Imagem de Nosso Sol está experimentando um 2º modo de fusão, diz estudo no megacurioso

No novo estudo, uma filtragem do sinal dos neutrinos permitiu comprovar que ocorre fusão do tipo CNO no Sol da ordem de 1%

Uma pesquisa publicada recentemente pela revista Nature afirma que há novas evidências de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116097-sol-entrou-no-seu-25-ciclo-por-que-isso-e-importante.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">nosso Sol</a> está experimentando um segundo modo de fusão, explicado pela presença de neutrinos numa faixa de energia difícil de encontrar, o que é um sinal de que a nossa estrela está dobrando sua produção. 



Como acontece com as demais estrelas, o Sol é alimentado pela fusão de hidrogênio em elementos mais pesados. Essa fusão nuclear não apenas faz as estrelas brilharem, mas também constitui uma fonte primária dos elementos químicos que nos rodeiam. Para compreender o funcionamento dessa fusão, temos modelos teóricos de núcleos atômicos, e os neutrinos reais criados no núcleo da nossa estrela.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07205609294004.jpeg" alt="Fonte: Sarang/Reprodução" /><figcaption>Cadeia pp (Fonte: Sarang/Reprodução)</figcaption></figure>



Quando os núcleos atômicos sofrem fusão, eles produzem, além de raios gama de alta energia, os neutrinos. Os primeiros aquecem o interior do Sol durante milhares de anos, mas os neutrinos saem do interior da estrela quase à velocidade da luz, mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115412-neutrinos-raros-mostram-como-o-sol-produz-energia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">sua existência só foi provada</a> recentemente.



Os neutrinos provam que a fusão nuclear ocorre no Sol, mas não especifica o seu tipo. Por ser uma estrela muito pequena, a teoria é de que a forma de fusão dominante no Sol deveria ser a de prótons, que produz o hélio a partir do hidrogênio. Essa reação, conhecida como “cadeia pp”, é a mais fácil para as estrelas criarem.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07205839686005.jpeg" alt="Fonte: Cwitte/Reprodução" /><figcaption>Ciclo CNO (Fonte: Cwitte/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>A forma dominante de fusão</h2>



No caso das estrelas maiores, com núcleos mais quentes e densos, a fonte dominante de energia é o chamado ciclo CNO, um ciclo de reações com carbono, nitrogênio e oxigênio para produzir hélio. No entanto, a nossa estrela é grande o bastante para produzir o ciclo CNO em um nível mais baixo.



O problema é que os neutrinos CNO são de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115296-rarissimas-particulas-fantasmas-do-sol-sao-capturadas-na-italia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">difícil detecção</a>, e o grande desafio nesse processo é que o seu sinal pode ficar oculto no ruído de neutrinos terrestres como a decomposição radiativa de rochas. 



Na nova pesquisa, os cientistas criaram um processo de análise sofisticado que filtra o sinal do neutrino de falsos positivos. Com essa ferramenta, eles conseguiram obter uma medição que comprova a ocorrência da fusão CNO dentro do Sol nos níveis previstos pela ciência, em conjunto com as reações em cadeia pp.

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Nosso Sol está experimentando um 2º modo de fusão, diz estudo

Imagem de Astrônomos mapeiam 1 milhão de novas galáxias em apenas 300 horas no megacurioso

Cientistas conseguiram cobrir cerca de 83% do universo observável, confeccionando um mapa em 360º com quase 3 milhões de galáxias

Cientistas da agência australiana Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) realizaram um levantamento geral do céu utilizando o poderoso radiotelescópio Australian Square Kilometre Array Pathfinder (ASKAP). As observações conseguiram mapear cerca de 83% do Universo visível, algo relativo a 3 <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116834-cientistas-captam-milhoes-de-sinais-de-inteligencia-vindos-da-terra.htm" target="_blank">milhões</a> de galáxias, em um tempo recorde de 300 horas.



Intitulado Rapid ASKAP Continuum Survey, o estudo publicado em 30 de novembro na revista Publications of the Astronomical Society of Australia apresentou detalhes de uma pesquisa projetada para ser o “Google Maps do Universo”, que contou com a observação de 903 <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116977-fotos-com-baleias-jubarte-revelam-a-beleza-do-mundo-aquatico.htm" target="_blank">fotos</a>, sendo cada uma capturada após 15 minutos contínuos de exposição e posteriormente combinadas para exibir uma vista panorâmica.



“Pela primeira vez, o ASKAP flexionou seus músculos, construindo um mapa do Universo com mais detalhes do que nunca e em velocidade recorde”, disse o autor do estudo David McConnell, astrônomo do CSIRO. “Esperamos encontrar dezenas de milhões de novas galáxias em pesquisas futuras.”



<blockquote class="twitter-tweet">Today is a special day for astronomy as we release the results of our ASKAP telescope&#039;s first survey of the southern sky. What used to take years, can now be done in days revealing more of the Universe – about a million times more!<a href="https://t.co/dzPXzCceil">https://t.co/dzPXzCceil</a> <a href="https://t.co/kySCWDd5Si">pic.twitter.com/kySCWDd5Si</a>— CSIRO_ATNF (@CSIRO_ATNF) <a href="https://twitter.com/CSIRO_ATNF/status/1333515409140551680?ref_src=twsrc%5Etfw">November 30, 2020</a></blockquote> 



“Hoje é um dia especial para a astronomia, pois divulgamos os resultados da primeira pesquisa do nosso telescópio ASKAP do céu meridional. O que costumava levar anos, agora pode ser feito em dias, revelando mais do Universo — cerca de um milhão de vezes mais!”



