Imagem de UAE define plano para colonizar Marte — infelizmente, não estaremos aqui no megacurioso

Levará um bom tempo para o ser humano chegar até Marte, segundo a UAE. Se você estiver lendo isso, provavelmente não estará aqui para ver

Os Emirados &Aacute;rabes Unidos definiram uma data para lan&ccedil;ar humanos at&eacute; o espa&ccedil;o: o ano de 2117. Exatamente: o pa&iacute;s acredita que ainda falta or&ccedil;amento para uma explora&ccedil;&atilde;o espacial desse n&iacute;vel e que, tamb&eacute;m, falta tecnologia para realizar uma miss&atilde;o como essas dentro de um curto espa&ccedil;o de tempo.
NASA, SpaceX e UAE s&atilde;o os respons&aacute;veis por nos levar at&eacute; Marte
A data, daqui a 100 anos, pode parecer assustador, j&aacute; que outras ag&ecirc;ncias e companhias garantiram que levar&atilde;o humanos at&eacute; Marte em breve. Por exemplo, a <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa" target="_blank">NASA</a> revelou que pretende realizar miss&otilde;es tripuladas a partir de 2030. Ainda, a SpaceX, de Elon Musk, disse que vai enviar o primeiro humano a partir de 2020 &mdash; contudo, a <a href="http://www.tecmundo.com.br/elon-musk" target="_blank">SpaceX</a> est&aacute; com dificuldades para implementar o plano, j&aacute; que falta financiamento.
Se voc&ecirc; planeja assistir o ser humano pisando em Marte, bem, talvez seja a hora de torcer para a NASA e para a SpaceX.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/15/15183521478307.jpg" />Futura base em Marte
<h2>Vis&atilde;o do projeto</h2>
A data de 2117 foi revelada primeiro-ministro Mohammed bin Rashid Al Maktoum, tamb&eacute;m conhecido como Sheikh Mohammed, durante a World Government Summit, em Dubai. Em seguida, ele comentou <a href="https://twitter.com/HHShkMohd" target="_blank">o projeto no Twitter</a>.
"O projeto, que ser&aacute; nomeado 'Marte 2117', integra uma vis&atilde;o para criar uma pequena cidade e comunidade em Marte, envolvendo coopera&ccedil;&atilde;o internacional. Desejamos no pr&oacute;ximo s&eacute;culo desenvolver a ci&ecirc;ncia, a tecnologia e a paix&atilde;o dos jovens por conhecimento. Esse projeto &eacute; impulsionado por essa vis&atilde;o", disse o Sheik.
Os representantes da equipe de engenheiros, cientistas e pesquisadores de Dubai tamb&eacute;m desenvolveram um conceito para a primeira cidade habitada em Marte. De acordo com a equipe, ela ser&aacute; constru&iacute;da por rob&ocirc;s. Algumas imagens podem ser conferidas agora &mdash; ou <a href="https://twitter.com/HHShkMohd" target="_blank">clique aqui para mais informa&ccedil;&otilde;es.</a>
Galeria 1
Via <a href="https://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/114270-uae-define-plano-colonizar-marte-infelizmente-nao-estaremos.htm" target="_blank">TecMundo</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.808Z

UAE define plano para colonizar Marte — infelizmente, não estaremos aqui

Imagem de Índia bate recorde e lança foguete contendo nada menos que 104 satélites no megacurioso

Desse total, 88 pertencem à empresa norte-americana Planet, que possui a maior frota de satélites em órbita do mundo

A noite do dia 14 para 15 de fevereiro n&atilde;o foi marcada apenas pelas comemora&ccedil;&otilde;es no mundo todo (fora do Brasil) pelo Dia dos Namorados, mas tamb&eacute;m foi o marco de um recorde da <a href="http://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o espacial">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a>: nada menos que 104 sat&eacute;lites foram enviados para a &oacute;rbita terrestre em um &uacute;nico foguete lan&ccedil;ado pela &Iacute;ndia.
Com isso, a Planet tamb&eacute;m bate um recorde pessoal: ela se torna a empresa com a maior frota de sat&eacute;lites em &oacute;rbita na hist&oacute;ria
O foguete indiano PSLV partiu da cidade de Sriharikota e obteve sucesso na empreitada. A maioria dos dispositivos enviados para a &oacute;rbita da Terra &ndash; mais exatamente 88 deles &ndash; pertence a uma empresa privada norte-americana chamada Planet, que busca dar sequ&ecirc;ncia em seu projeto de monitoramento do planeta atrav&eacute;s de imagens capturadas do espa&ccedil;o.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/15/15130750204126.jpg" />Sat&eacute;lite Dove da Planet
Com 50 sat&eacute;lites j&aacute; em &oacute;rbita, esse &eacute; o 15&ordm; lan&ccedil;amento com dispositivos da Planet. Chamados de Doves, esses aparelhos s&atilde;o sondas em miniatura capazes de capturar imagens da Terra em alta resolu&ccedil;&atilde;o. Com isso, a Planet tamb&eacute;m bate um recorde pessoal: ela se torna a empresa com a maior frota de sat&eacute;lites em &oacute;rbita na hist&oacute;ria.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.778Z

Índia bate recorde e lança foguete contendo nada menos que 104 satélites

Imagem de Game de treinamento de astronautas pode render uma viagem ao espaço no megacurioso

Projeto criado com a ajuda de financiamento coletivo vai exigir que você tenha um bom conhecimento e ótimo condicionamento físico para se sagrar campeão

Uma empresa finlandesa decidiu oferecer um pr&ecirc;mio um tanto inusitado para quem dominar sua experi&ecirc;ncia mobile: uma viagem para o <a href="http://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o espacial">espa&ccedil;o</a>. Com lan&ccedil;amento programado para a pr&oacute;xima semana, o novo app da Cohu Experience adota mec&acirc;nicas freemium para permitir que voc&ecirc; sinta como &eacute; o treino de um astronauta real.
Batizado como &ldquo;Space Nation Astronaut Training Program&rdquo; (SNAP), o software vai exigir que voc&ecirc; siga a rotina de treinamento de um astronauta real. Al&eacute;m de participar de treinos f&iacute;sicos, o usu&aacute;rio interessado em ganhar o pr&ecirc;mio vai ter que provar seus conhecimentos t&eacute;cnicos e habilidades sociais em uma grande variedade de testes.
somente o grande vencedor vai poder viajar gratuitamente para o espa&ccedil;o
Os 100 melhores jogadores v&atilde;o ser premiados com uma viagem que garante um per&iacute;odo de treinamento com a <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>, etapa que deve ser realizada no in&iacute;cio de 2018. Essa fase vai selecionar 12 pessoas que poder&atilde;o participar de uma s&eacute;rie de filmes interativos que v&atilde;o ser inclusas no aplicativo mobile, sendo que somente o grande vencedor vai poder viajar gratuitamente para o espa&ccedil;o.
O projeto ainda depende do fim de sua campanha de financiamento coletivo para se tornar realidade, mas n&atilde;o h&aacute; preocupa&ccedil;&otilde;es quanto a isso. Faltando alguns dias para o fim da etapa de doa&ccedil;&otilde;es, os respons&aacute;veis pela iniciativa j&aacute; conseguiram adquirir 191% do valor exigido inicialmente.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.615Z

