Imagem de 14 fotos de concurso que mostra a natureza de perto  no megacurioso

A competição de fotos em close Macro Art teve um brasileiro como vencedor

J&aacute; pensou em ver a natureza bem de pertinho, como muitos animais conseguem? O <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106539-concurso-fotografico-divulga-finalistas-e-as-imagens-escolhidas-surpreendem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">concurso de fotografia</a> International Garden Photographer Of The Year&nbsp;divulgou os vencedores da competi&ccedil;&atilde;o com a tem&aacute;tica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108496-de-pertinho-estas-imagens-concorreram-a-um-concurso-de-macrofotografia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Macro Art</a>.
Spoiler: o grande vencedor &eacute; brasileiro.
A mostra retrata a vis&atilde;o ampliada de um mundo de cores, insetos e flores em jardins do mundo todo. O primeiro lugar foi conquistado pelo brasileiro Bruno Militelli, de S&atilde;o Paulo, que tem dois trabalhos entre os selecionados.
Confira as 14 fotos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111305-12-fotos-incriveis-finalistas-de-concursos-da-national-geographic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">finalistas</a> da competi&ccedil;&atilde;o e se prepare para ver a natureza de uma perspectiva incr&iacute;vel. &nbsp;
<h2>1. Botanic Loop (Loop Bot&acirc;nico), de Bruno Militelli</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19101819985299.jpg" alt="Bruno Militelli / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Bruno Militelli/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>2. Mountains Of Tulip Petals (Montanhas de P&eacute;talas de Tulipa), de Anne MacIntyre</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19101921826301.jpg" alt="Anne Macintyre / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Anne MacIntyre/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>3. Shepherd's Purse Seed (Semente Bolsa de Pastor), de Zhang Ye Fei</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102108698303.jpg" alt="Zhang Ye Fei / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Zhang Ye Fei/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>4. Rainbow Lily (L&iacute;rio Arco-&iacute;ris), de Ecaterina Leonte</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102140400304.jpg" alt="Ecaterina Leonte / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Ecaterina Leonte/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>5. The Presence (A Presen&ccedil;a), de Peter Pullan</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102232461305.jpg" alt="Peter Pullan / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Peter Pullan/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>6. Flying Wishes (Desejos Voadores), de Kristina Zvinakeviciute</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102322053306.jpg" alt="Kristina Zvinakeviciute / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Kristina Zvinakeviciute/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>7. Vortex Blossom (V&oacute;rtex de Flor), de Bruno Militelli</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102433912307.jpg" alt="Bruno Militelli / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Bruno Militelli/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>8. Common Blues On Apple Mint (Azuis-comuns em Ma&ccedil;&atilde; Hortel&atilde;), de Tony North</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102516458310.jpg" alt="Tony North / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Tony North/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>9. Peep Through The Window (Espie pela Janela), de Minghui Yuan</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102552068311.jpg" alt="Minghui Yuan / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Minghui Yuan/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>10. On The Look Out (Na Vigia), de Christine Blanchin dos Santos</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102634552312.jpg" alt="Christine Blanchin Dos Santos / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Christine Blanchin dos Santos/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>11. Silver-Studded Blues On Heather (Azuis-comuns Cravejados de Prata em Urze), de Qasim Syed</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102731723313.jpg" alt="Qasim Syed / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Qasim Syed/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>12. Jewels (Joias), de Wei Fu</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102907410314.jpg" alt="Wei Fu / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Wei Fu/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>13. The Hunter (O Ca&ccedil;ador), de Rob Blanken</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19102935176315.jpg" alt="Rob Blanken / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Rob Blanken/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>
<h2>14. Posing (Posando), de Barbora Polivkova</h2>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/19/19103040035316.jpg" alt="Barbora Polivkova / International Garden Photographer Of The Year" /><figcaption style="text-align: center;">Barbora Polivkova/International Garden Photographer Of The Year</figcaption></figure>

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14 fotos de concurso que mostram a natureza de perto 

Imagem de Brasileiros chamam atenção para ciência no país em redes sociais no megacurioso

Movimento #ExistePesquisaNoBR virou um dos assuntos mais comentados do Twitter e incentivou pesquisadores a compartilharem suas histórias