<h2>A incrível capacidade do radiotelescópio ASKAP </h2>



Segundo os astrônomos, o ASKAP conta com o suporte de 36 antenas receptoras capazes de capturar imagens com 13,5 exabytes (13,5 bilhões de gigabytes) de dados RAW — qualidade melhor do que a JPEG — em alta resolução. Dessa forma, as fotos das galáxias foram processadas por um supercomputador Galaxy, que criou um panorama completo do espaço com impressionantes 70 bilhões de pixels.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/07/07074710142001.jpg" alt="(Fonte: CSIRO / Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CSIRO / Reprodução)</figcaption></figure>



“Este censo do universo vai ser usado por astrônomos em todo o mundo para explorar o desconhecido e estudar tudo, desde a formação das estrelas até como as galáxias e seus buracos negros supermassivos evoluem e interagem”, comentou McConnell.



O aproveitamento de todo o potencial do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116924-gigante-radiotelescopio-de-arecibo-desaba.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">telescópio</a> trouxe resultados recordes no que diz respeito à observação do universo e, segundo Karen Andrews, ministra federal de ciência e tecnologia da Austrália, “esse novo estudo prova que estamos prontos para dar um passo gigantesco em direção à área da radioastronomia”.



As imagens detalhadas serão divulgadas no CSIRO Data Access Portal.

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Astrônomos mapeiam 1 milhão de novas galáxias em apenas 300 horas

Imagem de Tempestade solar deve atingir a Terra nesta quinta (10) no megacurioso

Aumento da atividade da estrela tornará o eclipse total do Sol na próxima segunda (14) um espetáculo mais intenso

“O Sol tem seu próprio ritmo”, disse o astrônomo Frédéric Clette do Observatório Real da Bélgica, que rastreia manchas solares. Pois uma explosão delas pode acontecer nesta quinta-feira (10), anunciando tempestades solares, cujos efeitos serão sentidos na Terra na forma de auroras boreais bem no meio do hemisfério norte.



A cada 11 anos, o Sol encerra um ciclo de atividades e começa outro, com o surgimento e o desaparecimento de manchas solares quando o Sol muda de uma estrela relativamente calma para tempestuosa. Desde que começou a ser medido, já se passaram 24 ciclos solares; o 25º <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177945-sol-entrou-25-ciclo-importante.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">começou oficialmente em dezembro de 2019</a>.



As manchas solares costumam ser a fonte de erupções solares, quando ocorre a ejeção de massa coronal, como “espirros” de energia magnética que provocam auroras boreais espetaculares. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) está prevendo uma dessas amanhã, e ela promete ser bem mais forte que a ocorrida no último 29 de novembro, quando uma explosão solar classe M4.4 irrompeu na superfície do Sol.



São cinco os níveis de intensidade pelas quais as erupções solares são classificadas. As chamadas explosões de classe A são menos intensas, enquanto as classe X são dignas de serem exibidas no clímax de um filme catástrofe (pensou-se que a ocorrida no fim do mês passado tivesse sido uma dessas; foi difícil classificá-la porque ela ocorreu na face oposta à voltada para a Terra).



<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/09/09145841458221.jpg" alt="O Space Weather administra relógios de tempestades geomagnéticas, como esse que está cobrindo o período de 9 a 11 de dezembro.">O Space Weather administra relógios de tempestades geomagnéticas, como esse que está cobrindo o período de 9 a 11 de dezembro.



Os astrônomos não tiveram que esperar muito pela erupção solar seguinte: no último dia 7, eles puderam ver uma explosão C7.4, com a ejeção de massa coronal bem na linha de visão do planeta. Mas não estamos nem perto do pico do Ciclo Solar 25: ele só deve acontecer em julho de 2025.



<h2>Mau humor em cena</h2>



Explosões solares costumam ser intensificadas pelos gases eletrificados, formadores do campo magnético do Sol, criando tempestades solares que, ao atingirem a Terra, podem causar blecautes de rádio de alta frequência e interromper as comunicações – as previsões do clima solar dão tempo para os operadores se prepararem.



