Imagem de Mulher da Turquia descobre um novo tipo de galáxia no megacurioso

A inédita galáxia com dois anéis descoberta pela astrônoma turca Burçin Mutlu-Pakdil pode ajudar a explicar a forma da nossa Via Láctea


<p>Desde criança, a turca Burçin Mutlu-Pakdil tinha um sonho: estudar o universo. À noite, ficava olhando as estrela, mas sabia que seria muito difícil realizar seu sonho na cultura em que vivia.</p>



<p>Muçulmana devota, numa época em que a Turquia proibia mulheres em faculdades e outras instituições públicas, ela persistiu, e acabou se tornando uma pesquisadora de pós-doutorado no Observatório Steward da Universidade do Arizona.</p>



<p>A história da vida de Mutlu-Pakdil foi contada em uma antologia de documentários produzidos pelo Science Friday Initiative e do Howard Hughes Medical Institute (HHMI) em parceria com o Tangled Bank Studios. A série, chamada <em>Breakthrough</em>, foi feita inicialmente para a TV e se encontra disponível no site BreakthroughFilms.org.</p>



<h2>Exceções</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://cdn.mos.cms.futurecdn.net/oyCZZ8CJG4bCXGkNKQcBAi.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02100308415007.jpg" alt="Fonte: National Astronomical Observatory of Japan/Reprodução" /></a><figcaption>(Fonte: Observatório Astronômico Nacional do Japão/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Quando Mutlu-Pakdil começou a trabalhar como astrofísica, os cientistas já tinham teorias fortes e testadas sobre a formação da maioria das <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98960-17-galaxias-lindas-que-farao-voce-querer-viajar-pelo-universo-agora-mesmo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">galáxias do universo</a>. Embora, como pesquisadores, soubessem que é  possível encontrar, às vezes, uma exceção que desafia os cânones da ciência.</p>



<p>E coube justamente a Mutlu-Pakdil, ela própria uma exceção em um universo profissional predominantemente masculino, descobrir uma galáxia de formato muito estranho no fundo de um amplo levantamento do céu.</p>



<p>Situada a 350 milhões de anos-luz da Terra, a galáxia, codificada como PGC 1000714, tem um formato conhecido como Objeto de Hoag, que consiste num centro luminoso rodeado por um anel exterior elíptico de estrelas, sem nenhum ponto de conexão. Fenômeno raríssimo, somente uma em cada mil galáxias possui este formato.</p>



<h2>Desafiando as convenções</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://i2.wp.com/mvslim.com/wp-content/uploads/2018/11/BurcinMutluPakdil_2018U-embed.jpg?w=1420"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02100110929006.jpg" alt="Fonte: National Geographic/Reprodução" /></a><figcaption>(Fonte: National Geographic/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Pesquisando mais atentamente, a observadora de galáxias descobriu que aquele gigantesco acúmulo de estrelas, poeira e gás possuía mais uma peculiaridade: um segundo anel, mais próximo do centro galáctico, ou seja, não se tratava de um galáxia rara, mas uma espécie completamente nova de galáxia.</p>



<p>Com base na literatura existente até então, Mutlu-Pakdil acabou duvidando de si mesma, porque um objeto desse tipo não poderia teoricamente existir. Porém, acostumada a desafiar as verdades impostas, a garota turca comunicou a descoberta de um objeto celestial que despreza as convenções pré-existentes.</p>



<p>Hoje, a astrofísica está estudando <a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/42917-conheca-7-das-galaxias-mais-fora-do-comum-no-universo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">galáxias diferentes</a>, as galáxias anãs, a partir do Observatório de Las Campanas, no Chile. Ela continua na expectativa de encontrar objetos desse tipo e aprender mais sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/99738-voce-sabe-o-que-existe-bem-no-centro-da-via-lactea.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">como são formadas as galáxias</a>. Aquela de dois anéis hoje tem nome de menina turca: Burçin.</p>


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Mulher da Turquia descobre um novo tipo de galáxia

Imagem de Algumas hipóteses sobre o que acontece no centro de um buraco negro no megacurioso

O centro de um buraco negro é caracterizado por uma singularidade cujas possibilidades ajudam a explicar esta região do espaço-tempo


