Imagem de "Quarto de escravos" preservado é encontrado nas ruínas de Pompeia no megacurioso

Datado de mais de 2 mil anos, o quarto pertencia a uma família rica de Pompeia e abrigava escravos que cuidavam das atividades diárias

Arque&oacute;logos identificaram, em um sub&uacute;rbio da antiga cidade romana de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119707-artista-e-ex-escravo-o-esqueleto-mais-bem-preservado-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pompeia</a>, uma sala perfeitamente intacta que supostamente abrigava escravos h&aacute; pouco mais de 2 mil anos. O quarto se localiza nas ru&iacute;nas de uma vila conhecida como Civita Giuliana, situada a pouco mais de 700 metros das muralhas do distrito, e revela um pouco mais as rela&ccedil;&otilde;es entre castas sociais durante a Idade Antiga.
Segundo os pesquisadores, o quarto de aproximadamente 17 metros quadrados era ocupado por uma pequena fam&iacute;lia respons&aacute;vel por executar as atividades di&aacute;rias de seu mestre, incluindo a prepara&ccedil;&atilde;o e a manuten&ccedil;&atilde;o da carruagem. No local, havia 3 camas feitas de cordas e t&aacute;buas,&nbsp;uma delas de crian&ccedil;a, al&eacute;m de um &uacute;nico penico compartilhado. O aposento recebia luz natural de apenas uma fonte: uma pequena janela como ponto decorativo no local.
Al&eacute;m de ter muitos fragmentos de jarros, itens pessoais e uma arca de madeira contendo pe&ccedil;as de metal e tecido, aparentemente utilizadas como arreios de cavalos, a &aacute;rea tamb&eacute;m estava cercada por um po&ccedil;o de carruagem, indicando que o mestre residencial da vila de Civita Giuliana poderia ser um mercador ou algu&eacute;m com amplo movimento pelas ruas de Pompeia.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11102604297096.jpg" alt="(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;O mais impressionante &eacute; a natureza apertada e prec&aacute;ria deste c&ocirc;modo, que fica entre um dormit&oacute;rio e um dep&oacute;sito&rdquo;, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueol&oacute;gico de Pompeia. &ldquo;&Eacute; certamente uma das descobertas mais emocionantes da minha vida como arque&oacute;logo, mesmo sem a presen&ccedil;a de grandes '<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120166-vale-de-hula-como-o-governo-israelense-destruiu-um-tesouro-ecologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tesouros</a>'. O verdadeiro presente aqui &eacute; a experi&ecirc;ncia humana &mdash; neste caso, dos membros mais vulner&aacute;veis da sociedade antiga &mdash; da qual esta sala &eacute; um testemunho &uacute;nico&rdquo;, ele falou.
<h2 class="uk-text-justify">As escava&ccedil;&otilde;es em Civita Giuliana</h2>
Desde 2017, escavadores v&ecirc;m trabalhando nas ru&iacute;nas de Civita Giuliana. Desde ent&atilde;o, uma carruagem cerimonial e um est&aacute;bulo que continha os restos mortais de tr&ecirc;s cavalos atrelados foram identificados, assim como registros de 2 pessoas nas imedia&ccedil;&otilde;es do quarto de escravos, que provavelmente eram mestre e servo que conseguiram escapar da fase inicial da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erup&ccedil;&atilde;o do Ves&uacute;vio</a>, mas que acabaram atingidos em um momento seguinte por uma nova explos&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/11/11102925594100.jpeg" alt="(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Ministero della cultura / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de estar situada em regi&atilde;o suburbana, a pequena vila supostamente pertencia a algum cidad&atilde;o rico, sendo densamente povoada por complexos de assentamentos que respondiam tanto &agrave;s necessidades de produ&ccedil;&atilde;o (fazendas para a produ&ccedil;&atilde;o de vinho e azeite) quanto &agrave;s necessidades residenciais ou sazonais de perman&ecirc;ncia tempor&aacute;ria do propriet&aacute;rio. Dessa forma, o achado aponta importantes documenta&ccedil;&otilde;es das rela&ccedil;&otilde;es sociais em Pompeia e de que forma o setor produtivo-servil operava para fornecer mat&eacute;ria ao meio agr&iacute;cola.

thumb-image-2024-02-29T14:05:51.613Z

'Quarto de escravos' preservado é encontrado nas ruínas de Pompeia

Imagem de Tall el-Hammam: o monte onde supostamente existiu a Sodoma bíblica no megacurioso

Estudos indicam que há 3600 anos a antiga cidade de Tall el-Hammam, no Oriente Médio, foi palco para a queda de um asteroide e devastação

