Imagem de Missão espacial chinesa chega à Terra com amostras da Lua no megacurioso

Iniciativa foi finalizada em menos de um mês e mostra que o resto do Universo está mais ao alcance da humanidade que se pensou um dia (ao menos parte


<p>Menos de um mês após seu lançamento, a missão chinesa Chang’e-5 foi finalizada com sucesso e, cumprindo as expectativas dos envolvidos na empreitada, trouxe <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206993-china-pronta-lua-trazer-lembrancinhas-para-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">amostras de rochas lunares</a> a nosso planeta. O pouso da cápsula contendo os materiais ocorreu às 14h30 (horário de Brasília; 1h30, horário local) em uma região da Mongólia e demonstra a capacidade crescente do país asiático no setor.</p>



<p>De acordo com pesquisadores, fragmentos do tipo são capazes de fornecer uma nova visão sobre a geologia e a história do corpo celeste. Durante o processo, uma sonda composta por vários elementos foi colocada ao redor da Lua, que se separaram, com metade deles descendo à superfície. </p>



<p>Além disso, o sistema de sondagem contava com uma espécie de pá e uma furadeira, responsáveis por desenterrar, em apenas dois dias, aquilo que foi trazido para cá.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16194641229327.jpg" alt="" /><figcaption>Dois dias bastaram para a coleta de amostras lunares</figcaption></figure>



<p>Depois disso, tudo foi elevado <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207764-sonda-chinesa-inicia-volta-terra-trazendo-2-kg-solo-lua.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">novamente à órbita</a> e transferido para o módulo de retorno. Ao chegar próximo da Terra, um outro aparelho o encontrou, liberado pouco antes da reta final do percurso, e o conduziu até o solo.</p>



<p>Helicópteros com câmeras infravermelhas acompanharam a aterrissagem, assim como equipes de apoio em solo, que, com seus SUVs, fincaram a bandeira da China no gramado próximo ao módulo. Ainda assim, nada foi tão suave quanto parece.</p>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16194847168329.jpg" alt="" width="580" height="326" /><figcaption>Bandeira da China foi fincada próxima ao módulo</figcaption></figure>



<h2>Possibilidades e mais possibilidades</h2>



<p>Engenheiros que fizeram parte da iniciativa declararam que o Chang’e-5 estava se movendo muito mais rápido que um objeto que tivesse partido, por exemplo, da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208113-astronautas-levam-aranhas-estacao-espacial-internacional.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Estação Espacial Internacional</a>. </p>



<p>Por isso, tiveram de eliminar um pouco da energia extra comandando um “salto” na atmosfera, por meio do qual o módulo mergulhou brevemente nos gases do planeta antes de se dirigir efetivamente a nosso ambiente. Paraquedas, por sua vez, o auxiliaram a chegar a seu destino.</p>



<p>Se os 400 kg de rochas coletados por astronautas americanos e sondas russas há mais de quatro décadas possuem mais de 3 bilhões de anos, a missão chinesa focou em uma região vulcânica chamada Mons Rümker, com terrenos de não mais que 1,2 ou 1,3 bilhão de primaveras terrestres, o que deve trazer novidades quentes à <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia" target="_blank">Ciência</a>.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16194333773326.jpg" alt="" /><figcaption>Paraquedas auxiliaram módulo a chegar ao solo terrestre com segurança</figcaption></figure>



<p>Uma das vantagens da abordagem, dizem cientistas, é que o “cronômetro” utilizado para se mensurar o envelhecimento das superfícies dos planetas internos do Sistema Solar poderá ser calibrado com mais precisão, pois, com mais dados, mais possibilidades, que se expandirão com iniciativas futuras já em andamento.</p>



<p>Enquanto os Estados Unidos pretendem levar astronautas à Lua novamente ainda nesta década, uma série de espaçonaves robóticas pousará à frente desses exploradores humanos para reconhecimento de ambiente. De fato, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208213-ex-cientista-nasa-preve-corrida-ouro-espacial.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">“corrida do ouro” espacial</a> está caminhando a passos largos – e Marte não parece tão distante quanto foi um dia.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208405-missao-espacial-chinesa-chega-terra-amostras-lua.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208405-missao-espacial-chinesa-chega-terra-amostras-lua.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Missão espacial chinesa chega à Terra com amostras da Lua</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.917Z

Missão espacial chinesa chega à Terra com amostras da Lua

Imagem de Bola de fogo cruza o céu em São Paulo e no Paraná; veja registros no megacurioso

Mais brilhante que o planeta Vênus, o meteoro foi registrado por várias câmeras de monitoramento do clima


<p>Na noite dessa terça-feira (15), uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207028-bola-fogo-risca-ceu-australiano-cai-mar-veja-o-video.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">bola de fogo</a> foi vista cruzando o céu em diversas cidades dos estados de São Paulo e do Paraná, sendo registrada por câmeras de monitoramento do clima.</p>



<p>O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204601-meteoro-brilhante-lua-cai-rio-grande-sul.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">meteoro</a> entrou na atmosfera terrestre por volta das 21h35, de acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon). Ele foi avistado em cidades como Barretos, Nhandeara, Monte Azul Paulista, Cerqueira César, Indiaporã e Piracicaba, no território paulista, e Telêmaco Borba, no Paraná.</p>



<p>A princípio, acreditava-se que era um meteoro “earthgrazer”, conhecido por não queimar completamente ao entrar na atmosfera superior. Além disso, ele se caracteriza por retornar ao espaço em seguida, continuando sua viagem.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16181044321297.jpg" alt="Foto do meteoro feita na cidade de Primeiro de Maio, no Paraná.">Foto do meteoro feita na cidade de Primeiro de Maio, no Paraná.</p>



