-19, devido ao isolamento social, aumento da ansiedade, depressão e pensamentos suicidas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152638089276.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No primeiro ano da pandemia nos Estados Unidos, o CDC diz que mais de 99 mil pessoas morreram de overdose de drogas. Isso representa um aumento de quase 30% em relação aos 77 mil que morreram nos 12 meses anteriores a 2020. Aproximadamente 75% das mortes estavam relacionadas ao abuso de opioides sintéticos, como fentanil. Também houve um aumento no uso de outras drogas mais pesadas, como heroína, metanfetaminas e cocaína.Como se isso tudo não bastasse, cientistas descobriram como o aquecimento global está aumentando o abuso de drogas, principalmente na Índia.<h2>Meio ambiente vs. vulnerabilidade emocional</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152752773277.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Publicado em setembro desse ano, um estudo da Communications Medicine mostrou que as mudanças climáticas são associadas ao aumento de visitas a hospitais devido a distúrbios de álcool e substâncias. Vinte anos de dados coletados mostraram um aumento de 24,6% nas hospitalizações relacionadas ao transtorno alcoólico e um aumento de 38,8% por outras substâncias, incluindo opioides, cocaína, maconha e sedativos.Segundo os pesquisadores, o planeta aqueceu uma média de 0,08 graus Celsius por década desde meados de 1800, embora parte significativa desse aquecimento seja de 1975 em diante. Os especialistas ainda especulam que os números apontados no estudo não refletem todo o escopo do problema, uma vez que nem todos que lutam contra o abuso de substâncias procuram ajuda médica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29152947301279.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em “Mudanças Climáticas e Comportamentos de Uso de Substâncias: Uma Estrutura de Caminhos de Risco”, publicado em 2022 na Sage Journals, os autores do estudo determinaram que as mudanças climáticas podem aumentar a toxicodependência em todo o mundo por pelo menos cinco vias: estresse psicossocial decorrente da desestabilização dos sistemas de apoio social, ambiental, econômico e geopolítico; aumento das taxas de transtornos mentais; aumento da carga de saúde física; mudanças prejudiciais incrementais aos padrões de comportamento estabelecidos; e o excesso de preocupação com os perigos das mudanças climáticas descontroladas. Todas essas vias podem operar de forma independente para aumentar a vulnerabilidade ao uso de substâncias nocivas.“A exposição a estressores relacionados ao clima, como tempestades, inundações, incêndios e secas; pode levar a um sofrimento físico e psicológico que, muitas vezes, persiste por meses após o evento”, disse Francis Vergunsta, coautor do estudo de 2022, em entrevista à revista Wired. “Os jovens enfrentam riscos desproporcionais devido a sua alta vulnerabilidade a problemas de saúde mental e transtornos por uso de substâncias”.<h2>A Índia está definhando</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153014798280.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Ou seja, o custo do aquecimento global já não é mais apenas social e econômico, mas também emocional, e está cada vez mais alto, sobretudo em idades extremas, que são os muito jovens ou idosos. Esses e os indivíduos com problemas de ordem psiquiátrica e emocional pré-existentes são os que correm maior risco de desenvolver toxicodependência pelos traumas causados pelo deslocamento e escassez oriundos das mudanças climáticas.Segundo a Global Drug Policy Index, a Índia figura no ranking de um dos países com mais adictos do mundo, sendo que seu "vício" por crescimento econômico a qualquer custo está contribuindo para a toxicodependência de sua população. Na cidade de Gorakhpur, no estado de Uttar Pradesh, norte do país, a alta dependência de álcool entre os homens arrastou famílias para a miséria. Isso aconteceu também devido à disponibilidade do produto nas fronteiras e as consequências emocionais das condições climáticas extremas nessas regiões, onde as inundações são predominantes.Na área rural a oeste do estado de Maharashtra, o tempo começou a piorar em 2019, quando duas inundações, um calor insuportável, chuvas incessantes, tempestades de granizo e uma seca destruíram a economia dos agricultores. Mais de 36 milhões de hectares de cana-de-açúcar, cebola, arroz e outras culturas foram devastados, conforme notificou o Departamento de Agricultura de Maharashtra.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153050078283.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os trabalhadores têm dificuldade em conseguir pelo menos 8 dias de trabalho por mês, graças aos danos nas colheitas. Sendo assim, muitos recorrem às drogas para tentar controlar a ansiedade e outras questões de ordem emocional. Alguns procuraram o tabaco de mascar, que custa US$ 0,12 o pacote, porque contém nicotina, um estimulante do sistema nervoso central. Os usuários alegam que isso melhora o humor, a concentração, alivia a raiva, tensão e o estresse.“Eles dessensibilizam a dor, a tristeza e a negatividade por um tempo”, disse à Wired a psicóloga clínica Shalmali Ranmale Kakade, de Kolhapur, referindo-se ao tabaco e outras substâncias comumente abusadas, como o álcool.Não só causa dependência, como mascar tabaco também aumenta os riscos de muitos tipos de câncer, incluindo os de boca, esôfago, estômago e bexiga.<h2>Um problema generalizado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153131966284.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Esse fenômeno causado pelo aquecimento global de longe é algo que não se limita apenas à Índia, tampouco a países com salário predominantemente de baixo e médio rendimento. Em 2019 e 2020, a Austrália padeceu com vários incêndios florestais que queimaram 19 milhões de hectares de terras e mais de 3 mil casas, matando cerca de 56 mil animais de criação para a agricultura. Um artigo publicado no Journal of Environment Management, que avaliou a saúde mental de 746 australianos com idades entre 16 e 25 anos, encontrou maior abuso de substâncias em decorrência de ansiedade, estresse e preocupação oriundos das mudanças climáticas, mesmo entre aqueles que não foram expostos diretamente aos incêndios.O estudo ainda descobriu uma relação entre ondas de calor, declínio da saúde mental e consumo de álcool entre os chineses com 50 anos ou mais. O calor extremo na China levou a um consumo mais frequente de álcool e a uma redução drástica em comportamentos positivos, como o exercício físico.Ainda é desconhecida a extensão total do abuso de substâncias relacionadas ao clima em todo o mundo. O que preocupa os especialistas, no entanto, é que esse comportamento não muda depois que um evento climático ruim passa ou que a situação dessas pessoas melhora.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29153451418286.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Marianthi-Anna Kioumourtzoglou, professora associada de ciências da saúde ambiental na Columbia Public Health, disse em um comunicado à imprensa que devem ser uma prioridade de saúde pública as intervenções à toxicodependência causada pelo clima. "A melhoria da infraestrutura social e das intervenções do sistema de saúde poderiam mitigar esses impactos", observou ela.Um relatório governamental de 2019 reconheceu que o alcance de programas nacionais para o tratamento de toxicodependência é amplamente inadequado. A Índia, por exemplo, não possui profissionais de saúde mental suficientes. Para os 883 milhões de pessoas que habitam as zonas rurais, o país tem apenas 1.224 hospitais subdistritais e 764 hospitais distritais. As estatísticas mais recentes da OMS mostram que, por milhão de pessoas, a Índia tem apenas três psiquiatras e menos de um psicólogo.Para ser tratado e prevenido, o abuso de substâncias relacionadas ao clima precisa ser melhor reconhecido.</body>

