Segundo um novo estudo, o peixe-pulmonado da América do Sul possui 30 vezes o tamanho do DNA humano.

O genoma mais longo de todo o reino animal não pertence a uma criatura gigante, mas a uma criatura aquática bastante curiosa e que parece ter congelado no tempo. Nós estamos falando do peixe-pulmonado da América do Sul, uma classe de vertebrados de água doce com características únicas refletidas em seu colossal código genético.Capazes de respirar ar e água, essas estranhas criaturas antigas compartilham um ancestral comum com todos os vertebrados de quatro membros conhecidos como tetrápodes. De acordo com o novo estudo, o peixe-pulmonado possui um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> de até 30 vezes maior do que o dos seres humanos.<h2>Estudando o genoma</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16182611735086.jpg" alt="Peixes-pulmonados podem oferecer uma visão interessante sobre o passado dos tetrápodes. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Peixes-pulmonados podem oferecer uma visão interessante sobre o passado dos tetrápodes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores da Universidade de Konstanz, na Alemanha, recentemente sequenciaram o maior dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/genoma-europeu-tumba-de-45-mil-anos-revela-dados-da-ancestralidade-europeia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genomas</a> de peixes-pulmonados no mundo, o do peixe-pulmonado da América do Sul (Lepidosiren paradoxa). Segundo os investigadores, esse tipo de estudo pode fornecer informações essenciais sobre como os nossos ancestrais emergiram das profundezas para andar na terra."Com mais de 90 bilhões de bases, o DNA da espécie sul-americana é o maior de todos os genomas animais e mais que o dobro do genoma do recordista anterior, o peixe-pulmonado australiano", afirmou o biólogo evolucionista Axel Meyer. Curiosamente, no entanto, a equipe contou apenas cerca de 20 mil sequências codificadoras de proteínas.As três linhagens de peixes-pulmonadas conhecidas são tudo o que resta até hoje sobre essas incríveis criaturas. Esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121802-6-dos-tipos-de-peixe-mais-lindos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> são considerados fósseis vivos. Porém, para a surpresa dos pesquisadores, o genoma deles é notavelmente estável e o arranjo de genes é bem conservados, o que mantém o peixe-pulmonado uma criatura "bem-sucedida".<h2>Olhando para o passado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/16/16182704337087.jpeg" alt="Estudo revelou que peixes-pulmonados da América do Sul possuem genoma 30 vezes maior do que seres humanos. (Fonte: Universidade Estadual da Louisiana/Reprodução) "><figcaption>Estudo revelou que peixes-pulmonados da América do Sul possuem genoma 30 vezes maior do que seres humanos. (Fonte: Universidade Estadual da Louisiana/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Após sequenciar o genoma dos peixes-pulmonados, os pesquisadores também puderam fazer engenharia reversa cromossômica para entender o passado dos tetrápodes. Essa ancestralidade foi confirmada pelo estudo, fornecendo um conjunto de ferramentas para entendermos o nosso próprio caminho evolutivo.&nbsp;Os pesquisadores também conseguiram contabilizar algumas das diferenças mais gritantes entre as três espécies vivas. Os peixes-pulmonados australianos, por exemplo, possuem apenas um pulmão e ainda podem usar suas guelras. Já os africanos e sul-americanos têm guelras atrofiadas e um par de pulmões, tendo evoluído seus membros de volta para nadadeiras filamentosas.&nbsp;No artigo, os cientistas salientam que os genomas de todas as três linhagens de peixes-pulmonados são chave para uma melhor compreensão do desenvolvimento e das mudanças evolutivas genômicas para a evolução dos tetrápodes, considerada uma das principais transições durante a evolução dos vertebrados. Agora, o objetivo é que pesquisas futuras consigam expandir nossos horizontes sobre o passado.&nbsp;

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Peixe sul-americano tem o maior genoma já sequenciado entre todos os animais

Extremamente diferente dos crocodilos modernos, o Enalioetes schroederi não tinha escamas e ficou "perdido" na história por décadas.