Game de treinamento de astronautas pode render uma viagem ao espaço

Imagem de Descobriram asteroide em forma de amendoim pode colidir com a Terra um dia no megacurioso

A rocha espacial foi originalmente descoberta em 2005, mas sua órbita “gosta” de cruzar com a nossa

Vira e mexe n&oacute;s do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/fim-do-mundo" target="_blank">Mega Curioso</a> trazemos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127531-os-5-asteroides-que-mais-apresentam-risco-para-a-terra.htm" target="_blank">not&iacute;cias sobre</a> de rochas espaciais que s&atilde;o descobertas nos arredores da Terra ou que passam zunindo aqui por perto &mdash; s&oacute; em janeiro foram duas aproxima&ccedil;&otilde;es, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/101666-sabia-que-um-asteroide-passou-rapando-pela-terra-no-inicio-da-semana.htm" target="_blank">no dia 9</a>, e a outra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/101763-de-novo-outro-asteroide-passou-raspando-pela-terra-em-janeiro.htm" target="_blank">no dia 24</a> &mdash;, e existe um verdadeiro ex&eacute;rcito de astr&ocirc;nomos profissionais e amadores vasculhando o c&eacute;u em busca desses objetos, justamente para calcular o perigo de colis&atilde;o e tentar minimizar o risco de cat&aacute;strofes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/14/14112125804092.png" />&Oacute;rbita do asteroide 2015 BN509
Segundo Dave Mosher, do portal <a href="http://uk.businessinsider.com/hazardous-peanut-asteroid-2015-bn509-2017-2" target="_blank">Business Insider</a>, uma dessas rochas espaciais &eacute; o asteroide 2015 BN509, descoberto em 2005. Esse objeto &eacute; consideravelmente grande &mdash; 200 metros de largura e 400 metros de comprimento &mdash; e passou aqui perto da Terra na semana passada. Ali&aacute;s, ele se encontra no radar dos cientistas h&aacute; algum tempo. E voc&ecirc; sabe o motivo? Sua &oacute;rbita o aproxima perigosamente de n&oacute;s, o que significa que existe risco de colis&atilde;o.
<h2>Uma &ldquo;pedra&rdquo; no nosso caminho</h2>
De acordo com Dave, o 2015 BN509 &mdash; que tem o formato de um amendoim gigante &mdash; cruzou o nosso caminho a 70,5 mil quil&ocirc;metros por hora e passou a uma dist&acirc;ncia equivalente a 14 vezes a dist&acirc;ncia que existe entre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra">Terra</a> e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/lua">Lua</a>. Pode parecer muito, mas, em termos astron&ocirc;micos, isso &eacute; perto demais para que ningu&eacute;m fique de olho.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/14/14112423381104.gif" width="640" height="733" />O 2015 BN509 se aproximou de n&oacute;s na semana passada
Um dos times observando o asteroide &eacute; o do Radiotelesc&oacute;pio de Arecibo, em Porto Rico. Foram os astr&ocirc;nomos de l&aacute; que capturaram a imagem que voc&ecirc; acabou de ver acima e, segundo explicaram, o equipamento permite que eles possam ir al&eacute;m de simples observa&ccedil;&otilde;es e estudem comportamento, composi&ccedil;&atilde;o, tamanho, formato, geologia pr&oacute;xima &agrave; superf&iacute;cie etc. do 2015 BN509.
Segundo os astr&ocirc;nomos, o 2015 BN509 &eacute; o que eles chamam de asteroide bin&aacute;rio de contato, um pequeno objeto espacial composto por dois corpos que gravitaram um em dire&ccedil;&atilde;o ao outro at&eacute; finalmente se unirem. E, apesar de a rocha ser considerada pequena, ela tem o tamanho equivalente ao Empire State Building de Nova York e, no caso de uma colis&atilde;o direta com uma cidade ou uma &aacute;rea habitada, ela poderia, potencialmente, causar bastante destrui&ccedil;&atilde;o.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/14/14112329287103.gif" width="640" height="747" />O amendoim gigante
Os cientistas continuam monitorando o asteroide, de olhos bem abertos com rela&ccedil;&atilde;o a sua trajet&oacute;ria, e pretendem rodar uma s&eacute;rie de simula&ccedil;&otilde;es e compartilhar os resultados com o pessoal da NASA. A ideia &eacute; estimar o verdadeiro risco que esse asteroide oferece &agrave; humanidade e, se o perigo for grande, decidir o que poder&aacute; ser feito para evitar uma cat&aacute;strofe.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.597Z

Asteroide em forma de amendoim gigante pode colidir com a Terra um dia

Imagem de Se existe tanto lixo espacial ao redor da Terra, como é que não vemos nada? no megacurioso

Acredite, a órbita do nosso planeta se encontra entulhada de fragmentos — mesmo que a gente não consiga ver nada disso no céu