O mau humor do astro vai aumentar a beleza do eclipse total do Sol que acontecerá na próxima segunda (14), com visualização máxima em regiões do Chile e da Argentina. Quando a Lua se alinhar à estrela, a coroa solar será visível a olho nu e, com mais explosões solares, ela será ainda mais ativa, com gigantescas chamas destacando-se contra a sombra lunar.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208016-tempestade-solar-deve-atingir-terra-quinta-10.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208016-tempestade-solar-deve-atingir-terra-quinta-10.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Tempestade solar deve atingir a Terra nesta quinta (10)</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Tempestade solar deve atingir a Terra nesta quinta (10)

Imagem de Astrônomos divulgam o mapa 3D mais detalhado da Via Láctea já feito no megacurioso

As imagens divulgadas por esse terceiro relatório de Gaia permitirão que os astrônomos consigam medir a aceleração do nosso Sistema Solar

Na última quinta-feira (03), astrônomos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelaram o mapa 3D mais detalhado da Via Láctea já feito até hoje. O trabalho traz uma abordagem inédita sobre o funcionamento da nossa galáxia, e revela informações adicionais do Universo.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/images/2006/05/artist_s_impression_of_the_gaia_satellite/9272925-5-eng-GB/Artist_s_impression_of_the_Gaia_satellite_pillars.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04235053065002.jpg" alt="Fonte: ESA/Divulgação" /></a><figcaption>Gaia (Fonte: ESA/Divulgação)</figcaption></figure>



O imenso atlas eletrônico foi compilado a partir de dados obtidos pelo observatório Gaia, da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111897-nasa-e-esa-testam-novas-tecnologias-em-treinamentos-submarinos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Agência Espacial Europeia (ESA)</a>, satélite que, desde o <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/40404-gaia-satelite-responsavel-pelo-mapeamento-da-galaxia-acaba-de-ser-lancado.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">seu lançamento</a> em dezembro de 2013, tem coletado imagens do espaço, estando hoje a quase 1,5 milhão de quilômetros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116872-10-fotos-da-terra-tiradas-de-angulos-bem-diferentes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">da Terra</a>.



A órbita do observatório está em um dos cinco Pontos de Lagrande, regiões estáveis do Sistema Solar em que a gravidade dos corpos celestes se cancela. Com isso, os objetos ficam parados, o que, para o observatório de Gaia, representa um consumo mínimo de combustível para manter sua localização.



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://interactive.guim.co.uk/uploader/embed/2020/12/esa-start-loop-mp4-zip/giv-3902URzm0BOefpLm/esa%20start%20loop.mp4"></video></figure>



<h2>A construção do mapa 3D</h2>



A distância da Terra é útil para evitar que a poluição luminosa atrapalhe a visão das estrelas. As câmeras de Gaia são as maiores e mais poderosas já instaladas no espaço. Conhecidas como CCD’s, são capazes de medir o diâmetro de um fio de cabelo a mil quilômetros de distância.



O objetivo principal da missão Gaia é pesquisar mais de um bilhão de estrelas na Via Láctea, e além dela. O resultado desse censo astronômico tem sido analisado por astrônomos que tentam explicar a formação e a evolução da nossa galáxia, e obter uma visão sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114101-galaxias-satelites-revelam-informacoes-sobre-origem-da-via-lactea.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">outras áreas da astronomia</a>.  



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.esa.int/var/esa/storage/images/esa_multimedia/videos/2020/12/measuring_the_acceleration_of_the_solar_system_with_gaia/22357697-1-eng-GB/Measuring_the_acceleration_of_the_Solar_System_with_Gaia_pillars.jpg" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04234727031001.jpg" alt="Fonte: Gaia/Divulgação" /></a><figcaption>Fonte: ESA/Divulgação</figcaption></figure>



As informações utilizadas no mapa 3D atual foram retiradas do terceiro relatório divulgada pela missão, o Gaia EDR3. O mapa permite que os cientistas possam medir a aceleração do nosso Sistema Solar em relação ao resto do Universo. Essa velocidade se altera em 0,23 nanômetros por segundo, o que nos “empurra” sete milímetros por segundo em direção ao centro da Via Láctea.



Esse deslocamento representa cerca de 115 quilômetros ao longo de um ano. Conforme os pesquisadores, essa é a primeira medição da curvatura da órbita do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116936-sistema-solar-pode-chegar-ao-fim-antes-do-previsto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Solar</a> em torno da galáxia já feita até hoje. As novas informações permitem também esclarecer questões sobre a formação do Sistema Solar e a taxa de expansão do Universo.

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Astrônomos divulgam o mapa 3D mais detalhado da Via Láctea já feito

Imagem de Wow!: o sinal de origem extraterrestre mais provável da história no megacurioso

Em 1977, o radiotelescópio Big Ear captou uma anomalia que é um eterno mistério para a comunidade astronômica

Idealizado e projetado pelo radioastrônomo John Kraus, o radiotelescópio Big Ear Radio Observatory, da Universidade Estadual de Ohio, tornou-se muito importante em meio à comunidade científica durante a década de 1960. Por anos, o equipamento foi construído com a ajuda de voluntários, trabalhadores e funcionários da instituição de ensino com fundos da National Science Foundation com o intuito de mapear o céu da maneira mais precisa de todos os tempos. Além disso, o observatório fazia parte da Pesquisa por Inteligência Extraterrestre (Seti) da universidade.



O Big Ear ficou conhecido por ser diferente de todos os radiotelescópios que já existiram. Sua estrutura de ferro consistia em um grande retângulo repleto de postes de alimentação que serviam para canalizar os sinais de rádio de seu grande refletor para o receptor.