Um conjunto de fósseis de 135 milhões de anos foi recentemente analisado por uma equipe de pesquisadores internacionais da Alemanha e do Reino Unido. O material, que foi considerado perdido durante a Segunda Guerra Mundial, tratava-se de um crânio "bem preservado" e as primeiras vértebras do pescoço de uma espécie agora batizada de Enalioetes schroederi,&nbsp;um crocodilo marinho antigo.Porém, embora faça parte da linha genealógica dos crocodilos, essas curiosas criaturas certamente se pareciam mais com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/golfinhos-surpreendem-ao-cuidar-de-filhote-raro-e-estranho-no-camboja" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinho</a> do que com répteis. O motivo? Esses animais não tinham escamas, apresentavam nadadeiras e eram muito menos volumosos.&nbsp;<h2>Redescobrindo os fósseis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14212112558000.jpeg" alt="Por muitos anos, estudiosos acreditaram que fósseis do crocodilo antigo tinham sido perdidos na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Joschua Knüppe/Ilustração)"><figcaption>Por muitos anos, estudiosos acreditaram que fósseis do crocodilo antigo tinham sido perdidos na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Joschua Knüppe/Ilustração)</figcaption></figure></figure>Segundo os pesquisadores, os oceanos eram povoados por várias espécies de animais parecidos com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127065-conheca-cassius-o-crocodilo-de-120-anos-que-e-o-maior-do-mundo-e-continua-a-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilos</a> entre o Jurássico Médio e o Cretáceo Inferior. Os Metriorhynchidae eram uma família conhecida por suas distintas formas corporais e características físicas e entre eles estava o E. schroederi.&nbsp;Ao contrário dos seus familiares, esse crocodilo marinho antigo continuou evoluindo e existindo durante o Cretáceo. Porém, foi só recentemente que os pesquisadores puderam confirmar detalhes mais ricos sobre essa espécie que "desapareceu" por longas décadas. Descoberta pela primeira vez em 1916 pelo arquiteto alemão D. Hapke, os restos mortais do crocodilo foram doados para Henry Schroeder, do Prussian Geological Survey de Berlim.Contudo, os paleontólogos passaram décadas acreditando que os fósseis foram perdidos durante a destruição da cidade na Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, no entanto, foi descoberto que Schroeder devolveu os fósseis ao seu descobridor original, cuja família os levou para o Museu Minden, na Alemanha Ocidental, onde permaneceram por anos.&nbsp;<h2>Desbravando uma nova espécie</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14212338069001.jpg" alt="Estudos mostram que nova espécie se parecia mais com golfinhos modernos do que com crocodilos. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Estudos mostram que nova espécie se parecia mais com golfinhos modernos do que com crocodilos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Ao perceber que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128627-5-fosseis-de-insetos-curiosos-que-desafiam-a-imaginacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> de E. schroederi ainda estavam intactos, uma equipe do Naturkunde-Museum Bielefeld e da Universidade de Edimburgo começou a trabalhar no estudo das peças, incluindo submeter o crânio tridimensional quase intacto a uma tomografia computadorizada. “Nós pudemos aprender muito sobre a anatomia interna desses crocodilos marinhos. A preservação notável nos permitiu reconstruir as cavidades internas e até mesmo as orelhas internas do animal”, disse Sven Sachs, líder do projeto, em comunicado oficial.Segundo os pesquisadores, a espécie desenvolveu um "plano corporal radicalmente diferente de outros crocodilos" durante o Cretáceo. Isso incluía olhos ainda maiores do que seus ancestrais e orelhas internas mais compactas e ósseas. Os investigadores suspeitam que esses sejam sinais de que essas criaturas eram nadadores mais rápidos do que seus parentes.Embora o estudo tenha determinado que os fósseis são de uma espécie totalmente nova, os cientistas decidiram escolher o nome E. schroederi para homenagear o homem que detalhou as primeiras descrições da criatura antiga antes dela desaparecer por décadas.&nbsp;

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Crocodilo "esquecido" da época dos dinossauros parecia mais um golfinho

Descubra como a rica herança cultural dos aborígenes moldou o passado, o presente e o futuro da Austrália.