<head></head><body>As redes sociais brasileiras chamaram a atenção para um tópico muito importante para a sociedade, principalmente durante a pandemia: a pesquisa científica. Através da #ExistePesquisaNoBR, os usuários convocaram pesquisadores e cientistas de todo o país a compartilharem suas histórias de vida e demonstrar os progressos que vem sendo feito na área.Segundo um levantamento feito pelo grupo Web of Science em 2019, o Brasil é o 13º país na lista dos que mais produzem artigos científicos no mundo. O documento demonstra que os brasileiros tiveram um aumento de 30% no número de publicações desde 2013, apesar das variações socioeconômicas no território nacional.<h2>Pesquisadores se manifestam na internet</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/17/17014631745021.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A primeira vez que o movimento #ExistePesquisaNoBR apareceu nas redes sociais foi em 2018, mesmo ano em que o Brasil chegou a produzir 50 mil trabalhos em todas as áreas da ciência.&nbsp;Dois anos depois, a hashtag voltou a figurar pela internet brasileira em um momento que muito se discute sobre vacinas, tratamentos e outros tipos de progressos científicos que auxiliem no achatamento das curvas de contágio do novo coronavírus.Para participar da manifestação virtual não é preciso muita coisa. O usuário deveria publicar uma imagem durante seu expediente de trabalho e realizar uma pequena descrição do seu ofício. O objetivo da tag é dar voz a comunidade científica brasileira e disseminar informações sobre esse ambiente de trabalho e suas funcionalidades para o público em geral.Veja algumas das participações na internet:<blockquote class="twitter-tweet">Oi! Sou astrônoma e trabalho com astrofísica estelar ???? Atualmente uso dados de um telescópio espacial da NASA (o TESS) pra entender como o comportamento da variação de brilho das estrelas pode se relacionar com suas evoluções magnéticas ao longo da idade<a href="https://twitter.com/hashtag/ExistePesquisanoBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ExistePesquisanoBR</a> <a href="https://t.co/lZ8Gyfvksp">pic.twitter.com/lZ8Gyfvksp</a>— Geisa Ponte (@geisa_ponte) <a href="https://twitter.com/geisa_ponte/status/1294251157880287233?ref_src=twsrc%5Etfw">August 14, 2020</a></blockquote> <blockquote class="twitter-tweet">Meu nome é Italo Monteiro e eu estudo sobre a língua presa e sua relação no desenvolvimento estomatognatico e qualidade de vida em bebês de 0 a 6 meses bem como em suas mães. <a href="https://twitter.com/hashtag/ExistePesquisanoBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ExistePesquisanoBR</a> <a href="https://t.co/GYrGaA9xrC">pic.twitter.com/GYrGaA9xrC</a>— o palhaço do circo sem futuro (@umtestralio) <a href="https://twitter.com/umtestralio/status/1294278895324340224?ref_src=twsrc%5Etfw">August 14, 2020</a></blockquote> <blockquote class="twitter-tweet"><a href="https://twitter.com/hashtag/ExistePesquisanoBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#ExistePesquisanoBR</a> Sou Lucy, mulher trans, Dra. em zoologia, paleontóloga e trabalho com estudo da evolução de crocodilianos fósseis tentando entender desde sua anatomia básica até quais os diferentes processos biológicos que geraram tal configuração. Sou divulgadora científica! <a href="https://t.co/eHFTqODsOU">pic.twitter.com/eHFTqODsOU</a>— Lucy Souza (#makesciencebr) (@gryposouza) <a href="https://twitter.com/gryposouza/status/1294260340797079552?ref_src=twsrc%5Etfw">August 14, 2020</a></blockquote> <h2>Desafios da pesquisa científica no Brasil</h2>Por mais que o Brasil lidere a América do Sul em quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/89142-3-pais-mais-ignorante-brasileiros-nao-conhecem-a-propria-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisas</a> produzidas por ano, ainda são diversos os desafios encontrados pela comunidade científica para que a profissão de pesquisador consiga prosperar dentro do país.Segundo o levantamento da empresa Clarivate Analytics, 11 universidades federais e 1 estadual são responsáveis por produzir cerca de 60% do volume de pesquisa científica no país — encabeçados pela Universidade de São Paulo (USP).Em seu jornal oficial, a USP ressaltou que esses dados são suficientes para demonstrar a importância das instituições públicas na produção científica do Brasil e criticou os recentes cortes orçamentários feitos na área de pesquisa.&nbsp;Desde 2014, o Ministério da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115414-10-momentos-em-que-a-ciencia-aconteceu-sem-querer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ciência</a>, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) teve o orçamento da pasta reduzido pela metade, o que pode representar uma diminuição no número de bolsas oferecidas pelas universidades, ressaltou a instituição paulistana em sua publicação.</body>

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Brasileiros chamam atenção para ciência no país em redes sociais

Imagem de Parasita "vampiro" se transforma em língua viva após se alimentar no megacurioso

O parasita substitui a língua de peixe após sugar todo o sangue da original

Durante radiografias de rotina em esqueletos de peixes, cientistas do Departamento de Biociências da Rice University, em Houston, identificaram uma imagem assustadora de um dos espécimes observados. Apesar do animal já estar morto, os especialistas conseguiram detectar um pequeno movimento em sua língua, indicando que havia algo de errado. Foi então que as respostas surgiram; não era uma língua de peixe real, mas sim um pequeno crustáceo que havia substituído o órgão.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115457-fungo-controlador-de-mentes-esta-transformando-cigarras-em-zumbis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parasita</a> trata-se de uma espécie de isópode semelhante a um inseto, que assumiu uma função no organismo do peixe como uma língua viva. O fato foi possível graças a uma habilidade que o pequeno crustáceo possui, sendo capaz de absorver todo o sangue da estrutura original até que murche para, logo depois, ocupar seu lugar na boca do animal.<blockquote class="twitter-tweet">Mondays aren't usually this eventful. I found a tongue-eating isopod (purple) in one of our wrasse scans this morning while digitizing it. These parasites attach themselves to the tongues of fishes and effectively become the new tongue...horrifying <a href="https://twitter.com/hashtag/backdatwrasseup?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#backdatwrasseup</a> <a href="https://t.co/axlraUrh8W">pic.twitter.com/axlraUrh8W</a>— Kory Evans PhD (@Sternarchella) <a href="https://twitter.com/Sternarchella/status/1292797327690944517?ref_src=twsrc%5Etfw">August 10, 2020</a></blockquote>"Segundas geralmente não são tão agitadas. Encontrei um isópode (roxo) comedor de língua em uma de nossas varreduras esta manhã, enquanto digitalizava. Esses parasitas se prendem às línguas dos peixes e se tornam efetivamente a nova língua... horrível"."Eu comparo as formas do crânio de todos esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115473-veja-como-a-evolucao-transformou-esse-peixe-num-penis-com-coracao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> diferentes entre si, o que requer a colocação de pontos de referência - marcadores digitais - em diferentes partes do corpo. Parecia que tinha algum tipo de inseto na boca. Então pensei, espera aí; este peixe é herbívoro, ele come algas marinhas. Então eu puxei o scanner original e, vejam só, era um piolho comedor de língua", explicou Kory Evans, bióloga e professora assistente do departamento.<h2>Um crustáceo problemático</h2>Entre 380 espécies de isópodes existentes, os comedores de língua são metodológicos em sua abordagem e se alimentam de peixes maiores de maneira imperceptível. Invadindo o organismo de animais marinhos através das guelras, o parasita se direciona diretamente para o órgão gustativo, passando a saboreá-lo lentamente até que a estrutura seja completamente desgastada.Após alimentar-se e com o peixe hospedeiro ainda vivo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115271-kit-de-cacador-de-vampiros-do-seculo-xix-vai-a-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vampiresco</a> assume o lugar da língua e passa a degustar todos os alimentos que o peixe vai recebendo. Tudo é possível graças a um sistema de acoplagem que o parasita possui, agarrando a língua com seus sete pares de pernas e liberando um anticoagulante que facilita o fluxo de sangue. A substituição pode durar anos sem que seja sentida pelo hospedeiro... Sinistro, não?