<head></head><body>Durante investigações no sítio arqueológico de Tall el-Hammam, local que sediava uma antiga cidade do Oriente Médio há 3,6 mil anos, pesquisadores encontraram fortes evidências de que a região foi atingida por uma rocha espacial gelada a 61 mil km/h e cerca de mil vezes mais poderosa que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119589-quais-paises-testam-bombas-nucleares-mesmo-com-o-tratado-de-proibicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba atômica</a> de Hiroshima. O estudo indica que a bola de fogo explodiu a aproximadamente 4 km do solo e elevou a temperatura do ar a apavorantes 2 mil ºC, trazendo efeitos similares aos ambientados durante a Sodoma bíblica.Para obter respostas conclusivas sobre o evento que dizimou quase 8 mil pessoas na cidade, os estudiosos precisaram de cerca de 15 anos de trabalho árduo no sítio arqueológico, realizando análise de materiais escavados em 10 estados dos Estados Unidos, Canadá e República Tcheca. Segundo artigo publicado no periódico Scientific Reports, as ruínas de Tall el-Hammam estavam dominadas por uma camada escura de carvão, cinzas, tijolos de barro e cerâmicas derretidas, com cerca de 1,5 m de espessura.A camada de fuligem, chamada de "camada de destruição", foi observada através do software Calculadora de Impacto Online, que modelou cenários a partir da presença de metal derretido e outros fragmentos e permitiu aos pesquisadores uma investigação completa sobre um evento de impacto cósmico, tendo como base fenômenos historicamente conhecidos e outras detonações nucleares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/03/03093006166034.jpg" alt="(Fonte: Science News / Reprodução)">(Fonte: Science News / Reprodução)Dessa forma, a pesquisa projetou que a cidade oriental foi alvo de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120127-o-que-aconteceria-se-o-asteroide-apophis-atingir-a-terra-em-2029.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> menor do que o que levou os dinossauros à extinção, há cerca de 65 milhões de anos. A queda espacial teria deixado não somente rastros de destruição, mas também minúsculos fragmentos de diamantes criados pelas altas pressões e elevadas temperaturas das chamas, e esférulas, ou seja, bolinhas de metal feitas de ferro vaporizado e derretida a quase 1.600 ºC.<h2>O fim do mistério de Sodoma?</h2>O projeto de escavação pode ter dado fim a um mistério perpetuado por décadas. Isso porque todas as evidências, desde a queda do asteroide até a própria geografia da região, que aparentemente tornou-se infértil após o Mar Morto receber um alto nível de salinização derivado dos destroços, apontam que o cenário é um registro claro da história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118235-3-passagens-da-biblia-cheias-de-controversias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sodoma bíblica</a>.O Livro Sagrado conta que a cidade de Sodoma foi destruída por Deus em 1700 a.C. como uma punição pelos inúmeros pecados e subversões cometidas contra a moral dos antigos israelitas, incluindo menções a tentativas de estupro de dois anjos. Em pouco tempo, o castigo dos céus lançou pedras e fogo em direção ao centro da cidade, em uma série de eventos fatais acompanhados por terremotos, explosões, relâmpagos, ignição de gás natural e pessoas transformadas em estátuas de sal.O achado, que permanece inconclusivo, pode indicar o primeiro registro escrito de um evento catastrófico real.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:51.034Z

Tall el-Hammam: o monte onde supostamente existiu a Sodoma bíblica

Imagem de Vikings estiveram na América há exatos 1 mil anos, diz estudo no megacurioso

Nova análise feita sobre impactos da radiação cósmica sobre madeiras encontradas em sítio arqueológico trouxeram novas informações sobre o tema

Os vikings cruzaram o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109207-conheca-9-dos-maiores-furacoes-que-ja-surgiram-no-oceano-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Atl&acirc;ntico</a> pela 1&ordf; vez e se estabeleceram no Canad&aacute; em 1021, &eacute; o que diz um novo estudo publicado na revista cient&iacute;fica Nature.&nbsp;Para a obten&ccedil;&atilde;o dos dados, os pesquisadores examinaram artefatos de madeira de um assentamento viking encontrado em Newfoundland, o qual n&atilde;o tinha data exata.
Acredita-se que esse seja o primeiro registro hist&oacute;rico da chegada de europeus nas Am&eacute;ricas, o que tamb&eacute;m seria a primeira vez que algu&eacute;m cruzou o Atl&acirc;ntico para chegar ao nosso continente. Tamb&eacute;m conhecido como L&rsquo;Anse aux Meadows, o local de estudo est&aacute; localizado na Pen&iacute;nsula do Norte do territ&oacute;rio canadense.
<h2>Metal e radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21141527107293.jpg" alt="(Fonte: Petra Doeve/Nature)" />(Fonte: Petra Doeve/Nature)
Quando os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/98894-6-presentes-para-a-humanidade-deixados-pelos-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> pisaram em L&rsquo;Anse aux Meadows pela primeira vez, eles sa&iacute;ram derrubando &aacute;rvores com suas l&acirc;minas de metal. &Eacute; poss&iacute;vel determinar isso porque esse tipo de material ainda n&atilde;o era produzido pelas popula&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas locais naquela &eacute;poca.
Por conta disso, as pe&ccedil;as de madeira, que foram abandonadas no assentamento, s&atilde;o provenientes de 3 tipos de &aacute;rvores diferentes. Ao analisar o anel dos troncos, os pesquisadores conseguiram constatar a data exata de 993. No ano anterior, era sabido no mundo da Ci&ecirc;ncia que uma tempestade solar havia atingido a Terra.
Quando tempestades solares ocorrem, elas liberam um fluxo de raios c&oacute;smicos, ou part&iacute;culas altamente energ&eacute;ticas, provenientes do Sol quase que em velocidade da luz. E esse fen&ocirc;meno deixou marcas claras nos arquivos de an&eacute;is de &aacute;rvores de todo o mundo, o que posteriormente foi usado para determinar a data exata da chegada dos vikings.
<h2>Precis&atilde;o da data</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21141702107294.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Entre os 3 objetos de madeira analisados, todos tinham marcas da tempestade solar com exatamente 29 an&eacute;is de crescimento antes da borda da casca. Considerando que cada anel representa 1 ano de vida para a &aacute;rvore, constatou-se que os vikings chegaram ao Canad&aacute; em algum momento de 1021 d.C.&nbsp;
Ao confirmar essa data, cientistas podem cravar que outros exploradores pisaram no continente bem antes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120126-6-fatos-sobre-cristovao-colombo-que-nao-sao-contados-nos-livros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Crist&oacute;v&atilde;o Colombo</a>&nbsp;(1451-1506), que &eacute; descrito como descobridor das Am&eacute;ricas. Essa tamb&eacute;m seria a primeira evid&ecirc;ncia de migra&ccedil;&atilde;o e explora&ccedil;&atilde;o humana de que o Atl&acirc;ntico foi cruzado por algu&eacute;m.
<h2>Jornada pela Am&eacute;rica</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/21/21141801107295.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora ainda seja imposs&iacute;vel determinar quanto tempo os vikings ficaram pela regi&atilde;o ou quantas vezes foram, as evid&ecirc;ncias atuais mostram que provavelmente foi uma estadia curta. Em geral, esses grupos viajavam ao oeste para coletar mat&eacute;ria-prima, sobretudo madeira &mdash; o que foi encontrado de sobra no Canad&aacute;.
Por&eacute;m, existem ind&iacute;cios em L&rsquo;Anse aux Meadows de que os vikings tamb&eacute;m teriam explorado &aacute;reas mais ao sul de Newfoundland enquanto permaneceram nas Am&eacute;ricas. Hist&oacute;rias orais escritas anos depois da visita dos povos europeus tentam descrever melhor o que teria sido um encontro com as tribos ind&iacute;genas da regi&atilde;o &mdash; que, por vezes, foi dito como pac&iacute;fico e outras como violento.&nbsp;
Os pesquisadores esperam agora poder combinar as informa&ccedil;&otilde;es obtidas nos assentamentos com o que existe sobre essa jornada na literatura. Dessa forma, &eacute; poss&iacute;vel que aprendemos ainda mais sobre o passeio dos vikings nas Am&eacute;ricas em breve.&nbsp;

