Como será o céu da Via Láctea nos próximos 400 mil anos?

14/12/2020 às 13:002 min de leitura

Em 400 mil anos, os habitantes da Terra poderão ver cerca de 40 mil estrelas cadentes cruzando pelo céu ao mesmo tempo, é o que indica uma nova simulação feita pela Agência Espacial Europeia (ESA). Segundo o estudo, as noites estreladas passarão por enormes transformações ao passo que o nosso sistema solar viaja pela Via Láctea.

Os dados foram obtidos através da Missão Espacial Gaia, um observatório espacial lançado pela ESA em 2013. Por meio dessas informações, a agência pode criar uma linha do tempo de 60 segundos de duração mostrando todas as incríveis transformações que ocorrerão no universo ao longo dos próximos milhares de anos.

Chuva de estrelas

Conforme mostrado durante a nova simulação, mais de 40 mil estrelas — todas localizadas a 325 anos-luz do Sol — cruzarão pelo Espaço deixando enormes traços de luminosidade para trás. A apresentação mostra exatamente quais devem ser os próximos passos de cada astro durante os próximos 400 mil anos.

Para se entender a lógica da linha do tempo, as linhas de luz mais brilhantes e mais rápidas representam estrelas que passarão mais próximas da Via Láctea, enquanto o oposto refere-se aos objetos que adotarão uma jornada muito mais distante de nossa singela existência.

De acordo com os pesquisadores da ESA, a simulação revela um padrão surpreendente: quase todas as estrelas parecem se acumular no lado direito da tela, enquanto o lado esquerdo permanece relativamente vazio. Entretanto, o fenômeno pode ser explicado pela movimentação do Sol, que ofusca o brilho dos astros se movendo em direção contrária.

Estudos da ESA

(Fonte: Wikimedia Commons)
(Fonte: Wikimedia Commons)

O mosaico luminescente cósmico formado pela ESA faz parte do terceiro relatório oficial (EDR3) fornecido pelo satélite Gaia, que se tornou público no dia 3 de dezembro. Os novos dados trazem informações detalhadas de mais de 1,8 bilhão de objetos celestiais, incluindo as posições precisas, velocidades e trajetórias orbitais de 330 mil estrelas — das quais 40 mil foram escolhidas randomicamente para elaborar a apresentação.

O satélite Gaia foi lançado em 2013 justamente com o objetivo de aumentar o portfólio das agências espaciais sobre o futuro das movimentações cósmicas pela Via Láctea. Em 2018, o segundo relatório oficial (EDR2) da missão foi responsável por ajudar astrônomos a criarem o mapa mais detalhado do universo de toda a história.

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