<p>Mas com a análise das imagens do objeto e os relatos das testemunhas, a Bramon chegou à conclusão de que se tratava de um meteoro “fireball” (bola de fogo). Este tipo de rocha espacial é mais brilhante que as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207391-neutrinos-revelam-estrelas-supermassivas-obtem-energia.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">estrelas</a> e os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206190-via-lactea-ter-300-milhoes-planetas-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">planetas</a>.</p>



<h2>Brilho intenso e estrondo</h2>



<p>As análises feitas pela Bramon mostraram que a bola de fogo chegou a -9,5 na escala de magnitude, conceito utilizado na <a href="https://www.tecmundo.com.br/astronomia" rel="noreferrer noopener" target="_blank">astronomia</a> para medir o brilho dos corpos celestes. A título de comparação, o planeta <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205332-espaconave-bepicolombo-tira-selfie-passagem-proxima-venus.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Vênus</a>, objeto mais luminoso do céu noturno depois da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208033-nasa-apresenta-equipe-astronautas-lua-2024.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Lua</a>, apresenta magnitude -4,5.</p>



<p>Outras características que chamaram a atenção foram a “baixa” velocidade, devido à direção de entrada na Terra, e o estrondo emitido, conforme relatos de quem presenciou o fenômeno. Apesar do barulho, não há indícios de que o objeto tocou o solo — provavelmente, ele foi pulverizado durante a queda.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/16/16182104669303.jpg" alt="A bola de fogo foi vista em várias cidades.">A bola de fogo foi vista em várias cidades.</p>



<p>Cálculos da entidade indicam que o meteoro brilhante atingiu a atmosfera em um ângulo de 18,6º, a uma velocidade de 34,4 mil km/h. Ele se tornou visível a 60,8 km de altitude, na divisa entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, e desapareceu a 25,3 km de altitude, a sudoeste da cidade de Votuporanga (SP).</p>



<h2>Veja as imagens da bola de fogo</h2>



<p>O vídeo abaixo reúne vários registros do meteoro, feitos por câmeras de monitoramento instaladas nos estados de São Paulo e do Paraná.</p>



<p>Confira:</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Fireball Sobre São Paulo - 15/12/2020" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/2XDuIr_7a7I?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208404-bola-fogo-cruza-ceu-paulo-parana-veja-registros.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208404-bola-fogo-cruza-ceu-paulo-parana-veja-registros.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Bola de fogo cruza o céu em São Paulo e no Paraná; veja registros</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.907Z

Bola de fogo cruza o céu em São Paulo e no Paraná; veja registros

Imagem de Cientistas revelam 1ª foto de amostras do asteroide Ryugu no megacurioso

Além disso, é possível que haja gases do corpo celeste nas cápsulas que retornaram à Terra, mas estudos aprofundados ainda não têm data de início; sa


<p>Hayabusa2, nave espacial japonesa lançada em 2014 rumo ao asteroide <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/137173-sonda-japonesa-pousou-asteroide-novas-fotos-incriveis.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Ryugu</a>, retornou em 5 de dezembro à Terra trazendo amostras do corpo celeste, pousando na Área Proibida de Woomera, na Austrália. Depois de coletarem o equipamento, os cientistas envolvidos na missão deram a primeira olhada no material de uma das cápsulas – e compartilharam uma imagem dele com o resto do mundo.</p>



<p>Grãos negros que supostamente pertencem ao local no qual o dispositivo passou cerca de um ano e meio estavam fora das câmaras principais, mas três delas continham os verdadeiros tesouros, capturados pela própria Hayabusa2 durante as manobras.</p>



<p>Entre as tentativas, foram agarradas rochas da superfície, assim como disparada uma bala de cobre sobre ela – <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/140800-missao-espacial-japonesa-explode-parte-asteroide-coletar-amostras.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">que abriu uma cratera de 20 metros de largura</a> –, tudo para se descobrir elementos do subsolo do asteroide, o que permitirá entender como o ambiente hostil do espaço afeta a camada externa do viajante.</p>



<p>Por fim, análises que indicam se as cápsulas contêm gases oriundos do Ryugu também estão entre os procedimentos aplicados em sua chegada a nosso planeta; de todo modo, precisamos esperar mais um pouco para sabermos a extensão das descobertas, já que, por enquanto, tudo o que temos é a foto abaixo.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">A large number of particles are confirmed to be in “sample chamber A” inside the collected capsule (~11:10 JST on 12/15). This is thought to be the sample from the first touchdown on Ryugu. The photo looks brown, but our team says “black”! The sample return is a great success! <a href="https://t.co/34vIx17zOX">pic.twitter.com/34vIx17zOX</a></p>— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) <a href="https://twitter.com/haya2e_jaxa/status/1338754705644634112?ref_src=twsrc%5Etfw">December 15, 2020</a></blockquote>  



<h2>Eras de conhecimento</h2>



<p>A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial ainda não anunciou quando será o início de estudos aprofundados dos fragmentos, já que a ação depende de poderosos equipamentos e da escolha certa daqueles que trarão mais respostas que perguntas. Afinal, tudo, ainda, é totalmente desconhecido pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Ciência</a> terrestre.</p>



<p>Sendo asteroides escombros primordiais da formação do Sistema Solar e, portanto, do início dos tempos, todo cuidado é pouco. Oportunidades como essa não surgem todos os dias, e tais empreitadas nem sempre são sempre bem-sucedidas. Quando a Hayabusa2 <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/134539-robos-japoneses-pousam-sucesso-asteroide-tiram-fotos-superficie.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">chegou a seu destino</a> em 2018, até mesmo a coloração inesperada do local exigiu ajustes do sensor de altitude do dispositivo</p>