<p>A definição mais comum de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buraco negro</a> é que ele é um objeto extremamente denso no espaço, do qual nenhuma luz pode escapar. Misterioso e, na maioria das vezes, incompreensível para as pessoas “não iniciadas” no assunto, um buraco negro é uma das consequências do funcionamento da gravidade.</p>



<p>Quando uma quantidade imensa de massa é comprimida em um espaço bem pequeno, o resultado disso é um objeto que rasga a própria estrutura do espaço-tempo, transformando-se naquilo que é chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108160-teoria-defende-que-estamos-vivendo-dentro-de-um-buraco-negro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">singularidade</a>.</p>



<p>A singularidade presente no centro de um buraco negro faz com que as concepções de tempo e espaço simplesmente se desintegrem completamente. E é como se a singularidade deixasse de existir, pois a região singular possui volume zero. Mas, ao mesmo tempo contém toda a massa da solução do buraco negro.</p>



<p>Para substituir essa “inexistência”, algumas possibilidades podem ser exploradas.</p>



<h2>Estrelas planck</h2>



<figure class="mt-2 is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02115518126003.jpg" alt="Fonte: Carlo Rovelli and Francesca Vidotto/Reprodução" width="583" height="422" /><figcaption>(Fonte: Carlo Rovelli e Francesca Vidotto/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>As estrelas Planck são objetos hipotéticos. Elas não podem nem ser definidas como estrelas, no sentido tradicional. Pode ser que, bem no fundo de um buraco negro, a matéria não seja comprimida até um ponto infinitamente pequeno, mas sim reduzida à sua menor configuração possível.</p>



<p>Isso é chamado de estrela de Planck, uma possibilidade prevista pela gravidade quântica em loop, uma teoria que propõe que os conceitos de tempo e espaço simplesmente não existem. Nessa noção hipotética de tempo e espaço, estas variáveis são quantizadas, ou seja, o universo que nos cerca é “dividido” em pedaços extremamente pequenos.</p>



<p>Essa fragmentação teórica do espaço-tempo propõe que, em vez de desmoronar em uma singularidade, a matéria dentro de um buraco negro entrará em colapso até ter cerca de um trilionésimo de metro de tamanho (o chamado comprimento de Planck). Ou seja, uma bola infinitamente pequena, mas que, se existente, poderia ser observada por um telescópio de raios gama.</p>



<h2>Gravastares</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02140547745000.jpg" alt="Fonte: dnb-nOise/deviantart" /><figcaption>(Fonte: dnb-nOise/DeviantArt/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>O gravastar é outro modelo alternativo para a singularidade dos buracos negros, que, embora um tanto estranha, não depende das teorias não testadas da gravidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113322-fisica-quantica-pode-explicar-dificuldade-de-humanos-em-tomar-decisoes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">quântica</a> para existir. A diferença entre um buraco negro e um gravastar é que, em lugar da singularidade, o gravastar seria preenchido com energia escura.</p>



<p>A energia escura é uma substância que permeia o espaço-tempo, na verdade uma forma de energia que supostamente estaria presente em todo o espaço e contribuiria para a expansão do Universo. Isso significa que toda matéria que cai num gravastar não penetra no horizonte de eventos, mas fica na superfície.</p>



<p>Recentemente, observações de fusão de buracos negros com detectores de ondas gravitacionais, têm refutado a teoria dos gravastares.</p>



<h2>Buracos negros rotativos</h2>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://lh3.googleusercontent.com/proxy/bsDrHfKXu6ZU9iqiOA-dhJbAxbN_Cd00ElE4ybc21c3jqqLdtWrPnaQnh47VGDBfX9cGJxuwORPgaF0qElMGRC8dbjq57llwqBqHoVeYi0NhSl7GpALEITt3SvWMQvwXi_Kf"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02142748571007.jpg" alt="Fonte: Sci-News.com/Reprodução" /></a><figcaption>(Fonte: Sci-News/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Como o nome já sugere, os buracos negros rotativos giram. Nesse caso, a singularidade, esticada em forma de anel, gira num ritmo tão frenético, que tem uma força centrífuga incrível. Mas, em relatividade geral (a de Einstein), forças centrífugas fortes agem como antigravidade, ou sejam, elas empurram, ao invés de puxar.</p>



