Imagem de Governo deve liberar cruzeiros em Fernando de Noronha no megacurioso

O senador Flávio Bolsonaro e o presidente da Embratur confirmaram a decisão em um vídeo

Gilson Machado Neto, presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), anunciou que ser&aacute; liberada a entrada de cruzeiros mar&iacute;timos no arquip&eacute;lago de Fernando de Noronha. A &aacute;rea &eacute; composta por 21 ilhas e considerada um dos ecossistemas nacionais mais sens&iacute;veis de biodiversidade. Atualmente, ela &eacute; administrada com muito rigor, e o governo pernambucano afirmou que esta decis&atilde;o ir&aacute; causar grandes impactos na infraestrutura do local.

A confirma&ccedil;&atilde;o desta libera&ccedil;&atilde;o veio de um v&iacute;deo que est&aacute; circulando pelas redes sociais, onde Machado afirma que Noronha &eacute; um dos locais com &ldquo;maior voca&ccedil;&atilde;o do mundo para mergulho de contempla&ccedil;&atilde;o&rdquo;. No mesmo v&iacute;deo, o senador Fl&aacute;vio Bolsonaro diz que a Embratur est&aacute; &ldquo;desatando os n&oacute;s dessa legisla&ccedil;&atilde;o&nbsp;para permitir que esses segmentos tamb&eacute;m sejam muito melhor explorados pelo nosso pa&iacute;s&rdquo;.

<h2>Quais seriam os impactos dessa decis&atilde;o?</h2>

<figure class="image"><img alt="" height="1080" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/05/05164445654221.jpg" width="1920" />
<figcaption>(Fonte: ESDomingos - Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Atualmente, os barcos com autoriza&ccedil;&atilde;o para atracar em Noronha s&atilde;o aqueles com capacidade de 150 a 200 passageiros, mas a decis&atilde;o atual abrir&aacute; o arquip&eacute;lago para navios de grande porte, com cerca de 600 ocupantes, al&eacute;m de criar &ldquo;recifes artificiais&rdquo; que servir&atilde;o como atra&ccedil;&otilde;es de mergulho.

Jos&eacute; Bertotti, secret&aacute;rio de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, afirmou em uma nota que&nbsp;&ldquo;Fernando de Noronha &eacute; um patrim&ocirc;nio natural da humanidade, as 21 ilhas do arquip&eacute;lago abrigam uma biodiversidade &uacute;nica e n&atilde;o podem ser alvo do modelo de turismo predat&oacute;rio sugerido no v&iacute;deo publicado pelo senador Fl&aacute;vio Bolsonaro e pelo presidente da Embratur, Gilson Machado&rdquo;.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco tamb&eacute;m ressaltou que o local possui uma capacidade limitada para receber visitantes, e as consequ&ecirc;ncias de colocar mais de 600 pessoas dentro do Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha podem ser preocupantes.

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Governo deve liberar cruzeiros em Fernando de Noronha

Imagem de Dragões-de-komodo nascem sem que a mãe tenha relações com macho no megacurioso

Entenda como foi possível que um dragão-de-komodo fêmea gerasse filhotes sozinha, sem acasalamento

Bi&oacute;logos de um zool&oacute;gico dos Estados Unidos constataram que uma f&ecirc;mea drag&atilde;o-de-komodo conseguiu reproduzir sem a ajuda de um macho na fertiliza&ccedil;&atilde;o, em uma reprodu&ccedil;&atilde;o assexuada, chamada de partenog&ecirc;nese. O evento &eacute; incomum, mas tem explica&ccedil;&atilde;o plaus&iacute;vel.

Para entender como o processo ocorre, &eacute; preciso adentrar no mundo biol&oacute;gico dos bichos. As f&ecirc;meas dos drag&otilde;es-de-komodo possuem um cromossomo W e outro Z. Por outro lado, os machos carregam dois Zs. Enquanto na reprodu&ccedil;&atilde;o comum, sexuada, cada um dos bichos fornece um cromossomo, na partenog&ecirc;nese a f&ecirc;mea fornece um &uacute;nico cromossomo W ou Z, que se duplica.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Chattanooga Zoo/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/04/04135000658233.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Chattanooga Zoo/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
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Em comunicado no Facebook, o zool&oacute;gico explicou a situa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Quando ocorre a partenog&ecirc;nese , a m&atilde;e pode criar apenas ovos WW ou ZZ. Ovos com os cromossomos sexuais WW n&atilde;o s&atilde;o vi&aacute;veis, deixando apenas os ovos ZZ para produzir filhotes masculinos. O zool&oacute;gico tamb&eacute;m informou que a descoberta foi feita ap&oacute;s um teste de DNA realizado no animal.