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.429Z

Vikings estiveram na América há exatos mil anos, segundo estudo

Imagem de Navio romano naufragado há 1,8 mil anos guarda segredos históricos no megacurioso

Descobertas de naufrágios e artefatos na ilha de Kasos, na Grécia, vêm dando informações importantes sobre a navegação antiga no Mar Egeu

Em parceria com o Instituto de Pesquisa Hist&oacute;rica do Instituto Nacional Grego, mergulhadores e exploradores do Minist&eacute;rio da Cultura e dos Esportes da Gr&eacute;cia anunciaram a descoberta de um navio romano naufragado entre os s&eacute;culos II e III. Identificada na ilha de Kasos,&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119703-olho-grego-o-amuleto-magico-contra-o-mau-olhado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia</a>, no extremo sul do Mar Egeu, a embarca&ccedil;&atilde;o chamou a aten&ccedil;&atilde;o por revelar uma carga bastante preservada, que inclu&iacute;a itens espanh&oacute;is e africanos datados de quase 2 mil anos.
Realizada entre 23 de setembro e 14 de outubro de 2020, a pesquisa arqueol&oacute;gica subaqu&aacute;tica liderada por Xanthis Argyris e Georgios Koutsouflakis foi resultado de uma explora&ccedil;&atilde;o na remota regi&atilde;o de Kasos, que recebeu, pela primeira vez, uma s&eacute;rie de estudos com o objetivo de identificar, documentar e analisar antiguidades marinhas. O projeto contou com a participa&ccedil;&atilde;o de 23 cientistas e t&eacute;cnicos, que efetuaram mais de 100 mergulhos e operaram por mais de 200 horas nas profundezas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/15/15090327628016.jpg" alt="(Fonte: Minist&eacute;rio da Cultura Grego / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Minist&eacute;rio da Cultura Grego/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em meio aos achados, os maiores destaques foram &acirc;nforas do estilo Dressel 20, recipientes de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118295-navio-holandes-a-deriva-ameaca-afundar-e-derramar-400-t-de-oleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&oacute;leo</a> feitos entre os s&eacute;culos I e III em oficinas de cer&acirc;mica na &aacute;rea de Guadalquivir, Espanha; e do estilo "Africana I", cuja produ&ccedil;&atilde;o se limitava &agrave; regi&atilde;o da &Aacute;frica Proconsular &mdash; atualmente ocupada pela Tun&iacute;sia &mdash; entre os s&eacute;culos II e III. Essa carga mista, ent&atilde;o, indica que o navio datava de pouco mais de 1,8 mil anos, de acordo com aproxima&ccedil;&otilde;es temporais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/15/15090432722017.jpg" alt="(Fonte: Minist&eacute;rio da Cultura Grego / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Minist&eacute;rio da Cultura Grego/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m da embarca&ccedil;&atilde;o, mais tr&ecirc;s naufr&aacute;gios antigos foram localizados e documentados na regi&atilde;o, incluindo um com carga de &acirc;nforas produzidas no norte do Mar Egeu durante o Per&iacute;odo Helen&iacute;stico (s&eacute;culo I a.C.), um segundo navio com carga do Per&iacute;odo Cl&aacute;ssico (s&eacute;culo V a.C.) e um &uacute;ltimo que data dos tempos modernos. Um grande n&uacute;mero de descobertas &uacute;nicas tamb&eacute;m foi anunciado e posteriormente registrado como parte da pesquisa.
<h2>O com&eacute;rcio em Kasos</h2>
A descoberta em Kasos ajudou os cientistas a entenderem como eram realizadas as atividades mercantis no Egeu h&aacute; quase 2 mil anos, quando os mares eram conhecidos por ser uma importante rota que ligava a Europa ao Oriente M&eacute;dio. Segundo informa&ccedil;&otilde;es publicadas pelos exploradores, a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119914-tubarao-com-cara-de-porco-e-encontrado-em-ilha-italiana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha</a> grega foi um dos principais pontos de passagem e trocas de produtos da Antiguidade at&eacute; a Idade Moderna, al&eacute;m de um centro de navega&ccedil;&atilde;o bastante requisitado por marinheiros e mercadores.

thumb-image-2024-02-29T14:05:49.014Z

Navio romano naufragado há 1,8 mil anos guarda segredos históricos

Imagem de Garota de Yde: a múmia de 2 mil anos encontrada no pântano no megacurioso