Todo mundo sabe que existe uma enorme quantidade de entulhos circulando ao redor do nosso planeta, e &eacute; bem prov&aacute;vel que voc&ecirc; j&aacute; tenha visto imagens parecidas com a que colocamos a seguir &mdash; que mais ou menos mapeia a quantia de <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=lixo+espacial" target="_blank">lixo espacial</a> que se encontra em &oacute;rbita ao nosso redor. E tem lixo, viu!
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/13/13125104416097.jpg" />Esses pontinhos todos representam fragmentos e sat&eacute;lites que se encontram em &oacute;rbita ao redor da Terra
Segundo um levantamento divulgado pela <a href="https://www.nasa.gov/mission_pages/station/news/orbital_debris.html" target="_blank">NASA</a> em 2013, mais de meio milh&atilde;o de fragmentos haviam sido detectados em &oacute;rbita ao redor da Terra &mdash; e esses detritos todos podem viajar a mais de 28 mil quil&ocirc;metros por hora. Bem, isso sem falar em todos os sat&eacute;lites que foram lan&ccedil;ados ao espa&ccedil;o:&nbsp;mais de 4,2 mil no total, dos quais 1.149 ainda se encontram em funcionamento.
Mas, se existe tanta coisa assim zunindo ao redor da Terra neste momento, como &eacute; que nada disso aparece naquelas bel&iacute;ssimas imagens que vemos do nosso planeta clicadas do espa&ccedil;o &mdash; como &eacute; o caso de uma recente <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra/101774-esta-nova-imagem-da-terra-vista-do-espaco-e-simplesmente-espetacular.htm" target="_blank">espetacular s&eacute;rie fotogr&aacute;fica</a> que consiste nos registros mais detalhados que existem do nosso mundo e onde n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel ver um lixinho espacial sequer? Seria culpa do Photoshop? Dos aliens? Alguma teoria da conspira&ccedil;&atilde;o? Confira:
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/13/13125207666098.jpg" />U&eacute;... o lixo espacial sumiu?
<h2>Cad&ecirc;?</h2>
De acordo com Mary Beth Griggs, do portal <a href="http://www.popsci.com/space-junk-why-cant-we-see-satellites-in-images-earth" target="_blank">Popular Science</a>, o lixo espacial existe sim e representa um risco cada vez maior para os equipamentos que se encontram em funcionamento ao redor da Terra e at&eacute; para os astronautas que viajam em miss&otilde;es espaciais. No entanto, nada disso aparece nas imagens simplesmente por uma quest&atilde;o de perspectiva.
Veja, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra" target="_blank">Terra</a> conta com uma circunfer&ecirc;ncia de pouco mais de 40 mil quil&ocirc;metros &mdash; e um di&acirc;metro de pouco menos de 12,8 mil km &mdash;, portanto as tralhas que se encontram em circula&ccedil;&atilde;o ao nosso redor s&atilde;o pequenas demais para serem registradas pelos equipamentos focados no monitoramento e observa&ccedil;&otilde;es do nosso planeta.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/13/13130026525101.jpg" />Uma das bel&iacute;ssimas fotos do nosso planeta registradas pelo DSCOVR &mdash; e nenhum lixo ou sat&eacute;lite a vista
Ali&aacute;s, nem mesmo a <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=esta%C3%A7%C3%A3o+espacial+internacional" target="_blank">Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional</a>, que &eacute;, de longe, a maior estrutura em &oacute;rbita no momento &mdash; com mais de 100 metros de uma extremidade a outra &mdash; &eacute; vis&iacute;vel nas imagens registradas pelos sat&eacute;lites de observa&ccedil;&atilde;o. Segundo Mary, o menor objeto que um desses equipamentos (o <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=DSCOVR" target="_blank">DSCOVR</a>, por exemplo, que est&aacute; a cerca de 1,6 milh&atilde;o de quil&ocirc;metros de n&oacute;s) seria capaz de detectar teria que medir entre oito e dez quil&ocirc;metros de largura!
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/13/13125400633099.jpg" />Nem a Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional &eacute; registrada pelos instrumentos dos sat&eacute;lites de observa&ccedil;&atilde;o da Terra
Conforme explicou Mary, nem mesmo sat&eacute;lites que se encontram mais pr&oacute;ximos da Terra e equipados com c&acirc;meras mais poderosas conseguiriam registrar grande coisa com seus instrumentos. Mesmo nas imagens capturadas pelo <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=MODIS">MODIS</a> mesmo, que se encontra a aproximadamente 700 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia da superf&iacute;cie, seria dif&iacute;cil identificar a EES &mdash; com sorte, ver&iacute;amos a estrutura como um mero pontinho brilhante.
<h2>Problema real</h2>
Voltando &agrave; quest&atilde;o do lixo espacial, apesar de ele n&atilde;o ser vis&iacute;vel nas imagens de sat&eacute;lite &mdash; nem aos nossos olhos aqui da superf&iacute;cie &mdash;, isso n&atilde;o significa que ele n&atilde;o esteja l&aacute; e n&atilde;o seja um problema. De acordo com Mary, a maioria dos fragmentos s&atilde;o pequeninos, variando entre o tamanho de pequenas lascas de material e o de uma bola de baseball, mas podem, potencialmente, causar danos no espa&ccedil;o.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/13/13125528636100.jpg" />Imagine s&oacute; o risco!
Isso porque, conforme mencionamos anteriormente, esses pequenos peda&ccedil;os de material viajam a velocidades alt&iacute;ssimas e poderiam provocar estragos s&eacute;rios. A Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional mesmo precisa ser manobrada de vez em quando para desviar do caminho de entulhos que se encontram em &oacute;rbita, e no ano passado mesmo, um desses fragmentos errantes atingiu e danificou uma das janelas da estrutura. Imagine se tivesse sido um astronauta durante uma das miss&otilde;es de reparo!

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.507Z

Se existe tanto lixo espacial ao redor da Terra, como é que não vemos nada?

Imagem de Anote na agenda: 6 eventos que movimentarão a astronomia em 2017 no megacurioso