<p>Portanto, matematicamente falando, assim que passar pela singularidade do anel, você entrará no chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116238-teoria-simples-pode-confirmar-a-existencia-de-buracos-de-minhoca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buraco de minhoca</a> (um tipo de atalho do espaço-temo) e sairá por um buraco branco, o oposto do buraco negro onde nada pode entrar e a matéria sai à velocidade da luz, para um lugar totalmente novo e enigmático do Universo.</p>



<p>Sejam quais forem as possibilidades, saber o que acontece realmente dentro de um buraco negro talvez seja uma resposta que nunca teremos.</p>


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Algumas hipóteses sobre o que acontece no centro de um buraco negro

Imagem de Os principais eventos do calendário astronômico de novembro no megacurioso

Chuvas de meteoros, eclipse lunar e o lançamento da missão Crew-1 estão entre os destaques do mês


<p>Assim como em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204665-principais-eventos-astronomicos-mes-outubro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">outubro</a>, o mês de novembro terá muitas atrações para os amantes da <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">astronomia</a>, já começando nesta quarta-feira (4), com uma chuva de meteoros que pode gerar belos registros fotográficos.</p>



<p>E tem mais vindo por aí, incluindo outra chuva de meteoros, eclipse lunar e lançamentos espaciais, como a aguardada missão Crew-1, realizada pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> em parceria com a <a href="https://www.tecmundo.com.br/spacex" rel="noreferrer noopener" target="_blank">SpaceX</a>.</p>



<h2>Destaques do mês</h2>



<p>Confira os principais destaques do calendário astronômico de novembro:</p>



<h3>4 e 5 de novembro</h3>



<p>A chuva de meteoros Táuridas, resultado da poeira do asteroide 2004 TG10 e do cometa 2P Encke, terá seu pico nesses dois dias. Ela poderá ser visualizada na direção da constelação de Touro.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03182244573274.jpg" alt="Chuva de meteoros."></p>



<h3>10 de novembro</h3>



<p>Mercúrio estará em seu ponto mais alto no horizonte, uma ótima chance para observá-lo, ao final da noite. Basta olhar na direção leste, momentos antes do Sol nascer.</p>



<h3>12 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre a Lua e Vênus, antes do amanhecer, na direção leste.</p>



<h3>14 de novembro</h3>



<p>Nova data agendada para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205878-nasa-anuncia-lancamento-missao-crew-1-14-novembro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">lançamento da missão Crew-1</a>, que partirá de Cabo Canaveral, nos EUA, às 20h49 (horário de Brasília), impulsionada pelo foguete Falcon 9.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03182922412276.jpg" alt="A Crew-1 tem decolagem prevista para o dia 14."></p>



<h3>17 e 18 de novembro</h3>



<p>Pico da chuva de meteoros Leonídeos, fruto da poeira do cometa Tempel-Tuttle. Para observá-la, olhe em direção à constelação de Leão.</p>



<h3>19 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre a Lua e Júpiter, mais cedo, e entre a Lua e Saturno, posteriormente.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03183155992284.jpg" alt="Conjunções da Lua."></p>



<h3>25 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre Lua e Marte, logo após o pôr do Sol.</p>



<h3>30 de novembro</h3>



<p>O mês termina com o eclipse lunar penumbral, fenômeno que será visível em áreas das Américas e da Ásia, além do oceano Pacífico.</p>



<h2>Apps que ajudam na observação</h2>



<p>Para localizar os eventos astronômicos de novembro observáveis a olho nu, use apps como <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/star-chart.htm" target="_blank">Star Chart</a>, <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/google-sky-map.htm" target="_blank">Google Sky Map</a>, <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/download/stellarium.htm" target="_blank">Stellarium</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://play.google.com/store/apps/details?id=net.androgames.compass&hl=pt_BR" target="_blank">Apenas uma Bússola</a>. Eles ajudam a encontrar os objetos no céu.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206213-principais-eventos-calendario-astronomico-novembro.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206213-principais-eventos-calendario-astronomico-novembro.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Os principais eventos do calendário astronômico de novembro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Os principais eventos do calendário astronômico de novembro

