Asteroide metálico de US$ 10 quintilhões está enferrujando no espaço

03/11/2020 às 04:002 min de leitura

Um estudo publicado nesta semana (26) na revista The Planetary Science Journal, revela um tesouro: uma montanha de ferro, níquel, platina e ouro com um diâmetro de 226 quilômetros e valor estimado em US$ 10 quintilhões. Porém, há dois problemas na exploração: o primeiro é que se trata de um asteroide, entre as órbitas de Marte e Júpiter. O segundo é que ele está enferrujando.

Na verdade, o asteroide já está catalogado no Sistema Solar desde 1852, quando foi descoberto e batizado de 16 Psyche. Porém, foi somente em 2017 que o telescópio Hubble, da NASA, descobriu que o gigantesco objeto, cuja massa corresponde a 1% de todo o cinturão de asteroides, é feito de vários metais preciosos.

Os astrônomos acreditam que o 16 Psyche, classificado a princípio como um planeta menor, é o núcleo de um protoplaneta, que não chegou a se formar completamente. Acredita-se que os planetas se formam quando suas estrelas são muito jovens. No caso do 16 Psyche, a NASA irá enviar uma sonda para investigá-lo nos próximos anos.

Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução
Concepção artística de uma espaçonave explorando o 16 Psyche (Fonte: P. Rubin/NASA/Reprodução)

A pesquisa sobre o 16 Psyche

Esta é a primeira vez que o 16 Psyche foi estudado. Cientistas da Southwest Research Institute (SwRI) utilizaram comprimentos de onda ultravioleta, a partir do Telescópio Espacial Hubble, para revelar o que já se imaginava: o asteroide é um pedaço denso de rocha espacial notavelmente metálico.

A expectativa em torno de uma futura análise direta no 16 Psyche é que tal pesquisa possa fornecer maiores informações sobre o núcleo da nossa Terra e de outros planetas, uma vez que é mais fácil enviar uma sonda até os confins do Sistema Solar do que encarar os 6 mil graus Celsius do centro do nosso planeta.

Uma das autoras do estudo, Tracy Becker, afirma que o que torna o 16 Psyche e os outros asteroides tão especiais é que eles podem ser considerados os tijolos do Sistema Solar.

A observação desses corpos rochosos permite entender o que realmente constitui um planeta. Para ela, ver o interior de um planeta é uma experiência fascinante. “Assim que chegarmos ao Psyche, vamos realmente entender se esse é o caso, ainda que não seja como esperamos”, conclui a pesquisadora.

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