Neste ano, 2 eclipses solares parciais poderão ser vistos aqui no Brasil

1. Cometa
O cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdusakova, descoberto em 1948, est&aacute; novamente vis&iacute;vel na Terra desde o final do ano passado. Sua maior aproxima&ccedil;&atilde;o se dar&aacute; em 11 de fevereiro, quando ele estar&aacute; a &ldquo;apenas&rdquo; 12 milh&otilde;es de quil&ocirc;metros de nosso planeta e, com sorte, poder&aacute; ser visto a olho nu. Para isso, basta olhar em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; constela&ccedil;&atilde;o de H&eacute;rcules pouco antes do amanhecer.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182312295380.jpg" />
<h2>2. Eclipses solares</h2>
Em 26 de fevereiro, ser&aacute; poss&iacute;vel observar o primeiro eclipse parcial do Sol aqui no Brasil. Ele poder&aacute; ser visto em quase todo o pa&iacute;s, a partir das 8h57 da manh&atilde;. Confira <a href="https://www.vercalendario.info/pt/lua/brasil-26-fevereiro-2017.html" target="_blank">aqui o hor&aacute;rio perfeito</a> para a sua cidade.
J&aacute; em 21 de agosto, o Grande Eclipse Americano, o primeiro a ser visto com totalidade em algumas regi&otilde;es dos EUA em mais de 30 anos, tamb&eacute;m ter&aacute; reflexos no Brasil. Por&eacute;m, apenas regi&otilde;es ao norte de Bras&iacute;lia poder&atilde;o acompanhar o fen&ocirc;meno, a partir das 14h55. Manaus e Rio Branco ser&atilde;o as duas melhores capitais para v&ecirc;-lo &ndash; <a href="https://www.vercalendario.info/pt/lua/brasil-21-agosto-2017.html" target="_blank">confira aqui os hor&aacute;rios</a> em cada cidade.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182304404379.jpg" />
<h2>3. Lan&ccedil;amento de foguete</h2>
No primeiro semestre, a SpaceX dever&aacute; lan&ccedil;ar o foguete Falcon Heavy, o mais poderoso j&aacute; feito at&eacute; hoje. Ele ter&aacute; 27 motores, capazes de levar at&eacute; 54 mil toneladas ao espa&ccedil;o. Ele &eacute; importante, j&aacute; que poder&aacute; dar um novo f&ocirc;lego &agrave; poss&iacute;vel coloniza&ccedil;&atilde;o de Marte no futuro. Esse modelo foi desenvolvido para levar seres humanos, mas por enquanto ainda est&aacute; em fase de testes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182251545377.jpg" />
<h2>4. Saturno</h2>
Durante boa parte de 2017, Saturno ter&aacute; o brilho mais intenso desde 2002. O hemisf&eacute;rio Norte do planeta estar&aacute; virado para a nossa dire&ccedil;&atilde;o, e seus an&eacute;is aumentar&atilde;o a visibilidade aqui na Terra. Algo dessa magnitude dever&aacute; acontecer novamente s&oacute; em 2030, ent&atilde;o n&atilde;o d&aacute; para perder a oportunidade. O dia 15 de junho ser&aacute; o mais prop&iacute;cio para sua visualiza&ccedil;&atilde;o: com um telesc&oacute;pio m&eacute;dio ser&aacute; poss&iacute;vel ver o planeta, seus an&eacute;is e algumas de suas luas.
Al&eacute;m disso, em 17 de setembro, a sonda Cassini dever&aacute; colidir com o planeta. Depois de mais de 20 anos, ela dever&aacute; concluir sua miss&atilde;o e colher dados inimagin&aacute;veis sobre o planeta dos an&eacute;is mais famosos que existem.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182242576376.jpg" />
<h2>5. Miss&atilde;o lunar chinesa</h2>
Entre setembro e dezembro, a China dever&aacute; lan&ccedil;ar o m&oacute;dulo Chang&rsquo;e 5, que dever&aacute; pousar na Lua e recolher mais de 2 quilos de material para ser analisado aqui na Terra. Caso a miss&atilde;o seja bem-sucedida, ser&aacute; a primeira a trazer material da Lua &nbsp;em mais de 40 anos! E, para o ano que vem, o pa&iacute;s j&aacute; planeja uma miss&atilde;o para descer no lado escuro de nosso sat&eacute;lite natural.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182234967375.jpg" />
<h2>6. Chuva de meteoros</h2>
Sempre em agosto, a chuva de meteoros Perseida &eacute; vista na Terra. Entretanto, a deste ano ser&aacute; menos brilhante por conta da fase crescente da Lua, que poder&aacute; atrapalhar a nossa vis&atilde;o. Mas n&atilde;o fique triste: a partir de 14 de dezembro, a chuva Gemin&iacute;dias ser&aacute; ainda mais intensa justamente por conta da Lua.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/01/04/04182226483374.jpg" />

thumb-image-2024-02-29T14:02:14.302Z

Anote na agenda: 6 eventos movimentarão a astronomia em 2017

Imagem de Missão espacial japonesa falha na coleta de detritos na atmosfera terrestre no megacurioso