A Austrália é amplamente conhecida por sua paisagem deslumbrante, <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/42622-medo-e-morte-19-fotos-que-provam-que-a-natureza-na-australia-e-assustadora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fauna única</a> e rica cultura. No entanto, um dos aspectos mais fascinantes da história australiana é o legado dos aborígenes, considerados uma das civilizações mais antigas do mundo. Desde sua chegada, há cerca de 65 mil anos, até sua influência contínua na cultura moderna, esses povos desempenharam um papel fundamental na formação do continente.<h2>A jornada ancestral e a adaptação ao território</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15104115523066.jpg" alt="Tradições orais e canções são pilares na preservação do legado cultural milenar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Tradições orais e canções são pilares na preservação do legado cultural milenar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os aborígenes são reconhecidos como uma das civilizações contínuas mais antigas da Terra. Estudos indicam que seus ancestrais migraram da África para a Austrália pelo Sudeste Asiático durante o período Pleistoceno, quando o nível do mar estava mais baixo e facilitava a travessia. Essa migração complexa e a subsequente adaptação ao novo ambiente demonstram a notável habilidade desse povo na navegação e sobrevivência.A capacidade dos aborígenes de se adaptarem a uma variedade de ecossistemas, desde desertos áridos até florestas tropicais, é um testemunho de sua resiliência e conhecimento profundo do ambiente. Eles desenvolveram ferramentas de pedra avançadas, como lanças e bumerangues, e técnicas sofisticadas de pesca e caça. A herança cultural foi transmitida por meio de tradições orais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/maldicao-gravetos-de-12-mil-anos-revelam-ritual-aborigene-mais-antigo-ja-registrado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerimônias</a> e canções, criando um legado rico que persiste até hoje.<h2>Cultura, arte e o impacto da colonização</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/15/15104329948068.jpg" alt="Os aborígenes australianos têm conquistado cada vez mais espaço na comunidade moderna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os aborígenes australianos têm conquistado cada vez mais espaço na comunidade moderna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes da chegada dos europeus, os aborígenes falavam mais de 250 línguas diferentes, cada uma com seus próprios dialetos, refletindo a complexidade e diversidade de suas culturas. A arte aborígene, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123829-as-6-pinturas-rupestres-mais-antigas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinturas rupestres</a> e gravuras, é esteticamente impressionante, além de carregar um simbolismo profundo ligado às histórias do Dreamtime (Tempo do Sonho), que explicam a criação do mundo e as leis da vida.A chegada dos europeus em 1788 marcou o início de um período devastador para esse povo, com doenças, violência e desapropriação de terras reduzindo drasticamente sua população. As políticas de assimilação forçada, como as "gerações roubadas", visavam eliminar a identidade cultural dos aborígenes.No entanto, a partir da segunda metade do século 20, eles começaram a lutar pela recuperação de seus direitos e identidade cultural. O referendo de 1967 foi um marco importante ao permitir a inclusão dos aborígenes no censo e possibilitar a legislação em sua defesa.Hoje, a cultura aborígene é revitalizada e reconhecida globalmente. O retorno de terras sagradas e a incorporação de elementos culturais na educação são exemplos do esforço para reparar injustiças passadas. A arte, a música e as tradições aborígenes continuam a enriquecer a cultura australiana, enquanto muitos membros da comunidade desempenham papéis significativos na política e nos esportes.

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Como os aborígenes australianos surgiram e se adaptaram ao continente?

Segundo pesquisadores, menos de 100 animais da espécie ainda existem na natureza nos Estados Unidos. 

Pela primeira vez nos últimos 50 anos, uma jaguatirica foi avistada na região de Atascosa Highlands, no sul do Arizona. O gato selvagem ameaçado de extinção foi capturado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-surgiu-a-camera-fotografica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câmeras</a> instaladas pelo Zoológico de Phoenix em junho deste ano. Uma revisão feita por pesquisadores das 50 câmeras instaladas no local confirmou que se tratava de um animal novo e não um que tenha sido visto em outros lugares do estado norte-americano.O Departamento de Caça e Pesca do Arizona (AZGFD) conduziu uma análise de manchas na pelagem do animal para compará-lo com outras jaguatiricas, o que concretizou o achado dos pesquisadores. Desde 1972, as jaguatiricas estão listadas como ameaçadas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/quantas-especies-os-humanos-ja-levaram-a-extincao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> nos Estados Unidos.<h2>Imagens inéditas</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lPyLw_1TJmI?si=neVwyIDqZfd42853" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>As câmeras usadas para fotografar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127010-video-mostra-bicho-preguica-lutando-com-jaguatirica-e-ganhando-veja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jaguatirica</a> foram instaladas pela primeira vez em abril de 2024. Em julho, o gerente do Projeto de Pesquisa de Campo do Zoológico de Phoenix, Kinley Ragan, e o voluntário Ali Lofti foram à área de estudo para garantir que os equipamentos estavam funcionando corretamente.A equipe visitou 23 das 50 câmeras, renovando baterias e substituindo cartões SD para que sobrevivessem ao verão escaldante do deserto. Durante essas verificações, os pesquisadores decidiram dar uma olhada no que havia sido capturado até então. Essa varredura resultou em dados muito interessantes."O vídeo da jaguatirica foi um dos últimos vídeos que analisei e me arrepiou completamente com a excitação e o orgulho pelo que havíamos gravado. Fiquei incrédulo no início, assistindo ao vídeo várias vezes, mas logo um grande sorriso se espalhou pelo meu rosto quando o impacto total desta descoberta para a importante região se estabeleceu", disse Ragan em comunicado oficial.<h2>Espécie em extinção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14185549577376.jpeg" alt="Projeto de Pesquisa de Campo do Zoológico de Phoenix obteve filmagem rara de jaguatirica na região de Atascosa Highlands. (Fonte: Zoológico de Phoenix/Divulgação)"><figcaption>Projeto de Pesquisa de Campo do Zoológico de Phoenix obteve filmagem rara de jaguatirica na região de Atascosa Highlands. (Fonte: Zoológico de Phoenix/Divulgação)</figcaption></figure></figure>De acordo com estudos, existem menos de 100 jaguatiricas na natureza em todos os Estados Unidos. Essas criaturas carnívoras se alimentam principalmente de pássaros, coelhos, roedores e lagartos. As principais ameaças à sua sobrevivência incluem perda e fragmentação de habitat.As jaguatiricas dependem principalmente de florestas densas e pastagens para se abrigar e se movimentar pela paisagem. Porém, o animal estudado foi avistado em arbustos desérticos e em altitudes mais baixas do que o normal em comparação com a maioria dos registros feitos na região.Segundo o Projeto de Monitoramento de Onças e Jaguatiricas da Universidade do Arizona, o novo avistamento possui um grau de importância muito alto. A equipe de pesquisa e os voluntários do Zoológico de Phoenix pretendem voltar ao campo em outubro para recuperar dados adicionais das câmeras e também coletar amostras de DNA ambiental dos cursos d'água. A esperança é que os novos dados possam fornecer uma compreensão mais rica da ecologia dos mamíferos que habitam essa parte dos EUA.&nbsp;

