
Ciência
24/02/2020 às 05:00•1 min de leitura
Uma pesquisa publicada na revista Neuron, no dia 12 de fevereiro deste ano, validou um instrumento no cérebro responsável pela consciência, que durante o experimento teria acordado macacos que foram submetidos à diferentes formas de anestesia.
Apesar de pesquisas realizadas anteriormente sobre o assunto terem apresentado que a permanência da consciência abrange atividades cerebrais difundidas por todo o órgão do sistema nervoso, este novo estudo evidencia o tálamo lateral central como um dos principais responsáveis por desempenhar esta função. Tendo em vista este ponto, a principal autora do artigo e estudante de psicologia da Universidade de Wisconsin-Madison, Michelle Redinbaught, afirmou que “é improvável que a consciência seja específica para um local do cérebro”.
Para a aplicabilidade da pesquisa, foram utilizados eletrodos no cérebro de macacos, estando eles acordados ou adormecidos, a partir de maneiras diferentes de anestesia. Esses eletrodos foram responsáveis por enviar à diferentes áreas do cérebro pequenos impulsos elétricos, nos quais, quando atingiram o tálamo lateral central a partir de uma frequência específica, despertaram os macacos, mesmo aqueles que estavam sob anestesia profunda.
Segundo Redinbaugh, “a consciência sempre coincidia com duas vias ativadas”, sendo que um deles tem a função de transportar informações sensoriais do tálamo ao córtex cerebral, e o outro apresenta uma reação de previsões, atenções e objetivos, em sentido inverso. Ambos são necessários para a atividade da consciência e sua funcionalidade. A partir disso, os pesquisadores concluíram que existe uma grande probabilidade de o tálamo lateral central atuar como gatilho, ativando e preservando essas duas vias.