Espaçonave Kounotori 6 teve problemas ao tentar erguer cabo que poderia atrair o lixo espacial de volta para a Terra

Os detritos espalhados na atmosfera terrestre, gerados por n&oacute;s mesmos, t&ecirc;m grande potencial de se tornarem uma amea&ccedil;a no futuro. Por isso, h&aacute; um compromisso mundial em tentar remov&ecirc;-los ou ao menos diminu&iacute;-los. Uma das miss&otilde;es recentes, comandada pelos japoneses, at&eacute; experimentou uma das poss&iacute;veis solu&ccedil;&otilde;es mas falhou.
No final do ano passado, a Ag&ecirc;ncia Japonesa de Explora&ccedil;&atilde;o Aerospacial (Japan Aerospace eXploration Agency &mdash; JAXA) lan&ccedil;ou a espa&ccedil;onave n&atilde;o tripulada Kounotori 6 para entregar suprimentos &agrave; Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional (International Space Station &mdash; ISS) e testar tecnologia para remover nossa sujeira.
H&aacute; cerca de&nbsp;500 mil pe&ccedil;as de detritos de tamanhos que variam entre o de uma bola de gude at&eacute; uma de t&ecirc;nis na baixa &oacute;rbita terrestre
A Kounotori 6 pretendia estender um cabo de metal de 700 metros de altura, criado para desacelerar os movimentos do lixo espacial e traz&ecirc;-lo de volta para a Terra por meio de for&ccedil;a eletromagn&eacute;tica. Por&eacute;m, houve um problema com a libera&ccedil;&atilde;o do instrumento e os t&eacute;cnicos n&atilde;o conseguiram resolver a tempo. H&aacute; duas semanas, a JAXA tamb&eacute;m amargou uma derrota, durante o envio do foguete SS-520-4.&nbsp;
Confira abaixo uma simula&ccedil;&atilde;o do projeto nip&ocirc;nico:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/NHXES8wi6Pc" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>O que s&atilde;o esses detritos c&oacute;smicos?</h2>
A ag&ecirc;ncia espacial norte-americana <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>&nbsp;estima que h&aacute; aproximadamente 500 mil pe&ccedil;as de detritos de tamanhos que variam entre o de uma bola de gude at&eacute; uma de t&ecirc;nis na baixa &oacute;rbita terrestre. Tudo isso foi criado pelas estruturas deixadas para tr&aacute;s em lan&ccedil;amentos de foguetes e coisas do tipo. Est&atilde;o l&aacute; desde parafusos, lascas de tinta, peda&ccedil;os de metal, enfim, uma grande variedade de lixo espacial &mdash; incluindo itens curiosos, a exemplo da c&aacute;psula que levou as cinzas do criador de <a href="http://www.tecmundo.com.br/netflix/113870-star-trek-discovery-netflix-divulga-video-mostrando-inicio-producao.htm" target="_blank" title="Star Trek Discovery: Netflix divulga v&iacute;deo mostrando in&iacute;cio da produ&ccedil;&atilde;o">Star Trek</a>, Gene Rodenberry, at&eacute; urina congelada.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/07/07111430780144.jpg" />
Isso tudo deixa os arredores de nosso planeta um lugar, digamos, no m&iacute;nimo perigoso. Essas coisas podem se mover at&eacute; incr&iacute;veis 27 mil km/h e nossa atmosfera registra cerca de 780 sat&eacute;lites, fora a ISS. N&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil de imaginar que uma hora alguma colis&atilde;o pode acontecer, inclusive envolvendo futuras miss&otilde;es tripuladas.
<h2>Mas o que est&atilde;o fazendo ent&atilde;o?</h2>
Pois &eacute;, todo mundo sabe dos altos riscos sobre a enorme quantidade de lixo espacial sobre nossas cabe&ccedil;as, por isso mesmo &eacute; que h&aacute; esse esfor&ccedil;o conjunto em todo o mundo para encontrar solu&ccedil;&otilde;es a respeito.
V&aacute;rias ideias est&atilde;o em desenvolvimento, a exemplo de remo&ccedil;&atilde;o com poderosos lasers, uso de uma boia gigante que poderia arrastar os detritos com magnetismo, a experi&ecirc;ncia dos japoneses que n&atilde;o deu certo, entre outras. Atualmente, os sat&eacute;lites e a ISS usam propulsores para desviar de objetos com alto potencial destrutivo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/07/07111634373145.jpg" />
Os orientais prometem tentar novamente o mesmo procedimento em breve, o Reino Unido planeja usar um sistema de rede com arp&atilde;o no pr&oacute;ximo ano e a Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (European Space Agency &mdash; ESA) tamb&eacute;m trabalha em um emaranhado para captura, com lan&ccedil;amento previsto para 2023.
Via <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/114017-missao-espacial-japonesa-falha-coleta-detritos-na-atmosfera-terrestre.htm" target="_blank">TecMundo</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.097Z