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Como o aquecimento global está contribuindo para o abuso de drogas

Imagem de Temperatura global bate recorde e ultrapassa marca crítica de 2 °C no megacurioso

De acordo com pesquisadores, a temperatura média global ultrapassou um limiar crítico de 2 °C acima dos níveis pré-industriais em 2023, marca apresentada pela primeira vez na história

<head></head><body>Em novembro de 2023, as temperaturas globais ultrapassaram brevemente um valor de referência que os cientistas do clima tanto temiam. Dados provisórios sugerem que a temperatura média global provavelmente tenha ultrapassado uma marca crítica de 2 °C acima dos níveis pré-industriais.Essa seria a primeira vez na história que algo do gênero teria acontecido. “A nossa melhor estimativa é que este foi o primeiro dia em que a temperatura global esteve mais de 2 °C acima dos níveis de 1850–1900 (ou pré-industriais), de 2,06 °C”, disse a vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, Dra. Sam Burgess, em suas redes sociais.<h2>Números preocupantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22194516672269.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo Burgess, os dados provisórios obtidos no dia 18 de novembro de 2023 mostram que as temperaturas médias globais estavam 2,06 °C acima dos níveis pré-industriais. Há muitas evidências de que se a Terra permanecer consistentemente acima dessa faixa, isso terá um impacto dramático no meio ambiente e nos seus habitantes — isso inclui os seres humanos.Em um cenário onde 2 °C acima dos níveis pré-industriais se torna uma constante, isso significaria que 99% dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127935-o-planeta-ja-perdeu-metade-dos-seus-recifes-de-coral-desde-1950.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes de corais</a> no mundo acabariam morrendo. Também seria provável observar o declínio significativo nas populações de insetos, 16% das plantas e 8% dos vertebrados com apenas 1,5 °C de aquecimento.Estudos também indicam que centenas de milhões de pessoas seriam levadas à pobreza relacionada com o clima. O limiar de 2 °C foi um princípio central do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118375-o-que-foi-o-acordo-de-paris.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acordo Climático de Paris</a> em 2015, quando os líderes internacionais concordaram em manter o aquecimento global "bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais", com a esperança de limitar esse valor a apenas 1,5 °C.<h2>Atenção para o futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/22/22194536777271.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Vale ressaltar que os números registrados em novembro fazem parte de dados provisórios e que a temperatura média global apenas ultrapassou o limite durante um dia — o que já serve como um sinal de alerta. Para avaliar plenamente o impacto das alterações climáticas, precisamos pensar em termos de anos, décadas e tendências de longo prazo.Dito isso, alguns consideram esses números recordes como uma referência importante e longe de ser um caso isolado. O ano de 2023 foi marcado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125675-o-que-significam-tantos-recordes-de-temperaturas-altas-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas recordes</a>, o que parece ser parte de uma tendência maior. Além disso, há uma boa chance de vermos temperaturas ainda crescentes em 2024, caso as trajetórias atuais realmente sirvam de referência.Os cientistas e ativistas climáticos falam frequentemente em "manter vivo o 1,5 °C", expressando uma esperança de que o mundo possa tomar medidas suficientes para permanecer bem abaixo do limiar dos 2 °C. Embora as altas temperaturas globais de novembro não signifiquem que esse sonho está perdido, o cenário atual deve servir como um estado de alerta generalizado para que o mundo perceba o rumo que estamos seguindo. Caso o contrário, teremos que aprender a viver em um cenário de catástrofe generalizada.</body>

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Temperatura global bate recorde e ultrapassa marca crítica de 2 °C

Imagem de Derretimento das geleiras da Groenlândia aumentou 5 vezes em 20 anos no megacurioso