<p>“Quando realmente abrimos a cápsula, fiquei sem palavras. Foi mais do que esperávamos e havia tanto material que fiquei realmente impressionado”, disse o cientista Hirotaka Sawada. “Não eram partículas finas como o pó, mas havia muitas amostras com vários milímetros de diâmetro” complementa.</p>



<p>Algumas delas, inclusive, parecem conter matéria orgânica, aponta o pesquisador Seiichiro Watanabe. “Espero que possamos descobrir muitas coisas sobre como as substâncias se desenvolveram no Ryugu.”</p>



<p>O que será que pode ser revelado nos próximos tempos, escondido do conhecimento humano por eras? Bem, só resta especular.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208342-cientistas-revelam-1-foto-amostras-asteroide-ryugu.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208342-cientistas-revelam-1-foto-amostras-asteroide-ryugu.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Cientistas revelam 1ª foto de amostras do asteroide Ryugu</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.797Z

Cientistas revelam 1ª foto de amostras do asteroide Ryugu

Imagem de Há exatos 50 anos, uma nave espacial humana descia em Vênus no megacurioso

Após conseguir descer com sucesso na superfície do planeta Vênus, o módulo da Venera 7 transmitiu informações para a Terra por 23 minutos


<p>A data de hoje, 15 de dezembro de 2020, marca os 50 anos da primeira visita de um artefato humano a outro planeta do Sistema Solar. Foi exatamente num 15 de dezembro, porém em 1970, que a nave espacial soviética Vênera 7 desceu na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116161-5-fatos-curiosos-sobre-o-planeta-venus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">superfície de Vênus</a>.</p>



<p>Lançada em 17 de agosto de 1970, a sonda pousou na superfície de Vênus após 120 dias de voo, e conseguiu transmitir dados para a Terra durante 23 minutos até ser destruída pela elevada pressão do planeta.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15164129577280.webp" alt="Fonte: Sputnik/Divulgação" /><figcaption>Esquema da Vênera 7 (Fonte: Sputnik/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>A missão ajudou a desmistificar a ideia de que Vênus seria um “gêmeo virtual” da Terra. Os dados descobertos revelaram que o planeta pode até ser gêmeo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115323-venus-tem-dezenas-de-vulcoes-ativos-aponta-novo-estudo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">porém infernal</a>: a pressão atmosférica em sua superfície é 92 vezes a da Terra, a temperatura chega a mais de 500?°C e a atmosfera é governada por um verdadeiro efeito estufa descontrolado.</p>



<h2>A aventura venusiana</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15164405329281.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons" /><figcaption>A Vênera 7 (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



<p>Logo que chegou a Vênus, um defeito quase atrapalhou toda a missão: um interruptor mecânico parou de funcionar, o que paralisou o sistema de comunicações, porém um canal permaneceu ativo. Segundo o chefe adjunto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116098-russia-planeja-retomar-o-envio-de-missoes-de-exploracao-a-venus.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">missão russa</a>, Vladimir Perminov, a sorte foi que esse canal travou numa leitura de temperatura, o que permitiu também estimar a pressão, por estarem estes dados inter-relacionados.</p>



<p>Com o desastre evitado, veio a parte da entrada na atmosfera do planeta, no dia 15 de dezembro, com a sonda descendo com o módulo, para protegê-lo. Isso fez com que a temperatura do equipamento fosse resfriada a -8?°C, permitindo que ele chegasse até o solo.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/15/15164539018283.jpeg" alt="Fonte: NASA/Divulgação" /><figcaption>Foto de Vênus pela Vênera 13 (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>Assim que o paraquedas se abriu, os instrumentos científicos foram colocados online. Porém, também o paraquedas falhou, e o módulo caiu em queda livre até tombar de lado, impedindo que a antena transmitisse para a Terra. Parecia que a missão havia falhado, mas os astrônomos começaram a perceber um sinal bem fraco de volta para casa.</p>



<p>O módulo da Vênera 7 confirmou que havia atingido uma superfície sólida, e continuou transmitindo por mais 20 minutos, até se calar completamente. Essa incrível história não apenas forneceu mais dados à Terra sobre seu suposto “irmão”, como também se constitui num dos maiores feitos da engenharia aeroespacial de todos os tempos.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.707Z

Há exatos 50 anos, uma nave espacial humana descia em Vênus

Imagem de Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado no megacurioso

Milhares de pessoas observaram o breve desaparecimento do Sol nos céus do Chile, na Argentina e de parte do Sul e Sudeste do Brasil


<p>Teve foto embaçada, profissional, montada, do ano passado, clip de grupo de kpop, <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/memes/" target="_blank">meme</a> – o mundo registrou o eclipse solar total (o último do ano) além dos relatos científicos.</p>







<p>O espetáculo foi visto por quem estava em uma estreita faixa de 90 quilômetros abrangendo a costa sul do Chile, a cordilheira dos Andes e a Argentina, além de parte do Brasil. É a segunda vez, em um ano e meio, que a sombra da Lua percorre a região.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">there&#039;s no shit happening here in Bangladesh ig <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/auzrftayc3">pic.twitter.com/auzrftayc3</a></p>— mahi (@DESIZGIRL) <a href="https://twitter.com/DESIZGIRL/status/1338532992529022976?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote> 