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Ameaçada de extinção, jaguatirica é capturada por câmera nos EUA

Embora sejam potencialmente letais, pesquisadores garantem que formigas-cortadeiras têm pouco interesse em atacar seres humanos.

Você já ouviu falar na formiga-cortadeira? Se o nome não é familiar para você, existe uma informação que você deveria ter em mente: essas pequeninas criaturas são conhecidas por terem o veneno mais letal de insetos em camundongos, segundo o Livro de Registros de Insetos da Universidade da Flórida (EUA). Esse nome é dado para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/formigas-realizam-cirurgias-para-salvar-suas-companheiras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> de várias espécies, mas a mais letal&nbsp;é certamente a&nbsp;Pogonomyrmex maricopa.&nbsp;De acordo com especialistas, esses insetos possuem uma dose letal média de 0,12 miligramas por quilo quando injetado intravenosamente. Isso significa que seriam necessárias apenas 12 picadas dessas formigas para matar um rato de 2 kg e 500 picadas para matar um humano adulto. Para a sua sorte, no entanto, elas não parecem estar interessadas em nós.<h2>O perigo das formigas-cortadeiras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14192005084382.jpg" alt="Formigas-cortadeiras podem matar um rato com seu veneno em apenas 12 picadas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Formigas-cortadeiras podem matar um rato com seu veneno em apenas 12 picadas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>As formigas-cortadeiras se adaptam ao modo de vida em colônia, compartilhando escavações aos milhares e, normalmente, colhendo sementes. Porém, elas são conhecidas por atacar pequenos insetos ou até mesmo alguns animais vertebrados maiores quando são ameaçadas. E para piorar, uma única formiga é capaz de picar sua vítima múltiplas vezes, o que aumenta a quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/as-5-cobras-mais-venenosas-do-planeta" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno</a> espalhado. Um grupo também costuma ser frequentemente atacando um único alvo.Porém, por mais que as formigas&nbsp;Pogonomyrmex sejam realmente letais, morrer por elas não deveria ser sua maior preocupação. De qualquer forma, você provavelmente não vai querer esbarrar em um desses formigueiros — o que por si só já deve te livrar de qualquer ameaça.Quando as formigas-cortadeiras formam colônias, elas limpam a vegetação criando um "ninho no formato de disco", que pode atingir mais de 10 metros de diâmetro. Elas podem representar entre 1% a 15% da área de terra em habitats adequados, o que faz com que sejam consideradas pragas na agricultura. Contudo, essa fama é relativamente injusta, uma vez que elas possuem um impacto benéfico para o meio ambiente.<h2>Formigas e ecologia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14192057058384.jpg" alt="Embora pareçam amedrontadoras, formigas-cortadeiras são muito importantes para o meio ambiente. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Embora pareçam amedrontadoras, formigas-cortadeiras são muito importantes para o meio ambiente. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Um fato pouco dito sobre as formigas-cortadeiras é que elas possuem uma notável influência no ecossistema em que estão inseridas ao mover sementes e criar as chamadas "ilhas de fertilidade". Inclusive, pesquisadores já observaram que os ninhos desses insetos costumam ser os primeiros locais a cultivar novas plantas após <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127167-incendios-florestais-provocaram-extincao-da-megafauna-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndios florestais</a> — ajudando a reestabelecer uma paisagem queimada.Sendo assim, esses animais curiosos podem ser, na pior das hipóteses, causa de algumas horas de dor para um ser humano. Mas em comparação com tudo que elas proporcionam para o nosso planeta e todo o impacto que elas podem ter após eventos climáticos extremos, nós temos que perdoá-las.E você? Já agradeceu as formigas-cortadeiras por existem hoje? Elas são verdadeiras amigas da natureza!

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Veneno de formiga-cortadeira pode matar humano em 500 picadas

Estudo baseado em dados da missão InSight revelou evidências de um enorme volume de água capaz de preencher todos os oceanos de Marte.