Tendo em mente que as geleiras respondem rapidamente às alterações climáticas, pesquisadores acreditam que derretimento ainda pode ser reversível 

<head></head><body>O derretimento das geleiras da Groenlândia quintuplicou nos últimos 20 anos, é o que diz um novo estudo publicado na Nature Climate Change. Atualmente, elas estão perdendo cerca de 25 metros de gelo todos os anos. Nas décadas de 1980 e 1990, as geleiras diminuíram, em média, cerca de 5 metros por ano.Os investigadores afirmam que a descoberta elimina quaisquer dúvidas remanescentes sobre o impacto das alterações climáticas nas mais de 20 mil geleiras da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127952-queda-de-plataformas-de-gelo-na-groenlandia-gera-alerta-crescente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Groenlândia</a>. Contudo, como essas gigantescas massas de gelo parecer reagir instantaneamente às mudanças de temperatura, os pesquisadores acreditam que ainda existe uma resolução para esse problema.<h2>Impacto das mudanças climáticas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15131809383028.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O novo estudo mediu a resposta das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126730-vestigios-de-geleira-de-2-9-bilhoes-de-anos-sao-achados-na-africa.htm#:~:text=As%20moreias%20glaciais%20fossilizadas%2C%20datadas,de%20acordo%20com%20os%20cientistas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">geleiras</a> da Groenlândia às alterações climáticas nos últimos 130 anos. As últimas duas décadas se destacam em particular, sobretudo porque o derretimento durante esse período aumentou drasticamente. Diversos estudos anteriores já mostravam que a região estava sob enorme pressão devido ao aumento das temperaturas globais.Contudo, permaneceram dúvidas sobre a extensão do derretimento das geleiras, das quais existem aproximadamente 22 mil apenas na Groenlândia. “Neste artigo, deixamos claro que todos os glaciares da Gronelândia estão a derreter e que as coisas evoluíram excepcionalmente rápido nos últimos 20 anos. Não há mais dúvidas sobre a extensão e, na verdade, não há razão para investigar mais a fundo a afirmação”, destacou o professor da Universidade de Copenhague Anders Bjork.&nbsp;Para obter uma visão completa da área, os investigadores estudaram de perto cerca de 1 mil geleiras ali localizadas. Então, eles acompanharam como elas derreteram ao longo dos últimos 130 anos usando imagens de satélite e 200 mil fotos aéreas antigas do Arquivo Nacional Dinamarquês. Foi assim que os investigadores descobriram que o derretimento das geleiras contribuiu para cerca de 21% do aumento observado do nível do mar nos últimos 20 anos.<h2>Riscos futuros</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/15/15131910641031.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao mesmo tempo que o derretimento das geleiras na Groenlândia tem causado um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120170-veja-em-imagens-como-o-aumento-do-nivel-do-mar-afetaria-as-cidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento no nível da água do mar</a>, isso também levará à falta de água potável no planeta. As geleiras chegarão a um ponto em que se tornarão tão pequenas que os rios de água derretida diminuirão ou desaparecerão completamente. Entre outras coisas, isso significa que os ecossistemas na região irão mudar completamente e que as energias renováveis enfrentarão obstáculos terríveis.“Hoje, já existe um problema muito real na Gronelândia: os locais onde foram construídas centrais hidroelétricas há 15-20 anos, com base no degelo de glaciares mais pequenos, não recebem água suficiente porque o gelo desapareceu e não se forma novamente”, diz Bjork. Quanto a extensão do derretimento que o estudo representa, o pesquisador alerta que a tendência é que as geleiras passem a derreter ainda mais rápido do que agora.Segundo Bjork, porém, o estudo mostra que as geleiras respondem muito rapidamente às alterações climáticas. Isso é um indício de que ainda não é tarde demais para conseguirmos minimizar o aquecimento global. Para os pesquisadores, tudo o que pudermos fazer agora para reduzir as emissões de CO² resultará num aumento mais lento do nível do mar no futuro.</body>