<p>O eclipse desse ano foi especial: aconteceu perto do meio-dia, quando o Sol estava a pino (o do ano passado ocorreu no fim da tarde; o de 2021 só poderá ser observado em sua plenitude na Antártida). </p>



<p>No Brasil, ele foi visto parcialmente nos estados do Sul e Sudeste (Norte e o Nordeste ficaram de fora). No Rio Grande do Sul, foi possível ver 60% do disco do Sol escurecer; no Paraná, 50%; em São Paulo e no Rio de Janeiro, apenas 40%. Obviamente, nem todo mundo ficou feliz com isso.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">mais uma vez e o norte e o nordeste sendo excluídos de uma coisa que vai ser visível de todo Brasil ???????<a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/yFRJbT553A">pic.twitter.com/yFRJbT553A</a></p>— kesita ? (@k_keska) <a href="https://twitter.com/k_keska/status/1338492809200984069?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote> 



<h2>O que e onde</h2>



<p>Muita gente ainda se confunde sobre quais as condições para que aconteça um eclipse total do Sol: a Lua passa entre a Terra e a estrela, lançando sua sombra sobre a superfície do planeta.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">It&#039;s that time again! (More info on the South American eclipse happening now: <a href="https://t.co/1TLxUiYgjJ">https://t.co/1TLxUiYgjJ</a>) <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/IcIpsrEioN">https://t.co/IcIpsrEioN</a></p>— Katie Mack (@AstroKatie) <a href="https://twitter.com/AstroKatie/status/1338502172598824960?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>A imagem projetada do eclipse, por ser parcial em alguns lugares, encantou muita gente.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">living the moment of the day under a rain of little moons? <a href="https://t.co/387OEsd2xJ">pic.twitter.com/387OEsd2xJ</a></p>— ?? (@miliddaeng) <a href="https://twitter.com/miliddaeng/status/1338546182168211456?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> en Montevideo <a href="https://t.co/nnRaEKz9DE">pic.twitter.com/nnRaEKz9DE</a></p>— Bitch-Chan (@Bel_Rose62) <a href="https://twitter.com/Bel_Rose62/status/1338519614779764741?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>Criatividade para assistir</h2>



<p>Às vésperas de acontecer um eclipse solar, especialistas recomendam uma série de medidas, como não olhar diretamente para o Sol e usar equipamentos adequados, como óculos especiais feitos especialmente para isso.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar2020</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <br>o Brasil inteiro dps de ir olhar o eclipse sem nenhum equipamento: <a href="https://t.co/oVvEgYqUFC">pic.twitter.com/oVvEgYqUFC</a></p>— Kauan (@kkauan_) <a href="https://twitter.com/kkauan_/status/1338518888401743879?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Como são caros, os oftalmologistas recomendam usar um vidro de máscara de solda – conselho que muita gente seguiu.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Como se ve un eclipse en el primer mundo / como se ve en argentina <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/OI4x6f9570">pic.twitter.com/OI4x6f9570</a></p>— Lucas Julian (@lujualvares) <a href="https://twitter.com/lujualvares/status/1338522477799026694?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Mas teve quem resolvesse improvisar, lançando mão do filtro 2 em 1:</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Mi mamá no conquista el mundo porq no quiere. <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> ?? <a href="https://t.co/kJ21CHJfXw">pic.twitter.com/kJ21CHJfXw</a></p>— BAS (@basnvm) <a href="https://twitter.com/basnvm/status/1338505777707945984?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>Registro no espaço</h2>



<p>A cada 11 anos, o Sol encerra um ciclo de atividades e começa outro – o que em astrofísica quer dizer um mínimo e um máximo solares, marcados pelo surgimento e o desaparecimento de manchas solares. Isso faz com que o Sol mude de uma estrela relativamente calma para tempestuosa. </p>



<p>Pelo início das medições, o Sol entrou em seu 25º ciclo oficialmente em dezembro de 2019 e se encaminha para o ápice, que acontecerá em julho de 2025.</p>



<p>O aumento da atividade solar também proporcionou um eclipse solar como há muito a Terra não presenciava. Quando a Lua se alinha à estrela, a coroa solar torna-se visível a olho nu e, quanto mais manchas solares (como está ocorrendo agora), mais longe as gigantescas chamas sobem.</p>



<p>Mesmo em lugares onde o céu estava nublado, foi possível apreciar o desaparecimento do Sol.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">Timelapse <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> Villarrica Chile. <a href="https://t.co/yVJPcWpJ2W">pic.twitter.com/yVJPcWpJ2W</a></p>— ?????????????? (@EarthquakeChil1) <a href="https://twitter.com/EarthquakeChil1/status/1338530940365238272?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>No Brasil o mau humor do Sol não ajudou a visibilidade do fenômeno.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Hoje é dia de Eclipse solar Total. No Brasil, parcial para algumas regiões do país. <a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar2020</a><br><br>Expectativa X Realidade<a href="https://twitter.com/hashtag/cacoaldazueira?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#cacoaldazueira</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/cacoal?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#cacoal</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar</a> <a href="https://t.co/lVFjouwL1G">pic.twitter.com/lVFjouwL1G</a></p>— Cacoal da Zueira? (@Cacoaldazueira) <a href="https://twitter.com/Cacoaldazueira/status/1338501382626828299?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>18 meses</h2>



