Imagem de O que é um buraco negro e as principais descobertas no megacurioso

Acompanhe este guia básico para entender por que eles são os objetos mais intrigantes da astrofísica


<p>Segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, uma estrela morta supermassiva poderia encolher até um ponto tão denso que nem mesmo a luz escaparia: no centro, a gravidade, de tão gigantesca, curvaria o espaço infinitamente; a matéria seria infinitamente densa. Esse aparente absurdo é conhecido como singularidade. Isso é um buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/10/5f9cf8734875c.mp4"></video></figure>



<p>Se em 2019 a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" target="_blank">NASA</a> divulgou a <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/140259-historico-telescopios-terra-registram-imagem-buraco-negro.htm" target="_blank">imagem real de um buraco negro</a>, neste ano foi a vez de uma <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146324-simulacao-nasa-mostra-buraco-negro-engolindo-materia-luz.htm" target="_blank">simulação do que seria a estrutura de uma singularidade</a>, baseada nas imagens captadas pela sonda New Horizons. </p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Inside the black hole image that made history | Sheperd Doeleman" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/uyMtsyzXWd4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Segundo o astrofísico Jeremy Schnmittman, autor da simulação, ela mostra como a matéria capturada se concentra ao redor do horizonte de eventos, formando um alo extremamente quente e fino, chamado de disco de acreção. A deformidade que o envolve é causada pela esmagadora força gravitacional, o que acaba inclusive curvando a própria luz.</p>



<p>Próximo ao buraco negro, o gás orbita quase à velocidade da luz, enquanto nas partes externas ele gira mais lentamente. Essa diferença é responsável por produzir faixas claras e escuras como as vistas na imagem.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2019/nasa-visualization-shows-a-black-hole-s-warped-world"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26114741638140.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>O chamado anel de fótons é composto de vários anéis, que se tornam cada vez mais fracos e finos – o efeito é causado quando a luz circula o buraco negro diversas vezes antes de conseguir escapar e ser vista. Dentro dele está a sombra do buraco negro, uma área aproximadamente duas vezes maior que o horizonte de eventos – o ponto sem retorno, de onde nada escapa, nem mesmo a luz.</p>



<h2>Como eles se formam?</h2>



<p>Um buraco negro nasce do colapso de uma estrela supermassiva. Durante sua vida, esse sol gigante obtém <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">energia</a> através de <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/205136-fusao-nuclear-realidade-cinco-anos.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">fusão nuclear</a>, transformando hidrogênio em hélio; quando o primeiro acaba, ela usa o hélio para produzir lítio, e assim por diante. O que mantém as estrelas estáveis é o equilíbrio entre a força gravitacional, que puxa tudo para o centro do sol, e a pressão que faz com que os gases se expandam; quanto maior a temperatura, maior a pressão.</p>



<p>O último dessa longa cadeia de transformações é o ferro, um elemento estável que consome energia para ser forjado. Sua formação é rápida (o núcleo pode se transformar em ferro em poucas horas) e leva ao resfriamento repentino do coração da estrela. A pressão cai bruscamente, o equilíbrio se desfaz, e a gravidade começa a puxar as camadas externas em direção ao centro da estrela.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://giant.gfycat.com/IcyWarmGonolek.mp4"></video></figure>



<p>O núcleo de ferro não suporta o peso das camadas superiores e termina tão comprimido que os prótons capturam os elétrons para formar nêutrons. Este novo coração incrivelmente compacto consegue suportar a pressão das camadas exteriores. </p>



<p>A estratégia dá sobrevida ao núcleo, mas não ao restante da estrela: as camadas de gás, atraídas para o centro, se chocam com o coração da supergigante vermelha, produzindo uma onda de choque que as ejeta para o espaço: a estrela explode em uma supernova.</p>



<p>O núcleo terá dois destinos, selados por sua massa. Se ele conseguir conter a gravidade que puxa tudo para o centro, ele se estabilizará como uma estrela de nêutrons. Se ele tiver uma massa maior do que 2,2 vezes a do nosso Sol, a estrela de nêutrons vai continuar a colapsar e formará um buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://thumbs.gfycat.com/IcyWarmGonolek-mobile.mp4"></video></figure>



<h2>Um buraco negro pode morrer?</h2>



<p>Sim, pode. Radiação Hawking é a radiação térmica que se acredita ser emitida por buracos negros. Ela leva o nome do cientista inglês Stephen Hawking, que elaborou os argumentos teóricos de sua existência. Como a radiação Hawking permite aos buracos negros perder massa, supõe-se que aqueles que perdem mais matéria do que ganham devorando o que passa pela frente venham a evaporar, encolher e, finalmente, desaparecer.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=AXR-etStvCI&feature=emb_logo
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<h2>Só existe um tipo de buraco negro?</h2>