Os drag&otilde;es-de-komodo s&atilde;o uma esp&eacute;cia de lagarto. A maior do mundo, chegando a medir tr&ecirc;s metros de comprimento e apresentam, muitas vezes, um comportamento agressivo. Algumas f&ecirc;meas possuem dificuldade em aceitar a presen&ccedil;a dos machos, enquanto outras aceitam at&eacute; um relacionamento monog&acirc;mico.

A maior quantidade deles vive em pequenas ilhas da Indon&eacute;sia. &ldquo;Na natureza, os drag&otilde;es-de-komodo vivem principalmente isolados. O comportamento violento permitiu que eles evolu&iacute;ssem at&eacute; a reprodu&ccedil;&atilde;o partenogen&eacute;tica&rdquo;, disseram os especialistas do Chattanooga Zoo, onde o caso ocorreu.

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Dragões-de-komodo nascem sem que a mãe tenha relações com macho

Imagem de Proteína alienígena é anunciada por pesquisadores de Harvard no megacurioso

Descoberta de proteína em meteorito, ainda encarada com ceticismo por parte da comunidade científica, pode representar um novo passo para a ciência.

Quase sempre vista como teoria da conspira&ccedil;&atilde;o, a suposta <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/46817-10-objetos-misteriosos-de-suposta-origem-alienigena.htm">origem extraterrestre</a> de diversos itens intriga at&eacute; mesmo as mentes mais convictas de que estamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112279-sera-que-realmente-estamos-sozinhos-no-universo.htm">sozinhos no universo</a>. Um grupo de cientistas, entretanto, divulgou uma descoberta que, se confirmada, pode dar novos rumos &agrave; ci&ecirc;ncia: eles encontraram uma prote&iacute;na desconhecida no interior de um meteorito.

Ainda encarada com ceticismo por parte da comunidade cient&iacute;fica, esta <a href="https://www.newscientist.com/article/2235981-have-we-really-found-an-alien-protein-inside-a-meteorite/">not&iacute;cia</a> traria &agrave; luz a primeira amostra extraterrena deste tipo de macromol&eacute;cula. Prote&iacute;nas s&atilde;o tidas como compostos org&acirc;nicos essenciais para a evolu&ccedil;&atilde;o da vida e podem ser encontradas em rochas espaciais, mas o fato de desconhecermos a extens&atilde;o de poss&iacute;veis formas qu&iacute;micas no espa&ccedil;o torna qualquer an&aacute;lise mais aprofundada de tais compostos um desafio.&nbsp;

Dimitar Sasselov, pesquisador da Universidade Harvard, atribui a dificuldade de estudos &agrave;s limita&ccedil;&otilde;es de recolhimento de amostras. &ldquo;N&atilde;o se pode simplesmente chegar ao meteorito, coletar um peda&ccedil;o dele, analis&aacute;-lo e afirmar &lsquo;Ok, encontrei isso, isso e aquilo&rsquo;, pois o diabo mora nos detalhes&rdquo;, declarou.

<h2>Os estudos</h2>

Uma amostra intocada de meteorito foi encontrada na Arg&eacute;lia em 1990, e Julie McGeoch, tamb&eacute;m pesquisador em Harvard, e seus colegas analisaram o achado usando uma s&eacute;rie de brocas pequenas e higienizadas para atingir o n&uacute;cleo da rocha e retirar peda&ccedil;os do material.&nbsp;

Depois disso, os cientistas coletaram a poeira resultante do processo e a misturaram com l&iacute;quidos diversos, incluindo &aacute;gua e clorof&oacute;rmio. Um laser foi projetado na mistura para torn&aacute;-la g&aacute;s e possibilitar a realiza&ccedil;&atilde;o de espectrometria de massa. Uma vez que os gases foram examinados, foram detectados &aacute;tomos adicionais e uma combina&ccedil;&atilde;o de amino&aacute;cidos.