Imagem de Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava no megacurioso

Novos dados podem dar pistas de como a substância surgiu por lá – e por aqui


<p>Um par de meteoritos encontrado no Deserto do Saara trouxe revelações interessantes sobre o Planeta Vermelho. Vindos de lá bilhões de anos atrás, mostram detalhes a respeito de um grande impacto ocorrido no local em que “nasceram”, pois, de acordo com um time internacional de cientistas, carregam em suas composições minerais oxidados – o que ajuda no preenchimento de lacunas de conhecimento a respeito do papel da água na formação de Marte.</p>



<p>Ainda que diversas teorias proponham que o líquido que possa ter existido em corpos celestes semelhantes chegou com “intrusos” posteriores à suas formações, certos pesquisadores acreditam que se trata, apenas, de um elemento natural desses lugares tão misteriosos. A pesquisa em questão dá suporte, justamente, a essa hipótese.</p>



<p>Tanto o NWA 7034 quanto o NWA 7533, exemplares descobertos, foram oficialmente aprovados pela Meteoritical Society, uma organização internacional de <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">ciência</a> planetária – e a análise mostrou que, além de serem extraterrestres, são misturas de fragmentos de rochas. “Estudo minerais em meteoritos marcianos para entender como Marte se formou e sua crosta e manto evoluíram. Esta é a primeira vez que investiguei este meteorito em particular, apelidado de Beleza Negra por sua cor escura”, conta Takashi Mikouchi, da Universidade de Tóquio.</p>



<p>“Nossas amostras de NWA 7533 foram submetidas a quatro tipos diferentes de análise espectroscópica, maneiras de detectar impressões digitais químicas. Os resultados levaram nossa equipe a tirar algumas conclusões interessantes”, complementa.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03174740243242.jpg" alt="Meteorito"><figcaption>Meteorito marciano traz revelações interessantes à humanidade.</figcaption></figure>



<h2>Fatos novos (para nós, claro!)</h2>



<p>Os primeiros fragmentos marcianos se formaram há 4,4 bilhões de anos, o que os torna os mais antigos do tipo já conhecidos. Chegam a custar US$ 10 mil por grama – e a instituição citada adquiriu 50 gramas. Como resultado, se descobriu que a água esteve presente em nosso vizinho por mais tempo que o cogitado inicialmente, pois estimativas anteriores apostavam que a substância tenha durado “apenas” 3,7 bilhões de anos. Ou seja, um bioproduto natural tão antigo auxiliaria em pesquisas relacionadas à origem dele por lá – e, claro, da vida por aqui, na Terra.</p>



<p>“Clastos ígneos, ou rochas fragmentadas, no meteorito são formados a partir do magma e são comumente causados por impactos e oxidação. Essa oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água na crosta marciana 4,4 bilhões de anos atrás, durante um impacto que derreteu parte da camada”, explica Mikouchi.</p>



<p>“Nossa análise também sugere que tal impacto teria liberado muito hidrogênio, o que teria contribuído com o aquecimento planetário em uma época em que Marte já tinha uma espessa atmosfera isolante de dióxido de carbono”, finaliza.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206216-meteorito-revela-havia-agua-marte-que-pensava.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206216-meteorito-revela-havia-agua-marte-que-pensava.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava

Imagem de Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra no megacurioso

Metade das estrelas amarelas da galáxia teria ao seu redor planetas rochosos com ambiente propício à vida como a conhecemos


<p>Estrelas amarelas como o nosso Sol são apenas 7% entre as mais de 400 bilhões que compõem a Via Láctea. Mas, nesse pequeno grupo das chamadas anãs G, mais da metade pode ter, orbitando ao seu redor, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154655-estudo-mostra-tao-dificil-achar-planetas-iguais-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">planetas habitáveis como a Terra</a> – isso representaria cerca de 300 milhões com potencial de abrigar vida.</p>



<p>“Esta é a primeira vez que todas as peças foram colocadas juntas para fornecer uma medição confiável do número de planetas potencialmente habitáveis na galáxia. Este é um termo-chave da Equação de Drake, usada para estimar o número de civilizações inteligentes. Neste longo caminho, estamos um passo mais perto de descobrir se estamos sozinhos no cosmos”, disse o astrofísico Jeff Coughlin, pesquisador de exoplanetas do Instituto SETI e coautor do estudo publicado agora no <em>The Astronomical Journa</em>l.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://socientifica.com.br/equacao-mais-instigante-do-universo/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03144546108171.jpg" alt="." /></a></figure>