Ao longo de 8 anos, a estrutura foi usada para mapear fontes de rádio de banda larga para o Ohio Sky Survey, o primeiro levantamento astronômico de fontes de rádio extragaláticas. A busca começou a partir de um artigo escrito pelos físicos Philip Morrison e Giuseppe Cocconi, da Universidade Cornell, em 1959, indicando que qualquer civilização extraterrestre poderia se comunicar com a Terra por meio de sinais de rádio em uma frequência de 1,42 GHz.



<h2>O estranho sinal</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25171242631297.jpg" alt="(Fonte: EDN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: EDN/Reprodução)</figcaption></figure>



Após anos de pesquisa sem muitos avanços (ou quase nenhum), o Congresso dos Estados Unidos votou para interromper o financiamento do Ohio Sky Survey, causando perda de empregos e diminuição nos frutos da pesquisa.



Foi o astrônomo Jerry R. Ehman, voluntário no projeto Seti, que descobriu uma anomalia gráfica nos sinais recebidos em 15 de agosto de 1977 após revisar os registros. Às 22h16 daquele dia, o computador IBM 1130 processou e imprimiu uma série de valores de intensidade e frequência estreita de sinal.



Ehman ficou tão surpreso com o que estava vendo que escreveu “Wow!” (“Uau!”) ao lado do gráfico para que o diretor do observatório, John Kraus, pudesse avaliar. Foi assim que eles apelidaram o achado como Wow! Signal.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25171359007301.jpg" alt="(Fonte: EarthSky/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: EarthSky/Reprodução)</figcaption></figure>



Os astrônomos perceberam que o sinal parecia vir da direção da constelação de Sagitário e trazia marcas esperadas e específicas de origem extraterrestre. Antes de prosseguir com as investigações, Kraus escreveu uma carta para o astrônomo Carl Sagan para alertá-lo sobre a descoberta: “O Sinal Wow! é altamente sugestivo de origem inteligente extraterrestre, mas pouco mais pode ser dito até que possamos fazer um estudo mais aprofundado”.



Eles observaram que a frequência parecia uma onda contínua que não tinha modulação, durando exatos 72 segundos. Supuseram que a origem da emissão tenha sido através de fontes naturais inventadas pelo homem, porém nenhuma dessas conseguia explicá-la adequadamente.



<h2>A teoria de Paris</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25171613036302.jpg" alt="(Fonte: Astronomy Now/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Astronomy Now/Reprodução)</figcaption></figure>



As tentativas dos astrônomos de rastrear o sinal foram em vão, pois, como não houve mais repetição e sua duração foi pequena, era uma tarefa impossível saber de onde veio. Além disso, a localização precisa no céu de onde a frequência veio era incerta devido ao design do Big Ear, que tinha dois postes de alimentação, cada um recebendo um feixe de direção diferente de acordo com a rotação da Terra. O Wow! foi detectado em um feixe, mas não no outro, e os dados foram processados de uma forma que indeterminava qual dos postes o recebeu.



O telescópio Big Ear nunca mais captou um sinal com a intensidade “U” que, na escala, indica desvios-padrão acima do ruído de fundo entre 30 e 31. Para uma inteligência extraterrestre entrar em contato com os humanos, precisa usar uma frequência que seja ouvida sem margem de erro, e isso significa que ela teria de atravessar a poeira interplanetária e da atmosfera, o espectro invisível (que nos permite ver a luz do Sol e das estrelas sem interferência) e o intervalo de 1 GHz a 10 GHz.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25171721011303.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



Abaixo de 1 GHz há muito ruído na galáxia por causa dos corpos astronômicos, dificultando a identificação de um sinal. Acima de 10 GHz, há um ruído maior devido às menores partículas subatômicas. O Sinal Wow! chegou a 1,42 GHz, a maior frequência identificada como sendo de uma possível origem extraterrestre.



O astrônomo Antonio Paris apresentou a ideia de que, em certas condições, cometas poderiam emitir ondas de rádio dos gases que os cercam à medida que se aproximam do Sol. Ele apontou que o cometa 266P/Christensen estava quase na posição certa no dia em que o Sinal Wow! foi enviado.



<h2>Beco sem saída</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25171959293304.jpg" alt="(Fonte: CristaLinks/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CristaLinks/Reprodução)</figcaption></figure>



Muitos astrônomos julgaram a teoria de Paris como errada. Ehman e Robert Dixon (que dirigia o observatório de rádio onde o Big Ear foi construído) analisaram o estudo do astrônomo e explicaram que eles deveriam ter visto a fonte do sinal. Para se tratar de um cometa, era necessário que o sinal aparecesse duas vezes em pelo menos 3 minutos, com uma resposta de 72 segundos e uma segunda ocorrência (após 1 minuto e 30 segundos) também de 72 segundos, mas não foi o que aconteceu.



A única explicação para isso não ter acontecido foi o corte abrupto do sinal, e um cometa não se comportaria assim porque os gases que o cercam cobrem áreas grandes e difusas; ou seja, o cometa não teria conseguido escapar do campo de captura do Big Ear tão rapidamente.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25172323708308.png" alt="(Fonte: The Wow Signal Podcast/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: The Wow Signal Podcast/Reprodução)</figcaption></figure>



“O problema com os postes de alimentação é algo que ninguém pode explicar, nem mesmo eu”, disse Paris. “Existem alguns dados que sugerem que o problema está na extremidade do telescópio, e não no fenômeno em si”. Portanto, foi sugerida também a possibilidade de que o sinal tenha sido causado por uma falha no telescópio.