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Derretimento das geleiras da Groenlândia aumentou 5 vezes em 20 anos

Imagem de O milagre da ilha Redonda, o modelo de restauração ecológica no Caribe mais bem-sucedido do mundo no megacurioso

Como a erradicação de espécies invasoras e a proteção da biodiversidade transformaram Redonda em um modelo de sucesso na preservação ambiental

A ilha Redonda, situada no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127712-quem-eram-os-habitantes-originais-das-ilhas-do-caribe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caribe</a> e pertencente a Ant&iacute;gua e Barbuda, tem testemunhado uma transforma&ccedil;&atilde;o not&aacute;vel. Com uma &aacute;rea de aproximadamente 1,5 km de comprimento e 0,5 km de largura, o local passou de uma paisagem &aacute;rida e degradada a um ref&uacute;gio verdejante de vida selvagem, sendo um exemplo inspirador de conserva&ccedil;&atilde;o e restaura&ccedil;&atilde;o bem-sucedidas.
<h2>Antes da recupera&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202126972006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A introdu&ccedil;&atilde;o de cabras-selvagens na ilha por colonizadores no s&eacute;culo XVIII desencadeou um dos maiores desafios do desequil&iacute;brio que atingia a regi&atilde;o. Esses animais se alimentaram vorazmente das plantas nativas, amea&ccedil;ando a vegeta&ccedil;&atilde;o e o equil&iacute;brio ecol&oacute;gico, o que levou ao empobrecimento do solo e &agrave; eros&atilde;o, e tornou a paisagem lunar &aacute;rida.
Mais tarde, no s&eacute;culo XIX, a ilha se tornou um centro de com&eacute;rcio de guano, e com a pr&aacute;tica vieram ratos invasores. Esses roedores n&atilde;o apenas destru&iacute;ram as esp&eacute;cies nativas de aves, comendo seus ovos, mas tamb&eacute;m representaram uma amea&ccedil;a &agrave; vegeta&ccedil;&atilde;o, alimentando-se de sementes e plantas nativas. A presen&ccedil;a de ratos e a falta de vegeta&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m contribu&iacute;ram para a eros&atilde;o do solo.
<h2>De desastre ecol&oacute;gico &agrave; modelo mundial de preserva&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202323793008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Em 2016, grupos ambientalistas lan&ccedil;aram um ambicioso esfor&ccedil;o para erradicar essas esp&eacute;cies invasoras da ilha. As cabras, que n&atilde;o estavam acostumadas ao contato humano, tiveram que ser encurraladas e transportadas de helic&oacute;ptero. A erradica&ccedil;&atilde;o de ratos envolveu a coloca&ccedil;&atilde;o de iscas estrat&eacute;gicas, temperadas com subst&acirc;ncias que eram atraentes para os roedores, mas inofensivas para as aves e r&eacute;pteis nativos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127764-5-animais-que-estao-vencendo-a-luta-contra-a-extincao.htm" target="_blank" rel="sponsored">5 animais que est&atilde;o vencendo a luta contra a extin&ccedil;&atilde;o</a>
Apesar dos desafios, a restaura&ccedil;&atilde;o foi bem-sucedida. Ap&oacute;s a erradica&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies invasoras, a vegeta&ccedil;&atilde;o floresceu e a biodiversidade aumentou de maneira surpreendente. Diversas esp&eacute;cies de aves terrestres retornaram &agrave; ilha. Al&eacute;m disso, as popula&ccedil;&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127188-descoberta-de-antigo-lagarto-marinho-reescreve-historia-dos-repteis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lagartos</a> end&ecirc;micos tamb&eacute;m se recuperaram. A paisagem &aacute;rida deu lugar a uma exuberante vegeta&ccedil;&atilde;o, criando um ambiente prop&iacute;cio para a vida selvagem.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/05/05202522939012.jpg" alt="(Fonte: Ed Marshall/Fauna &amp; Flora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ed Marshall/Fauna &amp; Flora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O governo de Ant&iacute;gua e Barbuda declarou o local como uma &aacute;rea de prote&ccedil;&atilde;o ambiental, agora designada Reserva do Ecossistema de Redonda. A prote&ccedil;&atilde;o abrange uma vasta &aacute;rea de terra e mar, para garantir a biodiversidade e a condi&ccedil;&atilde;o de local de nidifica&ccedil;&atilde;o essencial para aves migrat&oacute;rias. A dimens&atilde;o da Reserva permitiu que o pa&iacute;s atingisse sua meta "30x30", contribuindo para o compromisso global de proteger 30% do planeta para a natureza at&eacute; 2030.
A transforma&ccedil;&atilde;o da ilha Redonda de um ambiente degradado para um para&iacute;so ecol&oacute;gico &eacute; uma hist&oacute;ria inspiradora de conserva&ccedil;&atilde;o bem-sucedida. Os habitantes de Ant&iacute;gua e Barbuda, que antes chamavam Redonda de "a rocha", tornaram-se os guardi&otilde;es da ilha e se orgulham do sucesso da restaura&ccedil;&atilde;o. O resultado do esfor&ccedil;o conjunto entre organiza&ccedil;&otilde;es, governo e parceiros internacionais demonstra que, mesmo em face de desafios ambientais, &eacute; poss&iacute;vel fazer a diferen&ccedil;a e fornecer esperan&ccedil;a para as futuras gera&ccedil;&otilde;es.