Era 12 de maio de 1897 quando dois trabalhadores acharam que tinham visto um dem&ocirc;nio. Eles limpavam a turfa de um p&acirc;ntano de Stijfveen, pr&oacute;ximo &agrave; Aldeia de Yde, na Holanda, no momento em que um cad&aacute;ver deformado, de apar&ecirc;ncia enegrecida e cabelos ruivos de uma garota, emergiu da lama.
Ap&oacute;s fugirem do local, os homens retornaram para enfrentar o medo de serem presos, que era maior do que do cad&aacute;ver. Ent&atilde;o, eles lan&ccedil;aram uma corda ao redor do pesco&ccedil;o da menina e a i&ccedil;aram para fora da turfa.
Em terra firme, eles notaram que ela tinha apenas um ferimento de faca na clav&iacute;cula, provavelmente a causa de sua morte. Contudo, no momento em que o prefeito da vila a encontrou, apenas 9 dias ap&oacute;s seu descobrimento, muito de seu cabelo e seus dentes estavam faltando. Ele tamb&eacute;m teve que coletar os restos mortais da lama, como o p&eacute;, m&atilde;o e p&eacute;lvis, que foram todos entregues aos funcion&aacute;rios do Museu Drents para investiga&ccedil;&atilde;o.
At&eacute; aquele momento, ela j&aacute; estava sendo chamada Garota de Yde.
<h2>O que aconteceu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04202228149010.jpg" alt="(Fonte: Geopark De Hondsrug/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Geopark De Hondsrug/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Foi s&oacute; em 1992 que o professor Richard Neave, da Universidade de Manchester, p&ocirc;de fazer uma data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono do cr&acirc;nio da garota, assim identificando-a como uma jovem com cerca de 16 anos, que viveu entre 54 a.C. e 128 d.C., portadora de escoliose devido a uma curvatura debilitante de sua coluna. Ele tamb&eacute;m notou que seu p&eacute; direito estava anormalmente inchado quando ela morreu. A jovem ficou preservada mesmo ap&oacute;s 2 mil anos na lama devido ao &aacute;cido t&acirc;nico presente na turfa, transformando-a em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117724-mumias-do-pantano-os-cadaveres-de-10-mil-anos-encontrados-na-lama.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">m&uacute;mia do p&acirc;ntano</a>.
O rosto da Garota de Yde s&oacute; foi reconstru&iacute;do em meados de 1994, ganhando fama internacional. No entanto, o motivo de seu assassinato permaneceu incerto at&eacute; o estudo de Dr. Roy van Beek, da Universidade de Wageningen, publicado em 2019 no Sage Journal, apresentando dois palpites:
Em ambos os casos, ficou claro que a jovem foi morta por estrangulamento ou pela facada em sua clav&iacute;cula, ent&atilde;o restava saber o porqu&ecirc; do ocorrido. A primeira teoria sugere que ela foi transformada em uma m&uacute;mia do p&acirc;ntano por ter vivido contra as normas do que era costume na &eacute;poca ou cometido algum ato criminoso, como adult&eacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04202711946013.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A segunda hip&oacute;tese, a mais atraente para os cientistas, &eacute; de que ela tenha sido sacrificada em um ritual, visto que n&atilde;o existem evid&ecirc;ncias suficientes que confirmem que a menina tinha marido. Al&eacute;m disso, suas deforma&ccedil;&otilde;es e defici&ecirc;ncias, como a escoliose, fizeram dela para os povos daquela &eacute;poca uma candidata perfeita para um sacrif&iacute;cio.
&ldquo;A menina deve ter nascido em um assentamento pr&oacute;ximo ao cume de Yde, pois seu corpo foi deixado em um p&acirc;ntano pequeno e relativamente raso &mdash; a uma dist&acirc;ncia de cerca de 1 quil&ocirc;metro&rdquo;, determinou Beek.
Ainda h&aacute; uma discuss&atilde;o sobre se o cabelo da Garota de Yde foi removido por alde&otilde;es do s&eacute;culo XIX ou se caiu devido &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o parcial ao oxig&ecirc;nio.&nbsp;&nbsp;Atualmente, os restos mortais da m&uacute;mia est&aacute; em posse do Museu Drents, em Assen, na Holanda, e os pesquisadores ainda tentam entender o que aconteceu com ela em vida.

thumb-image-2024-02-29T14:05:47.981Z

Garota de Yde: a múmia de 2 mil anos encontrada em um pântano

Imagem de Dilúvio do Mar Negro teria inspirado a narrativa bíblica de Noé no megacurioso