Missão espacial japonesa falha na coleta de detritos na atmosfera terrestre

Imagem de Empurra e puxa: duas forças fazem a Via Láctea viajar a 2 milhões km/h no megacurioso

Vácuo imenso empurra nossa galáxia, enquanto superaglomerado galáctico a atrai em sua direção

Conforme explicamos em uma mat&eacute;ria anterior aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/astronomia" target="_blank">Mega Curioso</a> &mdash; que voc&ecirc; pode conferir na &iacute;ntegra atrav&eacute;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo98551-voce-tem-ideia-de-com-qual-velocidade-estamos-viajando-pelo-universo.htm" target="_blank">deste link</a> &mdash;, a <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Via+Lactea" target="_blank">Via L&aacute;ctea</a> est&aacute; viajando pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo" target="_blank">Universo</a> a pouco mais de 580 quil&ocirc;metros por segundo (com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/cosmologia" target="_blank">radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica</a> de fundo), o que &eacute; equivalente a extraordin&aacute;rios dois milh&otilde;es de quil&ocirc;metros por hora, aproximadamente.
<h2>Zunindo pelo cosmos</h2>
Apesar de os astr&ocirc;nomos terem conseguido calcular a velocidade com a qual viajamos pelo cosmos, eles ainda n&atilde;o entendiam muito bem as for&ccedil;as envolvidas nesse processo. A teoria mais aceita era a de que a respons&aacute;vel por essa vertiginosa acelera&ccedil;&atilde;o seria a for&ccedil;a gravitacional exercida por uma regi&atilde;o do espa&ccedil;o chamada Superaglomerado Shapley, que abriga a maior concentra&ccedil;&atilde;o de gal&aacute;xias do universo pr&oacute;ximo &agrave; Terra.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06162957505231.jpg" />Os cientistas sabiam que existia uma regi&atilde;o de atra&ccedil;&atilde;o, mas desconheciam a de repuls&atilde;o
No entanto, de acordo com Nu&ntilde;o Dom&iacute;nguez, do portal <a href="http://elpais.com/elpais/2017/01/30/ciencia/1485793214_100828.html" target="_blank">El Pa&iacute;s</a>, essa proposta n&atilde;o se encaixava muito bem com as observa&ccedil;&otilde;es do movimento e trajet&oacute;ria do grupo de gal&aacute;xias que inclui a Via L&aacute;ctea e Andr&ocirc;meda &mdash; sugerindo que deveria haver mais uma for&ccedil;a nessa brincadeira. Ent&atilde;o, um grupo de cientistas da Universidade Hebraica de Jerusal&eacute;m, liderados pelo astrof&iacute;sico Yehuda Hoffman, publicaram um artigo onde apontam quem seria essa for&ccedil;a misteriosa.
Seus c&aacute;lculos apontaram que se trata de uma regi&atilde;o do Universo que, em termos cosmol&oacute;gicos, se encontra vazia. Essa &aacute;rea est&aacute; situada a cerca de 500 milh&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo43068-voce-sabe-qual-e-a-distancia-em-quilometros-de-1-ano-luz.htm" target="_blank">anos-luz</a> dist&acirc;ncia de n&oacute;s e exerce uma for&ccedil;a contr&aacute;ria &agrave; do superaglomerado, isto &eacute;, ela est&aacute; &ldquo;empurrando&rdquo; a nossa gal&aacute;xia em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; concentra&ccedil;&atilde;o Shapley ao mesmo tempo em que o aglomerado nos atrai, e foi batizada pelos astrof&iacute;sicos de &ldquo;Dipole Repeller&rdquo; &mdash; ou Repulsor Dipolo em tradu&ccedil;&atilde;o livre.
<h2>Empurra e puxa</h2>
Segundo Nu&ntilde;o, os cientistas chegaram a essa conclus&atilde;o depois de fazer uma simula&ccedil;&atilde;o tridimensional do movimento da Via L&aacute;ctea pelo Universo pr&oacute;ximo. Eles se basearam nas observa&ccedil;&otilde;es da velocidade de 8 mil gal&aacute;xias feitas com v&aacute;rios instrumentos, incluindo o telesc&oacute;pio espacial Hubble, e os resultados confirmaram a exist&ecirc;ncia da tal regi&atilde;o vazia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06163046989232.jpg" />Novo mapa do Universo pr&oacute;ximo, onde o Grupo Local (Local Group) representa o agrupamento gal&aacute;ctico que abriga a Via L&aacute;ctea
Assim, enquanto o superaglomerado atrai a Via L&aacute;ctea com a massa dos milhares de gal&aacute;xias que ele abriga, o dipolo nos repele na mesma dire&ccedil;&atilde;o, e &eacute; a soma dessas duas for&ccedil;as que faz com que a Via L&aacute;ctea viaje a dois milh&otilde;es de quil&ocirc;metros por hora com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo, ou seja, a radia&ccedil;&atilde;o gerada ap&oacute;s o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo100802-saiba-que-a-teoria-do-big-bang-foi-proposta-originalmente-por-um-padre.htm" target="_blank">Big Bang</a>.
Conforme explicou Hoffman, o astrof&iacute;sico l&iacute;der do estudo, a velocidade de expans&atilde;o do Universo &eacute; definida pela constante de Hubble. Pois se tiramos essa acelera&ccedil;&atilde;o da equa&ccedil;&atilde;o, o efeito restante sobre a Via L&aacute;ctea seria o dessa regi&atilde;o de repuls&atilde;o &mdash; mas, at&eacute; agora, apenas existiam pequenos ind&iacute;cios de que o vazio existia, e ningu&eacute;m havia sido capaz de localiz&aacute;-lo ou quantificar seus efeitos. Confira as duas regi&otilde;es, de &ldquo;empurra e puxa&rdquo;, no mapa a seguir:
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06162753584229.jpg" />A Via L&aacute;ctea, assim como muitas outras gal&aacute;xias, est&atilde;o no meio dessas duas for&ccedil;as
De acordo com Nu&ntilde;o, essas duas regi&otilde;es &mdash; a que exerce atra&ccedil;&atilde;o e a que exerce repuls&atilde;o &mdash; afetam uma &aacute;rea do cosmos de mais ou menos 500 milh&otilde;es de anos-luz, e abriga outras grandes concentra&ccedil;&otilde;es de mat&eacute;ria, como o superaglomerado Perseus-Pisces, o aglomerado de H&eacute;rcules, e o superaglomerado de Laniakea &mdash; que serve de lar para 100 mil gal&aacute;xias, entre elas a Via L&aacute;ctea e a nossa vizinha Andr&ocirc;meda.
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
Duas coisas interessantes sobre o estudo que valem a pena ser mencionadas: primeiro, que a regi&atilde;o que abrange o repulsor dipolo n&atilde;o est&aacute; realmente &ldquo;vazia&rdquo;, mas apresenta uma quantidade de gal&aacute;xias e estrelas muito menor do que o normal &mdash; o que, por sua vez, a torna muito menos densa do que os aglomerados gal&aacute;cticos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06162845615230.jpg" />Os astrof&iacute;sicos podem at&eacute; achar que a Via L&aacute;ctea n&atilde;o tem nada de extraordin&aacute;rio, mas olhando a imagem acima, &eacute; f&aacute;cil discordar com eles, voc&ecirc; n&atilde;o acha?
Em segundo lugar, de acordo com os astrof&iacute;sicos, as caracter&iacute;sticas observadas, embora interessantes, n&atilde;o fazem da Via L&aacute;ctea uma gal&aacute;xia mais especial do que as demais, especialmente considerando que o Universo conta com cerca de dois bilh&otilde;es delas. Na verdade, o comportamento observado parece bastante comum, e se encaixa perfeitamente com o modelo cosmol&oacute;gico padr&atilde;o que descreve a estrutura e evolu&ccedil;&atilde;o do cosmos a partir do Big Bang.

thumb-image-2024-02-29T14:02:17.027Z

Empurra e puxa: duas forças fazem a Via Láctea viajar a 2 milhões de km/h

Imagem de Descubra o que acontece com quem passa longas temporadas no espaço no megacurioso

NASA divulga os primeiros resultados das pesquisas sobre os efeitos das viagens espaciais em humanos