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O milagre da ilha Redonda, o modelo de restauração ecológica no Caribe mais bem-sucedido do mundo

Imagem de O planeta já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950 no megacurioso

A morte dessas estruturas significa o colapso de parte da economia global, da biodiversidade e da nossa saúde

<head></head><body>Entre 448 e 443 milhões de anos atrás, a Terra atravessou o período geológico chamado Ordoviciano, durante a Era Paleozoica, marcado pelo surgimento de líquens e briófitas por conta da formação das grandes geleiras. Foi nessa época que surgiram os recifes de coral, substituindo os recifes microbianos e de esponjas do período Cambriano, a partir da fixação de larvas de coral de nado livre em rochas submersas e outras superfícies duras ao longo das bordas de ilhas e continentes.Um dos ecossistemas mais diversos do planeta, os recifes de coral são responsáveis por protegerem as costas de tempestades e erosão, além de serem fonte de alimentos e novos medicamentos, fornecendo empregos para as comunidades locais e oportunidades de lazer.&nbsp;Milhares de espécies podem ser encontradas vivendo em um recife. Só na Grande Barreira de Corais há mais de 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4 mil de moluscos e seis das sete espécies de tartarugas marinhas que existem no mundo. O Triângulo dos Corais, uma região no Sudeste Asiático, é considerado o ecossistema mais biologicamente diverso da Terra.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102228084059.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo dados do Gabinete de Gestão Costeira da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), estima-se que 1 bilhão de pessoas se beneficiam direta ou indiretamente dos serviços ecossistêmicos que os recifes de coral fornecem. Anualmente, os Estados Unidos poupam US$ 1,8 bilhão em danos à propriedade e à atividade econômica devido aos benefícios de proteção dos recifes contra inundações.Isso porque eles conseguem absorver 97% da energia de uma onda durante tempestades ou maremotos. Para os estadunidenses, só o valor econômico total dos serviços de recifes de coral – incluindo pesca, turismo e proteção costeira – é de mais de US$ 3,4 bilhões a cada ano, podendo chegar a trilhões de dólares em escala global por ano.Apesar de sua importância, por que a Terra já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950?<h2>Da formação a destruição</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102308281060.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A culpa é do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>. É irônico imaginar que algo tão valioso, econômica e biologicamente, possa ser perdido devido à negligência de um problema que poderia ser enfrentado de maneira mais honesta.De 1967 a 2007, houve um declínio de aproximadamente 50% na cobertura de corais do planeta. Em 2021, uma extensa pesquisa científica publicada na revista One Earth&nbsp;mostrou que a cobertura dos recifes de corais vivos diminuiu pela metade nos últimos 40 anos, devido ao aquecimento antropogênico dos oceanos, que desencadeou surtos de doenças e o branqueamento em massa de quase todos os recifes de corais. Acredita-se que fatores locais, como poluição e pesca predatória, também contribuíram para a perda de corais nas regiões mais ricas.O branqueamento em massa dos corais devido ao aumento da temperatura é considerada a maior crise dos corais de todos os tempos. A bióloga Mary Hagedorn, que esteve envolvida no estudo, explica que os corais possuem esqueletos, o que os faz parecer rochas, mas são animais com parceiros simbióticos. Os pólipos de corais dependem de algas coloridas, chamadas zooxantelas, que vivem em seu tecido e produzem alimentos de que os corais precisam para sobreviver.Quando os pólipos são estressados por mudanças na luz, temperatura da água ou acidez, eles quebram essa relação simbiótica e expelem as algas, dando origem ao processo chamado de branqueamento. Uma vez que os corais possuem uma janela curta para recuperar suas algas simbióticas, se ficarem estressados por muito tempo, a morte é irreversível. Até o momento, não há um recife na Terra que não tenha sido afetado pela ameaça global e local.