Julie McGeoch n&atilde;o forneceu mais detalhes sobre o caso, mas, aparentemente, vest&iacute;gios de vida s&atilde;o capazes de suportar ambientes mais extremos que os conhecidos at&eacute; ent&atilde;o. &ldquo;&Eacute; mais uma confirma&ccedil;&atilde;o de que tais processos qu&iacute;micos variados podem ocorrer na natureza, n&atilde;o apenas em laborat&oacute;rios humanos&rdquo;, afirma.

<figure class="image"><img alt="" height="3744" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/04/04145052399301.jpg" width="5616" />
<figcaption>Foto: Unsplash</figcaption>
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<h2>Prote&iacute;na extraterrestre? Tem quem creia que n&atilde;o</h2>

A revista New Scientist consultou outros especialistas para saber o que acham disso, mas v&aacute;rios deles foram c&eacute;ticos com a descoberta. &ldquo;Seria incr&iacute;vel, mas n&atilde;o acho que seja o caso aqui&rdquo;, declara Lee Cronin, da Universidade de Glasgow. De acordo com ele, as estruturas encontradas n&atilde;o fazem sentido algum, destacando, ainda, haver dados incompletos que colocam a not&iacute;cia em xeque.

Amenizando a cr&iacute;tica, Sasselov n&atilde;o descarta os esfor&ccedil;os dos colegas. &ldquo;S&oacute; precisa de um pouco mais de evid&ecirc;ncia, e espero que realmente nos leve a algum lugar&rdquo;, finaliza.

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Proteína alienígena é anunciada por pesquisadores de Harvard

Imagem de Conheça as brasileiras que sequenciaram coronavírus em 48 horas no megacurioso

Estudos preliminares mostram que o coronavírus identificado no Brasil é diferente do observado em Wuhan, na China

As cientistas brasileiras Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), e Jaqueline Goes de Jesus, da Faculdade de Medicina da USP, lideraram o grupo de pesquisadores que realizaram o primeiro sequenciamento gen&eacute;tico do coronav&iacute;rus na Am&eacute;rica Latina, apenas 48 horas ap&oacute;s a confirma&ccedil;&atilde;o do primeiro caso da doen&ccedil;a em S&atilde;o Paulo (SP).
O empreendimento foi conduzido pelo Instituto Adolfo Lutz em parceria com o IMT da Faculdade de Medicina da USP e a Universidade de Oxford, no Reino Unido. A sequ&ecirc;ncia completa do genoma do v&iacute;rus foi divulgada, na &uacute;ltima sexta-feira (28), no site Virological.org e recebeu o nome de SARS-CoV-2.
<figure class="image"><img alt="" height="400" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/02/02222955009359.jpg" width="600" /> <figcaption>(Fonte: USP/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Para realizar a pesquisa, foi utilizado um dispositivo port&aacute;til lan&ccedil;ado pela startup brit&acirc;nica Oxford Nanopre Technologies. O aparelho &eacute; menor do que um telefone celular e &eacute; conectado a um computador via USB. A estrutura do v&iacute;rus foi decodificada e traduzida por meio de um programa de computador.
O mapeamento do genoma do v&iacute;rus &eacute; essencial, pois possibilita o desenvolvimento de testes de rastreamento e vacinas, como tamb&eacute;m ajuda os especialistas a entender melhor a maneira que o v&iacute;rus se espalha no ambiente e sofre muta&ccedil;&otilde;es.
<h2>Coronav&iacute;rus que chegou ao Brasil sofreu muta&ccedil;&atilde;o</h2>
Estudos preliminares mostram que o v&iacute;rus identificado no Brasil &eacute; diferente do observado no epicentro da doen&ccedil;a (Wuhan, na China), pois j&aacute; sofreu tr&ecirc;s muta&ccedil;&otilde;es. Os cientistas verificaram que o coronav&iacute;rus daqui &eacute; semelhante ao encontrado na Baviera (Alemanha).
O primeiro paciente brasileiro infectado pelo coronav&iacute;rus foi contaminado ap&oacute;s uma viagem &agrave; regi&atilde;o da Lombardia, na It&aacute;lia. Embora os testes indiquem que o v&iacute;rus no Brasil &eacute; semelhante &agrave; variedade europeia, amostras italianas ainda n&atilde;o foram sequenciadas para a confirma&ccedil;&atilde;o.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/02/02223113853361.jpg" /> <figcaption>(Fonte: USP/Divulga&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de informou que um novo caso do coronav&iacute;rus j&aacute; foi confirmado no Brasil. O paciente, um homem de 32 anos esteve em Mil&atilde;o, na It&aacute;lia. Ele foi levado ao Hospital Israelita Albert Einstein de S&atilde;o Paulo, na sexta-feira (28), com febre, tosse, dores musculares, de garganta e de cabe&ccedil;a. Sua condi&ccedil;&atilde;o era considerada leve e est&aacute;vel, por isso ele apenas ficou isolado em casa.
Atualmente, 182 casos est&atilde;o sendo monitorados, e 2 foram confirmados at&eacute; o momento. Por outro lado, 71 suspeitas j&aacute; foram descartadas.