Embora as pesquisas por sinais de vida em Marte continuem infrutíferas, uma equipe de geofísicos descobriu “um lugar que deveria, em princípio ser capaz de sustentar a vida”, segundo Michael Manga, professor da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, e coautor de um estudo recente publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.Usando registros de atividade sísmica coletados pela sonda espacial robótica InSight Lander da NASA, entre os anos de 2018 e 2022, os autores encontraram evidências de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128350-cratera-de-marte-pode-ja-ter-abrigado-lago-que-continha-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um gigantesco reservatório subterrâneo de água líquida em Marte</a>. Segundo o estudo, a quantidade de água é suficiente para preencher todos os oceanos existentes na superfície do planeta vermelho com uma camada entre um e dois quilômetros.&nbsp;A má notícia é que o líquido vital está preso dentro de uma camada intermediária da crosta marciana composta predominantemente por rochas ígneas (formadas por magma resfriado e solidificado), a uma profundidade entre 11,5 a 20 quilômetros. Isso significa que, se um dia conseguirmos desenvolver essa capacidade de perfuração, o lugar pode se revelar promissor para buscar vida.&nbsp;<h2>A água de Marte não escapou para o espaço</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14193604027387.jpg" alt="x. (Fonte: James Tuttle Keane e Aaron Rodriguez/Instituto Scripps de Oceanografia/Divulgação)"><figcaption>Um recorte do interior marciano a parte de dados do InSight. (Fonte: James Tuttle Keane e Aaron Rodriguez/Instituto Scripps de Oceanografia/Divulgação)</figcaption></figure></figure>A metodologia de pesquisa incluiu dados sismológicos coletados pela In Sight com registros de "martemotos" de magnitude até 5, que reverberaram pelo planeta devido a impactos de meteoros e mudanças na atividade vulcânica.&nbsp;Esses dados serviram para alimentar um modelo matemático usado na Terra para procurar aquíferos e depósitos de petróleo. Para Manga, o mapeamento do interior do planeta vermelho revelou "a espessura da crosta, a profundidade do núcleo, sua composição, e até mesmo um pouco sobre a temperatura dentro do manto".Esses dados sugerem que, ao contrário da hipótese de que a água marciana teria escapado para o espaço há bilhões de anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128642-deposito-de-gelo-gigantesco-e-descoberto-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela, na verdade, se infiltrou na costa planetária,</a> onde está retida até hoje. De acordo com a equipe, o grande volume de água está misturado com rochas ígneas fragmentadas, como uma gigantesca colcha de retalhos, compara Manga.&nbsp;<h2>Importância da descoberta do oceano subterrâneo em Marte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14202242412409.jpg" alt="Primeira selfie completa da NASA InSight em Marte. (Fonte: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)"><figcaption>Primeira selfie completa da NASA InSight em Marte. (Fonte: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para o primeiro autor do artigo, Vashan Wright, então doutorando da UC Berkeley, o estudo foi "um ponto de partida útil", pois conseguiu identificar onde a água está e qual a sua quantidade. Para ele, "entender o ciclo da água marciana é essencial para entender a evolução do clima, da superfície e do interior".&nbsp;Partindo do princípio que a água é necessária para a vida, como a conhecemos, diz Manga, "não vejo por que [o reservatório subterrâneo] não seria um ambiente habitável". Afinal, dizer que minas profundas abrigam vida, e que o fundo do oceano também, é uma verdade cristalina na Terra, conclui o geofísico.

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Enorme oceano subterrâneo detectado em Marte poderia ter vida, diz estudo

Com 506 km de extensão e quase 6.133 metros de altura do topo ao fundo, o Grande Cânion Yarlung Tsangpo abriga um cipreste de 102 metros de altura. 