<p>Até hoje, os astrônomos só conseguiram encontrar dois tipos de buracos negros: aqueles que se originam do colapso de estrelas, com cinco vezes a massa do Sol, e os gigantes supermassivos, rugindo no centro das galáxias (a Via Láctea tem um, chamado Sagitário A*) produto de <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204710-astronomos-descobrem-buraco-negro-gigante-aprisionando-6-galaxias.htm" target="_blank">bilhões de anos engolindo massa estelar</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154666-cientistas-ter-descoberto-luz-buraco-negro.htm" target="_blank">unindo-se a outros buracos negros</a> – mas nenhum com um tamanho intermediário.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://giant.gfycat.com/GiftedFakeHypsilophodon.mp4"></video></figure>



<p>Uma pesquisa publicada recentemente sugere que estamos usando a régua errada: já teríamos encontrado os buracos negros P e M – precisaríamos agora achar os de tamanho G, ou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204533-conheca-slbs-buracos-negros-estupendamente-monstruosos.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">buracos negros estupendamente grandes</a> (<em>stupendously large black holes</em>, ou SLABs). Seu tamanho: 100 quintilhões (100.000.000.000.000.000.000) de massas solares. Como achá-los – essa é a questão.</p>



<h2>Buracos negros e de minhoca são diferentes?</h2>



<p>Ambos são incrivelmente densos e exercem atração gravitacional de acordo. A diferença é que, em teoria, nada escapa de um buraco negro (a velocidade para se fugir o horizonte de eventos teria que ser maior que a velocidade da luz), enquanto um buraco de minhoca seria como um atalho dentro do espaço-tempo entre dois pontos do cosmos ou mesmo entre universos. E se você está se perguntando quem engole quem: <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156165-buracos-minhoca-engolem-buracos-negros-vice-versa.htm" target="_blank">buracos negros caem em buracos de minhoca</a>.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Neil deGrasse Tyson Explains Wormholes and Black holes" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/PtA7O3AOCPU?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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<h2>E se formos nós a cair em um buraco negro?</h2>



<p>Se seguirmos filmes e livros, você seria esmagado e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205159-buraco-negro-suga-estrela-espaguete.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">esticado como um espaguete</a>. Mas, segundo a física, não seria bem isso a acontecer. No instante em que você entrasse no buraco negro, a realidade se dividiria em duas. Em uma, você seria instantaneamente incinerado e, na outra, flutuaria em direção ao buraco negro totalmente ileso.</p>



<p>À medida que você é sugado para dentro do buraco negro, percebe que o espaço se torna cada vez mais curvo até o infinito – nesse ponto, você alcançou a singularidade, onde espaço e tempo deixam de ter sentido e as leis da física como as conhecemos não se aplicam mais. </p>



<p>Se você estivesse na companhia de alguém, a outra pessoa veria, horrorizada, você se esticando e se contorcendo e, quanto mais próximo do horizonte de eventos, mais lentamente você flutua. Então ela veria você ficar estático antes de ser reduzido a cinzas, para então sumir nas entranhas do buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Could the Earth be swallowed by a black hole? - Fabio Pacucci" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/e9TLbZuvsko?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
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<p>Mas você não sente nada disso, enquanto flutua em direção ao maior vilão do Universo, deslizando em queda livre. O horizonte de eventos só existe para quem está do lado de fora; para você, não há nada. Se o buraco negro for grande o suficiente, você poderia <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153920-limite-aproximacao-buraco-negro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">viver o resto de sua vida</a> normalmente antes de morrer na singularidade.</p>



<p>Isso se deve ao paradoxo que os físicos não conseguem desvendar: para a pessoa do lado de fora, você virou cinzas. Para você, do lado de dentro, está tudo bem. Isso porque a física quântica dita que informações nunca podem ser perdidas, ou seja, cada pedaço de informação que explica a sua existência tem que ficar fora do horizonte de eventos para que as leis da física não sejam quebradas.</p>



<p>Essas mesmas leis exigem que você flutue pelo horizonte de eventos sem ser incinerado. Do contrário, você estaria violando a teoria da relatividade geral. E mais: há uma terceira lei da <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank">física</a> que diz que as informações não podem ser copiadas, ou seja, você tem que estar em dois lugares ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da informação do buraco negro.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://www.youtube.com/watch?v=r5Pcqkhmp_0&feature=emb_logo
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<h2>O que ainda não sabemos sobre buracos negros?</h2>



<p>Entre tantas coisas, a principal é como resolver o problema acima. Apenas três aspectos definem um buraco negro: sua massa total, sua carga elétrica e seu momento angular (ou spin, uma grandeza física associada à sua rotação). </p>



<p>Não importa o que ele tenha engolido (estrelas, planetas, gás, plasma alienígenas, galáxias inteiras): o buraco negro vai reduzir essa imensidão de informações a somente três: massa, carga e spin.</p>



<p><strong>Veja também</strong>: <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154792-buracos-negros-verdade-projecoes-holograficas-propoe-estudo.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Buracos negros na verdade são projeções holográficas, propõe estudo</a></p>



<p>O destino dos buracos negros, segundo Stephen Hawking,  é emitir radiação térmica – evaporar, encolher e desaparecer, deixando um vazio no espaço e levando com ele a informação de tudo o que ele engoliu, em bilhões de anos. Uma pista para desvendar esse mistério pode estar nos <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/177329-buraco-negro-cabelos-stephen-hawking-detectados.htm" target="_blank">cabelos de um buraco negro</a>, mas isso já é outra história.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205816-buraco-negro-principais-descobertas.htm?f">O que é um buraco negro e as principais descobertas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/">TecMundo</a></p>