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Parasita 'vampiro' se transforma em língua viva após se alimentar

Imagem de O sapo-bode e suas duas esposas! no megacurioso

Espécie do litoral paulista mantém relação estável com apenas duas fêmeas. O comportamento é inédito em anfíbios

<head></head><body>Um dos personagens mais famosos da literatura brasileira, Dona Flor, a célebre cozinheira do romance do escritor baiano Jorge Amado, ficou conhecida pelo Brasil por seus dois maridos.&nbsp;Mas e quando o casal tem duas esposas e um marido? Ou melhor, o "trisal"? Para a surpresa dos pesquisadores da <a href="https://www.rc.unesp.br/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universidade Estadual Paulista (Unesp de Rio Claro)</a>, os sapos-bode (Thoropa taophora) têm essa particularidade na vida familiar.&nbsp;“É a primeira espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45727-9-sapos-e-seus-superpoderes-incriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anfíbio</a> com esse comportamento, já observado em outros grupos de vertebrados: répteis, aves e mamíferos", explica Célio Haddad, coordenador do grupo da universidade em entrevista à revista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).A descoberta foi documentada na revista Science Advances em<a href="https://advances.sciencemag.org/lookup/doi/10.1126/sciadv.aay1539" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;artigo</a> publicado por pesquisadores brasileiros e americanos. Um achado e tanto para entender a nossa biodiversidade.&nbsp;<h2>A vida conjugal do sapo-bode</h2>Mas o que é difícil de entender mesmo é como os pesquisadores chegaram a essa conclusão. Afinal, não deve ser fácil monitorar o "casamento" de anfíbios.&nbsp;Primeiro, é preciso compreender como os sapos se reproduzem. Os machos atraem as fêmeas para poças ou filetes de água, local no qual elas depositam os ovos. Na maioria das espécies, girinos deixados em uma poça convivem com meios-irmãos apenas por parte de pai.&nbsp;Em geral, há sempre uma fêmea dominante e outras que ficam de olho na poça (e no macho) para acasalar. Quando a dominante vacila, rola um novo acasalamento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/12/12205537629580.jpg" alt="A fêmea do sapo-bode responde ao chamado do macho e deposita os ovos na água.">A fêmea do sapo-bode responde ao chamado do macho e deposita os ovos na água.<h2>Monogamia a três!</h2>Com os sapos-bodes, a rotatividade de fêmeas é reduzida para duas. O sapo, após escolher as esposas, repele outras aproximações. Como o comportamento canibal de outras fêmeas é comum, o sapo-bode protege sua prole ao manter-se fiel a aquelas com quem vai reproduzir.&nbsp;A combinação de ter um local difícil de acasalamento - pedras úmidas presentes na Mata Atlântica do litoral paulista - com a defesa dos girinos, pode ter desenvolvido a monogamia a três dessa espécie!Ainda não há certeza se a relação dura uma vida inteira ou apenas os meses do período de reprodução, mas que o sapo-bode já deixou sua marca na natureza, assim como Dona Flor na literatura, disso não temos dúvida.&nbsp;</body>

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O sapo-bode e suas duas esposas!

Imagem de A história de Mara, a elefanta transportada durante a pandemia no megacurioso