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102355852061.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Proporcionalmente, em 2016, o estresse térmico abrangeu 51% dos recifes de coral pelo mundo e foi considerado extremamente severo. O primeiro branqueamento em massa da Grande Barreira de Corais, que afetou 85% da população dos recifes, causou a morte de 29% dos corais de águas rasas. No oeste do Oceano Índico, o branqueamento abrangeu 69% a 99% dos corais, deixando 50% deles mortos nas Seychelles.De 2014 a 2017, aconteceu o terceiro evento global de branqueamento, trazendo um estresse térmico que atingiu mais de 75% dos recifes globais. Mais de 30% deles sofreram estresse a ponto de morte, colocando o evento como o mais longo e destrutivo já registrado.<h2>A queda na biodiversidade</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102426948062.jpg" alt="Um coral que sofreu branqueamento parcial. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Um coral que sofreu branqueamento parcial. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os pesquisadores descobriram que não só metade dos corais vivos morreram desde a segunda metade do século passado, como também a biodiversidade associada aos recifes de corais caiu 63%. Isso porque recifes branqueados perdem sua capacidade de suportar tantas espécies, muito diferente dos saudáveis, que podem abrigar milhares de animais.Um exemplo disso é que foi em 2012 a última retenção de peixes por um recife de corais, e desde então o número deles diminuiu. A perda de espécies de corais não foi igual em todos os recifes, visto que uns se mostraram mais sensíveis ou foram afetados mais do que os outros. A comunidade científica se preocupa que algumas espécies sejam perdidas antes que possam ser documentadas ou preservadas.<h2>As consequências da morte dos corais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102620547063.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Poucas pessoas entendem o que significa um mundo sem recifes de corais. A destruição completa deles causará um desastre econômico global, da indústria pesqueira ao turismo, sobretudo em países em desenvolvimento. Nas comunidades costeiras, estudos já identificaram que os indígenas estão perdendo serviços ecossistêmicos e componentes essenciais para sua dieta diária.Uma vez que são as florestas tropicais do mar, o desaparecimento dos recifes de corais exterminaria a biodiversidade marinha que depende deles para sobreviver. Alimentos essenciais, abrigos e locais de desova para peixes e outros organismos marinhos não existiriam mais. Com isso, 50% a 80% do nosso oxigênio seria impactado, visto que é produzido em nossos oceanos por plânctons e bactérias fotossintetizantes.As linhas costeiras seriam atingidas por ondas e eventos climáticos extremos, se tornando vulneráveis à erosão. Associada ao aumento do nível do mar devido ao aquecimento global, as comunidades e toda a vida costeira seria empurrada para o interior, criando provavelmente o maior êxodo do século XXI.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/07/07102701087064.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Para que esse futuro não nos alcance, atitudes estão sendo tomadas para proteger os corais, como sua criação em viveiros para repovoar recifes danificados. Nesses ambientes protegidos, os corais são capazes de crescer mais rápido do que em ambiente oceânico de alto estresse. Em terra, esforços para uma vida mais sustentável estão sendo tomados, mas ainda são insuficientes e lentos.Os corais branqueados ainda podem se recuperar, mas a atual situação global precisa mudar quanto antes. No momento, a maior ameaça aos recifes é a mudança climática que impacta cada vez mais as regiões que menos contribuem para o efeito estufa. Enquanto as pessoas debatem sobre qual a melhor estratégia para salvar os recifes de coral ao reduzir as emissões de carbono, a cada ano o oceano absorve cerca de um quarto do dióxido de carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis e se torna mais quente, ácido e menos hospitaleiro aos corais.Quanto ao que é melhor, a ecologista Christina Hicks disse à Smithsonian Magazine: “Os estudos dizem que é mais vital agirmos agora e em todas as direções”.</body>