Publicado em 1998, o livro Noah's Flood:The New Scientific Discoveries About the Event that Changed History, dos ge&oacute;logos William Ryan e Walter Pitman, da Universidade de Col&uacute;mbia, exp&ocirc;s ao mundo a teoria do Dil&uacute;vio do Mar Negro,&nbsp; que, provavelmente, teria sido usada para apoiar a cren&ccedil;a b&iacute;blica do <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42766-a-historia-sobre-a-arca-de-noe-poderia-ter-acontecido-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dil&uacute;vio de No&eacute;.</a> Tudo partiu do princ&iacute;pio de que os ge&oacute;logos encontraram uma antiga linha costeira e dunas totalmente preservadas a uma profundidade de 155 metros, indicando que houve uma inunda&ccedil;&atilde;o h&aacute; milhares de anos.
A obra traz evid&ecirc;ncias de que houve o rompimento de um suposto istmo de B&oacute;sforo (um estreito que conecta o mar Negro ao de M&aacute;rmara, cercando o limite dos continentes asi&aacute;ticos e europeu) no ano de 5600 a.C. Naquela &eacute;poca, ocorreu no nordeste da Europa o derretimento das camadas de gelo da &uacute;ltima glacia&ccedil;&atilde;o, que supostamente se transformou nos mares Negro e C&aacute;spio, em lagos de &aacute;gua doce e salobra, conforme o n&iacute;vel da bacia mediterr&acirc;nica permanecia bem abaixo das cotas atuais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04203005571015.jpg" alt="(Fonte: Woods Hole Oceanographic Institution/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Woods Hole Oceanographic Institution/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com o avan&ccedil;o do degelo, os cursos de &aacute;gua que alimentavam o Mar Negro teriam mudado de dire&ccedil;&atilde;o e encontrado a Bacia Atl&acirc;ntica pelo Mar B&aacute;ltico ou o do Norte, cuja consequ&ecirc;ncia direta teria sido um d&eacute;ficit na alimenta&ccedil;&atilde;o do Mar Negro, fazendo seu n&iacute;vel regredir e levar &agrave; perda da liga&ccedil;&atilde;o com o mar C&aacute;spio &mdash; se esta de fato existiu.
Portanto, com o recuo do Mar Negro surgiu uma depress&atilde;o em que civiliza&ccedil;&otilde;es, como a indo-europeia dos Curganos, teriam-se assentado. O degelo, no entanto, em benef&iacute;cio do Atl&acirc;ntico, elevou o n&iacute;vel do Mediterr&acirc;neo e do Egeu, que absorveram as &aacute;guas doces de regi&otilde;es costeiras da Anat&oacute;lia e da Gr&eacute;cia.&nbsp;
Finalmente, no fim do 6&deg; mil&ecirc;nio a.C., o n&iacute;vel dos dois mares subiram muito, e a press&atilde;o do Mediterr&acirc;neo for&ccedil;ou o rompimento do antigo istmo de B&oacute;sforo, provocando uma cascata de &aacute;gua salgada que inundou os 155 mil quil&ocirc;metros da antiga depress&atilde;o do Mar Negro, causando o famoso dil&uacute;vio.
<h2>A primeira tese &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04203352743016.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, desde a data da publica&ccedil;&atilde;o da pesquisa de Ryan e Pitman, surgiram diversos estudiosos para contestar as sugest&otilde;es feitas. Segundo um artigo da Science, as lendas na Ilha de Samotr&aacute;cia, no mar Egeu, afirmam que o Mar Negro o inundou apenas com &aacute;gua doce. Os escritores, por outro lado, consideraram que os ilh&eacute;us n&atilde;o tenham entendido muito bem de onde veio toda a &aacute;gua &mdash; apesar de ser algo dif&iacute;cil de acreditar.
O que embasa as cren&ccedil;as dos ilh&eacute;us seria que o r&aacute;pido derretimento das calotas polares, no final da Idade do Gelo, pode ter trazido muita &aacute;gua do norte para o Mar Negro atrav&eacute;s dos rios Don, Dnieper e Dniester; acontecendo, primeiro, uma inunda&ccedil;&atilde;o de &aacute;gua doce. Esse alagamento teria feito seu caminho para o sul, em dire&ccedil;&atilde;o aos mares Egeu e Mediterr&acirc;neo, por meio de um rio que corria de norte a sul.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04203826900019.jpg" alt="(Fonte: ScienceDirect/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: ScienceDirect/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com o tempo, o derretimento acelerado das calotas polares teria aumentado o n&iacute;vel do Atl&acirc;ntico, inundando com &aacute;gua salgada o Mar Mediterr&acirc;neo, depois o Egeu e, s&oacute; ent&atilde;o, o Negro. Essas cheias teriam alargado o leito do rio, o que seria o atual B&oacute;sforo.&nbsp;
A exist&ecirc;ncia de inunda&ccedil;&otilde;es de &aacute;guas doce e salgada &eacute; sustentada pelo atual equil&iacute;brio comprometido no B&oacute;sforo, cuja &aacute;gua pr&oacute;xima &agrave; superf&iacute;cie &eacute; duas vezes menos salgada e corre do mar Negro ao Egeu. Por&eacute;m, abaixo de 15 metros, a &aacute;gua salgada corre na dire&ccedil;&atilde;o oposta ao Egeu, e o Mediterr&acirc;neo ao mar Negro.
A professora de Geologia Valentina Yanko-Hombach, da Universidade de Odessa, na Ucr&acirc;nia, alegou em sua pesquisa que o fluxo cont&iacute;nuo de &aacute;gua atrav&eacute;s do B&oacute;sforo mudou de dire&ccedil;&atilde;o no tempo geol&oacute;gico e n&atilde;o aconteceu por um desastre de ruptura repentina, como sustentam Ryan e Pitman.
<h2>A segunda tese</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04203600274018.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1999, o cientista Robert Ballard, respons&aacute;vel por descobrir os destro&ccedil;os do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a>, liderou uma expedi&ccedil;&atilde;o para encontrar vest&iacute;gios de estruturas feitas pelo homem no fundo do Mar Negro, no sudeste da Europa. Os moluscos e uma linha costeira antiga indicaram que o mar de &aacute;gua salgada j&aacute; foi um lago de &aacute;gua doce, sustentando a teoria do dil&uacute;vio do Mar Negro, que teria inspirado a hist&oacute;ria dos 40 dias e noites de chuva que levou &agrave; cria&ccedil;&atilde;o da Arca de No&eacute;.
Conforme os dados e evid&ecirc;ncias apontados pelo Woods Hole Oceanographic Institution, em 2009, a hip&oacute;tese do dil&uacute;vio minimizou as descobertas feitas por Ryan e Pitman, em 1998. A pesquisa indica que, h&aacute; 9,4 mil anos, a &uacute;ltima Idade do Gelo teria diminu&iacute;do e depositado enormes quantidades de neve e gelo derretidos nos oceanos da Terra, fazendo o Mediterr&acirc;neo transbordar da barragem natural e cair no Mar Negro, criando uma grande inunda&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/10/04/04204034915020.jpg" alt="(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Geographic/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entretanto, os cientistas, dessa vez, acreditam que as essas linhas costeiras antigas s&atilde;o, na verdade, dunas erodidas naturalmente. As estimativas atuais colocam os n&iacute;veis originais da &aacute;gua do Mar Negro entre 5 e 32 metros mais baixos do que antes da inunda&ccedil;&atilde;o.
Para medir com mais precis&atilde;o as mudan&ccedil;as de &aacute;gua doce em &aacute;gua salgada no Mar Negro, foi feita outra an&aacute;lise dos moluscos encontrados no sedimento. Em 2007, apenas os moluscos bivalves (que ainda t&ecirc;m conchas presas) eram datados, significando que n&atilde;o foram perturbados por movimentos das ondas ou eros&atilde;o ap&oacute;s a morte.&nbsp;
Esse resultado validou a teoria mais modesta do dil&uacute;vio, que trouxe grandes implica&ccedil;&otilde;es para a Europa e &Aacute;sia antigas.