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O que é um buraco negro e as principais descobertas

Imagem de Asteroide, meteoro ou cometa? Conheça as diferenças entre eles no megacurioso

Esses corpos celestes, entre os quais também se inclui os meteoritos, são vistos perto da Terra com frequência


<p>Notícias sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115469-asteroide-proximo-da-terra-e-descoberto-por-garotas-indianas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">asteroides se aproximando da Terra</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114878-misteriosa-bola-de-fogo-cruza-o-ceu-da-australia-veja-o-video.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">bolas de fogo</a> cruzando os céus e cometas com suas caudas brilhantes desfilando pela órbita terrestre têm sido cada vez mais frequentes.</p>



<p>Somente em 2020, já tivemos o cometa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115778-cometa-neowise-sobrevive-inteiro-a-passagem-perto-do-sol.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Neowise</a> sendo registrado em todo o Brasil, pedaços de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115948-chuva-de-meteoros-gera-caca-ao-tesouro-no-sertao-de-pernambuco.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">rochas espaciais caindo no sertão de Pernambuco</a> e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116529-missao-historica-da-nasa-coleta-amostras-do-asteroide-bennu.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">NASA pousando no Bennu</a>, conhecido como o “asteroide do fim do mundo”.</p>



<p>Mesmo se falando tanto nesses corpos celestes, muita gente ainda os confunde e acaba usando os termos de forma errada. Você sabe quais são as diferenças entre eles? Confira.</p>



<h2>O que é um asteroide?</h2>



<p>Objetos rochosos, formados por detritos que restaram das colisões entre planetas e outros tipos de fragmentos, os asteroides têm formato irregular e podem orbitar uns aos outros, fazendo o caminho ao redor do Sol em pequenos grupos ou pares. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/69868-ceres-o-planeta-anao-permanece-um-misterio-para-a-ciencia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Ceres</a> é o maior deles conhecido — 940 quilômetros de largura.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22171323772094.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)" /><figcaption>(Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure>



<p>Grande parte está localizada no cinturão de asteroides, entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/jupiter/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Júpiter</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/marte/" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Marte</a>, provavelmente presos pela atração gravitacional do maior planeta do Sistema Solar. Mas há também aqueles que não orbitam o Sol, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115733-oumuamua-objeto-estranho-no-sistema-solar-volta-a-intrigar-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Oumuamua</a>, descoberto em 2017 e caracterizado pela sua forma alongada incomum.</p>



<h2>Qual a diferença entre meteoro e meteorito?</h2>



<p>Já o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114689-meteoro-que-atingiu-a-siberia-pode-ter-apenas-ralado-na-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">meteoro</a> é um asteroide que tenta chegar à Terra (existem 18 mil já registrados próximos ao planeta, de tamanhos menores), mas acaba vaporizado ao se aproximar da atmosfera. A grande velocidade e o atrito com ar fazem com que eles entrem em chamas, resultando nas populares <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/75829-por-que-fazemos-pedidos-a-estrelas-cadentes-como-a-que-passou-pelo-parana.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estrelas cadentes</a>.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22171851262096.jpg" alt="(Fonte: Twitter/SkyNews)" /><figcaption>(Fonte: Twitter/SkyNews)</figcaption></figure>



<p>Quando ele consegue sobreviver à resistência do ar e chega ao solo, normalmente em um tamanho menor que o original, é chamado de meteorito, um objeto espacial composto de pedra ou ferro.</p>



<h2>E os cometas?</h2>



<p>Igualmente compostos por materiais que sobraram da formação do Sistema Solar, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113428-saiba-mais-sobre-o-cometa-halley-e-quando-ele-vai-poder-ser-visto.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cometas</a> surgiram em regiões bem mais distantes do Sol, marcadas por baixíssimas temperaturas, ao contrário dos asteroides, formados em locais de temperaturas mais altas.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22171405770095.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" /><figcaption>(Fonte: Unsplash)</figcaption></figure>



<p>Devido a isso, são compostos por gases, pedaços de rocha e poeira congelados, como se fossem uma bola de neve espacial. Quando se aproximam do Sol, eles ganham uma cauda brilhante, surgida a partir da evaporação da sua superfície.</p>


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Asteroide, meteoro ou cometa? Conheça as diferenças entre eles

Imagem de Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter no megacurioso

Um novo estudo, baseado em imagens do radiotelescópio ALMA, descobriu os efeitos da atividade vulcânica no satélite


<p>Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acreditam ter descoberto o processo responsável por criar a atmosfera gasosa e borbulhante de Io, uma das quatro maiores luas de Júpiter. De acordo com eles, a resposta está nos vulcões do satélite.</p>



<p>Apontada como a lua de maior atividade vulcânica do Sistema Solar, Io possui mais de 400 vulcões e uma atmosfera dominada por dióxido de enxofre (SO2), gás que dá as cores características do satélite, quando congelado na superfície.</p>