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O planeta já perdeu metade dos seus recifes de coral desde 1950

Imagem de Humanos já ultrapassaram 6 dos 9 limites que mantêm a Terra habitável, diz estudo no megacurioso

Segundo cientistas, os limites que mantêm o nosso planeta habitável já foram ultrapassados e a saúde do mundo está em risco

<head></head><body>Os humanos estão ameaçando a saúde do mundo mais do que nunca. Segundo novo estudo, publicado na revista Science Advances, as atividades humanas fizeram com que a Terra ultrapassasse seis dos nove limites necessários para manter o planeta saudável — o que está empurrando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122860-meio-ambiente-5-problemas-serios-que-ameacam-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meio ambiente</a> "para fora do espaço operacional seguro para a humanidade".Conforme o artigo, a capacidade do nosso mundo em sustentar a sociedade humana depende absolutamente de nove "fronteiras planetárias" primárias, que são indicadores-chave da sua saúde.<h2>Sinal de alerta ligado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/20/20025119636042.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conforme os pesquisadores explicam, os seis limites ultrapassados pelos humanos até agora foram: alterações climáticas, integridade da biosfera, disponibilidade de água doce, utilização do solo, poluição de nutrientes e novas entidades&nbsp;— a poluição provocada pelo homem, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127279-microplasticos-no-cerebro-podem-provocar-mudancas-no-comportamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplásticos</a> e resíduos radioativos.Apenas as categorias de acidificação dos oceanos, poluição atmosférica e destruição da camada de ozônio permanecem dentro das restrições impostas. Esses limites não são "pontos de quebra" dos quais é impossível retornar, mas oferecem uma nova visão sobre como estamos lidando com o ambiente e sinalizam o impacto dos seres humanos no mundo."Cruzar seis dos nove limites não é garantia de desastre. É um alerta; é como sua pressão arterial. Se a sua pressão arterial estiver [elevada], isso não significa necessariamente que você terá um ataque cardíaco. Mas isso indica que o risco é muito alto", destacou Katherine Richardson, principal autora do estudo e cientista de sistemas terrestres na Universidade de Copenhague, na Dinamarca.<h2>Previsões para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/20/20025137714044.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A investigação foi baseada em outros 2 mil estudos que falam sobre a saúde da Terra. Na visão dos pesquisadores, o mais preocupante até agora é que todas as quatro fronteiras biológicas, que abrangem os seres vivos, já estão nos níveis mais perigosos já vistos ou perto deles.&nbsp;O estudo também enfatiza que esses nove fatores estão profundamente interligados. Nas simulações feitas em laboratório, minar um fator como o clima também colaborou para prejudicar todos os outros, como a biodiversidade. No entanto, o fortalecimento de apenas um dos tópicos também ajudou todos os outros.Por exemplo, limpar a terra e devolver as florestas aos níveis do final do século XX já armazenaria mais dióxido de carbono, que provoca o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento do planeta</a>, ajudando a enfrentar as alterações climáticas. Os cientistas definiram pela primeira vez os limites planetários em 2009, época em que três deles já tinham sido ultrapassados.A última atualização, feita neste ano, é a primeira a definir limites numéricos para todos os fatores, uma vez que certas métricas eram anteriormente indefinidas. Por fim, os pesquisadores concluem que os dados atuais mostram um cenário bastante crítico para o futuro — resultado de anos de descuido com a Terra. Porém, a única solução em busca do sucesso e de nossa sobrevivência é se todos coordenarem ações que visam salvar o meio ambiente.</body>

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Humanos já ultrapassaram 6 dos 9 limites que mantêm a Terra habitável, diz estudo