thumb-image-2024-02-29T14:05:47.827Z

Dilúvio do Mar Negro teria inspirado a narrativa bíblica de Noé

Imagem de Arqueólogos descobrem sistema de esgoto de 2 mil anos na Turquia no megacurioso

Construído durante o domínio do Império Romano no século II, o sistema de esgoto tem dimensões que permitem uma pessoa entrar e caminhar nele

Durante expedi&ccedil;&otilde;es nas margens do Rio Menderes (Turquia), arque&oacute;logos da Universidade de Pamukkale descobriram um complexo de sistemas de esgoto datado de 2 mil anos, quando o local estava sob o dom&iacute;nio do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a>. Segundo a pesquisa, os encanamentos tinham um quil&ocirc;metro de comprimento e mais de cinco metros de altura, permitindo que as pessoas entrem e caminhem nas depend&ecirc;ncias.
Localizada no distrito de Buldan, a antiga cidade de Tr&iacute;poli &mdash; tamb&eacute;m conhecida como Ne&aacute;polis, Apol&ocirc;nia e Antonin&oacute;polis &mdash; tornou-se um importante s&iacute;tio arqueol&oacute;gico no oeste da Turquia, e seus registros do s&eacute;culo II entregam cada vez mais informa&ccedil;&otilde;es sobre a ocupa&ccedil;&atilde;o romana e bizantina, incluindo hist&oacute;rias sobre teatros, casas de banho, muralhas e necr&oacute;poles. Agora, o achado remete &agrave; estrutura subterr&acirc;nea da regi&atilde;o e aponta para um enorme sistema de esgotos que chamou a aten&ccedil;&atilde;o pelo perfeito estado de preserva&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/22/22103050685080.jpeg" alt="(Fonte: KTB / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: KTB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Enquanto trabalh&aacute;vamos no santu&aacute;rio, que podemos chamar de cora&ccedil;&atilde;o da cidade, encontramos v&aacute;rios achados que remontam &agrave; era helen&iacute;stica&rdquo;, disse Bahadir Duman, professor associado do Departamento de Arqueologia da Universidade de Pamukkale. &ldquo;Um sistema de esgoto com um quil&ocirc;metro de comprimento foi detectado bem embaixo da rua Colonnaded, uma das principais vias da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119129-kabwe-a-cidade-da-africa-mais-toxica-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cidade</a>. Este ano, limpamos uma parte durante as escava&ccedil;&otilde;es.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/22/22102923076079.jpeg" alt="(Fonte: KTB / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: KTB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;A diferen&ccedil;a dos sistemas em Tr&iacute;poli para os outros &eacute; que ele ainda est&aacute; intacto&rdquo;, disse Duman. &ldquo;O principal sistema de esgoto &eacute; um dos raros exemplos, o que o torna importante. A cidade tem duas ruas de nove metros de largura que encontramos at&eacute; agora. Acreditamos que esse sistema foi feito para fornecer um ambiente limpo&rdquo;. O especialista completa informando que o local subterr&acirc;neo media mais de cinco metros de altura e dois metros de largura, o que possibilitava a entrada e tr&aacute;fego de pessoas.
<h2>O abastecimento em Tr&iacute;poli</h2>
Conhecida por ser uma das cidades mais influentes a partir do s&eacute;culo I, especialmente devido &agrave; sua localiza&ccedil;&atilde;o em rotas comerciais entre Fr&iacute;gia, L&iacute;dia e Caria e &agrave; sua posi&ccedil;&atilde;o no Menderes, que ligava o interior da Anat&oacute;lia com os mares Egeu e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119621-mudancas-climaticas-incendios-graves-no-mediterraneo-ligam-alerta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mediterr&acirc;neo</a>, Tr&iacute;poli prosperou significativamente no s&eacute;culo seguinte, quando foi ocupada pelos romanos. Rapidamente, sistemas de estradas, seguran&ccedil;a e abastecimento foram constru&iacute;dos, e a cidade se tornou refer&ecirc;ncia em infraestrutura.
At&eacute; a queda de Ne&aacute;polis em 494 d.C., causada por um terremoto que apavorou a popula&ccedil;&atilde;o, o sistema de esgoto recebia todas as &aacute;guas residuais da cidade e as transportava para um c&oacute;rrego pr&oacute;ximo, onde a natureza agia e levava o fluxo para o Mar Mediterr&acirc;neo.

thumb-image-2024-02-29T14:05:46.503Z

Arqueólogos descobrem sistema de esgoto de 2 mil anos na Turquia

Imagem de Cárie mais antiga do mundo é descoberta no Canadá no megacurioso

Cientistas encontraram o problema dentário em um animal que vivia há 54 milhões de anos e provavelmente tinha uma 'queda' por frutas