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Conheça as brasileiras que sequenciaram o coronavírus em 48 horas

Imagem de Neurônio de rato se comunica pela internet com célula artificial no megacurioso

As células localizadas na Suíça e na Itália formaram a primeira rede neural internacional conectada remotamente

Cientistas da Su&iacute;&ccedil;a, It&aacute;lia e Reino Unido conseguiram fazer com que um neur&ocirc;nio biol&oacute;gico se comunicasse com dois neur&ocirc;nios artificiais por meio da <a href="http://www.tecmundo.com.br/internet/" target="_blank" title="Internet">internet</a>, em uma rede neural internacional conectada remotamente, que &eacute; a primeira desse tipo j&aacute; desenvolvida no mundo.
O neur&ocirc;nio biol&oacute;gico foi retirado do c&eacute;rebro de um rato, e est&aacute; localizado em um laborat&oacute;rio da Universidade de P&aacute;dua, na It&aacute;lia. As c&eacute;lulas cerebrais artificiais, feitas &agrave; base de sil&iacute;cio, est&atilde;o situadas na Universidade de Zurique, na Su&iacute;&ccedil;a. A troca de informa&ccedil;&otilde;es foi realizada por meio de um n&oacute;dulo de comunica&ccedil;&atilde;o na Universidade de Southampton, no Reino Unido, que serviu como &ldquo;ponte&rdquo;.
A esse n&oacute;dulo de comunica&ccedil;&atilde;o, os pesquisadores deram o nome de &ldquo;sinapse&rdquo;, o mesmo nome que &eacute; dado &agrave;s conex&otilde;es entre c&eacute;lulas cerebrais individuais.
<figure class="image"><img alt="" height="720" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/28/28113803875031.jpg" width="1280" /> <figcaption>Fonte: Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o</figcaption></figure>
A pesquisa foi publicada na ter&ccedil;a-feira (25), na revista Scientific Reports, e ainda est&aacute; nos est&aacute;gios iniciais. &Eacute; dif&iacute;cil comparar o comportamento de um neur&ocirc;nio de rato cultivado em uma placa de Petri com o de um neur&ocirc;nio humano em seu &oacute;rg&atilde;o nativo.
A rede ainda &eacute; considerada simples, mas pode servir como base de estudos em situa&ccedil;&otilde;es de intera&ccedil;&atilde;o entre c&eacute;rebro e computador, como no caso da substitui&ccedil;&atilde;o de partes disfuncionais do c&eacute;rebro por chips de IA, criando redes neurais h&iacute;bridas complexas.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150658-neuronio-rato-comunica-internet-celula-artificial.htm">Neurônio de rato se comunica pela internet com célula artificial</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Neurônio de rato se comunica pela internet com célula artificial

Imagem de Cientistas descobrem animal que não precisa respirar no megacurioso

O Henneguya salminicola é o primeiro animal conhecido na história que não precisa de oxigênio para sobreviver

Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar em um animal que n&atilde;o respira? Entenda, n&atilde;o &eacute; aquele que consegue prender a respira&ccedil;&atilde;o por muito tempo, mas sim um ser que n&atilde;o precisa de oxig&ecirc;nio para sobreviver! Esse &eacute; o caso do Henneguya salminicola. O animal passa boa parte de sua vida preso a peixes ou vermes aqu&aacute;ticos e, por isso, n&atilde;o tem por que respirar.
Sabe-se que todos os seres multicelulares apresentam, no m&iacute;nimo, alguns genes respirat&oacute;rios; por&eacute;m, descobriu-se a exce&ccedil;&atilde;o, o&nbsp;Henneguya salminicola. Em 24 de fevereiro, foi publicado um estudo comprovando a inexist&ecirc;ncia dos genes para respira&ccedil;&atilde;o nesse animal.
<figure class="image"><img alt="" height="829" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/27/27153839673247.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: Stephen Douglas Atkinson/Live Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>O Henneguya salminicola</h2>
O bicho &eacute; um parasita e, para viver, infecta outros, como peixes e vermes marinhos. Faz parte da classe os mixozo&aacute;rios, que s&atilde;o cnid&aacute;rios parasitas, nadadores simples e microsc&oacute;picos. Eles tamb&eacute;m est&atilde;o inclu&iacute;dos na classe dos sporozoa e, portanto, s&atilde;o parentes distantes das &aacute;guas-vivas.
O H. salminicola &eacute; um parasita benigno, e seus esporos se assemelham a um espermatozoide azulado com duas caldas e um par de &ldquo;olhos&rdquo; ovais, que s&atilde;o as c&eacute;lulas pungentes com as quais o animal se prende ao hospedeiro.
<figure class="image"><img alt="" height="609" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/27/27153720173246.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: Stephen Douglas Atkinson/Live Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Esses seres est&atilde;o evoluindo no processo contr&aacute;rio da maioria, ou seja, ao inv&eacute;s de se tornarem cada vez mais complexos, eles est&atilde;o evoluindo para um animal quase unicelular. Por causa desse processo, acredita-se que eles perderam, segundo a coautora Doroth&eacute;e Huchon (em entrevista &agrave;&nbsp;Live Science), &ldquo;seus tecidos, suas c&eacute;lulas nervosas, seus m&uacute;sculos e, agora, tamb&eacute;m a capacidade de respirar&rdquo;.
<iframe width="640" height="360" frameborder="0" src="http://content.jwplatform.com/players/MbMeKroC-UbKkvo80.html"></iframe>
<h2>O estudo</h2>
O artigo da pesquisa, publicado na revista <a href="https://www.pnas.org/content/early/2020/02/18/1909907117">Proceedings of the National Academy of Sciences</a>,&nbsp;foi produzido pelos cientistas Dayana Yahalomi, Stephen D. Atkinson e Doroth&eacute;e Huchon em conjunto com outros pesquisadores.
O grupo fez uma an&aacute;lise microsc&oacute;pica e gen&ocirc;mica do H. salminicola, comprovando que o ser n&atilde;o tinha o genoma mitocondrial, que &eacute; a por&ccedil;&atilde;o do DNA armazenada nas mitoc&ocirc;ndrias de um animal e inclui os genes respons&aacute;veis pela respira&ccedil;&atilde;o.
Dessa forma, nasceu uma nova d&uacute;vida sobre o ser vivo que n&atilde;o respira: como ele produz energia para sobreviver? A pesquisa n&atilde;o conseguiu encontrar uma resposta satisfat&oacute;ria para a d&uacute;vida. Entretanto, os cientistas acreditam que o H. salminicola, assim como outros parasitas, deve&nbsp;importar ATP (a energia para as mol&eacute;culas) diretamente dos seus hospedeiros.

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Cientistas descobrem animal que não precisa respirar

Imagem de O que acontece quando a gente morre? no megacurioso

Embora nenhum ser humano vivo consiga explicar o que acontece após a morte, relatos de médicos e pessoas que passaram por experiências de quase-morte dão um vislumbre do fenômeno

A maior certeza da vida e tamb&eacute;m a maior d&uacute;vida coexistem na maioria dos seres humanos:&nbsp;&agrave;&nbsp;maior certeza &mdash; a de que todos iremos morrer um dia &mdash; se contrap&otilde;e a maior d&uacute;vida: o que acontece quando morremos?&nbsp;Essa pergunta esteve&nbsp;perto de ser respondida em 1994, quando um ortopedista chamado Anthony Cicoria, ao deixar um telefone p&uacute;blico que utilizava, foi atingido por um raio na cidade americana de Albany, no estado de Nova York.