Imagem de Por que está fazendo tanto calor no Brasil inteiro? no megacurioso

Brasil deve enfrentar uma onda de calor extremo nas próximas duas semanas

Mesmo estando a uma semana do fim do inverno no hemisf&eacute;rio sul, temos enfrentado um per&iacute;odo de altas temperaturas muito at&iacute;picas para esta &eacute;poca do ano. E essa onda vai durar por um bom tempo: de acordo com a MetSul, todas as regi&otilde;es do Brasil ter&atilde;o muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calor</a> nas pr&oacute;ximas duas semanas. H&aacute; o risco at&eacute; de haver quebra de recordes de temperatura para este m&ecirc;s.
Mas por que estamos enfrentando este calor&atilde;o, e quais os riscos que corremos?
<h2>Calor tende a aumentar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18112518527052.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Essa situa&ccedil;&atilde;o clim&aacute;tica no Brasil resulta de uma massa de ar muito quente que vai seguir cobrindo o Brasil nos pr&oacute;ximos dias. A tend&ecirc;ncia &eacute; que ela aumente ainda mais a partir da segunda metade da semana, pois a massa de ar vai refor&ccedil;ar o calor intenso.
O fen&ocirc;meno registrado &eacute; da forma&ccedil;&atilde;o de um domo ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124780-as-6-ondas-de-calor-mais-mortais-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&uacute;pula de calor</a> (heat dome, no termo original), o que faz com que o ar se comprima no solo e crie uma press&atilde;o durante dias ou semanas, tal como uma tampa em cima de uma panela quente. O centro deste domo est&aacute; entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil.
H&aacute; indicativo de temperaturas em torno ou acima de 40?&deg;C em estados como Paran&aacute;, Mato Grosso do Sul, S&atilde;o Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goi&aacute;s, Distrito Federal, Rond&ocirc;nia, Amazonas, Par&aacute;, Tocantins, Bahia, Piau&iacute; e Maranh&atilde;o.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126715-quanto-calor-um-ser-humano-e-capaz-de-suportar.htm" target="_blank" rel="sponsored">Quanto calor um ser humano &eacute; capaz de suportar?</a>
Mas, conforme o alerta emitido pela MetSul, os estados mais afetados ser&atilde;o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A maior parte das cidades registrar&aacute; temperaturas acima de 40?&deg;C. A regi&atilde;o do <a href="https://www.megacurioso.com.br/turismo-e-viagens/99858-10-lugares-para-conhecer-no-brasil-antes-de-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pantanal</a> tamb&eacute;m pode atingir calores extremos.
At&eacute; hoje, o m&aacute;ximo de calor j&aacute; registrado oficialmente no pa&iacute;s foi de 44,8&deg;C em Nova Maring&aacute;, Mato Grosso, entre 4 e 5 de novembro de 2020. Contudo, a MetSul avisa que h&aacute; chance de que esse dado seja superado.
<h2>Riscos do calor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/18/18112459847051.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A MetSul emitiu ainda um alerta comunicando que este <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127087-4-fatos-que-provam-que-estamos-enfrentando-uma-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calor exagerado</a> pode trazer riscos &agrave; vida, sobretudo &agrave; popula&ccedil;&atilde;o mais vulner&aacute;vel, como idosos, doentes e pessoas em situa&ccedil;&atilde;o de rua. Como o pa&iacute;s tem uma tradi&ccedil;&atilde;o de climas quentes, considera-se que o calor &eacute; uma esp&eacute;cie de causador silencioso de mortes, diferente do que ocorre com o frio e as chuvas.&nbsp;
Por isso, ser&aacute; fundamental que os agentes p&uacute;blicos tomem a&ccedil;&otilde;es para proteger a popula&ccedil;&atilde;o brasileira. Dentre os riscos provocados, est&atilde;o o aumento da desidrata&ccedil;&atilde;o e mortes por doen&ccedil;as cardiovasculares e respirat&oacute;rias. Um estudo feito em 2014 e publicado na revista Nature em 2015 mostrou que S&atilde;o Paulo teve mais de mil mortes neste per&iacute;odo por conta de um evento de calor extremo.
No plano individual, o ideal &eacute; priorizar algumas medidas, como manter uma hidrata&ccedil;&atilde;o permanente com a ingest&atilde;o abundante de l&iacute;quidos, usar chap&eacute;us e &oacute;culos de sol, e aplicar sempre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112737-por-que-devemos-usar-o-protetor-solar-diariamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protetor solar</a> com pelo menos 50 FPS.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127322-por-que-tantos-aparelhos-nao-funcionam-bem-em-dias-de-muito-calor.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que tantos aparelhos n&atilde;o funcionam bem em dias de muito calor?</a>
A MetSul tamb&eacute;m avisa que &eacute; preciso se atentar a a&ccedil;&otilde;es menores, como n&atilde;o permanecer dentro de um carro fechado estacionado ao sol, pois a temperatura pode subir em at&eacute; 10?&deg;C em apenas dez minutos. Tamb&eacute;m n&atilde;o &eacute; recomendado praticar atividades f&iacute;sicas ao ar livre em momentos de muito calor.

Aquecimento global

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