O Grande Cânion Yarlung Tsangpo é o maior cânion terrestre do mundo inteiro com 506 km de extensão e quase 6.133 metros de altura do topo ao fundo. Localizado na Região Autônoma do Tibete, ele incluiu alguns dos lugares mais acidentados e menos explorados do mundo, incluindo uma seção traiçoeira onde passa dois picos imponentes: Namcha Barwa, com 7.782 de altura, e Gyala Peri, com 7.294 metros.E como se já não tivesse quebrado recordes o suficiente, o cânion também abrira a árvore mais alta já descoberta na Ásia: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122164-cipreste-da-patagonia-pode-ser-a-arvore-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciprestre</a> de 102 metros de altura. A árvore foi medida pela Universidade de Pequim em maio de 2023 como parte de uma pesquisa ecológica para preservar o ecossistema único da região e até hoje impressiona pesquisadores.&nbsp;<h2>Local mágico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09180659280396.jpg" alt="O Grande Cânion Yarlung Tsangpo é o cânion mais profundo do mundo inteiro. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>O Grande Cânion Yarlung Tsangpo é o cânion mais profundo do mundo inteiro. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114033-geleira-da-antartica-esta-sendo-engolida-pelo-canion-mais-profundo-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cânion</a> recebeu seu nome em homenagem ao rio Yarlung Tsangpo, que foi apelidado por aventureiros de "Everest dos rios" por ser, em grande parte, inacessível e ter elevação média de 4 mil metros. As nascentes do Yarlung estão localizadas no oeste da Região Autônoma do Tibete, na Geleira Angsi.O local se formou quando forças tectônicas empurraram a crosta terrestre para cima há cerca de 3 milhões de anos e tornaram mais íngreme o curso do rio. E além de todo esse território mágico, o fato da árvore mais alta já descoberta na Ásia estar localizada ali é um atrativo a mais para a região.Segundo os pesquisadores chineses, ainda não está claro a qual espécie a árvore pertence. Porém, publicações na mídia estatal chinesa na época da descoberta sugerem que ela possa ser um cipreste do Himalaia (Cupressus torulosa) ou um cipreste tibetano (Cupressus gigantea).<h2>Quebrando recordes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09180809051397.jpeg" alt="Pesquisadores ainda não determinaram qual a espécie do cipreste no Tibete. (Fonte: Universidade de Pequim/Divulgação)"><figcaption>Pesquisadores ainda não determinaram qual a espécie do cipreste no Tibete. (Fonte: Universidade de Pequim/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Antes da descoberta do cipreste no cânion Yarlung Tsangpo, a árvore mais alta da Ásia era uma meranti amarela (Shorea faguetiana) de 101 metros de altura e localizada na Área de Conservação do Vale Danum, na Malásia.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124853-dalai-lama-a-historia-do-cargo-de-lider-budista-do-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Região Autônoma do Tibete</a> tem um ecossistema único que é cada vez mais influenciado pelo desenvolvimento e pela mudança climática global. No entanto, a área do cânion tem recebido esforços de conservação para proteger a flora e a fauna.Em entrevista ao jornal estatal Global Times, o professor do Instituto de Sensoriamento Remoto da Universidade de Pequim, Guo Qinghua, disse que o cipreste em questão é interessante porque suas raízes de sustentação não estão completamente enterradas no subsolo. A árvore também tem um sistema de ramificação complexo que fornece "microclimas e habitats ideais para algumas plantas e animais ameaçados de extinção", ressaltou o pesquisador.&nbsp;

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Yarlung Tsangpo: cânion mais profundo da Terra esconde árvore gigantesca

Conheça a dieta única e o comportamento fascinante dos pássaros vampiros que vivem nas famosas ilhas que fascinaram Charles Darwin.

Tentilhões são pequenos pássaros conhecidos por suas diversas adaptações evolutivas e seus bicos especializados para consumir sementes e insetos. No entanto, uma espécie se destaca por sua estratégia alimentar incomum e surpreendente.O tentilhão-vampiro (Geospiza septentrionalis) não se limita a alimentos tradicionais; ele recorre a uma dieta rara e impressionante: o sangue de outras aves. Esse comportamento extremo ilustra de forma notável como a vida em ilhas isoladas, como <a href="https://origin-next.megacurioso.com.br/ciencia/118778-arco-de-darwin-nas-ilhas-galapagos-desmorona-por-causa-da-erosao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Galápagos</a>, pode resultar em inovações evolutivas extraordinárias.<h2>Características e adaptações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14194510886392.jpg" alt="O tentilhão vampiro também consome sementes e néctar de flores. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>O tentilhão-vampiro também consome sementes e néctar de flores. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O tentilhão-vampiro se destaca tanto por seu comportamento peculiar quanto por suas características físicas. Seu bico é mais longo e afiado que o de outras espécies de tentilhões, e adaptado para perfurar a pele das aves e extrair sangue. Além do bico especializado, o tentilhão-vampiro possui adaptações internas importantes, como micróbios intestinais capazes de digerir ferro, semelhantes aos encontrados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128022-13-fatos-curiosos-sobre-os-morcegos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morcegos</a> vampiros da América do Sul.Ele é um pássaro pequeno, com cerca de 12 a 14 centímetros de comprimento, com plumagem de cor parda ou cinza, e seu corpo é compacto, com asas relativamente curtas e uma cauda ligeiramente arredondada. A morfologia de suas patas também é adaptada para se agarrar com firmeza em superfícies variadas, o que é fundamental para seu comportamento alimentar específico.<h2>Comportamento alimentar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/14/14195740663402.jpg" alt="O tentilhão vampiro ataca aves marinhas, como o atobá-de-nazca. (Fonte: The Conversation/Reprodução)"><figcaption>O tentilhão-vampiro ataca aves marinhas, como o atobá-de-nazca. (Fonte: The Conversation/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na estação chuvosa, quando os alimentos tradicionais estão mais disponíveis, o tentilhão-vampiro consome sementes, insetos, néctar de flores e até ovos e guano. Contudo, durante a estação seca, quando os recursos alimentares são escassos, o pássaro recorre a uma dieta que inclui <a href="https://www.megacurioso.com.br/comidas-estranhas/99197-beber-sangue-faz-mal-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> de outras aves.Ele ataca principalmente aves marinhas, como o atobá-de-pé-vermelho e o atobá-de-nazca, bicando-as na região das asas ou em outras áreas vulneráveis para extrair sangue; ele espera pacientemente até que o sangue comece a fluir antes de começar a se alimentar. Embora o método possa parecer macabro, é uma estratégia eficaz para obter nutrientes essenciais em um ambiente com recursos limitados.Além de ser uma adaptação a condições adversas, essa forma de alimentação também contribui para o equilíbrio ecológico de seu habitat, afetando a dinâmica das populações de aves marinhas e desempenhando um papel na regulação de parasitas.O tentilhão-vampiro é um exemplo notável de como a evolução pode resultar em adaptações fascinantes e, às vezes, perturbadoras. Sua dieta única, que inclui o sangue de outras aves, é uma resposta adaptativa aos desafios de seu ambiente extremo. As Ilhas Galápagos continuam a ser um laboratório natural para o estudo da evolução, oferecendo informações valiosas sobre como as espécies podem desenvolver comportamentos incomuns em resposta às pressões ambientais.