<p>A NASA e outras entidades científicas transmitiram ao vivo a passagem da Lua à frente do Sol. Uma das mais belas imagens registradas foi a da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/SATELLITE?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SATELLITE</a> SPOTLIGHT: Here&#039;s a closer look at today&#039;s total <a href="https://twitter.com/hashtag/SolarEclipse?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SolarEclipse</a> from <a href="https://twitter.com/NOAA?ref_src=twsrc%5Etfw">@NOAA</a>&#039;s <a href="https://twitter.com/hashtag/GOES16?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#GOES16</a>??. The moon&#039;s shadow tracked over the southern Pacific Ocean, as well as across <a href="https://twitter.com/hashtag/Chile?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Chile</a> and <a href="https://twitter.com/hashtag/Argentina?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Argentina</a>, before moving into the southern Atlantic Ocean just before sunset. <a href="https://t.co/YoO9N36s7c">pic.twitter.com/YoO9N36s7c</a></p>— NOAA Satellites – Public Affairs (@NOAASatellitePA) <a href="https://twitter.com/NOAASatellitePA/status/1338578839975374848?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Se você perdeu o espetáculo, ele vai acontecer novamente em 18 meses (podem ocorrer até cinco eclipses por ano, mas não totais). As próximas passagens da Lua em frente ao Sol vão ser vistas na Antártica e na África do Sul em dezembro de 2021; na Indonésia e Austrália, em abril de 2023; nos EUA e no Canadá, em abril de 2024; no sul da Europa e da Groenlândia, em agosto de 2026. e em parte do Norte da África e do Oriente Médio, em agosto de 2027.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208281-eclipse-solar-2020-veja-fenomeno-registrado.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208281-eclipse-solar-2020-veja-fenomeno-registrado.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.674Z

Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado

Imagem de Como será o céu da Via Láctea nos próximos 400 mil anos? no megacurioso

Linha do tempo produzida pela Agência Espacial Europeia mostra qual será a visão do céu enquanto o nosso sistema solar se locomove pela Via Láctea


<p>Em 400 mil anos, os habitantes da Terra poderão ver cerca de 40 mil estrelas cadentes cruzando pelo céu ao mesmo tempo, é o que indica uma nova simulação feita pela Agência Espacial Europeia (ESA). Segundo o estudo, as noites estreladas passarão por enormes transformações ao passo que o nosso sistema solar viaja pela Via Láctea.</p>



<p>Os dados foram obtidos através da Missão Espacial Gaia, um observatório espacial lançado pela ESA em 2013. Por meio dessas informações, a agência pode criar uma linha do tempo de 60 segundos de duração mostrando todas as incríveis transformações que ocorrerão no universo ao longo dos próximos milhares de anos.</p>



<h2>Chuva de estrelas</h2>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Gaia Early Data Release 3 - the journey of 1.6 million stars across the sky" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/Jqaa8P2SE7w?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Conforme mostrado durante a nova simulação, mais de 40 mil estrelas — todas localizadas a 325 anos-luz do Sol — cruzarão pelo Espaço deixando enormes traços de luminosidade para trás. A apresentação mostra exatamente quais devem ser os próximos passos de cada astro durante os próximos 400 mil anos.</p>



<p>Para se entender a lógica da linha do tempo, as linhas de luz mais brilhantes e mais rápidas representam estrelas que passarão mais próximas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/37834-voce-sabe-por-que-a-via-lactea-tem-esse-nome-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Via Láctea</a>, enquanto o oposto refere-se aos objetos que adotarão uma jornada muito mais distante de nossa singela existência.</p>



<p>De acordo com os pesquisadores da ESA, a simulação revela um padrão surpreendente: quase todas as estrelas parecem se acumular no lado direito da tela, enquanto o lado esquerdo permanece relativamente vazio. Entretanto, o fenômeno pode ser explicado pela movimentação do Sol, que ofusca o brilho dos astros se movendo em direção contrária.</p>



<h2>Estudos da ESA</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Gaia_(spacecraft)#/media/File:GAIA_(14050944939).jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14021005461000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /></a><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



<p>O mosaico luminescente cósmico formado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111897-nasa-e-esa-testam-novas-tecnologias-em-treinamentos-submarinos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">ESA</a> faz parte do terceiro relatório oficial (EDR3) fornecido pelo satélite Gaia, que se tornou público no dia 3 de dezembro. Os novos dados trazem informações detalhadas de mais de 1,8 bilhão de objetos celestiais, incluindo as posições precisas, velocidades e trajetórias orbitais de 330 mil estrelas — das quais 40 mil foram escolhidas randomicamente para elaborar a apresentação.</p>



<p>O satélite Gaia foi lançado em 2013 justamente com o objetivo de aumentar o portfólio das agências espaciais sobre o futuro das movimentações cósmicas pela Via Láctea. Em 2018, o segundo relatório oficial (EDR2) da missão foi responsável por ajudar astrônomos a criarem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117014-astronomos-divulgam-o-mapa-3d-mais-detalhado-da-via-lactea-ja-feito.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mapa mais detalhado do universo de toda a história</a>.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.506Z

Como será o céu da Via Láctea nos próximos 400 mil anos?