<p><em>(A Equação de Drake estima as chances de encontrarmos vida inteligente no cosmos (N) multiplicando as seguintes variáveis:  taxa de formação de estrelas adequadas para ter planetas habitáveis (R*), fração dessas estrelas com sistemas planetários (fp), número de planetas, por sistema solar, capazes de suportar vida (n e), planetas nos quais a vida realmente surgiu (fl), planetas nos quais a vida inteligente surgiu (fi), fração de civilizações que desenvolveram tecnologia capaz de transmitir sinais detectáveis (fc) e há quanto tempo esses sinais estão sendo enviados (G)).</em></p>



<h2>Kepler e seus exoplanetas</h2>



<p>Os dados usados no estudo são os coletados pelo telescópio espacial Kepler. Ao analisar os planetas descobertos, a equipe do Instituto SETI calcula que pode haver, inclusive, planetas habitáveis próximos ao nosso sistema solar, a cerca de 30 anos-luz.</p>



<p>Os parâmetros usados foram basicamente o tamanho do planeta (se for o mesmo da Terra, aumentam as chances de ele ser rochoso) e tipo de estrela (semelhante ao nosso Sol, com a mesma idade e a mesma temperatura), sem esquecer a possibilidade de suportar água líquida.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/11/5fa2d0b9dc2bb.gif" alt="" /></figure>



<p>O que diferencia este de estudos anteriores é o fato de essas estimativas sempre se basearem na distância entre o planeta e a estrela que ele orbita (a chamada zona habitável). Agora, os pesquisadores levaram em conta o quanto de luz do sol chega ao planeta em questão – o que afetaria as chances de haver água líquida em sua superfície.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206190-via-lactea-ter-300-milhoes-planetas-terra.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206190-via-lactea-ter-300-milhoes-planetas-terra.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra

Imagem de Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio no megacurioso

A enorme antena de rádio localizada na Austrália utilizada para comunicação com espaçonaves distantes recebeu um upgrade da NASA


<p>Após um silêncio de oito meses, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> voltou a se comunicar com a sonda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Voyager 2</a>, o artefato humano mais distante da Terra. A longa interrupção ocorreu devido ao trabalho de manutenção na única antena do planeta capaz de enviar sinais para a sonda.</p>



<p>Peça fundamental no painel de controle interplanetário Deep Space Network da NASA, a antena Deep Space Station 43 (DSS-43), localizada nos arredores de Canberra na Austrália, tem 70 metros de largura, 48 anos de existência e é atualmente a maior antena do hemisfério sul.</p>



<p>Em março passado, a NASA iniciou uma atualização do cabeamento elétrico, da fonte de alimentação e dos sistemas de resfriamento da instalação. Foi também instalado um novo cone de frequência de banda X, que é uma faixa privativa para comunicação por satélite.</p>



<h2>O upgrade da antena</h2>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">BIG DAY for the BIG DISH <a href="https://twitter.com/hashtag/DSS43?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#DSS43</a><br><br>Installation of the new X-band cone in the centre of the antenna dish – Deep Space Station 43???? <a href="https://t.co/nFg8zf58tJ">pic.twitter.com/nFg8zf58tJ</a></p>— CanberraDSN (@CanberraDSN) <a href="https://twitter.com/CanberraDSN/status/1258216399534608384?ref_src=twsrc%5Etfw">May 7, 2020</a></blockquote> 



<p>No cone recém-instalado, encontra-se um poderoso sistema de transmissão de última geração e receptores altamente sensíveis, que serão utilizados para enviar comandos para espaçonaves robóticas e receber dados de telemetria de missões de exploração do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158347-melhores-lugares-exploracao-espacial-sistema-solar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sistema solar</a>.</p>



<p>Um guindaste gigante foi utilizado em maio para colocar o cone de três toneladas no centro do enorme prato, após erguê-lo a uma altura de 20 andares do solo. Na segunda-feira (2), a NASA revelou que, em 29 de outubro, o novo sistema já foi utilizado para enviar com sucesso um comando para a Voyager 2, que respondeu.</p>



<p>Lançada em 20 de agosto de 1977, a Voyager 2 está a mais de 18.750.000.000 km da Terra e se afastando a um velocidade de aproximadamente 60 mil km/h.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio

Imagem de Buraco negro supermassivo da Via Láctea é surpreendentemente lento no megacurioso

Segundo cientistas, o 'monstro' localizado no centro do Sistema Solar gira com menos do que 10% da velocidade da luz


<p>Segundo artigo originalmente publicado no <em>The Astrophysical Journal Letters</em>, o buraco negro supermassivo estacionado no centro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115600-pesquisa-detecta-galaxia-muito-muito-distante-semelhante-a-via-lactea.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Via Láctea</a> é mais “introvertido” do que o restante de sua família e move-se em uma velocidade menor do que 10% da velocidade da luz. O descompasso matemático sugere que o objeto espacial gira muito mais devagar do que os outros buracos negros de proporções similares.</p>



<p>Inicialmente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buraco negro</a> supermassivo conhecido como Sagitário A* era uma fonte de rádio astronômica que emitia um brilho incomum no centro do Sistema Solar. Descoberto em 1931, o fenômeno ganhou uma reviravolta apenas em 2002, quando cientistas foram capazes de descobrir sua massa, uma das três características primordiais do objeto (massa, carga e rotação), sendo equivalente a 4 milhões de massas solares.</p>



<p>Os novos estudos tiveram como base a presença das estrelas S que se acumulam ao redor do buraco negro e são capazes de acelerar a velocidades assustadoras enquanto giram em órbitas estreitas, parcialmente presas ao eixo de Sagitário A*. Porém, diferentemente do cálculo da massa, que é aparentemente simples de ser realizado, compreender a rotação dos objetos supermassivos não é tão fácil quanto.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03092713927018.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: NASA/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A detecção do giro lento foi possível logo após estudos sobre os planos de distribuição das estrelas S, que surpreendentemente não tinham sua organização impactada pela força gravitacional do buraco negro. Segundo os cientistas responsáveis pelo artigo, maiores velocidades resultam no desalinhamento no lançamento de matéria espacial e na consequente “bagunça” na distribuição das estrelas S, algo que não foi observado no em Sagitário A*.</p>



<h2>Ação e reação no buraco negro</h2>



<p>A expectativa dos pesquisadores era detectar qualquer tipo de influência que o buraco negro pudesse ter nos objetos menores localizados ao seu redor. Pesando mais de 4 milhões de massas solares, tal carga parece ser ineficiente para impactar na órbita das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116450-buraco-negro-suga-estrela-qual-um-espaguete.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estrelas</a> periféricas, levando-os à conclusão de que a lentidão da rotação seria a responsável por permitir que o sistema estivesse sempre se organizando.</p>



<p>“Concluímos que o buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia está girando lentamente”, concluiu Giacomo Fragione, um dos autores do projeto. “Isso pode ter implicações importantes para a detectabilidade da atividade no centro de nossa galáxia.”</p>


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Buraco negro supermassivo da Via Láctea é surpreendentemente lento

Imagem de Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres no megacurioso

A análise do material orgânico encontrado no meteorito encontrado no lago do Michigan pode dar pistas sobre o início da vida na Terra


<p>Um estudo publicado recentemente na revista <em>Meteoritics & Planetary Science</em> traz importantes informações sobre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/35626-qual-e-a-diferenca-entre-asteroide-meteoro-meteorito-e-meteoroide-.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">meteorito</a> que caiu em um lago congelado em 2018, na cidade norte-americana de Hamburg, no Michigan. Segundo os pesquisadores, a rocha contém milhares de compostos orgânicos que se formaram há bilhões de anos, podendo conter pistas sobre a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150041-teoria-defende-vida-capturada-terra-espalhou-cosmos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">origem da vida na Terra</a>.</p>



<p>Na noite de 16 de janeiro de 2018, vários fragmentos caíram em superfícies congeladas de lagos, e, graças ao radar meteorológico, que rastreou a descida e o rompimento da rocha espacial em chamas, os meteoritos foram recuperados alguns dias após a queda.</p>