Ele se lembra de ter sido projetado para tr&aacute;s e, ao se levantar, p&ocirc;de testemunhar o seu pr&oacute;prio corpo deitado no ch&atilde;o, em meio a uma luz azul, e uma mulher tentando reanim&aacute;-lo, at&eacute; se sentir subindo suavemente para o quarto onde seus filhos brincavam.&nbsp;De acordo com o Dr. Sam Parnia, professor de Medicina e especialista em experi&ecirc;ncias de quase-morte, a experi&ecirc;ncia de Tony Cicoria <a href="https://www.youtube.com/watch?v=tHcZc-JJEFw">n&atilde;o teve nada de extraordin&aacute;rio</a>. &quot;Morte &eacute; um processo&quot;, afirmando que n&atilde;o &eacute; uma coisa claramente definida e imut&aacute;vel.

<h2>O que diz a ci&ecirc;ncia?</h2>

A princ&iacute;pio, <a href="https://www.livescience.com/42955-what-happens-when-you-die.html">explica a Dra. Nina O&#39;Connor</a>, diretora de cuidados paliativos na Universidade da Pensilv&acirc;nia, a respira&ccedil;&atilde;o se torna irregular (o chamado &quot;estertor da morte&quot;) porque a pessoa n&atilde;o &eacute; capaz nem de tossir, nem de engolir suas secre&ccedil;&otilde;es.&nbsp;No exato momento da morte, todos os m&uacute;sculos do corpo relaxam&nbsp;e a pessoa costuma emitir um &uacute;ltimo gemido ou suspiro que, na verdade, &eacute; o som do ar que estava nos pulm&otilde;es passando pela garganta e pelas cordas vocais.

A seguir, as pupilas se dilatam ao m&aacute;ximo (midr&iacute;ase fixa), a mand&iacute;bula se abre e a pele decai. Se a pessoa tiver urina ou fezes no corpo, elas ser&atilde;o liberadas. No entanto, mesmo ap&oacute;s o cora&ccedil;&atilde;o parar de bater, <a href="https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28231862">estudos indicam</a> que o c&eacute;rebro pode funcionar por mais 10 minutos.

<h2>Experi&ecirc;ncias de quase-morte</h2>

Ap&oacute;s terem sofrido parada card&iacute;aca, <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-inexplicaveis/74225-as-diferentes-formas-de-ter-uma-experiencia-de-quase-morte.htm">muitos sobreviventes se recordam</a> de mergulhar numa luz brilhante e acolhedora, ou de encontros com parentes j&aacute; falecidos, al&eacute;m de uma clara lembran&ccedil;a de m&eacute;dicos e enfermeiras trabalhando em seus corpos. Muitos n&atilde;o desejavam voltar aos seus corpos.&nbsp;Mas a maioria dos cientistas n&atilde;o compartilham dessas mem&oacute;rias, atribuindo-as a sonhos l&uacute;cidos ou efeito da falta de oxigena&ccedil;&atilde;o no c&eacute;rebro. O assunto ainda ser&aacute; tema de pesquisas.

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O que acontece quando a gente morre?

Imagem de Teste feito em macacos indica mecanismo de consciência cerebral no megacurioso

Esse mecanismo seria um gatilho para despertar a região consciente do cérebro


Uma pesquisa publicada na revista Neuron, no dia 12 de fevereiro deste ano, validou um instrumento no c&eacute;rebro respons&aacute;vel pela consci&ecirc;ncia, que durante o experimento teria acordado macacos que foram submetidos &agrave; diferentes formas de anestesia.
Apesar de pesquisas realizadas anteriormente sobre o assunto terem apresentado que a perman&ecirc;ncia da consci&ecirc;ncia abrange atividades cerebrais difundidas por todo o &oacute;rg&atilde;o do sistema nervoso, este novo estudo evidencia o t&aacute;lamo lateral central como um dos principais respons&aacute;veis por desempenhar esta fun&ccedil;&atilde;o. Tendo em vista este ponto, a principal autora do artigo e estudante de psicologia da Universidade de Wisconsin-Madison, Michelle Redinbaught, afirmou que &ldquo;&eacute; improv&aacute;vel que a consci&ecirc;ncia seja espec&iacute;fica para um local do c&eacute;rebro&rdquo;.
<figure class="image"><img alt="(Fonte: Live Science/Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/20/20115200000418.jpg" width="990" /> <figcaption>(Fonte: Live Science/Shutterstock/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Estudo do gatilho cerebral</h2>
Para a aplicabilidade da pesquisa, foram utilizados eletrodos no c&eacute;rebro de macacos, estando eles acordados ou adormecidos, a partir de maneiras diferentes de anestesia. Esses eletrodos foram respons&aacute;veis por enviar &agrave; diferentes &aacute;reas do c&eacute;rebro pequenos impulsos el&eacute;tricos, nos quais, quando atingiram o t&aacute;lamo lateral central a partir de uma frequ&ecirc;ncia espec&iacute;fica, despertaram os macacos, mesmo aqueles que estavam sob anestesia profunda.
Segundo Redinbaugh, &ldquo;a consci&ecirc;ncia sempre coincidia com duas vias ativadas&rdquo;, sendo que um deles tem a fun&ccedil;&atilde;o de transportar informa&ccedil;&otilde;es sensoriais do t&aacute;lamo ao c&oacute;rtex cerebral, e o outro apresenta uma rea&ccedil;&atilde;o de previs&otilde;es, aten&ccedil;&otilde;es e objetivos, em sentido inverso. Ambos s&atilde;o necess&aacute;rios para a atividade da consci&ecirc;ncia e sua funcionalidade. A partir disso, os pesquisadores conclu&iacute;ram que existe uma grande probabilidade de o t&aacute;lamo lateral central atuar como gatilho, ativando e preservando essas duas vias.