Imagem de Clima espacial hostil pode impedir vida em exoplanetas habitáveis no megacurioso

A radiação emitida por estrelas como Proxima Centauri seria capaz de 'esterilizar' planetas localizados muito perto delas


<p>Candidatos a abrigar vida por algumas semelhanças com a Terra, os exoplanetas de sistemas estelares vizinhos podem ter tido suas características habitáveis completamente modificadas pelo “clima espacial hostil” existente nas proximidades. É o que sugere um estudo publicado no <em>The Astrophysical Journal</em>, na última quarta-feira (9).</p>



<p>A equipe liderada pelo pesquisador da Universidade de Sydney Andrew Zic direcionou seus equipamentos para a estrela <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149485-segundo-planeta-encontrado-sistema-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Proxima Centauri</a>, que fica a 4,2 anos-luz de distância da Terra. No início do ano, astrônomos descobriram dois planetas orbitando a anã vermelha, um deles localizado na zona habitável, onde a temperatura pode permitir a existência de água líquida.</p>



<p>Porém, o planeta mais propício à vida deste sistema em questão, denominado Proxima Cen b, fica bem perto da sua estrela, a uma distância menor do que a existente entre Mercúrio e o Sol. E é aí que está o problema, de acordo com os pesquisadores australianos.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11184857860346.jpg" alt="" /><figcaption>Ilustração mostra o material ejetado de Proxima Centauri indo em direção aos planetas próximos</figcaption></figure>



<p>Essa curta distância em relação à sua estrela pode deixar o planeta bastante exposto às frequentes e poderosas explosões de radiação produzidas pelas anãs vermelhas, como é o caso de Proxima Centauri. Se o Proxima Cen b não possuir nenhum tipo de proteção, como um campo magnético forte ou uma atmosfera densa, ele está sujeito às consequências dessa exposição, diminuindo as chances de abrigar vida.</p>



<h2>O clima hostil em torno de Proxima Centauri</h2>



<p>Utilizando equipamentos como os radiotelescópios Australian Square Kilometer Array Pathfinder (ASKAP) e o Zadko Telescope, além do telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite da <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a>, entre outros, Zic e sua equipe observaram o sistema vizinho durante várias noites seguidas.</p>



<p>Dessa forma, eles puderam verificar um pouco do “clima espacial” nas proximidades de Proxima Centauri, marcado pelas constantes ejeções de massa coronal (CMEs). Tais erupções escapam da atmosfera da estrela e viajam a milhões de quilômetros por hora pelo espaço.</p>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185148956350.jpg" alt="" width="580" height="326" /><figcaption>O planeta Proxima Centauri b pode apresentar condições favoráveis à existência de vida, conforme os astrônomos</figcaption></figure>



<p>Eventos como esse fazem com que as partículas carregadas da estrela interajam com os corpos celestes mais próximos. E se eles forem extremos o suficiente, podem ultrapassar as barreiras de proteção que os planetas possuam, deixando sua superfície totalmente exposta. “O que nossa pesquisa mostra é que isso torna os planetas muito vulneráveis à perigosa radiação ionizante que poderia esterilizá-los efetivamente”, escreveu Zic.</p>



<p>Para ele, essa situação também ocorre em outras partes da galáxia: “Esta é provavelmente uma má notícia em relação ao clima espacial. Parece provável que as estrelas mais comuns da galáxia — anãs vermelhas — não serão ótimos lugares para encontrar a vida como a conhecemos”, concluiu.</p>



<h2>Diferenças para o Sol e a Terra</h2>



<p>Ejeções de massa coronal como as observadas em Proxima Centauri também ocorrem no Sol com alguma frequência, liberando “nuvens quentes de partículas ionizadas” em diferentes direções, inclusive rumo à Terra.</p>



<p>No entanto, a distância relativamente longa em relação ao principal astro do Sistema Solar nos deixa protegidos dos efeitos provocados pelas <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208016-tempestade-solar-deve-atingir-terra-quinta-10.htm" target="_blank">explosões solares</a>. Outro ponto favorável é o poderoso <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155019-campo-magnetico-terra-origina.htm" target="_blank">campo magnético</a> terrestre, que atua na proteção contra as explosões de plasma solar.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185605694352.jpg" alt="" /><figcaption>As erupções solares liberam altos níveis de radiação em direção à Terra</figcaption></figure>



<p>O próximo passo dos pesquisadores é detectar a mesma relação entre explosões ópticas e emissões de rádio em outras estrelas, como as identificadas no estudo, o que permitiria mapear melhor os efeitos do clima espacial.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208223-clima-espacial-hostil-impedir-vida-exoplanetas-habitaveis.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208223-clima-espacial-hostil-impedir-vida-exoplanetas-habitaveis.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Clima espacial hostil pode impedir vida em exoplanetas habitáveis</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.463Z

Clima espacial hostil pode impedir vida em exoplanetas habitáveis

Imagem de Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove no megacurioso

O HD 106906 b tem uma órbita bizarra e gigantescamente ampla, assim como seria a do desconhecido membro de nosso sistema solar


<p>Plutão sempre foi o nono planeta, até perder o posto para um corpo misterioso, cinco vezes mais massivo que a Terra e com uma órbita 800 vezes mais longe do Sol do que a do nosso planeta. Nenhuma das sondas que hoje seguem para fora do nosso sistema solar (as duas Voyagers e a New Horizons) topou com o <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155141-astronomos-divulgam-nova-teoria-planeta-nove.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Planeta Nove</a> – mas a observação de um sistema a 336 anos-luz de distância pode nos dar pistas de como ele seria, por onde anda e por que não conseguimos achá-lo.</p>



<p>Examinando as imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble do sistema estelar duplo HD 106906, localizado na constelação do Cruzeiro do Sul, astrônomos da Universidade da Califórnia e do Observatório Europeu do Sul (ESO) determinaram que um exoplaneta do sistema parece reproduzir o mesmo comportamento do pretenso Nono Planeta: sua órbita ao redor da dupla de estrelas é tão aberta que ele leva 15 mil anos para completá-la.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Evidence of a Ninth Planet" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/6poHQ2h00ZA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Segundo os pesquisadores, sua órbita pode ser resultado da ação de uma estrela passando pelas redondezas, que estabilizou a trajetória exoplaneta longe do sistema binário – o mesmo pode ter acontecido há 4,6 bilhões de anos, em nosso próprio quintal.</p>