<p>Coletados por caçadores de meteoritos no lago Strawberry, em Hamburg, os fragmentos de rocha analisados não revelaram praticamente nenhum sinal de intemperismo terrestre (decomposição). Segundo uma das coautoras do estudo, Jennika Greer, da Universidade de Chicago, o fragmento trazido ao Field Museum parecia ter sido coletado diretamente no espaço.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02234942822015.jpg" alt="Caçador de meteorito (Fonte: Robert Ward/Reprodução)">Caçador de meteorito (Fonte: Robert Ward/Reprodução)</p>



<h2>Resultados do estudo</h2>



<p>Uma equipe internacional de pesquisadores apressou-se a examinar o meteorito do tamanho de uma noz “enquanto estava fresco”. Esta análise revelou mais de 2 mil moléculas orgânicas datadas do tempo em que nosso sistema solar era jovem, parecidas, segundo os cientistas, com aquelas que podem ter semeado o surgimento da vida microbiana na Terra.</p>



<p>Segundo o autor sênior do estudo, Philipp Heck, da Universidade de Chicago, o meteorito continha 2,6 mil compostos orgânicos ou contendo carbono. </p>



<p>Como a rocha se manteve praticamente inalteradas desde 4,5 bilhões de anos, esses compostos podem ser semelhantes aos que outros <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116054-se-um-meteoro-dizimou-os-dinossauros-outro-trouxe-vida-a-terra.htm" target="_blank">meteoritos trouxeram</a> para uma Terra ainda jovem, e que “podem ter sido incorporados à vida”, concluiu Heck.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206148-meteorito-caiu-michigan-tem-compostos-organicos-extraterrestres.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206148-meteorito-caiu-michigan-tem-compostos-organicos-extraterrestres.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Meteorito que caiu no Michigan tem compostos orgânicos extraterrestres

Imagem de Planeta interestelar do tamanho na Terra é encontrado na Via Láctea no megacurioso

Viajante sem rumo é o menor já detectado até hoje pela Ciência


<p>Um planeta “desgarrado” – ou seja, sem vínculo com estrela alguma – do tamanho da Terra foi detectado por cientistas vagando pelo Sistema Solar. Até pouco tempo atrás, a existência desses corpos celestes, também chamados de planetas interestelares, não passava de teoria, mas evidências que sugeriam haver objetos do tipo já tinham sido descobertas há alguns anos e, finalmente, foram confirmadas. </p>



<p>Se <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204880-astronomos-registram-imagem-direta-exoplaneta-1-vez.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">observar exoplanetas</a> já não é uma tarefa simples, exigindo que pesquisadores se baseiem na luz dos astros que orbitam para visualizá-los, tudo fica ainda mais complicado neste caso porque não existe um referencial semelhante. Portanto, métodos tradicionais de nada adiantam – a não ser a microlente gravitacional, baseada diretamente na Teoria da Relatividade Geral de Einstein, que prevê que um objeto massivo (lente) pode dobrar a luz de um objeto de fundo brilhante (a fonte).</p>



<p>Neste caso, a gravidade daquilo que é maior atua como uma enorme lente de aumento que dobra e amplia a luz de estrelas distantes. Ou seja, se algo passa entre um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156295-cientistas-detectam-estrela-rapida-vista-humanidade.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">observador terrestre e uma</a> estrela, sua gravidade pode desviar e focar a luz da fonte, explica o Dr. Przemek Mroz, do Instituto de Tecnologia da Califórnia e um dos principais autores do estudo. Entretanto, as chances de sucesso são reduzidas, já que os três elementos devem estar perfeitamente alinhados.</p>



<p>De qualquer modo, se há vontade, há chances. Sendo assim, milhões de estrelas estão sendo acompanhadas por especialistas de nosso planetinha – e foi com um dos equipamentos utilizados, o Optical Gravitational Lensing Experiment (OGLE), que os sortudos se depararam com a novidade.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30184937646458.jpg" alt="Planeta ">Planeta “desgarrado” foi visto passeando pela Via Láctea.</p>



<h2>No escurinho do Universo</h2>



<p>O poder do dispositivo é incrível, mas tem limites. Apesar de não depender do brilho de estrelas e de permitir o estudo de objetos tênues ou escuros, a duração dos eventos, nestes casos, é de apenas algumas horas. Pelo tempo, é possível entender, inclusive, a massa do corpo visualizado, diretamente proporcional.</p>