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Tentilhão-vampiro: o pássaro das Ilhas Galápagos que bebe sangue

Em casos de feridas e amputações, algumas espécies de formigas podem trabalhar em conjunto para ajudar membros de seu grupo.

Você pode até achar que a medicina é um conceito único dos seres humanos, mas você sabia que algumas formigas podem realizar "cirurgias" umas nas outras? Um novo estudo publicado na Nature Communications recentemente analisou de perto o comportamento das formigas Matabele, que vivem na África subsaariana e produzem uma substância a partir de suas glândulas que contém mais de 50 componentes antimicrobianos ou cicatrizantes.Quando uma formiga desse grupo aparece com uma ferida grave ou uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amputação</a>, suas companheiras podem usar essa substância para tratar o ferimento e salvar a vida de sua colega. Os investigadores esperam que tal descoberta um dia possa ser usada para o desenvolvimento de novos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/novo-antibiotico-para-combater-os-supervirus-promete-ser-imbativel" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a> para humanos.<h2>Formigas cirurgiãs</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09185627890414.jpg" alt="Pesquisadores ficaram surpresos com capacidade curativa das formigas Matabele. (Fonte: University of Würzburg/Divulgação)"><figcaption>Pesquisadores ficaram surpresos com capacidade curativa das formigas Matabele. (Fonte: University of Würzburg/Divulgação)</figcaption></figure></figure>As formigas Matabele (Megaponera analis) vivem em colônias enormes por toda a África subsaariana. Elas comem apenas cupins, abundantes na região. Contudo, essa dieta restritiva costuma trazer algumas consequências. Os cupins vivem em colônias fortemente protegidas, o que faz com que eles fiquem na defensiva quando uma formiga se aproxima e se preparem para usar suas mandíbulas poderosas para contra-atacar.&nbsp;Isso geralmente resulta em ferimentos graves nas formigas durante a caça. Estudos mostram que 22% das formigas Matabele perdem uma ou duas pernas durante esses eventos. E para lidar com esse problema, as formigas que saem ilesas costumam carregar suas companheiras feridas de volta para seus ninhos.Lá, elas lambem as feridas de suas companheiras por vários minutos. Essa ação acontece porque <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128330-durante-o-inverno-formigas-realizam-sacrificio-por-sua-colonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">formigas</a> feridas têm uma mudança no perfil de hidrocarbonetos do seu exoesqueleto — algo que é percebido por outros indivíduos. Sendo assim, o ato de lamber as feridas serve para espalhar uma substância de suas glândulas metapleurais numa espécie de "cirurgia animal".&nbsp;<h2>Tratando ferimentos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09185734806415.jpeg" alt="Formigas usam substâncias antibacterianas para tratar ferimentos de colegas. (Fonte: Danny Buffat/Reprodução)"><figcaption>Formigas usam substâncias antibacterianas para tratar ferimentos de colegas. (Fonte: Danny Buffat/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As glândulas metapleurais estão localizadas nas costas das formigas Matabele. Elas são responsáveis por produzir uma substância com mais de 50 componentes diferentes com propriedades antimicrobianas ou de cicatrização de feridas, descobriram os pesquisadores.De acordo com os investigadores, o tratamento é bastante eficaz: quando os cientistas isolaram formigas infectadas de sua colônia de curandeiras, 90% delas morreu em 36 horas. Em contraste, a taxa de mortalidade caiu para 22% para formigas infectadas que receberam o tratamento da colônia.“Com exceção dos humanos, não conheço nenhuma outra criatura viva que possa realizar tratamentos médicos de feridas tão sofisticados”, disse o coautor do estudo Erik Frank, ecologista animal da Universidade de Würzburg, em comunicado oficial. Os pesquisadores ainda querem aprender mais sobre o cuidado com as feridas das formigas Matabele, mas acreditam que os novos dados obtidos podem ser usados para o desenvolvimento de antibióticos para humanos em um futuro próximo.&nbsp;