<p>Mesmo exercendo grande influência, ainda não se sabia se os vulcões eram a principal fonte de SO2 para a atmosfera de Io ou se a maior parte vinha do gás que sublima — transição do estado sólido para gasoso — da superfície gelada, quando ela está sob a influência da luz do Sol.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26142138676235.jpg" alt="Io, em primeiro plano, e Júpiter, ao fundo.">Io, em primeiro plano, e Júpiter, ao fundo.</p>



<p>Para desvendar o mistério, o professor&nbsp;Imke de Pater, do departamento de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Astronomia</a> e Ciências Planetárias da Universidade da Califórnia, e sua equipe realizaram um novo estudo, publicado no <em>The Planetary Science Journal</em> em setembro. A pesquisa analisou imagens de Io, capturadas pelo radiotelescópio Atacama Large Milimeter/Submilimeter Array (ALMA) e por telescópios ópticos e infravermelhos.</p>



<h2>O que acontece na atmosfera de Io?</h2>



<p>Ao analisar imagens de mais de 30 anos de observação de Io, a equipe descobriu que a atmosfera se torna instável a cada 42 horas, conforme ela orbita o planeta. Em uma dessas ocasiões, no dia 20 de março de 2018, os níveis de SO2 caíram bastante, quando ela entrou na sombra de Júpiter, fazendo a temperatura diminuir.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-vimeo wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
https://player.vimeo.com/video/468104117
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<p>Segundo os pesquisadores, essa queda na temperatura, abaixo do ponto de congelamento do dióxido de enxofre, fez com que o gás, em essência, voltasse para a superfície lunar. Já as observações feitas em setembro de 2018 mostraram as emissões retornando ao nível anterior rapidamente, quando Io saiu do eclipse.</p>



<p>“Assim que Io entra na luz do Sol, a temperatura aumenta e obtemos todo esse dióxido de enxofre congelado sublimando, reformando a atmosfera em cerca de 10 minutos, mais rápido do que os modelos haviam previsto”, comentou o estudioso.</p>



<h2>Outras descobertas</h2>



<p>Os cientistas também acharam evidências de “vulcões furtivos”, que não emitem fumaça ou outras partículas, durante observações de baixos níveis de SO2. Foi notada, ainda, a presença de monóxido de enxofre (SO), mas apenas sobre os vulcões ativos.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26142536358238.jpg" alt="Foto de Io feita em 1979, pela missão Voyager.">Foto de Io feita em 1979, pela missão Voyager.</p>



<p>As imagens do ALMA também possibilitaram descobrir um terceiro gás saindo dos vulcões, o cloreto de potássio (KCI), nas regiões onde não há SO2 e SO. “Essa é uma forte evidência de que os reservatórios de magma são diferentes, em diferentes vulcões”, revelou a astrônoma Statia Luszcz-Cook, coautora da pesquisa.</p>



<p>O estudo sobre Io continua. Um dos próximos desafios é analisar a temperatura da baixa atmosfera dessa lua de Júpiter.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205821-vulcoes-ativos-alimentam-atmosfera-io-lua-jupiter.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205821-vulcoes-ativos-alimentam-atmosfera-io-lua-jupiter.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Vulcões ativos alimentam a atmosfera de Io, lua de Júpiter

Imagem de NASA anuncia descoberta de água na superfície iluminada da Lua no megacurioso

Novidade pode facilitar futuras explorações espaciais e possibilitar a extração do recurso


<p>Em anúncio realizado no início da tarde desta segunda-feira (26), a <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" target="_blank">NASA</a> revelou que, utilizando o Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), detectou a presença de água distribuída em uma cratera lunar exposta ao Sol, a Clavius. A descoberta pode auxiliar em missões e também na procura pelo elemento em outros locais do Universo.</p>



<p>Devido ao baixo nível de gravidade existente no satélite natural da Terra, imaginava-se que, além da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/133431-confirmado-cientistas-identificam-presenca-gelo-polos-lunares.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">substância em estado sólido</a>, o astro não teria capacidade de reter moléculas isoladas ou mesmo formas líquidas, que se espalhariam facilmente por áreas além dele. Tal fato tornaria inviável a exploração do recurso, encontrado apenas em regiões inóspitas.&nbsp;</p>



<p>Logo, apesar da pequena quantidade visualizada (uma concentração de 0,32 litro por metro cúbico) e da necessidade de análises aprofundadas para a compreensão de sua composição exata e de sua estabilidade, existe a esperança de que, no futuro, o espaço e o peso ocupados por estoques do tipo que há em naves sejam substituídos por itens tão importantes quanto ele.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26135518116225.jpg" alt="NASA descobre água em novas partes da Lua.">NASA descobre água em novas partes da Lua.</p>



<h2>Criando um novo itinerário</h2>



<p>A água, em missões espaciais, é aplicada em diversas ocasiões, inclusive na produção de oxigênio. Sendo assim, essas evidências permitem o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/94959-agua-lua-proximas-missoes-nasa-responder-questao.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">mapeamento dos locais de destino</a> de viagens e saber o quanto se pode economizar de carga em jornadas extraterrestres, visto que definir de onde ela será extraída faz uma diferença e tanto. Para aqueles que se perguntam sobre a existência de vida na Lua, especialistas indicam que, devido ao ambiente, é improvável que haja alguma, já que elementos adicionais seriam necessários – e a radiação frearia qualquer desenvolvimento.</p>



