Astrônomos mapeiam 1 milhão de novas galáxias em apenas 300 horas

10/12/2020 às 04:002 min de leitura

Cientistas da agência australiana Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) realizaram um levantamento geral do céu utilizando o poderoso radiotelescópio Australian Square Kilometre Array Pathfinder (ASKAP). As observações conseguiram mapear cerca de 83% do Universo visível, algo relativo a 3 milhões de galáxias, em um tempo recorde de 300 horas.

Intitulado Rapid ASKAP Continuum Survey, o estudo publicado em 30 de novembro na revista Publications of the Astronomical Society of Australia apresentou detalhes de uma pesquisa projetada para ser o “Google Maps do Universo”, que contou com a observação de 903 fotos, sendo cada uma capturada após 15 minutos contínuos de exposição e posteriormente combinadas para exibir uma vista panorâmica.

“Pela primeira vez, o ASKAP flexionou seus músculos, construindo um mapa do Universo com mais detalhes do que nunca e em velocidade recorde”, disse o autor do estudo David McConnell, astrônomo do CSIRO. “Esperamos encontrar dezenas de milhões de novas galáxias em pesquisas futuras.”

“Hoje é um dia especial para a astronomia, pois divulgamos os resultados da primeira pesquisa do nosso telescópio ASKAP do céu meridional. O que costumava levar anos, agora pode ser feito em dias, revelando mais do Universo — cerca de um milhão de vezes mais!”

A incrível capacidade do radiotelescópio ASKAP 

Segundo os astrônomos, o ASKAP conta com o suporte de 36 antenas receptoras capazes de capturar imagens com 13,5 exabytes (13,5 bilhões de gigabytes) de dados RAW — qualidade melhor do que a JPEG — em alta resolução. Dessa forma, as fotos das galáxias foram processadas por um supercomputador Galaxy, que criou um panorama completo do espaço com impressionantes 70 bilhões de pixels.

(Fonte: CSIRO / Reprodução)
(Fonte: CSIRO / Reprodução)

“Este censo do universo vai ser usado por astrônomos em todo o mundo para explorar o desconhecido e estudar tudo, desde a formação das estrelas até como as galáxias e seus buracos negros supermassivos evoluem e interagem”, comentou McConnell.

O aproveitamento de todo o potencial do telescópio trouxe resultados recordes no que diz respeito à observação do universo e, segundo Karen Andrews, ministra federal de ciência e tecnologia da Austrália, “esse novo estudo prova que estamos prontos para dar um passo gigantesco em direção à área da radioastronomia”.

As imagens detalhadas serão divulgadas no CSIRO Data Access Portal.

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