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Teste feito em macacos indica mecanismo de consciência cerebral

Imagem de Orgia anual de cobras vai acontecer em parque fechado da Flórida no megacurioso

Esta é a época do ano em que as cobras d’água da Flórida realizam o acasalamento. O ritual não deve ser interrompido pelas pessoas

As serpentes aqu&aacute;ticas da Fl&oacute;rida vivem um momento especial nesta &eacute;poca do ano: o acasalamento em massa da esp&eacute;cie. As cobras do g&ecirc;nero Nerodia descem de suas &aacute;rvores &agrave; beira da &aacute;gua para se encontrar&nbsp;a gerar seus filhotes. O ritual, um tanto curioso aos olhos humanos, &eacute; comum nesta &eacute;poca do ano, quando elas se juntam em uma verdadeira orgia reptiliana.

A reuni&atilde;o de cobras &eacute; t&atilde;o grande que o departamento de parques e recrea&ccedil;&atilde;o da regi&atilde;o teve que agir. As liga&ccedil;&otilde;es de visitantes do Lago Hollingworth, no centro da Fl&oacute;rida, eram tantas, que funcion&aacute;rios tiveram que emitir um comunicado no Facebook, tranquilizando as pessoas e explicando que as cobras est&atilde;o ali para acasalar. Tamb&eacute;m tiveram que isolar parte do parque, para evitar contato dos visitantes, visto que elas podem ficar agressivas ao se sentirem amea&ccedil;adas. Por&eacute;m, as cobras s&atilde;o livres de veneno.

<figure class="image"><img alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)" height="495" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/20/20132139255464.jpg" width="990" />
<figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

<h2>Acasalamento gera dezenas de filhotes</h2>

As serpentes aqu&aacute;ticas que vivem na Fl&oacute;rida passam a maior parte do tempo de aquecendo nas praias ou enroladas em galhos de &aacute;rvores pr&oacute;ximos da &aacute;gua. De temporada em temporada, no entanto, descem para a procria&ccedil;&atilde;o.

Geralmente, elas d&atilde;o cerca de 60 filhotes de cada vez, medindo entre 18 e 28 cent&iacute;metros. Depois que o acasalamento termina, cada uma segue para um lado, espalhando-se pela Fl&oacute;rida, Alabama e Virg&iacute;nia.

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Orgia anual de cobras vai acontecer em parque fechado da Flórida

Imagem de Antigos micróbios podem ser a chave para salvar cidades costeiras no megacurioso

Mudanças climáticas e o aumento do nível do mar ameaçam cidades costeiras como Nova York, mas a ação de micróbios antigos pode ser a chave para salvar o futuro

As mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas j&aacute; est&atilde;o alterando o meio ambiente e o planeta como o conhecemos. O aumento do n&iacute;vel do mar amea&ccedil;a inundar, em um futuro n&atilde;o t&atilde;o distante, metr&oacute;poles importantes como Nova York, Xangai e Mumbai. Mas, de acordo com o fil&oacute;sofo experimental Jonathon Keats, a a&ccedil;&atilde;o de antigos micr&oacute;bios que formaram as &ldquo;primeiras cidades&rdquo; que a Terra teve, h&aacute; cerca de 3,5 bilh&otilde;es de anos, pode ser a chave para salvar as cidades costeiras.
As &ldquo;cidades&rdquo; antigas nada mais eram do que montes em camadas de estromat&oacute;litos, que se formavam gra&ccedil;as aos esfor&ccedil;os de milh&otilde;es de micr&oacute;bios, como cianobact&eacute;rias fotossint&eacute;ticas. &Agrave; medida que as criaturas se moviam para capturar os raios de sol, o monte crescia com camadas de biofilme sedimentando a estrutura. Essa a&ccedil;&atilde;o dos micr&oacute;bios acontecia em &aacute;reas de mar&eacute;. Os estromat&oacute;litos tinham ainda um bom senso de comunidade, uma vez que os micr&oacute;bios ativos acabavam se tornando apoio estrutural &agrave; medida que o monte crescia.
<figure class="image"><img alt="" height="366" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/19/19230759715220.jpg" width="650" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;David Holt (arranha-c&eacute;us) and Didier Descouens (estromat&oacute;lito), Jonathon Keats (ilustra&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
Para Keats, essa a&ccedil;&atilde;o pode inspirar planejadores urbanos a pensar as cidades do futuro j&aacute; vislumbrando as inunda&ccedil;&otilde;es. Para isso, criou o &ldquo;Iniciativa Cidades Primordiais&rdquo;, projeto de arte interdisciplinar feito em parceria com pesquisadores do Instituto Fraunhofer de F&iacute;sica da Constru&ccedil;&atilde;o (IBP) na Alemanha.
<h3>Construindo cidades inspiradas em micr&oacute;bios</h3>
No ano passado, Keats e os pesquisadores criaram projetos de arranha-c&eacute;us que permite aos habitantes a constru&ccedil;&atilde;o &ldquo;para cima&rdquo;, camada por camada, como os antigos micr&oacute;bios. Com isso, ficariam sempre acima do n&iacute;vel de &aacute;gua. Eles desenvolveram ainda um plano de energia que dependeria de geradores de mar&eacute; e baterias gravitacionais.
<figure class="image"><img alt="" height="366" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/19/19231010855221.jpg" width="650" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Fraunhofer IBP </figcaption></figure>
Os pesquisadores testaram ainda diversos materiais que poderiam ser utilizados na constru&ccedil;&atilde;o, como concreto e madeira e conseguiram detectar efeitos positivos em todos. Com esses dados, Keats construiu arqu&eacute;tipos de arranha-c&eacute;us. &ldquo;As madeiras s&atilde;o especialmente interessantes para mim, porque os materiais de constru&ccedil;&atilde;o podem ser cultivados no telhado, paralelamente &agrave; forma como os estromat&oacute;litos se adaptam ao crescer", disse Keats.
Os estromat&oacute;litos tamb&eacute;m s&atilde;o eficientes porque cada camada absorve a anterior. Em entrevista ao Live Science, Keats disse que n&atilde;o &eacute; contra que suas cidades sejam &ldquo;constru&iacute;das a cada camada em cima dos ossos dos mortos&rdquo;, mas tamb&eacute;m afirmou que &ldquo;seria muito lento&rdquo;.
Os pr&eacute;dios e os detalhes do plano de gerenciamento de energia projetados por Keats e pelos pesquisadores de Fraunhofer IBP est&atilde;o expostos no STATE Studio, em Berlim.
<figure class="image"><img alt="" height="366" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/02/19/19231047449222.jpg" width="650" /> <figcaption>Fonte:&nbsp;Anne Freitag Photography</figcaption></figure>
Keats &eacute; ainda mais ambicioso e quer dar o passo seguinte, fazendo um teste de campo completo em uma grande cidade o que, para ele, duraria pelo menos uma d&eacute;cada, levando em considera&ccedil;&atilde;o a modifica&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios pr&eacute;dios. Ele afirma que um bom teste de campo poderia ajudar a solucionar erros no sistema de cidades primordiais, como o melhor projeto gerador de mar&eacute;, por exemplo.
Keats espera ainda que a iniciativa motive um novo campo de estudo, a paleobiomim&eacute;tica, que ensinaria li&ccedil;&otilde;es e ideias de sistemas ecol&oacute;gicos inteiros com o olhar voltado para o passado.

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