<p>Por fim, os representantes da NASA ressaltaram que há muito trabalho a ser feito, já que a quantidade de dados levantados não foi o suficiente para utilizar a informação em objetivos de curto prazo. Exemplificando a importância do estudo, explicaram que, quando viajamos, é importante sabermos onde há postos de gasolina e se devemos utilizar o espaço no porta-malas para armazenar combustível ou podemos adicionar mais alguns livros. Nesse caso, foi dado o primeiro passo para a criação de novas estratégias.</p>



<p>&#8220;Se pudermos usar os recursos da Lua, poderemos carregar menos água e mais equipamentos para ajudar em novas descobertas científicas&#8221;, contou Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração do Diretório de Missões de Exploração e Operações Humanas da NASA.&nbsp;</p>



<p>&#8220;Não sabemos ainda se podemos usá-la como um recurso, mas aprender sobre a água na Lua é a chave para nossos planos de exploração <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205203-nasa-assina-acordos-artemis-exploracao-lua-7-paises.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Artemis</a>&#8220;, declarou a agência em seu perfil no Twitter.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205802-nasa-anuncia-descoberta-agua-superficie-iluminada-lua.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205802-nasa-anuncia-descoberta-agua-superficie-iluminada-lua.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NASA anuncia descoberta de água na superfície iluminada da Lua</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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NASA anuncia descoberta de água na superfície iluminada da Lua

Imagem de NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço no megacurioso

Como a OSIRIS-REx coletou mais material do que os 60 gramas previstos, o excesso acabou entalando a tampa do coletor


<p>Após realizar um feito histórico na semana passada (21), ao&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/205600-missao-historica-nasa-coleta-amostras-asteroide-bennu.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">coletar amostras de rochas da superfície de um asteroide</a> pela primeira vez, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> acabou sofrendo um revés inesperado: a espaçonave OSIRIS-REx recolheu tanto material de Bennu, que acabou se entupindo e ficando com a “boca” aberta, entornando fragmentos pelo espaço.</p>



<p>Em um comunicado da NASA, divulgado na sexta-feira (23), a equipe em Terra responsável pelo gerenciamento da missão percebeu, ao revisar as imagens do voo, que a cabeça do amostrador da sonda estava cheia de partículas do asteroide, e que algumas delas estavam escapando do coletor de amostra, o TAGSAM.</p>



<p>A suspeita é de que esses pedaços de material estão escapando através de pequenas fendas, onde uma aba de mylar (uma fortíssima película de poliéster que funciona como “tampa” do coletor) está ligeiramente entalada por pedras maiores.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/26/26125506123191.gif" alt="Cabeça do amostrador da OSIRIS-REX cheia de rochas e poeira de Bennu (Fonte: NASA/Divulgação)">Cabeça do amostrador da OSIRIS-REx cheia de rochas e poeira de Bennu. (Fonte: NASA/Divulgação)</p>



<h2>Acelerando o armazenamento</h2>



<p>Apesar da ocorrência, a equipe não está desanimada com o apetite excessivo da OSIRIS-Rex, que parece ter ultrapassado os 60 gramas de material inicialmente previstos. Para evitar mais perda de massa, será feito o aceleramento do armazenamento desses materiais, explicou Dante Lauretta, investigador principal do projeto.</p>



<p>Como as imagens mostram que qualquer movimento brusco da nave pode fazer o instrumento TAGSAM ter mais perdas de amostras, a equipe da missão optou cancelar alguns procedimentos agendados, como a medição de massa de amostra e a queima de frenagem.&nbsp;</p>



<p>A equipe se concentra agora em transferir rapidamente as amostras restantes para a Sample Return Capsule (SRC), onde o material poderá ser mantido em segurança até o retorno à Terra.</p>



<p>Segundo a NASA, a OSIRIS-REx está bem, e a equipe está finalizando um cronograma para concluir o armazenamento. Assim que fixadas as informações a respeito do tempo de conclusão do armazenamento, a agência espacial emitirá uma atualização.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205799-nasa-rochas-coletadas-excesso-asteroide-entornam-espaco.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205799-nasa-rochas-coletadas-excesso-asteroide-entornam-espaco.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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NASA: rochas coletadas em excesso do asteroide entornam no espaço

Imagem de NASA vai anunciar 'descoberta empolgante' sobre a Lua no dia 26 no megacurioso

Segundo um comunicado de imprensa da agência norte-americana, a novidade veio do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (SOFIA)


<p>Ontem (21), a <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" target="_blank">NASA</a> explicou através de um comunicado de imprensa que pretende anunciar “uma nova descoberta empolgante sobre a Lua” em uma coletiva na segunda-feira, 26 de outubro, às 13h (horário de Brasília).</p>



<h2>Informações do SOFIA</h2>



<p>Segundo a publicação, a novidade veio do Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha (cuja sigla em inglês é SOFIA), que realizou seu primeiro voo em 2007, e foi criado através da união da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/" rel="noreferrer noopener" target="_blank">ciência</a> da agência norte-americana com o Centro Aeroespacial Alemão.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/22/22150219995011.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodução)">(Fonte: NASA/Reprodução)</p>