Ehman também não acreditava que o sinal fosse de origem alienígena, principalmente por tê-lo procurado mais de 50 vezes ao longo dos anos. Para ele, o sinal veio da Terra e simplesmente foi refletido em um pedaço de lixo espacial.



<h2>Sem resposta</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/25/25172526377309.jpg" alt="(Fonte: Space/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Space/Reprodução)</figcaption></figure>



Estudos provaram que essa tese de Ehman era muito improvável, pois um sinal de 1,42 GHz está protegido dentro de um espectro de banda reservada para fins astronômicos, na qual os transmissores terrestres são proibidos de emitir, além do fato de que cometas podem não gerar hidrogênio suficiente para produzir um sinal marcante como o Wow!. Em 1977, Ehman refez sua teoria em um artigo alegando que a fonte poderia ter sido militar ou um produto dos humanos.



Em 2012, no 35º aniversário do Sinal Wow!, o Observatório de Arecibo reuniu mais de 10 mil mensagens no Twitter com a hashtag #ChasingUFOs, anexou tudo a um cabeçalho de sequência repetitiva para cada mensagem individual e emitiu esse sinal para o espaço na intenção de que alguma inteligência extraterrestre o reconhecesse como uma forma de comunicação.



Até hoje a mensagem não foi recebida, tampouco foi o mistério do Sinal Wow! resolvido corretamente.

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Wow!: o sinal de origem extraterrestre mais provável da história

Imagem de O surgimento de vida inteligente é extremamente raro no Universo no megacurioso

A existência de vida inteligente em outros planetas do Universos dependeria de transições evolutivas semelhantes às nossas

Um trabalho publicado no mês passado na revista científica Astrobiology reforça o argumento de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110328-5-lugares-no-sistema-solar-que-podem-conter-vida-alienigena.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vida inteligente no Universo</a> é excepcionalmente rara, e afirma que uma ocorrência similar à da Terra em outros planetas dependeria de transições evolutivas análogas às nossas.



Andrew Snyder-Beattie e colegas, os autores do estudo, explicam que a primeira transição é a abiogênese, a criação de moléculas orgânicas a partir de forças que originalmente não são organismos vivos. Depois, vem a eucariogênese, que determina a diversidade celular. Finalmente, há a reprodução sexual, o desenvolvimento de organismos celulares e também a inteligência.



<h2>Metodologia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/02/02161406800221.jpg" alt="Fonte: Getty Images/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



A pesquisa concentrou-se em examinar o tempo e a frequência das transições. Alguns fenômenos, como a vida eucariótica, que derivou de precursores procarióticos após mais de um bilhão de anos, é um evento muito menos provável do que a vida celular, que teve origem independente, diz o estudo.



Para os cientistas o processo de desenvolvimento da vida na Terra “demorou aproximadamente 4,5 bilhões de anos para que uma série de transições evolutivas, resultando em vida inteligente, ocorresse na Terra”. Como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107197-estudo-aponta-que-o-sol-se-transformara-em-uma-linda-nebulosa-quando-morrer.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">crescente luminosidade do Sol</a> tornará o planeta inabitável para a vida complexa, pode-se afirmar que a inteligência só apareceu no ocaso da vida na Terra.



A abiogênese é citada como uma prova de que a vida simples deve ser bastante comum no Universo. Dessa forma, utilizando o tempo de cada transição, os cientistas fizeram estimativas sobre as taxas de transição para determinar a probabilidade da ocorrência de cada uma, ainda que a ocorrência tenha sido única na Terra.



<h2>Conclusões e consequências da pesquisa</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/02/02161801986229.jpg" alt="Fonte: Apostoli Rossella/Getty Images/Reprodução" /><figcaption>(Fonte: Apostoli Rossella/Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>



O estudo corroborou os argumentos do cosmólogo britânico que afirmou em 1976 que “o Universo deve ter as propriedades que permitam que a vida se desenvolva dentro dele em algum estágio de sua história”.



Conforme os pesquisadores, o seu trabalho tem duas importantes consequências. A primeira aponta para a possibilidade de existência de vida inteligente na órbita de estrelas menores e mais fracas do que o nosso sol. Exoplanetas são comuns ao redor dessas anãs vermelhas, mas o modelo sugere que esses mundos têm 10 mil vezes menos probabilidade de serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111830-universo-pode-estar-cheio-de-planetas-habitaveis-gemeos-da-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">habitáveis</a>.



A outra consequência, mais palatável para quem acredita em ET’s, afirma que a vida terrestre possa ter começado em outros planetas, como Marte por exemplo.

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O surgimento de vida inteligente é extremamente raro no Universo

Imagem de Sistema solar pode desaparecer antes do esperado no megacurioso

Não se preocupe, o Sistema Solar vai existir por pelo menos bilhões de anos

Uma vida humana pode parecer longa em comparação com outras espécies à nossa volta, mas é um tempo bem insignificante em relação à Terra ou ao nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/cosmologia/42154-voce-tem-ideia-de-como-nosso-sistema-solar-se-move-no-universo-choque-se.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Solar</a>. Até por isso, a sensação de que estamos seguros aqui é bem forte, mas não dá para ignorar que nosso lugar no universo também tem vida útil.