<p>“Este sistema traça uma comparação potencialmente única com o nosso sistema solar. O exoplaneta está amplamente separado de suas estrelas em uma órbita excêntrica e altamente desalinhada, do mesmo jeito que pensamos estar o Planeta Nove”, explicou o principal autor do artigo, o astrônomo Meiji Nguyen.</p>



<h2>Órbita bizarra</h2>



<p>O HD 106906 b é gigantesco (onze vezes maior que Júpiter) e sua órbita está além do disco de detritos semelhante ao nosso Cinturão de Kuiper, um agrupamento de corpos gelados além da órbita de Netuno (o Planeta Nove também estaria além desse agrupamento). Os astrônomos já sabiam de sua existência desde 2013, mas não o traçado de sua trajetória ao redor do sistema duplo de estrelas.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://hubblesite.org/contents/media/images/2020/53/4786-Image?news=true"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185413505351.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>Foram necessários anos de medições precisas do Hubble de sua órbita para descobrir que o exoplaneta está bizarramente distante do par de estrelas no centro do sistema – mais de 730 vezes a distância dentre a Terra e o Sol. </p>



<p>Além de rastejar pelo espaço, o HD 106906 b o faz completamente fora do plano onde está o disco de detritos ao redor das estrelas – este também é deformado, provavelmente por conta da atração gravitacional que o planeta exerce sobre ele.</p>



<h2>Vazio interestelar</h2>



<p>A pergunta seguinte que os astrônomos fizeram foi como o planeta foi parar tão distante das estrelas no centro do sistema, e em uma órbita tão inclinada. A conclusão a que chegaram foi que o HD 106906 b deve ter se formado perto delas, sendo gradativamente puxado para o centro pela força do arrasto do disco de gás do sistema. </p>



<p>Mas ali não havia uma, mas duas estrelas orbitando uma à outra, e a força gravitacional do par jogaram-no para fora e longe do sistema, no vazio do espaço interestelar. Uma estrela que passava teria estabilizado a órbita do exoplaneta, impedindo-o de se tornar um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204806-planeta-tamanho-terra-vaga-espaco-estrela.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">planemo</a> (um planeta sem estrela a qual orbitar).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.spacetelescope.org/news/heic2021/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185912525353.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>O paralelo com o HD 106906 b se torna ainda mais forte se considerarmos que o afastamento e posterior mudança de rota do Planeta Nove podem ter acontecido no início da formação do sistema solar, há 4,6 bilhões de ano – aquele que hospeda o exoplaneta tem 15 milhões de anos.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208222-exoplaneta-dar-pistas-onde-misterioso-planeta-nove.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208222-exoplaneta-dar-pistas-onde-misterioso-planeta-nove.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.437Z

Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove

Imagem de O Universo não seria formado por partículas ou ondas, mas energia no megacurioso

Pesquisadores formulam, matematicamente, uma nova teoria sobre do que o cosmos é feito


<p>Para o filósofo e criador do idealismo subjetivo, George Berkeley, “a matéria não existe. O que percebemos como substâncias sólidas, como a madeira ou o ferro, são apenas a impressão produzida em nosso cérebro por Deus”. Desde o século XVI, partículas e ondas tomaram o lugar da percepção originalmente divina e agora, segundo o físico e engenheiro aeroespacial Larry M. Silverberg, da North Carolina State University, devem perder lugar para algo chamado fragmentos de <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank">energia</a>.</p>



<p>“Refletindo as tendências recentes da física, meu colega Jeffrey Eischen [<em>também físico e engenheiro aeroespacial da NCSU</em>] e eu descrevemos uma maneira atualizada de pensar sobre a matéria com uma nova teoria que pode explicar o Universo com precisão”, diz Silverberg, em artigo para o site <em>The Conversation</em>.</p>



<p>Os experimentos de dupla fenda tornaram possível comprovar que a luz pode se comportar como uma onda ou como uma partícula – tanto a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank">física</a> como a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/matematica/" target="_blank">matemática</a> podem ser usadas para prever como o cosmos se comporta, mas elas têm limites, que começaram a desafiar os cientistas quanto mais no interior do átomo se avança: haverá outra partícula no interior de um quark?</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Quantum Physics made simple - Wave-Particle Duality Animation" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/Xmq_FJd1oUQ?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>“Einstein explicou, em sua teoria da relatividade geral, certos fenômenos físicos e também resolveu um paradoxo antigo relacionado à inércia e à gravidade. Mas em vez de melhorar as partículas ou ondas, ele as eliminou ao propor a deformação do espaço-tempo”, questiona Silverberg.</p>



<p>Ele e Eischen acreditam que o Universo pode ser explicado por outra coisa mais primordial e fundamental que partículas e ondas: energia.</p>



<h2>Para todas as coisas</h2>



<p>“Os cientistas entendem que partículas e ondas são opostos existenciais: uma partícula é uma fonte de matéria que existe em um único ponto e as ondas existem em todos os lugares, exceto nos pontos que as criam. Nossa teoria começa com uma nova ideia fundamental: a de que energia sempre ‘flui’ através de regiões do espaço e do tempo”, explica o pesquisador.</p>



<p>“O novo modelo teria que ser capaz de ser preditivo para todo o Universo, incluindo em escalas infinitamente pequenas ou grandes, com características tanto de partículas como de onda”. Matematicamente, a resposta surgiu na forma de um bloco de construção como uma estrela: muita energia concentrada, com níveis mais altos no centro, diminuindo em direção ao exterior.</p>