<p>O observatório foi montando em um Boeing 747SP modificado para que a traseira pudesse ser aberta durante o voo, permitindo a utilização de um telescópio refletor, o que oferece mais facilidade nas observações e evita interferência atmosférica. Os instrumentos da estrutura se concentram no estudo de objetos em nosso próprio sistema solar e do Universo.</p>



<h2>Novidades sobre a Lua e Marte</h2>



<p>A publicação também fez referência ao Programa Artemis, que pretende levar a primeira mulher astronauta para nosso satélite natural em 2024, e o próximo grande passo da NASA, a exploração humana em Marte nos primeiros anos da década de 2030.</p>



<p>Entre os convidados da coletiva na segunda-feira teremos Naseem Rangwala, cientista do projeto da missão SOFIA no Centro de Pesquisa Ames, na Califórnia. Outros palestrantes incluem: Paul Hertz, líder da divisão de astrofísica, Jacob Bleacher, cientista-chefe de exploração da Diretoria de Missão de Exploração Humana e Operações, e Casey Honniball, uma pós-doutoranda do Centro de Voos Espaciais Goddard, em Maryland.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205678-nasa-anunciar-descoberta-empolgante-lua-dia-26.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205678-nasa-anunciar-descoberta-empolgante-lua-dia-26.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NASA vai anunciar &#8216;descoberta empolgante&#8217; sobre a Lua no dia 26</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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NASA vai anunciar 'descoberta empolgante' sobre a Lua no dia 26

Imagem de Missão histórica da NASA coleta amostras do asteroide Bennu no megacurioso

O material colhido pela nave OSIRIS-REx, durante o pouso na rocha espacial, deve chegar à Terra em 2023


<p>Pela primeira vez em sua história, a <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" target="_blank">NASA</a> conseguiu coletar amostras da superfície de um asteroide com sucesso. O feito, alcançado nessa terça-feira (20), foi realizado pela nave <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/143134-osiris-rex-melhor-registro-asteroide-bennu.htm" target="_blank">OSIRIS-REx</a>, após ela tocar brevemente a rocha espacial Bennu, colhendo materiais que podem conter pistas sobre as origens do Sistema Solar e da vida na Terra.</p>



<p>Segundo a agência espacial americana, a sonda realizou uma manobra conhecida como “Touch-and-Go” (TAG), que consiste em um rápido pouso no asteroide. Foram cerca de 10 segundos em uma cratera do corpo celeste, o suficiente para que o braço mecânico conseguisse coletar pelo menos 60 gramas de amostras.</p>



<p>Na sequência, a OSIRIS-REx disparou seus propulsores e decolou, ficando a uma distância segura do Bennu, levando a equipe a comemorar. “O fato de termos tocado com segurança e sucesso a superfície de Bennu, além de todos os outros marcos que esta missão já alcançou, é uma prova do espírito vivo de exploração que continua a descobrir os segredos do Sistema Solar”, disse a diretora da Divisão de Ciência Planetária da NASA Lori Glaze.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/21/21150730898198.jpg" alt="Aproximação da nave ao Bennu, durante um dos ensaios para a descida.">Aproximação da nave ao Bennu, durante um dos ensaios para a descida.</p>



<p>É importante ressaltar que o comando da missão ainda precisa confirmar se a nave realmente alcançou seu objetivo, o que pode demorar até 10 dias. Caso seja necessário, ela ainda pode realizar outras duas tentativas de pouso no asteroide, antes de iniciar sua viagem de volta à Terra.</p>



<h2>A importância da missão</h2>



<p>Lançada em 2016, a pequena espaçonave tinha como alvo o asteroide de 500 metros de diâmetro, atualmente a 321 milhões de quilômetros de distância da Terra. Descoberto em 1999, ele despertou o interesse dos pesquisadores desde então.</p>



<p>Para os cientistas, esta rocha espacial antiga e bem preservada pode ser uma ótima fonte de estudos sobre as origens dos planetas. Eles também acreditam que corpos celestes semelhantes ao Bennu tenham semeado a superfície terrestre com os compostos necessários para a vida.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/21/21151244917207.jpg" alt="Existe a possibilidade de que o Bennu atinja a Terra em 2135.">Existe a possibilidade de que o Bennu atinja a Terra em 2135.</p>



<p>A OSIRIS-REx chegou até ele em dezembro de 2018, quando começou a orbita-lo e a mapear sua superfície, juntando os detalhes para a realização da histórica manobra de pouso e coleta.</p>



<p>“Esta foi uma façanha incrível, hoje nós avançamos tanto na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia" rel="noreferrer noopener" target="_blank">ciência</a> quanto na engenharia e nossas perspectivas para futuras missões para estudar esses misteriosos contadores de histórias do Sistema Solar”, disse o administrador do Diretório de Missão Científica da NASA Thomas Zurbüchen.</p>