Já é conhecimento comum que um dia o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/68375-confira-alguns-fatos-e-curiosidades-sobre-o-sol-o-nosso-astro-rei.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sol</a>, como qualquer outra estrela, <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/99378-o-que-aconteceria-se-o-sol-desaparecesse-de-repente.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vai morrer</a>. Quando esse momento estiver perto de acontecer, ele ejetará boa parte de sua massa e ficará bem menor. No fim, restará apenas o seu núcleo exposto perdendo calor até se tornar algo parecido com uma pedra fria e sem vida.



Para chegar neste estágio final, ainda levará trilhões de anos, mas as etapas iniciais começarão muito antes. O Sol começará a morrer em aproximadamente 5 bilhões de anos e seu inchaço e ejeção de massa levará Mercúrio, Vênus e a Terra junto com ele.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://www.nasa.gov/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01175104137340.jpg" alt="Logo que começar a morrer, o Sol levará a Terra junto" /></a><figcaption>Logo que começar a morrer, o Sol levará a Terra junto</figcaption></figure>



Com isso, ele terá só 54% de sua massa atual e perderá boa parte de controle gravitacional sob os planetas restantes. Com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/teorias-da-conspiracao/69798-10-teorias-da-conspiracao-bizarras-sobre-o-sistema-solar.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Solar</a> no centro galáctico, outras estrelas se aproximarão e atrapalharão a órbita dos planetas restantes pelo menos uma vez a cada 23 bilhões de anos.



Considerando todos os fatores acima, esses pequenos encontros se tornaram mais influentes no nosso Sistema. Depois de algum tempo, isso vai desestabilizar de vez os outros planetas que vão sair da órbita do Sol moribundo aos poucos, um ciclo que se completará em 100 bilhões de anos.



Embora pareça muito tempo para nós, esses eventos vão acontecer bem mais cedo do que se imaginava décadas atrás. É claro que agora é possível prever tudo isso com mais exatidão, mas é perturbador pensar que tudo acabará assim.



Pelo menos o nosso planeta e Sistema Solar ainda tem alguns bilhões de anos de vida restante. O jeito é aproveitar até lá.

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Sistema solar pode desaparecer antes do esperado

Imagem de Buraco de minhoca: como funciona esse fenômeno tão misterioso? no megacurioso

Altamente questionado, o buraco de minhoca é um fenômeno abstrato utilizado por Albert Einstein como forma de fundamentar a Teoria da Relatividade

Em 1915, Albert Einstein revolucionou o campo da física ao propor a Teoria da Relatividade, estudo pelo qual ele acabou eternizando seu nome. Para explicar melhor no que consistia o fenômeno apresentado, ele utilizou os buracos de minhoca como forma de fundamentar sua tese, algo que mudou a percepção sobre espaço e tempo na época.



Mesmo hoje, após mais de 1 século de discussão, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o que são <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/141135-especialistas-acreditam-viagem-buraco-minhoca-lenta.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">buracos de minhoca</a> e como eles funcionam. Continue lendo para sanar todos os questionamentos e entender de vez o que Einstein quis dizer quando utilizou a figura do fenômeno pela primeira vez.



<h2>Buraco negro: o que é e como funciona</h2>



Inicialmente, acreditava-se que os buracos de minhoca não existiam de verdade, servindo apenas para justificar aspectos teóricos, mas Einstein não se conformou com o pensamento e buscou retificá-lo. Foi assim que, em conjunto com Nathan Rosen, grande nome da física, nasceu o artigo que visava explicar o modo de funcionamento do <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205816-buraco-negro-principais-descobertas.htm" target="_blank">buraco negro</a> a partir de seu contraponto, o buraco branco.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04195628762307.jpg" alt="" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



O primeiro é conhecido por sugar tudo o que aparece em sua frente, incluindo corpos, matéria e até luz. Com esse pensamento, o buraco branco seria o contrário, funcionando sempre à base de expelir tudo, levando ao pensamento de que ambos os fenômenos estão conectados: enquanto o buraco negro absorve, o buraco branco é responsável por expulsar.



Esse pensamento foi chamado de Ponte Einstein-Rosen, mas acabou sendo popularizado pelo termo “buraco de minhoca”, usado pela primeira vez em 1957 graças ao físico John Wheeler.



<h2>Buracos negros existem?</h2>



Na prática, é muito provável que não, mesmo com os argumentos apresentados por Einstein. Porém, na teoria, eles são altamente aceitos, conforme afirma o astrônomo Andrew Pontzen. Isso se dá porque, para que os buracos de minhoca existam em nossa realidade, é necessário que haja a matéria obscura, que se imagina ser a única forma de manter um buraco negro aberto e estável, de certa forma.



Ou seja, o cenário em que o fenômeno é real depende de muitos fatores, tornando-o cada vez mais improvável. No entanto, é válido ressaltar que essa área da física é estudada com frequência, e a qualquer momento uma nova descoberta pode ser feita, viabilizando a existência dos buracos de minhoca para além da teoria.