Mara teve que ser transportada de Buenos Aires até o Mato Grosso

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/45501-20-fatos-interessantes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-os-elefantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elefantes são conhecidos</a> por serem animais enormes e, entre os terrestres, de fato são os mais pesados que existem no planeta. Como é possível, então, transportar uma criatura deste tamanho? É isso que você vai descobrir agora com a história da maravilhosa Mara, uma elefante asiática de 50 anos.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Santuário de Elefantes&nbsp;" data-fonte-url="https://i.em.com.br/DYkxl85gOIdftm3tFUo3nVKvd8c=/820x0/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2020/01/04/1112180/20200104135416294279u.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/13/13113619867082.jpg" alt="(Fonte: Santuário de Elefantes/Reprodução)">(Fonte: Santuário de Elefantes/Reprodução)<h2>A história de Mara</h2>Mara nasceu em um cativeiro de campo de trabalho na Índia. Ainda muito jovem, foi vendida por um zoológico em Hamburgo, na Alemanha, onde ficou até a família Tejidor comprá-la para que se tornasse parte das atrações do circo da família. Por anos, a elefanta viajou pelo Brasil, Argentina e Uruguai, sendo, segundo um membro da família, muito amada e alegre.&nbsp;Porém, em 1980, Mara foi vendida para um outro trupe: o Circo Rodas. Neste momento, a vida de Mara começou a entrar num espiral de sofrimento. Ela não "se comportava" com os novos donos, que a maltrataram muito. Eles até ligaram para um antigo dono tentar controlá-la, mas Mara acabou assassinando o homem em um momento de fúria.&nbsp;Isso porque já estava sofrendo constantes abusos e vivia com medo o tempo todo. A vida dela foi assim até ser resgatada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113790-entediado-na-quarentena-visite-o-zoologico-online-claro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um zoológico</a> pequeno de Buenos Aires. Ali, Mara viveu em um ambiente apertado e empoeirado até o começo de maio, quando, após uma onda de protestos, foi decidido transportá-la para um santuário no Mato Grosso.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/13/13112342337075.jpg" alt="Tromba de Mara sendo examinada. (Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)">Tromba de Mara sendo examinada. (Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)<h2>O pré-viagem</h2>Um grupo ativista chamado SinZoo inciou os protestos pelas condições de vida dos animais no zoológico, e Mara estava incluída nisso. Então, foi decidido transportar os animais para santuários e reservas naturais, mas alguns deles estavam muito velhos, doentes e até mesmo acabaram falecendo antes de se mudarem.&nbsp;Mara foi o 861º <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/44826-elefante-chora-de-emocao-ao-ser-libertado-depois-de-passar-50-anos-preso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animal a receber um novo lar</a>, sendo enviada para o Santuário de Elefantes no Brasil, que conta com mais de mil hectares de espaço. Para chegar lá, a elefante precisava viajar quase três mil quilômetros.&nbsp;Foi preciso encontrar várias informações para a transição, como onde nasceu e os locais em que morou antes do zoológico em Buenos Aires. Além disso, para que o transporte ocorresse em segurança, uma força tarefa teria que ser criada em conjunto entre os governos de Brasil e Argentina.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/13/13112434258077.jpg" alt="(Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)">(Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)<h2>A viagem em tempos de pandemia</h2>O plano apresentou um problema com a pandemia do novo coronavírus: o fechamento das fronteiras entre os países. Porém, isso não conseguiu impedir a transferência da paquiderme, graças ao grande esforço de Tomás Sciolla, gerente de vida silvestre e conservação, que foi atrás das pessoas certas.&nbsp;A elefanta foi colocada em uma enorme caixa de metal e transportada até a fronteira da Argentina, onde ficou esperando para viajar pelo Brasil. Ao conseguir cruzar as divisas, Mara viajou com escolta policial, feita pela Polícia Rodoviária, e teve que enfrentar ruas esburacas do interior brasileiro.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/13/13113316023081.jpg" alt="A caixa na qual Mara foi transportada por quase três mil quilômetros. (Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)">A caixa na qual Mara foi transportada por quase três mil quilômetros. (Fonte: Christian Rizzi/Polícia Rodoviária/Reprodução)Quando finalmente chegou ao Santuário, cansada e cheia de estresse, Mara conseguiu relaxar e recobrar sua alegria por estar em um ambiente aberto e com muito alimento natural pela primeira vez na vida. Agora, ela até já encontrou uma amiga da mesma espécie, com a qual criou um laço impressionante.</body>

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A história de Mara, a elefanta transportada durante a pandemia

Imagem de Por que desenvolvemos imunidade apenas para algumas doenças?  no megacurioso

A chave para entender o desenvolvimento pleno ou apenas parcial da imunidade são os nossos anticorpos