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Formigas realizam 'cirurgias' para salvar suas companheiras

O acasalamento entre espécies diferentes no Ártico foi facilitado pela eliminação de algumas barreiras geográficas antes impostas pelo clima.

Depois que um caçador descobriu um urso híbrido nos territórios do nordeste do Canadá em 2006, cientistas já identificaram outros oito ursos mestiços entre polar e pardo, todos de uma mesma mãe polar. Os híbridos são batizados ora de “grolars” — se o pai for um urso-pardo (grizzly bear em inglês) —, ora de “pizzlies” — se o pai for um urso-polar e a mãe um pardo.Na época, alguns pesquisadores propuseram que o Ártico poderia se tornar em pouco tempo um território propício para híbridos, devido às alterações climáticas antropogênicas. Embora alguns híbridos sejam resultados de encontros aleatórios, o aquecimento do Ártico e o degelo marinho podem ter eliminado <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127526-ligre-e-tigreao-conheca-os-bizarros-hibridos-de-leoes-e-tigres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algumas barreiras geográficas que mantinham casais separados</a>.O derretimento do gelo marinho pode, por exemplo, permitir que ursos polares desçam para se alimentar mais ao sul, ou que os habitats de ursos-pardos se estendam para o norte, o que significa mais espaços disponíveis para o acasalamento.&nbsp;Muitas vezes os animais não se acasalam fora da sua espécie unicamente por não frequentar o mesmo espaço.<h2>Mais híbridos no Ártico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09203952312023.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Narvais estão se acasalando com belugas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os híbridos árticos não se resumem aos ursos, sendo que alguns deles nem são identificáveis a olho nu, necessitando de análises genéticas para serem reconhecidos. Embora alguns cientistas estejam realizando exames de DNA em animais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127608-a-triste-historia-de-motty-o-elefante-hibrido-mais-raro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para poder aprender mais sobre potenciais híbridos</a>, mais dúvidas persistem do que certezas.&nbsp;Espécies separadas na árvore evolutiva há cinco milhões de anos, as baleias belugas e narvais têm se encontrado fortuitamente na Baía de Disko, na Groenlândia. Não se conhecia nenhuma consequência desses encontros, até que um caçador encontrou um crânio de narval sem o seu dente incisivo proeminente. Seria uma "narluga"?Recentemente, cientistas que rastreavam híbridos no Canadá, Alasca e Groenlândia fizeram uma descoberta fascinante: duas subespécies de papagaios-do-mar que têm seu habitat natural no Círculo Polar Ártico cruzaram-se em algum lugar, e seus descendentes foram viver em Bjørnøya, a ilha mais ao sul de um arquipélago norueguês.<h2>A hibridização é boa para espécies em extinção?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09195756239000.jpg" alt="Uma população híbrida de papagaios-do-mar surgiu com o aquecimento do Ártico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma população híbrida de papagaios-do-mar surgiu com o aquecimento do Ártico. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Muitas pessoas pensam que espécies que trocam genes com outra se tornam "superanimais", pois ambas herdariam as melhores característica genéticas de cada uma, mas isso não é bem assim. Embora as primeiras gerações híbridas possam gozar de um "vigor híbrido" inicial, as gerações posteriores podem sofrer de “depressão exogâmica”, uma redução na aptidão e no vigor por perda de combinações genéticas vantajosas.&nbsp;Isso preocupa porque algumas espécies em extinção, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128921-baleias-azuis-estao-acasalando-com-outra-especie-e-tendo-filhotes-hibridos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como as baleias-azuis que vivem no Atlântico Norte</a>, têm 3,5% de sua genética vinda das baleias-comuns, o que é significativo, segundo especialistas. Sem contar que a proteção das leis de conservação possa não se aplicar aos híbridos.Finalmente, uma das maiores preocupações entre os geneticistas é a chamada “genetic swamping”, algo como diluição genética, em que os genes de uma espécie dominante se misturam de tal forma aos de uma espécie menor, a ponto de substituir, ou até mesmo suprimir, suas características.&nbsp;

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