<h2>Buraco de minhoca na ficção</h2>



Em 1985, Carl Sagan, renomado astrofísico, escreveu Contato, livro que mostra a interação entre seres humanos e extraterrestres, cujo encontro seria proporcionado por uma viagem através do buraco de minhoca. Como ele acabou descobrindo, esse passeio não seria possível, pois os órgãos dos humanos seriam puxados em diferentes direções devido à <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156227-traje-gravidade-movel-viabilizar-longas-viagens-espaciais.htm" target="_blank">gravidade</a>, tornando-os quase espaguetes após um processo de esticar e comprimir.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/04/04195708732308.jpg" alt="" /><figcaption>(Fonte: Pixabay)</figcaption></figure>



Para resolver esse embate, ele contou com a ajuda de Kip Thorne, um grande especialista sobre relatividade que conseguiu encontrar uma solução lógica que Sagan pudesse mostrar em sua obra.



Além de a nova ideia aparecer em Contato, tanto no livro quanto na adaptação cinematográfica de 1997, ela foi publicada em uma revista de física que ajudou cientistas a pensarem o fenômeno do buraco de minhoca a partir de uma nova perspectiva.



Mas existem também obras que não prezam tanto pela segurança lógica, optando por desafiar as leis da física. Bons exemplos para ilustrar essa situação são os filmes da trilogia De Volta Para o Futuro ou a série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/dark-2017" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Dark</a>, da <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/tag/netflix" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Netflix</a>, que lidam com a ideia de viagem no tempo por meio de buracos de minhoca, algo que é visto como impossível, mas que proporciona entretenimento para o público.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207640-buraco-minhoca-funciona-fenomeno-tao-misterioso.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207640-buraco-minhoca-funciona-fenomeno-tao-misterioso.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Buraco de minhoca: como funciona esse fenômeno tão misterioso?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Buraco de minhoca: como funciona esse fenômeno tão misterioso?

Imagem de Estamos mais perto de um buraco negro do que pensávamos no megacurioso

Distância entre o Sol e a singularidade supermassiva no centro da Via Láctea diminuiu em dois mil anos-luz

Cálculos mais precisos de como e para onde se move a Via Láctea acabam de botar o sistema solar dois anos-luz mais perto do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205816-buraco-negro-principais-descobertas.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">buraco negro</a> que<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206064-buraco-negro-centro-via-lactea-lento-pensava.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank"> ruge no centro da Via Láctea</a>. Isso não faz com que estejamos à beira de mergulhar no horizonte de eventos do Sagitário A* (ou  Sgr A*): a distância pulou de 26 mil  anos-luz para 25.800 anos-luz, ou 3% mais perto.



A nova distância é resultado da melhoria do modelo com que astrônomos medem o cosmos, usando dados coletados ao longo de 15 anos e reunidos no catálogo de observações do projeto japonês VLBI Exploration of Radio Astrometry (Exploração de Rádio Astrometria VLBI, ou VERA) – VLBI significa Very-long-baseline interferometry, ou Interferometria de Linha de Base Muito Longa. Nesse sistema, um sinal de uma fonte de rádio astronômica é coletado por vários radiotelescópios na Terra.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01194119571391.jpg" alt="" /><figcaption>Fonte: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt</figcaption></figure>



A partir do ano 2000, pesquisadores do VERA começaram a mapear tridimensionalmente nossa galáxia, usando os dados de todos os telescópios do Japão. O resultado foi um mapa de posição e velocidade dos astros que compõem a Via Láctea.



Ele serviu de base para calcular a distância que nos separa do centro da galáxia, onde o Sgr A* está: 25.800 anos-luz da Terra, um valor mais próximo do adotado pela União Astronômica Internacional em 1985, de 27.700 anos-luz. Também estamos viajando ao redor dele bem mais rápido do que se pensava: a 227 km/s e não, a 220 km/s.



<h2>Um dedo de paralaxe</h2>



Para saber a posição dos astros, os astrônomos usaram o método de paralaxe, que capta o movimento aparente de um objeto enquanto a Terra orbita o Sol. Para entender esse princípio, estique o seu braço com o dedo indicador levantado. Observando o que está além dele, feche alternadamente um e outro olho – seu dedo parece mudar de posição, a depender de com qual olho você o observa. 



Para medir distâncias astronômicas, os pesquisadores usam uma estrela (no nosso exemplo, seria o dedo) e o movimento da Terra em sua órbita (abrir e fechar os olhos alternadamente).



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/12/5fc7d04664fb5.gif" alt="" /></figure>



O céu não nos dá noção de profundidade; não há pontos de referência sobre o que está à frente ou atrás. A paralaxe serve justamente para medirmos a distâncias entre os astros. Escolhendo uma estrela, a posição em que ela se encontra é comparada em dois momentos (como quando seu dedo parece se mover). Os astrônomos, então, medem o ângulo entre as duas posições observadas – é a paralaxe. Com esse ângulo e mais trigonometria, pode-se determinar a distância da estrela.