<head></head><body>Em tempos de vírus em alta e corrida pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115528-russia-vai-registrar-vacina-contra-covid-19-ja-na-proxima-semana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fabricação de vacinas</a>, uma questão às vezes nos intriga: por que é que certas doenças, como o sarampo, nos infectam e nos fornecem imunidade para o resto da vida, enquanto outras, como a gripe, demandam várias etapas de vacinação através dos anos?Ou seja, por que existe imunidade vitalícia para algumas doenças, e não para outras? E no caso do novo coronavírus, como funciona a questão da imunidade?A chave para falar do desenvolvimento pleno ou não da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115505-resfriado-comum-pode-dar-imunidade-a-covid-19-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imunidade</a> são os nossos anticorpos. Espécies de glicoproteínas que produzimos em resposta às infecções, eles constituem uma das defesas mais conhecidas do nosso corpo. Os anticorpos revestem as células invasoras e tentam evitar que elas sequestrem as nossas próprias células e se repliquem no organismo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;iStock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cidrap.umn.edu/sites/default/files/public/styles/ss_media_popup/public/media/article/virus_antibody_illustration.jpg?itok=gsET3jTp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/11/11173459568008.jpg" alt="Anticorpos &quot;lutando&quot; contra o novo coronavírus (Fonte: iStock)">Anticorpos "lutando" contra o novo coronavírus (Fonte: iStock)<h2>Por que somos reinfectados?</h2>Após eliminarmos uma infecção, o número de anticorpos se reduz, mas alguns permanecem "de plantão", preparados para aumentar a produção novamente se aquele mesmo tipo de doença voltar a atacar. É por isso que um teste de anticorpos reconhece se você já foi infectado por determinada doença e também impede que ela possa nos contaminar de novo.Em entrevista ao site Live Science, o imunologista Marc Jenkins, da Escola de Medicina da Universidade de Minnesota nos EUA, explicou que, quando somos reinfectados com uma doença, isso não significa que o corpo perdeu sua imunidade. Somos infectados de novo porque aquele patógeno sofreu algum tipo de mutação.&nbsp;Nesses casos, o que ocorre é que o sistema imunológico não é capaz de reconhecer aquela mutação porque o nosso organismo normalmente apresenta um resposta imunológica muito menor. Porém Jenkins faz questão de lembrar que "o corpo realmente não esquece".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/11/11172200961001.jpeg" alt="O SARS-CoV-2 adere ao trato respiratório superior (Fonte: Cassems/Reprodução)">O SARS-CoV-2 adere ao trato respiratório superior (Fonte: Cassems/Reprodução)<h2>Vírus e mutação</h2>Para Jenkins, que é diretor do Centro de Imunologia da universidade americana, o vírus da gripe é um dos melhores exemplos de mutante que modifica seus genes com facilidade. Tão logo conseguimos detonar uma cepa do vírus, logo chegam outras que o nosso sistema imune não reconhece.Outras doenças, como a poliomielite, foram quase erradicadas do planeta justamente porque o seu causador, o Poliovírus, que vive no intestino humano, não tem capacidade para mutações rápidas, explica Jenkins.O resfriado comum e outros tipos de vírus que normalmente se concentram apenas no nosso trato superior, que são os órgãos localizados fora da caixa torácica, têm a tendência de nos reinfectar não necessariamente porque sofrem mutações rápidas, mas porque o corpo não trata patógenos fixados nessa região como invasores.O imunologista Mark Slifka, do Centro Nacional de Pesquisas em Primatas do Oregon, explicou ao Live Science que os "nossos corpos não se preocupam com o trato respiratório superior". Isso pode explicar a falta de reações corporais em relação a casos leves de covid-19. Assim, como o vírus do resfriado, o SARS-CoV-2 adere ao trato respiratório superior, não sendo "visto" como uma ameaça.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://media-manager.noticiasaominuto.com/1920/1586431914/naom_5e8f07247c9cf.jpg?crop_params=eyJsYW5kc2NhcGUiOnsiY3JvcFdpZHRoIjoyNTYwLCJjcm9wSGVpZ2h0IjoxNDM5LCJjcm9wWCI6MCwiY3JvcFkiOjg1fSwicG9ydHJhaXQiOnsiY3JvcFdpZHRoIjoxMDg3LCJjcm9wSGVpZ2h0IjoxOTMyLCJjcm9wWCI6NTAxLCJjcm9wWSI6MTZ9fQ=="><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/11/11172847534004.jpg" alt="Fonte: Shutterstock/Reprodução">Fonte: Shutterstock/Reprodução<h2 dir="ltr">O tempo de "validade" dos vírus</h2>Num estudo do tipo preprint, ou seja, que ainda não foi revisado por pares, publicado no banco de dados MedRxiv, constatou-se que 10 de 175 pacientes com sintomas leves de covid-19 conseguiram se recuperar da doença sem desenvolver <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115535-assinaturas-biologicas-podem-ser-a-chave-para-combater-a-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anticorpos</a> detectáveis.Para todas as doenças que não sofrem mutações rápidas, a imunidade tende a durar muito tempo. Não se pode, no entanto, falar de imunidade vitalícia, embora alguns casos possam ser assim considerados na prática, como os anticorpos do sarampo e da caxumba que, segundo um estudo de 2007, levariam 200 anos para desaparecer.No &nbsp;mesmo estudo, os anticorpos contra o vírus Epstein-Barr da mononucleose também apresentam uma “validade” de 200 anos, porém outros desaparecem do organismo em menos tempo, como os da varicela que duram cerca de 50 anos, e os do tétano, com apenas 11 anos.<h2>E o novo coronavírus?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/11/11171146011442.jpg" alt="Fonte: Adriana Duduleanu/EyeEm/Getty Images - Reprodução">Fonte: Adriana Duduleanu/EyeEm/Getty Images - ReproduçãoIsso nos remete à grande questão que o mundo inteiro quer saber: será que a imunidade ao novo <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115530-covid-19-como-sera-2021-se-ainda-nao-existir-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronavírus</a> terá vida tão longa quanto à da varíola, ou precisaremos ficar "atualizando" a vacina ano após ano como no caso da gripe?Marc Jenkins acredita que as evidências de infecções naturais e de testes de vacina atuais sugerem que a imunidade ao novo coronavírus será do tipo vitalício, pois a maioria das pessoas tem produzido anticorpos neutralizantes, justamente aquele tipo que impede que os vírus entrem em nossas células.Outra boa notícia, diz Jenkins, é que o vírus da covid-19 não tem sofrido mutações rápidas. E conclui, para a felicidade geral da Humanidade: "Este vírus tem características dos vírus contra os quais temos tido muito <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113951-so-noticias-boas-sobre-o-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sucesso na vacinação</a>".</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:53.966Z

Por que desenvolvemos imunidade apenas para algumas doenças? 

Imagem de É possível remover o ferro do seu sangue com uma fonte magnética? no megacurioso

Cercados de ímãs, não corremos o risco de ter nosso ferro removido por um suficientemente forte? Alguém seria capaz de construir uma máquina assim?