<p>Considerando todas as informações, é de se surpreender que o viajante encontrado, batizado de OGLE-2016-BLG-1928, tenha permanecido “no palco” por apenas 42 minutos, o menor já visto. Modelos indicam que ele é menos massivo que a Terra – com característica semelhante à de Marte. E mais: considerando que a luz de astro algum interferiu nos resultados, a sugestão é de que ele seja interestelar.</p>



<p>Quanto à sua origem, bem, permanece um mistério. Astrônomos suspeitam que tais elementos tenham sido ejetados de suas vizinhanças após interações gravitacionais. O passado, portanto, deve ter sido turbulento para eles – e Andrzej Udalski, projeto OGLE, comemora o fato de que a tecnologia nos permite ter uma noção de que existe mais entre o céu e a Terra (ou além, muito além dela).</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206115-planeta-interestelar-tamanho-terra-encontrado-na-via-lactea.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206115-planeta-interestelar-tamanho-terra-encontrado-na-via-lactea.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Planeta interestelar do tamanho na Terra é encontrado na Via Láctea</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Planeta interestelar do tamanho na Terra é encontrado na Via Láctea

Imagem de Asteroide metálico de US$ 10 quintilhões está enferrujando no espaço no megacurioso

Ao estudar a composição química do gigantesco asteroide 16 Psyche, cientistas descobriram que o corpo rochoso está enferrujando no espaço 


<p>Um estudo publicado nesta semana (26) na revista <em>The Planetary Science Journal</em>, revela um tesouro: uma montanha de ferro, níquel, platina e ouro com um diâmetro de 226 quilômetros e valor estimado em US$ 10 quintilhões. Porém, há dois problemas na exploração: o primeiro é que se trata de um asteroide, entre as órbitas de Marte e Júpiter. O segundo é que ele está enferrujando.</p>



<p>Na verdade, o asteroide já está catalogado no Sistema Solar desde 1852, quando foi descoberto e batizado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113649-asteroide-feito-de-ouro-e-cobicado-por-nasa-e-spacex-em-missao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">16 Psyche</a>. Porém, foi somente em 2017 que o telescópio Hubble, da NASA, descobriu que o gigantesco objeto, cuja massa corresponde a 1% de todo o cinturão de asteroides, é feito de vários metais preciosos.</p>



<p>Os astrônomos acreditam que o 16 Psyche, classificado a princípio como um planeta menor, é o núcleo de um protoplaneta, que não chegou a se formar completamente. Acredita-se que os planetas se formam quando suas estrelas são muito jovens. No caso do 16 Psyche, a NASA irá enviar uma sonda para investigá-lo nos próximos anos.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30165923684418.jpg" alt="Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução" /><figcaption>Concepção artística de uma espaçonave explorando o 16 Psyche (Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução)</figcaption></figure>



<h2>A pesquisa sobre o 16 Psyche</h2>



<p>Esta é a primeira vez que o 16 Psyche foi estudado. Cientistas da Southwest Research Institute (SwRI) utilizaram comprimentos de onda ultravioleta, a partir do Telescópio Espacial Hubble, para revelar o que já se imaginava: o asteroide é um pedaço denso de rocha espacial <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116333-alquimia-sideral-quantia-de-ouro-no-universo-ainda-nao-tem-explicacao.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">notavelmente metálico</a>.</p>



<p>A expectativa em torno de uma futura análise direta no 16 Psyche é que tal pesquisa possa fornecer maiores informações sobre o núcleo da nossa Terra e de outros planetas, uma vez que é mais fácil enviar uma sonda até os confins do <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/98690-5-fatos-surpreendentes-sobre-o-sistema-solar-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Sistema Solar</a> do que encarar os 6 mil graus Celsius do centro do nosso planeta.</p>



<p>Uma das autoras do estudo, Tracy Becker, afirma que o que torna o 16 Psyche e os outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107458-15-curiosidades-sobre-asteroides-que-voce-talvez-desconheca.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">asteroides</a> tão especiais é que eles podem ser considerados os tijolos do Sistema Solar.</p>



<p>A observação desses corpos rochosos permite entender o que realmente constitui um planeta. Para ela, ver o interior de um planeta é uma experiência fascinante. “Assim que chegarmos ao Psyche, vamos realmente entender se esse é o caso, ainda que não seja como esperamos”, conclui a pesquisadora.</p>


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