A c&aacute;rie est&aacute; longe de ser um problema que atinge apenas os seres humanos viciados em guloseimas a&ccedil;ucaradas. Recentemente, pesquisadores da Universidade de Toronto Scarborough, no Canad&aacute;, identificaram o exemplar mais antigo de c&aacute;rie no mundo em um f&oacute;ssil de um mam&iacute;fero que viveu h&aacute; aproximadamente 54 milh&otilde;es de anos.
De acordo com os pesquisadores, &eacute; poss&iacute;vel que o problema dent&aacute;rio seja um indicativo de que aquele esp&eacute;cime costumava incluir <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118038-10-vegetais-que-voce-nao-sabia-mas-sao-frutas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frutas</a> em sua dieta. As cavidades foram encontradas no f&oacute;ssil de Microsyops latidens, uma criatura de focinho pontudo do tamanho de um guaxinim.&nbsp;
<h2>Desenterrando a c&aacute;rie</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/utN3gauf0Ik-kgbtRoOUTAlicQ0=/0x0:700x452/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_7d5b9b5029304d27b7ef8a7f28b4d70f/internal_photos/bs/2021/M/n/BTa8LsRpmm5b0BeIKB6g/cariesmaisantigas.gif"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16163822321408.gif" alt="(Fonte: Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o)
Para chegar ao resultado do estudo, os cientistas avaliaram uma amostra que havia sido desenterrada em 1970 na Bacia de Bighorn do Sul, que fica no estado do Wyoming, nos Estados Unidos. Embora esse f&oacute;ssil tenha sido estudado extensivamente ao longo de 4 d&eacute;cadas, a descoberta recente mostra quem nem tudo havia sido revelado.
A pesquisa, publicada na revista Scientific Reports,&nbsp;&eacute; a primeira a conseguir identificar os pequenos orif&iacute;cios nos dentes da criatura como sendo de fato c&aacute;ries. Ao todo, foram cerca de mil indiv&iacute;duos fossilizados da esp&eacute;cie e analisados sob a lente de um microsc&oacute;pio, sendo poss&iacute;vel encontrar c&aacute;ries em 77 deles.
Para comprovar o resultado, os cientistas tamb&eacute;m realizaram microtomografias computadorizadas em alguns dos f&oacute;sseis. Os pesquisadores atribu&iacute;ram &agrave; dieta desses animais ricas em frutas, cheias de a&ccedil;&uacute;car e com alto valor energ&eacute;tico, o principal motivo para o surgimento do problema ortod&ocirc;ntico.
<h2>Origem da esp&eacute;cie</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/W0UsWGYo-Mz9hbHRzKcZhcwyawc=/0x0:700x437/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_7d5b9b5029304d27b7ef8a7f28b4d70f/internal_photos/bs/2021/a/l/gYsZ1gRjGvK6Ntd8aqUA/low-res-microsoftteams-image-4-.png.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/16/16163734571406.jfif" alt="(Fonte: Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Universidade de Toronto/Divulga&ccedil;&atilde;o)
O Microsyops&nbsp;faz parte de um grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a> da ordem dos&nbsp;Plesiadapiformes,&nbsp;que j&aacute; foi completamente extinto. Eram comumente encontrados durante o per&iacute;odo Eoceno na Am&eacute;rica do Norte. Estudos indicam que foram uma das primeiras esp&eacute;cies de primatas com senso olfativo mais apurado.
Por viverem em &aacute;rvores e consumirem muitas frutas, ficaram conhecidos por terem os exemplares mais antigos de c&aacute;rie no mundo. "Se voc&ecirc; &eacute; um pequeno primata correndo entre as &aacute;rvores, provavelmente gostaria de comer alimentos com alto valor energ&eacute;tico", comentou o coautor do artigo Keegan Selig.
De acordo com o estudioso, a identifica&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/98996-por-que-quase-nao-vemos-cachorros-com-caries.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&aacute;ries</a> em f&oacute;sseis &eacute; uma maneira eficiente da Ci&ecirc;ncia aprender mais a biologia dessas esp&eacute;cies e de como evolu&iacute;ram ao longo do tempo, uma vez que trazem mais informa&ccedil;&otilde;es sobre os seus h&aacute;bitos de vida e suas dietas.

thumb-image-2024-02-29T14:05:46.287Z

Cárie mais antiga do mundo é descoberta no Canadá

Imagem de Artefatos milenares são encontrados em estômago de crocodilo no megacurioso

Os objetos teriam pertencido a nativos que viveram na América do Norte há 12 mil anos

<head></head><body>Artefatos produzidos há milhares de anos foram encontrados no estômago de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/103063-aprenda-um-jeito-facil-de-diferenciar-um-crocodilo-de-um-jacare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilo</a> capturado no dia 2 de setembro, no estado do Mississipi (Estados Unidos). De acordo com a CNN, os objetos estavam em meio a ossos e escamas de peixes, pedras, dentes e ossos de pequenos mamíferos, entre outros itens engolidos pelo animal.Responsável por descobrir os dois artefatos enquanto processava a pele e a carne do animal de 4 metros, o proprietário de uma loja de artigos de caça Shane Smith não conseguiu identificar o que eram os artigos. A princípio, ele pensou se tratar da ponta de uma ferramenta de caça e de uma isca de pesca.Em busca de ajuda, Smith postou fotos dos objetos no Facebook e contou a história, informando que eles haviam sido encontrados no corpo do réptil. Dessa forma, ele conseguiu chegar ao geólogo James Starnes, que visualizou as imagens e foi capaz de identificá-los.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14174127801321.jpg" alt="(Fonte: Instagram/Red Antler Processing)">(Fonte: Instagram/Red Antler Processing)Conforme o especialista, os itens encontrados no estômago do crocodilo são um prumo, feito de metal e em forma de lágrima, cujo uso é desconhecido, e uma “ponta de dardo atlatl”, que serve como lança ou dardo. Tais objetos teriam pertencido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115182-polinesios-e-indios-americanos-se-cruzaram-antes-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nativos americanos</a> que viviam no Delta do Rio Mississipi há 12 mil anos.<h2>Antecedendo o arco e a flecha</h2>Starnes explicou ainda que o prumo, feito de hematita, pode ter origem em lugares distantes dali, como a região dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/85788-confira-10-dos-maiores-e-mais-incriveis-lagos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grandes Lagos</a>, na divisa entre EUA e Canadá, sendo produzido entre 1.000 e 2.000 a.C. Já a ponta de dardo atlatl teria sido parte de outro tipo de ferramenta de caça.Para ele, as armas que contavam com os dois objetos foram produzidas “antes do advento dos arcos e flechas na América do Norte”. Essa tecnologia era transportada pelos nativos americanos durante seus deslocamentos pela região, há milhares de anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/14/14174236879322.jpg" alt="(Fonte: Facebook/Red Antler Processing)">(Fonte: Facebook/Red Antler Processing)Embora tenha descoberto o que eram os artefatos, o especialista não resolveu outro mistério: como os objetos foram parar no estômago do animal, cuja idade foi estimada entre 80 a 100 anos?A explicação mais plausível é que eles tenham sido expostos após algum alagamento e o crocodilo, esfomeado, não deixou de engoli-los pensando se tratar de comida.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:05:45.652Z