<head></head><body>Vamos discutir aqui um assunto muito importante: <a href="https://www.megacurioso.com.br/magnetismo/41987-descubra-o-que-acontece-quando-jogamos-um-ima-dentro-de-um-tubo-de-cobre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os ímãs</a>. Sim, esses corpos que geram um campo magnético ao seu redor. Ainda que você não seja, digamos, atraído pelo assunto, é impossível evitá-los pois eles estão em toda parte, desde a porta da geladeira (nos lembretes e na própria porta), no micro-ondas, em algumas televisões, na case do seu fone sem fio e até no disco rígido do seu computador.O ímã natural foi primeiro observado na Grécia Antiga, em uma ilha chamada Magnésia, onde descobriram o tal mineral capaz de atrair pequenos objetos de ferro. Devido ao nome do local, o mineral recebeu o nome de magnetita, também conhecido como óxido de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115511-fisicos-transformam-ouro-dos-tolos-em-valioso-magneto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ferro</a>.O ferro está presente em nossa vida: temos entre 4 a 5 gramas do mineral no sangue. Além de bom para a imunidade e para o coração, ele é essencial para a oxigenação, pois está presente na hemoglobina, aquela parte vermelha do sangue, para transportar o oxigênio para as células e retirar o dióxido de carbono.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/09/09233655164081.jpg" alt="O ferro está presente na hemoglobina (Fonte: HB Pharmacy/Reprodução)">O ferro está presente na hemoglobina (Fonte: HB Pharmacy/Reprodução)<h2>O ferro do nosso corpo poderia ser removido com um ímã superforte?</h2>Primeiramente, precisamos entender por que os ímãs atraem o ferro. Nos átomos, os elétrons e o núcleo estão sempre girando num movimento chamado spin. Como eles giram em sentidos diferentes na maioria dos materiais, não existe magnetismo porque o movimento de um compensa o do outro.Porém, nos ímãs e no ferro, os átomos próximos giram todos num mesmo sentido, criando minúsculos campos magnéticos. Se o ferro se aproximar de um ímã, o movimento de rotação dos átomos passa a se direcionar no sentido daquele magneto e, o que é mais curioso, mesmo depois que o retiramos, os átomos do ferro mantêm a mesma orientação.Quando esse fenômeno acontece, o ferro fica magnetizado e se transforma num ímã permanente. Existem outros metais que têm essa propriedade ferromagnética, como o níquel, o cobalto e o gadolínio, um elemento químico do grupo das terras raras utilizado para fazer contraste em exames de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115174-raio-primordial-a-origem-da-eletricidade-da-vida-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ressonância</a> magnética.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/09/09234632340082.jpg" alt="Maior ímã do mundo (Fonte: National High Magnetic Field Laboratory/Reprodução)">Maior ímã do mundo (Fonte: National High Magnetic Field Laboratory/Reprodução)<h2>Os ímãs ultrafortes</h2>Para criar um ímã potencialmente ultraforte, capaz de sugar o ferro do sangue, teríamos que recorrer a um eletroímã. Nesse dispositivo, um campo magnético é criado através da aceleração de uma carga elétrica. Muita gente deve se lembrar das aulas de Física na escola quando fazíamos uma corrente elétrica passar um prego.A intensidade do campo magnético é medida em Gauss, sendo que 10 mil Gauss equivalem a um Tesla. Só para compreender essa intensidade, vamos registrar que a força do campo magnético da superfície da Terra fica entre 0,25 e 0,6 Gauss. Dá para manipular a agulha de uma bússola e orientar um pombo-correio.Quando construímos um eletroímã, o campo magnético fica mais forte quanto maior for a corrente elétrica passando pela bobina. Mas aí temos um problema, porque os fios que estão enrolados na bobina, embora condutores, têm um pouco de resistência, o que transforma a corrente elétrica em calor, como nas torradeiras.&nbsp;Para contornar o problema, são utilizados materiais supercondutores, mantidos em uma temperatura superfria através de nitrogênio líquido ou hélio, para conduzir corrente elétrica sem resistência e criar campos magnéticos incrivelmente fortes.<h2>Um ímã poderoso do dia a dia</h2>Um exemplo de ímã supercondutor é a máquina de ressonância magnética (MRI) que utiliza a combinação de campos magnéticos (que podem chegar a 94 mil Gauss) e ondas de rádio para gerar imagens de órgãos do nosso corpo.Aqui temos um exemplo de como uma fonte magnética pode causar danos ao paciente, pois o aço que normalmente é usado em pinos, marca-passos, placas e outras peças protéticas do corpo contém ferro ferromagnético. Esses implantes poderiam ser violentamente arrancados e voariam em várias direções durante uma ressonância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/09/09225310520075.gif" alt="No filme O&nbsp;Grande Dave, Eddie Murplhy é de metal&nbsp;(Fonte: Medgif/Reprodução)">No filme O&nbsp;Grande Dave, Eddie Murplhy é de metal&nbsp;(Fonte: Medgif/Reprodução)E isso nos leva à pergunta que não quer calar: e se, por acaso, você encontrasse uma mulher com um tipo de beleza mística, ou um homem altamente magnético, que o(a) fizesse ingerir uma grande quantidade de ferro, um ímã desse tipo poderia tipo destripar a sua pessoa?Fiquem tranquilos, pois a resposta é não. O ferro se decompõe rapidamente no intestino delgado, para poder ser usado no corpo. E, mesmo que permaneça em seu estômago para ser absorvido, não causará nenhum tipo de desastre.&nbsp;Além disso, o material fica muito disperso no corpo, não sendo capaz de causar um problema similar ao que ocorre na máquina de ressonância. E, finalmente, uma boa (ou má) notícia: se você ingerisse uma quantidade de ferro capaz de causar um efeito ferromagnético, você sofreria um envenenamento.</body>

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É possível remover o ferro do seu sangue com uma fonte magnética?

Imagem de Assinaturas biológicas podem ser a chave para combater a covid-19 no megacurioso

Cientistas do mundo todo estudam a resposta imunológica do organismo à contaminação e buscam desvendar como ocorre a manifestação grave da doença