<h2>Universo em movimento</h2>



O VERA capta masers, emissões de micro-ondas produzidas em nuvens de gás geradoras de estrelas: as recém-nascidas bombardeiam moléculas de água e de metanol com energia suficiente para que a luz seja retransmitida com muito mais intensidade.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/01/01194737451392.jpg" alt="" /><figcaption>Duas posições permitiram aos astrônomos calcular as distâncias entre os astros.</figcaption></figure>



O VERA conseguiu captar 224 dessas emissões para mapear o lugar e a velocidade dos objetos orbitando ao redor do núcleo galáctico. Usando um modelo físico da rotação da Via Láctea, foi possível calcular a distância entre o Sol e o Sgr A*, além de sua velocidade angular (ou seja, quanto tempo ele leva para dar uma volta completa ao redor do centro galáctico): 239 quilômetros por segundo. 



Se tomarmos como ponto de partida o lugar onde estamos agora, o Sol começou sua viagem quando o planeta vivia a Era Mesozoica.



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<blockquote class="twitter-tweet" data-width="550" data-dnt="true">I have always been interested in galactic archaeology, but I don&#39;t think this is what they meant. Did you know that dinosaurs lived on the other side of the Galaxy? <a href="https://t.co/ngGCAu0fYU">pic.twitter.com/ngGCAu0fYU</a>— Dr. Jessie Christiansen (@aussiastronomer) <a href="https://twitter.com/aussiastronomer/status/1166773845400801281?ref_src=twsrc%5Etfw">August 28, 2019</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
</div></figure>



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207639-estamos-buraco-negro-pensavamos.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207639-estamos-buraco-negro-pensavamos.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Estamos mais perto de um buraco negro do que pensávamos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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Estamos mais perto de um buraco negro do que pensávamos

Imagem de Chang'e-5 inicia coleta de rochas na superfície lunar no megacurioso

A sonda chinesa deve realizar o trabalho de perfuração do solo e embalagem dos materiais durante duas semanas

Nesta quarta-feira (2), a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206993-china-pronta-lua-trazer-lembrancinhas-para-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sonda chinesa Chang’e-5</a> iniciou a coleta de rochas na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207561-viagem-lua-astronauta-revela-ter-alergia-poeira-lunar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Lua</a>, conforme informações da Administração Espacial Nacional da China (CNSA). O trabalho começa um dia depois de a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207598-missao-chinesa-chang-5-pousa-lua-coletar-rochas.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">missão pousar com sucesso no satélite natural</a>, para uma estadia que deve durar duas semanas.



Segundo a CNSA, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/robotica" rel="noreferrer noopener" target="_blank">robô</a> realizou a preparação para começar sua atividade logo após chegar à região inexplorada conhecida como Oceanus Procellarum, na face visível da Lua, desdobrando as asas solares. Em seguida, ele iniciou as primeiras tarefas de “perfuração e embalagem das amostras lunares”.



Para coletar o material, a Chang’e-5 utiliza dois métodos de extração, adotando o uso de brocas para perfurar o solo e um braço mecânico para retirar os materiais da superfície e colocá-los em um dos módulos da missão. Essa atividade deve ser realizada ao longo de um dia lunar, que equivale a aproximadamente 14 dias terrestres.



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/02/02112414656077.jpg" alt="" /><figcaption>Imagens do momento em que o módulo chegava à Lua.</figcaption></figure>



Finalizada a tarefa, os cerca de 2 kg de regolito serão levados pelo módulo de subida até a órbita do satélite natural, onde a cápsula de retorno trará o material para a Terra, devendo chegar em meados de dezembro, pousando na Mongólia Interior. Se a missão for concluída com sucesso, a China se tornará o terceiro país a realizar tal façanha, após os Estados Unidos e a extinta União Soviética.



<h2>Imagens do pouso divulgadas</h2>



A CNSA divulgou imagens inéditas do pouso da Chang’e-5 na Lua. O vídeo mostra o módulo espacial desacelerando, indo na vertical, evitando algumas irregularidades na superfície, plainando e finalmente tocando o solo lunar. Confira a gravação no tweet abaixo:



<blockquote class="twitter-tweet">Fantastic footage of the Chang&#039;e-5 descent and landing released. Great view of the horizon there are clear phases of deceleration, the spacecraft going vertical, coarse hazard avoidance, hovering and then the landing. [CNSA/CLEP] <a href="https://t.co/q6i9Nxeg2d">https://t.co/q6i9Nxeg2d</a> <a href="https://t.co/HvGwClRGG4">pic.twitter.com/HvGwClRGG4</a>— Andrew Jones (@AJ_FI) <a href="https://twitter.com/AJ_FI/status/1334083290018574337?ref_src=twsrc%5Etfw">December 2, 2020</a></blockquote> 



Esta é a quinta parte do programa Chang’e, que nas viagens anteriores já <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/137673-china-divulga-primeiras-fotos-tiradas-lado-oculto-lua.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">pousou um robô no lado oculto da Lua</a>, entre outros feitos. As missões estão incluídas em um ambicioso projeto chinês de se tornar uma superpotência espacial, instalando uma base permanente no satélite natural até o fim desta década.



<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207655-chang-5-inicia-coleta-rochas-superficie-lunar.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207655-chang-5-inicia-coleta-rochas-superficie-lunar.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Chang’e-5 inicia coleta de rochas na superfície lunar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a>

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