Voc&ecirc; deve se recordar do astronauta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120627-como-o-corpo-humano-se-comporta-em-365-dias-no-espaco.htm" target="_blank">Scott Kelly</a>, o cara que, recentemente, retornou de uma estadia de nada menos do que 340 dias na <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=Esta%C3%A7%C3%A3o+Espacial+Internacional" target="_blank">Esta&ccedil;&atilde;o Espacial Internacional</a>. Ele permaneceu no espa&ccedil;o durante esse tempo todo &mdash; quase um ano trancafiado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/98114-veja-20-fotos-impressionantes-tiradas-pelo-astronauta-scott-kelly.htm" target="_blank">400 quil&ocirc;metros de altitude</a>! &mdash; como parte de uma s&eacute;rie de experimentos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" target="_blank">NASA</a> para saber como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/101573-afinal-alguem-sabe-como-os-penis-se-comportam-no-espaco.htm" target="_blank">corpo humano reage</a> a longos per&iacute;odos longe do ambiente terrestre.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123354724144.jpg" />Scott e Mark Kelly, os g&ecirc;meos astronautas
E Kelly n&atilde;o foi escolhido ao acaso para passar por essa experi&ecirc;ncia. Ele tem um irm&atilde;o g&ecirc;meo id&ecirc;ntico, o tamb&eacute;m astronauta Mark Kelly, o que significa que os dois &mdash; que, basicamente, s&atilde;o uma c&oacute;pia gen&eacute;tica um do outro &mdash; ofereceriam aos cientistas a oportunidade &uacute;nica de descobrir o que acontece com quem passa longas temporadas no espa&ccedil;o.
<h2>Resultados surpreendentes</h2>
Mark permaneceu aqui na <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/terra" target="_blank">Terra</a>, obviamente, e fez parte do mesmo estudo juntamente com Scott. De acordo com Michael D&rsquo;Estries, do portal <a href="http://www.mnn.com/earth-matters/space/blogs/nasa-twin-study-space-travel-changes-human-DNA" target="_blank">Mother Nature Network</a>, ao longo da pesquisa, cientistas de 12 universidades analisaram amostras biol&oacute;gicas da dupla e os primeiros resultados est&atilde;o sendo divulgados agora.
V&aacute;rios dos resultados confirmaram o que os cientistas j&aacute; sabiam sobre os efeitos de longas perman&ecirc;ncias no espa&ccedil;o, como a perda de densidade &oacute;ssea, diminui&ccedil;&atilde;o da massa muscular e o ligeiro incremento na estatura &mdash; consequ&ecirc;ncias sobre as quais vamos falar logo mais. No entanto, a descoberta mais surpreendente at&eacute; o momento foi que a perman&ecirc;ncia no espa&ccedil;o provoca altera&ccedil;&otilde;es no DNA dos astronautas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123131162142.jpg" />O encurtamento dos tel&ocirc;meros est&aacute; associado com o envelhecimento
Mais especificamente, os pesquisadores identificaram mudan&ccedil;as nos tel&ocirc;meros de Scott &mdash; que s&atilde;o estruturas que formam as pontinhas dos cromossomos e est&atilde;o relacionadas com a sua prote&ccedil;&atilde;o. Os cientistas acreditam que os tel&ocirc;meros tamb&eacute;m est&atilde;o associados com o envelhecimento, j&aacute; que eles v&atilde;o se tornando mais curtos conforme ficamos mais velhos, e podem ser impactados por fatores como a falta de exerc&iacute;cio, estresse e dieta desequilibrada.
Entretanto, no caso de Scott, embora os pesquisadores achassem que essas estruturas sofreriam encolhimento por conta do estresse de viver no espa&ccedil;o por tanto tempo, os tel&ocirc;meros dos gl&oacute;bulos brancos do astronauta aumentaram de tamanho. Curiosamente, depois que Scott voltou &agrave; Terra, essas pontinhas cromoss&ocirc;micas voltaram rapidamente &agrave;s dimens&otilde;es que elas tinham antes da viagem.
<h2>Mais altera&ccedil;&otilde;es</h2>
A NASA suspeita que o aumento dos tel&ocirc;meros pode estar relacionado com a dieta baixa em calorias e a estrita rotina de exerc&iacute;cios seguida por Scott durante a estadia no espa&ccedil;o. E al&eacute;m dos tel&ocirc;meros, o mapeamento gen&eacute;tico dos g&ecirc;meos revelou mais de 200 mil mol&eacute;culas de RNA que se expressaram de maneira diferente nos irm&atilde;os, possivelmente como resultado dos efeitos da microgravidade e da alimenta&ccedil;&atilde;o &mdash; baseada em produtos congelados.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123323739143.png" />Mark e Scott Kelly
De acordo com a <a href="https://www.nasa.gov/feature/how-stressful-will-a-trip-to-mars-be-on-the-human-body-we-now-have-a-peek-into-what-the-nasa" target="_blank">NASA</a>, os n&iacute;veis de metila&ccedil;&atilde;o &mdash; um processo que pode alterar a atividade de um segmento de DNA sem afetar sua sequ&ecirc;ncia &mdash; tamb&eacute;m ca&iacute;ram em Scott, enquanto os n&iacute;veis de Mark aumentaram no mesmo per&iacute;odo, e os g&ecirc;meos tamb&eacute;m apresentaram varia&ccedil;&otilde;es nas bact&eacute;rias presentes na flora intestinal, provavelmente devido &agrave;s diferen&ccedil;as de dieta e ambientes.
Nos pr&oacute;ximos meses, a NASA deve divulgar mais descobertas sobre o estudo com os g&ecirc;meos, incluindo os efeitos psicol&oacute;gicos das longas estadias no espa&ccedil;o. A seguir voc&ecirc; pode conferir uma s&eacute;rie de imagens animadas &mdash; criadas pelo pessoal do portal <a href="http://www.businessinsider.com/space-travel-effects-human-body-nasa-2017-2/" target="_blank">Business Insider</a> &mdash; que ilustram algumas das consequ&ecirc;ncias da aventura espacial de Scott Kelly:
1 &ndash; Como os fluidos corporais se distribuem de maneira mais equilibrada pelo organismo na falta de gravidade, o rosto se torna mais inchado
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123440801145.gif" width="640" height="377" />
2 &ndash; Na falta de atividade f&iacute;sica, a perda de densidade &oacute;ssea pode ser de aproximadamente 12%
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123453536146.gif" width="640" height="370" />
3 &ndash; Voltando &agrave; distribui&ccedil;&atilde;o de fluidos, a quantidade que se desloca dos membros inferiores para a cabe&ccedil;a seria suficiente para encher uma garrafa de dois litros
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123509301147.gif" width="640" height="378" />
4 &ndash; A vis&atilde;o pode ser prejudicada devido &agrave;s varia&ccedil;&otilde;es de press&atilde;o no c&eacute;rebro
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123541801148.gif" width="640" height="375" />
5 &ndash; Como n&atilde;o precisamos usar os m&uacute;sculos em ambientes de microgravidade, eles atrofiam e acabam absorvendo tecidos extra
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123552473149.gif" width="640" height="366" />
6 &ndash; Dormir no espa&ccedil;o &eacute; mais complicado do que parece, e os astronautas dormem cerca de seis horas di&aacute;rias &mdash; o que significa que a priva&ccedil;&atilde;o de sono &eacute; mais um dos efeitos sofridos por quem passa temporadas fora da Terra
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123628191150.gif" width="640" height="372" />
7 &ndash; A radia&ccedil;&atilde;o &agrave; qual os astronautas s&atilde;o submetidos quando se encontram fora do escudo protetor oferecido pelo campo magn&eacute;tico terrestre pode aumentar o risco do surgimento de c&acirc;ncer
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123637816151.gif" width="640" height="371" />
8 &ndash; E, como no espa&ccedil;o a gravidade n&atilde;o est&aacute; l&aacute; para &ldquo;empurrar&rdquo; a cabe&ccedil;a dos astronautas em dire&ccedil;&atilde;o ao solo &mdash; e exercer press&atilde;o sobre a coluna &mdash;, eles podem ficar at&eacute; 3% mais altos
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/06/06123649301152.gif" width="640" height="381" />

thumb-image-2024-02-29T14:02:16.974Z

Descubra o que acontece com quem passa longas temporadas no espaço

Imagem de Evidências apontam que o nosso Universo já foi um holograma no megacurioso

Físicos encontram vestígios de que o cosmos se comportava como uma holografia logo após o Big Bang