Um dos fatos mais intrigantes relacionados &agrave; covid-19 diz respeito a seu desenvolvimento no organismo humano, e cientistas se perguntam por que a doen&ccedil;a se manifesta gravemente em determinadas pessoas e, em outras, nem sintomas apresenta. Aparentemente, de acordo com pesquisadores, a resposta pode estar em padr&otilde;es que diferenciam os pacientes que se recuperam plenamente daqueles que podem enfrentar complica&ccedil;&otilde;es &ndash; e esses padr&otilde;es residem nas assinaturas biol&oacute;gicas de cada um.
Antes de qualquer coisa, &eacute; preciso entender que o Sars-Cov-2, por enquanto, parece <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155464-6-tipos-covid-19-identificados-sintomas-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma verdadeira bagun&ccedil;a</a>: "Estamos vendo coisas malucas surgindo em v&aacute;rios est&aacute;gios da infec&ccedil;&atilde;o", afirma Akiko Iwasaki, imunologista da Universidade de Yale, que liderou um dos novos estudos. Entretanto, existe um lado bom de se observar constantemente tantas varia&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que a coleta de dados pode auxiliar na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155717-covid-19-tratamentos-eficazes-momento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">personaliza&ccedil;&atilde;o de tratamentos</a>, aliviando sintomas e, quem sabe, at&eacute; eliminando o v&iacute;rus antes que fatalidades se tornem irrevers&iacute;veis.
John Wherry, imunologista da Universidade da Pensilv&acirc;nia, &eacute; outro profissional que se dedica a entender esses indicadores, vendo um enorme potencial nas descobertas. "Muitos desses dados est&atilde;o nos dizendo que precisamos agir bem no in&iacute;cio do processo de infec&ccedil;&atilde;o", explica, complementando que, com as informa&ccedil;&otilde;es, &eacute; poss&iacute;vel mudar a trajet&oacute;ria da doen&ccedil;a.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/07/07203626320360.jpg" alt="Imagem colorizada do novo coronav&iacute;rus." />Imagem colorizada do novo coronav&iacute;rus.
<h2>Com funcionam os indicadores</h2>
Para entender exatamente que tipo de informa&ccedil;&atilde;o tais assinaturas podem fornecer, pode-se pensar em como funcionam infec&ccedil;&otilde;es respirat&oacute;rias mais comuns, a exemplo da gripe. Para combat&ecirc;-la, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155500-cientistas-isolam-anticorpos-poderosos-capazes-combater-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema imune</a> age com duas respostas. A primeira delas &eacute; um ataque maci&ccedil;o e r&aacute;pido, encurralando o invasor e retardando sua multiplica&ccedil;&atilde;o at&eacute; que uma a&ccedil;&atilde;o personalizada seja orquestrada. Esse movimento inicial &eacute; possibilitado por mol&eacute;culas chamadas citocinas &ndash; que, depois de relaxarem, s&atilde;o substitu&iacute;das em batalha pelos anticorpos e c&eacute;lulas T. Nos casos graves da covid-19, essa coordena&ccedil;&atilde;o parece n&atilde;o ocorrer.
Quando indiv&iacute;duos manifestam o quadro grave da condi&ccedil;&atilde;o causada pelo novo coronav&iacute;rus, suas citocinas nunca param de agir, mesmo com a chegada de suas companheiras. Ou seja, &eacute; como se o corpo entendesse que a inflama&ccedil;&atilde;o continua t&atilde;o grave quanto come&ccedil;ou. De acordo com Catherine Blish, imunologista viral da Universidade de Stanford, "&eacute; normal desenvolver inflama&ccedil;&atilde;o durante uma infec&ccedil;&atilde;o viral. O problema surge quando voc&ecirc; n&atilde;o consegue resolv&ecirc;-la."
Tal desequil&iacute;brio, por sua vez, pode resultar na incapacidade do organismo de manter o v&iacute;rus sob controle &ndash; e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155597-covid-19-sintomas-permanecer-durante-meses-mesmo-casos-leves.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o invasor se mant&eacute;m presente no corpo muito tempo</a> depois de outros pacientes, com as respostas adequadas, terem se livrado dele.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/07/07203828477363.jpg" alt="Exemplo de c&eacute;lula que libera citocinas." />Exemplo de c&eacute;lula que libera citocinas.
<h2>Mecanismos ilus&oacute;rios</h2>
Truques para iludir o sistema imunol&oacute;gico n&atilde;o s&atilde;o in&eacute;ditos, tendo sido verificados em microrganismos respons&aacute;veis por condi&ccedil;&otilde;es como AIDS e herpes. Indo ao encontro desse mecanismo, quando evid&ecirc;ncias recentes s&atilde;o analisadas, foi levantada a hip&oacute;tese de que o novo coronav&iacute;rus pode atrasar ou "abafar" uma prote&iacute;na chamada interferon, uma das primeiras defesas de citocinas que o corpo monta, levando a algo destrutivo. Avery August, imunologista da Universidade Cornell, declara: "&Eacute; um enigma. Existe essa <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154865-estudo-revela-proteinas-ajudam-prever-gravidade-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resposta imune</a> violenta, mas o v&iacute;rus continua a se replicar."
&Eacute; poss&iacute;vel, tamb&eacute;m, que a qualidade das citocinas piore o quadro, al&eacute;m da quantidade &ndash; j&aacute; que Iwasaki descobriu que sinais adequados para outros pat&oacute;genos s&atilde;o produzidos durante a infec&ccedil;&atilde;o do Sars-CoV-2, mas n&atilde;o para ele. Divididas em tr&ecirc;s categorias, citocinas geradas contra v&iacute;rus e bact&eacute;rias que se infiltram em c&eacute;lulas est&atilde;o presentes em casos moderados. J&aacute; os piores produzem aquelas direcionadas a parasitas, fungos e invasores fora de c&eacute;lulas. "Pelo que sabemos, n&atilde;o h&aacute; esse tipo de manifesta&ccedil;&atilde;o", diz o pesquisador.
Alguns cientistas deram a sugest&atilde;o de que medicamentos que "resetem" a resposta imune possam funcionar nos tratamentos. "O desafio &eacute; tentar enfraquecer a resposta sem suprimi-la completamente", adiciona August. De qualquer maneira, o cen&aacute;rio, aos poucos, est&aacute; se revelando &ndash; e, em algum momento, pode ser que todas essas suposi&ccedil;&otilde;es deem origem a uma ferramenta eficaz contra a amea&ccedil;a global.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156006-assinaturas-biologicas-chave-combater-covid-19.htm">Assinaturas biológicas podem ser a chave para combater a covid-19</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Assinaturas biológicas podem ser a chave para combater a covid-19

Imagem de Fungo controlador de mentes está transformando cigarras em zumbis no megacurioso

O fungo controla a mente das cigarras macho para se passarem por fêmeas e, assim, conseguir contaminar outros machos da espécie