<h2>Quando os materiais chegam à Terra?</h2>



<p>Devido à distância em que o Bennu está atualmente, o que também atrasou a divulgação das imagens da manobra, a OSIRIS-REx só deve chegar à Terra em setembro de 2023, pousando no deserto de Utah, com o auxílio de paraquedas.</p>



<p>Após a chegada, as amostras do Bennu serão estudadas por cientistas de todo o mundo, podendo trazer grandes revelações.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205600-missao-historica-nasa-coleta-amostras-asteroide-bennu.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205600-missao-historica-nasa-coleta-amostras-asteroide-bennu.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Missão histórica da NASA coleta amostras do asteroide Bennu</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Missão histórica da NASA coleta amostras do asteroide Bennu

Imagem de Voyager 2 aponta que o Espaço é mais denso do que o esperado no megacurioso

Segundo relatórios da sonda espacial, o espaço interestelar possui uma densidade maior do que os cientistas acreditavam


<p>Em 20 de agosto de 1977, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">NASA</a> lançava em sua estação no Cabo Canaveral a sonda espacial Voyager 2, e 41 anos após o início de sua jornada, ela finalmente deixou nosso sistema solar em 2018, passando a registrar alguns dados interessantes sobre o espaço interestelar.</p>



<p>Um dos fatos surpreendentes foi um aumento da densidade de partículas ao redor do aparato, o que pode provar que a suposição dos cientistas de que a densidade do plasma é de 0,002 elétrons por centímetro cúbico está equivocada.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20171333614280.png" alt="(Fonte: NASA/Reprodução)">(Fonte: NASA/Reprodução)</p>



<h2>O espaço é mais denso do que imaginado?</h2>



<p>Segundo um estudo publicado no <em>The Astrophysical Journal Letters</em>, os relatórios emitidos em 2013 por sua antecessora, a Voyager 1, apresentaram uma medida de 0,055, enquanto a sonda atual registrou o valor de 0,039 em 2019.</p>



<p>Além disso, uma pesquisa da Universidade de Iowa aponta que esses resultados podem comprovar que o espaço pelo qual as duas estão viajando está ficando mais denso conforme elas avançam.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/20/20171409283281.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)</p>



<p>De acordo com os cientistas, algumas explicações possíveis para este fato incluem uma interferência magnética acumulando elétrons ao redor das fronteiras de nosso sistema, ou até mesmo ventos solares criando uma parede de partículas.&nbsp;</p>



<p>Seja como for, parece que este mistério intrigante está além das capacidades da Voyager 2, e será preciso uma nova geração de sondas espaciais para desvendar esta questão.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voyager 2 aponta que o Espaço é mais denso do que o esperado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Voyager 2 aponta que o Espaço é mais denso do que o esperado

Imagem de Chuva de meteoros Orionídeas terá pico no dia 21 de outubro no megacurioso

Um dos destaques do calendário astronômico de outubro, a chuva de meteoros Orionídeas deverá ter o seu pico na próxima quarta-feira (21), promovendo 


<p>Um dos destaques do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204665-principais-eventos-astronomicos-mes-outubro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">calendário astronômico de outubro</a>, a chuva de meteoros Orionídeas deverá ter o seu pico na próxima quarta-feira (21), promovendo um belo espetáculo no céu. O fenômeno pode ser visto a olho nu no Brasil, desde que as condições climáticas permitam.</p>



<p>Considerada pela American Meteor Society como uma chuva de meteoros de “média intensidade”, a Orionídeas ocorre, neste ano, entre os dias 2 de outubro e 7 de novembro. Neste período, a Terra cruza o caminho dos resíduos do cometa Halley, cuja passagem mais recente pelo planeta foi em 1986.</p>



<p>Viajando a uma velocidade de 238 mil km/h, esses pequenos pedaços do cometa, que podem ter medidas diferentes — alguns são similares a grãos de areia, enquanto outros chegam ao tamanho de uma mão — surgem no céu, aparecendo na região da constelação de Órion (daí vem o nome do evento).</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/16/16194943004195.jpg" alt="A observação dos bólidos só é possível se o céu estiver limpo.">A observação dos bólidos só é possível se o céu estiver limpo.</p>



<p>Ao entrar em atrito com a atmosfera terrestre, os restos da rocha espacial ficam incandescentes e se queimam, se tornando visíveis para quem está no solo. Normalmente, essa chuva produz de 10 a 20 meteoros por hora, mas em anos excepcionais, é possível visualizar até 75 bólidos cruzando o céu a cada 60 minutos.</p>



<h2>Como observar Orionídeas?</h2>



<p>Para ver a chuva de meteoros Orionídeas em 2020, a principal dica é observá-la entre a noite do dia 20 de outubro e a madrugada do dia 21, quando está previsto o pico do fenômeno.</p>



<p>Você deve olhar para o céu na direção leste, mesma região das “Três Marias”, estrelas integrantes do cinturão, a partir das 23h. A visualização dos bólidos é melhor com o céu bem escuro, na madrugada, e em locais distantes da poluição luminosa.</p>