Esse papo de que o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo" target="_blank">Universo</a> possa ser &mdash; ou tenha sido um dia &mdash; um holograma n&atilde;o &eacute; nada novo. Conforme explicamos em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/40393-simulacoes-sugerem-que-o-universo-e-um-holograma.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia" target="_blank">Mega Curioso</a>, essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/46844-4-teorias-meio-malucas-mas-que-poderiam-explicar-o-nosso-universo.htm" target="_blank">teoria surgiu</a> no final dos anos 90, quando os f&iacute;sicos Leonard Susskind e Gerard Hooft propuseram que, tecnicamente, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/fisica-e-quimica" target="_blank">Leis da F&iacute;sica</a> como as conhecemos n&atilde;o precisam de tr&ecirc;s dimens&otilde;es (mais o tempo) para funcionar.
Ali&aacute;s, j&aacute; faz algum tempo que os cientistas est&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/45434-cientistas-pretendem-descobrir-se-vivemos-em-um-holograma-bidimensional.htm" target="_blank">tentando provar</a> essa teoria e, agora, parece que um grupo deles pode ter se deparado com algo bem interessante. Um grupo internacional formado por astrof&iacute;sicos e f&iacute;sicos te&oacute;ricos acredita ter encontrado a primeira evid&ecirc;ncia observacional de que, nos primeiros est&aacute;gios de sua exist&ecirc;ncia, o nosso Universo era um holograma.
<h2>Universo bidimensional</h2>
Por mais estranha que pare&ccedil;a, a teoria do universo hologr&aacute;fico ajuda a explicar algumas inconsist&ecirc;ncias entre a teoria da relatividade e a f&iacute;sica qu&acirc;ntica. Veja, enquanto a relatividade trata de quest&otilde;es na escala de planetas e gal&aacute;xias, a f&iacute;sica qu&acirc;ntica governa quest&otilde;es em escala subat&ocirc;mica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175410015357.gif" width="640" height="258" />
No entanto, as duas n&atilde;o conversam muito bem e n&atilde;o conseguem explicar como o Universo como conhecemos &mdash; assim como tudo o que existe nele &mdash; pode ter vindo do &ldquo;nada&rdquo; e expandido exponencialmente logo no in&iacute;cio de sua exist&ecirc;ncia, antes de moderar sua expans&atilde;o at&eacute; alcan&ccedil;ar a velocidade com a qual ele continua se ampliando atualmente.
Em outras palavras, o modelo padr&atilde;o do Big Bang sugere que, quando o Universo surgiu, logo nos primeiros est&aacute;gios, algo fez com que ele sofresse uma violenta expans&atilde;o, e essa &ldquo;infla&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica&rdquo; aconteceu a uma velocidade exponencial com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; da luz.
Entretanto, os cientistas ainda n&atilde;o conseguiram entender o mecanismo que levou algo que tinha dimens&otilde;es subat&ocirc;micas a se transformar em uma coisa substancialmente maior quase instantaneamente. E, de acordo com os f&iacute;sicos, a teoria hologr&aacute;fica ajuda a responder essas quest&otilde;es ao aplicar as leis da F&iacute;sica se pensarmos no Universo como um plano bidimensional.
<h2>Cosmos hologr&aacute;ficos</h2>
Voltando &agrave;s evid&ecirc;ncias, os cientistas se depararam com elas depois de analisar irregularidades na radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo em micro-ondas, isto &eacute;, ap&oacute;s investigar perturba&ccedil;&otilde;es na radia&ccedil;&atilde;o residual do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/universo/100802-saiba-que-a-teoria-do-big-bang-foi-proposta-originalmente-por-um-padre.htm" target="_blank">Big Bang</a>.
Os f&iacute;sicos, ent&atilde;o, fizeram uma s&eacute;rie de simula&ccedil;&otilde;es e aplicaram uma variedade de dados e teorias ao modelo, descobrindo que, apenas algumas centenas de milhares de anos ap&oacute;s o Big Bang, quando o Universo ainda era um &ldquo;bebezinho&rdquo;, ele se comportava como um holograma.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175658973361.jpg" />Esquema criado pelos cientistas mostrando a fase hologr&aacute;fica do Universo
Segundo um dos f&iacute;sicos envolvidos no estudo, a ideia &eacute; semelhante &agrave;quela dos hologramas convencionais nos quais uma imagem tridimensional est&aacute; codificada em uma superf&iacute;cie bidimensional &mdash; tal como acontece com aquelas imagenzinhas hologr&aacute;ficas que existem nos cart&otilde;es de cr&eacute;dito.&nbsp;No caso do nosso Universo, o cosmos inteiro, ou seja, tudo o que vemos, sentimos, ouvimos em tr&ecirc;s dimens&otilde;es &mdash; e at&eacute; a nossa percep&ccedil;&atilde;o da passagem do tempo &mdash;, estaria codificado em um plano bidimensional.
Outra analogia interessante seriam os filmes 3D a que assistimos no cinema. Embora n&atilde;o se trate de um holograma propriamente dito, n&oacute;s percebemos as imagens como tendo altura, largura e profundidade, quando, na verdade, elas se originam a partir de uma telona plana, certo? Pois, no caso do Universo, a diferen&ccedil;a seria que n&oacute;s somos capazes de tocar os objetos, e a proje&ccedil;&atilde;o se torna real a partir do nosso ponto de vista.
<h2>Realidade hologr&aacute;fica?</h2>
Vale destacar que o cosmos hologr&aacute;fico proposto pelos cientistas &eacute; ligeiramente diferente da ideia de holograma que a maioria de n&oacute;s tem em mente &mdash; como aqueles que s&atilde;o retratados em filmes como &ldquo;Star Wars&rdquo; e "Prometheus", por exemplo. Al&eacute;m disso, os f&iacute;sicos explicaram que o Universo n&atilde;o est&aacute; sendo projetado a partir de uma imensa tela plana. A an&aacute;lise dos dados cosmol&oacute;gicos apenas apontou que ele parece ter se comportado como se fosse assim logo que ele surgiu.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2017/02/03/03175533580359.gif" width="640" height="270" />
Os f&iacute;sicos esperam que sua pesquisa permita aumentar o nosso conhecimento sobre o Universo em seus est&aacute;gios iniciais de exist&ecirc;ncia. Al&eacute;m disso, considerando que eles realmente estejam certos sobre suas descobertas, e que as evid&ecirc;ncias sejam mesmo s&oacute;lidas, o novo desafio do time &eacute; explicar como aconteceu a transi&ccedil;&atilde;o do Universo de bidimensional para tr&ecirc;s dimens&otilde;es.

Astronomia

Novidades