<head></head><body>Um curioso fungo que afeta as cigarras está <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/35823-conheca-os-7-parasitas-zumbis-mais-sinistros-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as transformando em zumbis</a> e, para ficar ainda mais parecido com filmes de terror, controlando suas mentes para infectar outros da mesma espécie. A descoberta faz parte de um estudo que saiu em junho e está deixando biólogos curiosos.&nbsp;O fungo parasitário Massospora&nbsp;está sendo estudado pela McGill University, do Canadá, e pela West Virginia University, nos Estados Unidos, que publicaram um artigo sobre como funciona, transmite e afeta as cigarras.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/03/03110905519015.jpg" alt="(Fonte: Pixabay/Reprodução)">(Fonte: Pixabay/Reprodução)<h2>As cigarras zumbis</h2>Segundo o estudo que foi publicado no periódico PLOS Pathogens, o fungo afeta apenas os machos da espécie e os transforma em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/zumbis/100572-6-teorias-reais-e-assustadoras-a-respeito-dos-zumbis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécie de zumbi</a> com um único propósito: infectar outras cigarras.&nbsp;Para isso, ele passa a controlar a mente dos insetos para que simulem o ritual de acasalamento das fêmeas, e seduzam outros machos para ser possível transmitir o parasita.Isso acontece porque o fungo afeta o abdômen, tornando-o uma massa de esporos amarelos e também deteriorando toda a aparência da cigarra. Ainda que fique completamente deformada e destruída, o inseto não morre e sua missão se torna infectar novas vítimas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/03/03111220833018.jpg" alt="O abdômen amarelado e deteriorado de uma cigarra infectada. (Fonte: Angie Macias/West Virginia University/Reprodução)">O abdômen amarelado e deteriorado de uma cigarra infectada. (Fonte: Angie Macias/West Virginia University/Reprodução)<h2>O fungo Massospora</h2>O parasita, além de destruir a estrutura corporal, controla os movimentos do hospedeiro por algo batizado de transmissão de hospedeiro ativo (AHT). Como os insetos saudáveis são contaminados ao tentarem copular com a cigarra zumbi, é possível classificar o comportamento do Massospora&nbsp;com uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/100939-fazer-sexo-com-os-neandertais-acabou-nos-dando-uma-dst.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença sexualmente transmissível</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/03/03111432874020.jpg" alt="(Fonte: Angie Macias/West Virginia University/Reprodução)">(Fonte: Angie Macias/West Virginia University/Reprodução)Ainda não se sabe com certeza como o fungo age no organismo do inseto, mas acredita-se que seja por meio de desequilíbrios químicos e psicoativos, fazendo seu hospedeiro alucinar. Entretanto, a forma como exerce o controle ainda é um mistério a ser estudado. Sinistro, não?</body>

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Fungo controlador de mentes está transformando cigarras em zumbis

Imagem de Ao ser engolido vivo por sapo, besouro foge pelo ânus do anfíbio no megacurioso

Será essa a história que inspirou a expressão 'escapar fedendo'?

<head></head><body>Através de uma nova descoberta de pesquisadores da Escola de Pós-Graduação em Ciências Agrícolas da Universidade de Kobe, no Japão, uma estranha rota de fuga realizada por besouros engolidos vivos por sapos foi identificada, caracterizando um dos casos mais curiosos já estudados por instituições especializadas em relações animais.&nbsp;Segundo foi publicado pela Live Science, o besouro aquático Regimbartia attenuata estimula o mecanismo de defecação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115414-10-momentos-em-que-a-ciencia-aconteceu-sem-querer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapo-da-lagoa</a> (Pelophylax nigromaculatus) para ejetá-lo poucas horas após ser engolido vivo, ocasionando uma espécie de "excreção de emergência" motivada por um mecanismo de defesa que é ativado quando o inseto chega no intestino do anfíbio.Os estudos, iniciados há poucos anos, mostraram que, na grande maioria dos experimentos (mais precisamente 93% deles), os besouros escapavam ilesos pelo ânus de seus predadores, sendo misturados ao bolo fecal do animal e seguindo sua vida normalmente após se desvencilhar dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113080-larvas-podem-comer-nosso-problema-com-plasticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">excrementos</a> como se nada tivesse ocorrido."Eu usei uma câmera de vídeo para registrar o comportamento", disse Shinji Sugiura, especialista em estudos sobre as defesas de insetos em áreas pantanosas. "Fiquei muito surpreso ao ver as imagens do besouro escapando pela 'abertura' do sapo".&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/08/04/04104352362414.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Kobe/Reprodução)">(Fonte: Universidade de Kobe/Reprodução)Além disso, a adaptação parece ser exclusiva do Regimbartia attenuata&nbsp;que, apesar de não apresentar a taxa máxima de sucesso em sua rota de fuga, mostrou um padrão comportamental que outros besouros, como o Enochrus japonicus, não desenvolveram, pois chegaram a morrer dentro do organismo dos sapos e, posteriormente, foram parcialmente excretados em um período de 24 horas.<h2>Um longo caminho para a salvação</h2>O R. attenuata não apresenta apenas uma adaptação para poder estimular a defecação do sapo, mas também uma resistência ímpar que o permite sobreviver ao mecanismo digestório do animal sem que haja sequelas. Sugiura, na tentativa de compreender se o inseto era levado naturalmente pelo fluxo digestivo do anfíbio ou se o animal caminhava pelas paredes orgânicas de seu predador, colocou uma cera aderente nas patas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115266-zoologia-em-primeira-pessoa-besouros-transportam-cameras-nas-costas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouro</a> aquático e os resultados não demoraram a surgir — o material não sobreviveu no interior do captor."Este estudo é o primeiro a documentar a fuga ativa de presas pela abertura de um predador e a mostrar que a presa pode promover a defecação do predador para acelerar a fuga de dentro do corpo do organismo", concluiu Sugiura.</body>

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