<p>Não é preciso usar telescópio ou binóculos, mas o <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/celular" target="_blank">celular</a> pode ajudar na observação, com os apps <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/google-sky-map.htm" target="_blank">Google Sky Map</a>, <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/star-chart.htm" target="_blank">Star Chart</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/download/stellarium.htm" target="_blank">Stellarium</a> facilitando a localização de Órion.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205409-chuva-meteoros-orionideas-tera-pico-dia-21-outubro.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205409-chuva-meteoros-orionideas-tera-pico-dia-21-outubro.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Chuva de meteoros Orionídeas terá pico no dia 21 de outubro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Chuva de meteoros Orionídeas terá pico no dia 21 de outubro

Imagem de Magnetização da crosta da Lua é o que resta de seu dínamo central no megacurioso

Pesquisa derrubou uma das teorias aceitas sobre o que gerou o campo magnético do satélite


<p>Há 4 bilhões de anos, a Lua tinha um campo magnético 2 vezes mais forte do que é o da Terra hoje. Como ela foi capaz de gerar uma magnetosfera tão forte tendo um núcleo tão pequeno ainda é um mistério não solucionado, mas uma pesquisa agora publicada aponta um ancestral dínamo central como a causa da magnetização da crosta da Lua.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/12/12141627720090.jpg" alt="A Lua já produziu uma magnetosfera mais intensa que a da Terra atual.">A Lua já produziu uma magnetosfera mais intensa do que a da Terra atual.</p>



<p>“Existem 2 hipóteses antigas: uma é que a magnetização da crosta da Lua é resultado de um dínamo antigo no núcleo lunar; a outra, que ela é o resultado de uma amplificação do campo magnético interplanetário, aumentado pelo impacto de meteoroides”, disse uma das autoras do estudo, a física e cientista planetária Katarina Miljkovic, da Curtin University.</p>



<h2>Dínamo central</h2>



<p>A equipe de Miljkovic trabalhou com estimativas numéricas dos impactos do bombardeio de um grande meteoroide na Lua há cerca de 4 bilhões de anos.&nbsp;</p>



<p>Segundo a cientista planetária, a pesquisa “é um estudo numérico profundo que põe por terra a teoria sobre os meteoroides. Descobrimos que o plasma gerado pelo impacto desses corpos interage muito mais fracamente com a Lua em comparação com os níveis de magnetização obtidos da crosta lunar. Essa descoberta nos leva a concluir que um dínamo central é a única fonte plausível de magnetização da crosta lunar”.</p>



<p>A cientista planetária explica que &#8220;meteoroides atingiram velozmente a Lua, causando deslocamento, derretimento e vaporização da crosta lunar. Calculamos a massa e a energia térmica geradas por esses choques, e o resultado foi usado para investigarmos como o campo magnético ambiente na Lua se comportou depois desses grandes impactos, o que desmente a hipótese mais antiga”.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/12/12144635479102.jpg" alt="Meteoroides não são os responsáveis pela crosta da Lua ser magnetizada (em primeiro plano, a grande cratera Goclenius).">Meteoroides não são os responsáveis pela crosta da Lua ser magnetizada (em primeiro plano, a grande cratera Goclenius).</p>



<p>As simulações de impacto e do comportamento do plasma da Lua permitiram à equipe reproduzir os mecanismos de evolução da Lua há muito propostos. Descartar hipóteses pode simplificar o processo para determinar o que magnetizou a Lua e até mesmo outros objetos no Sistema Solar que também têm crostas magnetizadas – cujas causas ainda são inexplicáveis.</p>



<p>“Além da Lua, Mercúrio e outros pequenos corpos planetários têm uma crosta magnética. Talvez outros dínamos equivalentes ao da Lua também pudessem estar agindo nesses objetos”, disse a física e cientista computacional do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Rona Oran, principal pesquisadora do trabalho publicado pela <em>Science Advances</em>.</p>



<h2>Metais e ferrugem</h2>



<p>Há anos sabe-se que a Lua já teve um campo magnético maior do que o da Terra, mas não se conhece as razões de ele ter desaparecido há 1 bilhão de anos. Em janeiro, pesquisadores do MIT determinaram possíveis causas.</p>



<p>A Lua já esteve muito mais perto da Terra, e a força gravitacional do planeta teria agitado o núcleo líquido do satélite, criando o dínamo que geraria seu campo magnético. Com o distanciamento entre planeta e satélite, o efeito da gravidade se enfraqueceu, o dínamo perdeu sua força e o núcleo da Lua cristalizou. O processo extinguiu o campo magnético lunar.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/12/12144905590103.jpg" alt="O distanciamento progressivo entre Terra e Lua levou ao resfriamento e cristalização do núcleo lunar.">O distanciamento progressivo entre Terra e Lua levou ao resfriamento e à cristalização do núcleo lunar.</p>



<p>Pesquisadores da NASA ainda descobriram evidências de que a superfície da Lua é mais rica em metais do que se pensava e que ela contém hematita, uma forma de ferrugem que normalmente requer oxigênio e água – elementos em falta no satélite.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205134-magnetizacao-crosta-da-lua-resta-dinamo-central.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205134-magnetizacao-crosta-da-lua-resta-dinamo-central.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Magnetização da crosta da Lua é o que resta de seu dínamo central</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>