<p>Segundo Silverberg, “descobrimos que havia apenas um número limitado de maneiras de descrever uma concentração de energia que flui, e apenas um que funciona de acordo com nossa definição matemática de fluxo. Nós o chamamos de fragmento de energia, agindo como um bloco de construção da matéria”.</p>



<h2>Mercúrio em trânsito</h2>



<p>Para testar seu novo modelo, Eischen e Silverberg recorreram à relatividade geral de Einstein e como ela explicou a irregularidade na órbita de Mercúrio e a pequena curvatura da luz registrada quando o planeta passa pelo Sol. A teoria dos dois pesquisadores da NCSU foi aplicada a esse problema – se ela o resolvesse, substituiria partículas e ondas como formadores da matéria do Universo.</p>







<p>“Modelamos o Sol como um enorme fragmento estacionário de energia e Mercúrio, como um fragmento menor, de movimento lento. Para o problema da curvatura da luz, determinamos o fóton como sendo um fragmento minúsculo de energia movendo-se na velocidade da luz. Em ambos os problemas, obtivemos resultado igual ao da teoria da relatividade geral”.</p>



<p>Segundo Silverberg, “se partículas e ondas se quebram, fragmentos de energia se mantêm fortes. Eles poderiam constituir um único bloco de construção universal a partir do qual a realidade seria modelada matematicamente”.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208190-universo-nao-formado-particulas-ondas-energia.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208190-universo-nao-formado-particulas-ondas-energia.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">O Universo não seria formado por partículas ou ondas, mas energi</a>a via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.371Z

O Universo não seria formado por partículas ou ondas, mas energia

Imagem de 'Júpiter Incandescente' vai colidir com sua estrela antes do esperado no megacurioso

Planeta a mais de mil anos-luz daqui mostra que não se brinca com o tempo


<p>Um dos mais interessantes exoplanetas já descobertos está com os dias contados. A 1.410 anos-luz da Terra, o ultranegro WASP-12b, também conhecido como “Júpiter incandescente”, se encontra em uma órbita que, a cada dia, está mais perigosa. Desse modo, novas pesquisas sugerem que a decadência visível de seus caminhos é mais rápida do que a apontada por estimativas anteriores. </p>



<p>Logo, em apenas 2,9 milhões de anos, o corpo espacial mergulhará em sua estrela anã amarela (um período muito menor quando comparado aos 3,25 milhões de anos supostos inicialmente). De qualquer modo, a existência dele, por si só, é um mistério.</p>



<p>Modelos de formação planetária indicam a impossibilidade de haver exemplares do tipo, pois a gravidade, a radiação e os ventos solares, tecnicamente, impediriam que o gás se aglomerasse e possibilitasse nascimentos semelhantes. Contrariando a <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Ciência</a> atual, o WASP-12b <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/198440-cientistas-descobrem-exoplaneta-colado-estrela-natal.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">perambula por sua região</a>, assim como centenas de outros em vários lugares.</p>



<p>Só para se ter uma ideia, o tempo orbital do planeta em questão é de apenas pouco mais de um dia. Por isso, um fluxo constante do material que o forma é constantemente sugado para longe de sua atmosfera pelo astro que o guia. </p>



<p>Felizmente, enquanto podem, tais objetos podem nos dizer muito sobre as interações universais – inclusive <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/astronomia/86544-danca-cosmica-terra-ajudando-lua-diminuir.htm" target="_blank">aquelas que envolvem o lar da humanidade</a>.</p>





<h2>O pavoroso mistério de existir…</h2>



<p>Em nossos “radares”, desde 2008, existe um conjunto de dados consideravelmente amplo a respeito da órbita do WASP-12b, mas só em 2017 é que algo estranho foi notado em meio às medições: um movimento que passou a ocorrer em uma fração de segundo a menos do que o visualizado em análises prévias. Então, Samuel Yee, da Universidade Princeton, e sua equipe de astrônomos decidiram examinar a situação mais de perto.</p>



<p>Apesar de absorver 94% de toda a luz que recebe e de ser mais escuro que asfalto, fenômenos, em sua superfície de 2,6 mil graus Celsius, fazem ele emitir uma grande quantidade de luz infravermelha, justamente o que auxiliou os pesquisadores durante as investigações por meio do Spitzer Space Telescope. Bastaram 4 aparições em 16 períodos orbitais para que chegassem a um veredito.</p>



<p>Em suma, a decadência detectada foi de 29 milissegundos por ano, e uma conta rápida revelou o tempo de vida útil do pobre planeta — 3,25 milhões de anos. Acontece que Jake Turner, da Universidade Cornell, comparou os dados com outros mais recentes capturados pela NASA, de 21 órbitas, e se deparou com o fato de que a queda real é de 32,53 milissegundos anuais, retirando 350 mil anos das <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207639-estamos-buraco-negro-pensavamos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">expectativas futuras</a>. Os resultados do estudo foram publicados na semana passada (3), no <em>The Astronomical Journal</em>.</p>



<p>Taxas semelhantes são esperadas de exoplanetas como o WASP-12b e, mesmo que ele seja o único do tipo a fornecer informações robustas para a comunidade científica da Terra, mostra que ainda temos muito a aprender e que o tempo, definitivamente, não é infinito.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208059-jupiter-incandescente-colidir-estrela-esperado.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208059-jupiter-incandescente-colidir-estrela-esperado.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">‘Júpiter Incandescente’ vai colidir com sua estrela antes do esperado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


Astronomia

Novidades