Artefatos milenares são encontrados em estômago de crocodilo

Imagem de Cerveja era consumida para homenagear mortos há 9 mil anos no megacurioso

Vasos encontrados na cidade chinesa de Qiaotou, China, indicam que ancestrais de luto se embriagavam em cemitérios para fazer rituais

Arque&oacute;logos do Dartmouth College, em New Hampshire (Estados Unidos), identificaram artefatos antigos associados &agrave; cerveja e datados de 9 mil anos atr&aacute;s, durante expedi&ccedil;&otilde;es &agrave; cidade chinesa de Qiaotou. Segundo an&aacute;lises, os potes de cer&acirc;mica eram utilizados para armazenar uma bebida &ldquo;ligeiramente fermentada e doce&rdquo; que era consumida em rituais de homenagem aos mortos.
No topo de um monte de 3 metros de altura e cercados por uma vala de 1,5 metro a 2 metros de profundidade, dois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119707-artista-e-ex-escravo-o-esqueleto-mais-bem-preservado-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueletos</a> humanos foram encontrados pelos escavadores, al&eacute;m de 50 vasos intactos e algumas cer&acirc;micas fragmentadas. A regi&atilde;o, que aparentemente era um local funer&aacute;rio, abrigava potes de todos os tamanhos e formatos, com alguns deles contendo pinturas em tinta branca e inscri&ccedil;&otilde;es com desenhos abstratos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/02/02203144338443.png" alt="(Fonte: PLOS One / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PLOS One/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Dos 50 vasos encontrados, 20 foram levados pelos pesquisadores, e ap&oacute;s a an&aacute;lise estrutural do material e de res&iacute;duos de microf&oacute;sseis, tra&ccedil;os de amido, fit&oacute;lito (estruturas microsc&oacute;picas r&iacute;gidas feitas de s&iacute;lica e encontradas em alguns tecidos da planta), fungos, mofos e leveduras foram identificados, confirmando que a maioria dos recipientes armazenava cerveja e que a bebida n&atilde;o era consumida como recrea&ccedil;&atilde;o.
Atrav&eacute;s de amostras de controle colhidas do solo circundante, os pesquisadores tamb&eacute;m registraram a presen&ccedil;a de arroz, gr&atilde;os e tub&eacute;rculos desconhecidos, que aparentemente foram utilizados para cozinhar a bebida por m&eacute;todos de tentativa e erro, j&aacute; que os povos antigos n&atilde;o tinham conhecimento sobre a bioqu&iacute;mica associada aos ingredientes mofados. Por&eacute;m, como os l&iacute;quidos foram fabricados h&aacute; aproximadamente 9 mil anos, n&atilde;o foi poss&iacute;vel afirmar exatamente de que forma as sociedades sulistas trabalhavam.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/09/02/02203948932444.png" alt="(Fonte: PLOS One / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PLOS One/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Atrav&eacute;s de uma an&aacute;lise de res&iacute;duos de vasos de Qiaotou, nossos resultados revelaram que os vasos de cer&acirc;mica foram usados para guardar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119769-como-a-arte-convenceu-as-mulheres-a-beberem-cerveja-no-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a>, em seu sentido mais geral&rdquo;, diz Jiajing Wang. &ldquo;Essa cerveja antiga, por&eacute;m, n&atilde;o teria sido como a India Pale Ale (IPA) que temos hoje. Em vez disso, era possivelmente uma bebida pouco fermentada e doce, provavelmente de cor turva.&rdquo;
<h2>Consumo com fins ritual&iacute;sticos</h2>
Todas essas conclus&otilde;es apontam que o consumo de &aacute;lcool era uma atividade presente em rituais de homenagem aos mortos e ocasi&otilde;es especiais, pois o processamento do arroz consistia em um trabalho &aacute;rduo na &eacute;poca, exigindo processos complexos e ferramentas especializadas. Assim, j&aacute; que a &aacute;rea onde os esqueletos e as cer&acirc;micas foram encontrados tinha a configura&ccedil;&atilde;o de um antigo cemit&eacute;rio, tudo indica que as celebra&ccedil;&otilde;es f&uacute;nebres eram regadas &agrave; cerveja.
&ldquo;Os achados sugerem que o consumo de cerveja foi um elemento essencial nos rituais funer&aacute;rios pr&eacute;-hist&oacute;ricos no sul da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119557-novo-virus-da-china-esse-do-macaco-causa-1-morte-corremos-perigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a>, contribuindo para o surgimento de sociedades agr&iacute;colas complexas quatro mil&ecirc;nios depois&rdquo;, conclu&iacute;ram os pesquisadores.

Arqueologia

Novidades