Imagem de Salário de um CEO equivale ao de 670 operários, diz relatório do IPS no megacurioso

Os salários de executivos do primeiro escalão têm crescido muito acima dos ganhos dos outros trabalhadores, aumentando a desigualdade e colocando as empresas em risco

<head></head><body>Em setembro deste ano, trabalhadores do setor automobilístico entraram em greve nos EUA. Até aí, nada de muito novo, visto que greves nesse setor já ocorreram inúmeras vezes antes. Contudo, um dos argumentos usados pelos grevistas — que buscam melhores salários — chamou a atenção da mídia estadunidense: a diferença entre os ganhos dos diretores dessas empresas e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119254-o-que-e-o-salario-minimo-e-por-que-ele-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salário dos operários</a>.Desde o ano de 1978, os salários dos executivos cresceram 1.322%, segundo o Instituto de Pesquisas Econômica. A título de comparação, o mercado de ações das bolsas de NYSE e Nasdaq cresceu bem menos nesse período: 817%. Na montadoras, isso fez com que esses cargos ganhassem até 322 vezes mais do que ganham os operários.O salário anual da CEO da GM, Mary Barra, é equivalente a um prêmio de loteria no Brasil: US$ 29 milhões, cerca de R$ 144,7 milhões. O salário anual de um operário nessa empresa é em média de pouco mais de US$ 90 mil anuais.Esses números chamam a atenção por vários motivos, entre eles o custo que os executivos têm para as empresas. É comum que quando precisam reduzir gastos, as companhias demitam centenas de funcionários, mas essas demissões poderiam ser evitadas apenas reduzindo os altos salários de quem está no topo, o que dificilmente ocorrerá, uma vez que a decisão pelas demissões é feita justamente por essas lideranças.<h2>Empresas focando apenas no curto-prazo incentivam fraudes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16091243621020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123689-como-surgiu-o-13-salario-apos-o-brasil-ganhar-uma-copa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salários</a> tão elevados dos CEOs ainda podem afetar as finanças da empresa de outras formas, uma delas é a motivação para se trabalhar. Se um profissional sente que seu esforço não é recompensado, ele tende a se dedicar menos, o que impacta na produtividade do negócio.A forma como os executivos são remunerados ainda pode incentivar a fraude. Muitos CEOs são bonificados de acordo com o crescimento das ações da empresa, em alguns casos se tornando acionistas.Dessa forma, pode ser altamente vantajoso para eles mascararem resultados negativos, evitando que as ações caiam e eles percam dinheiro. Uma reportagem do jornal Valor Econômico revela que o salário do CEO das Lojas Americanas era 400 vezes maior do que o salário-médio dos funcionários. Recentemente, a empresa revelou uma grande falha em sua governança, que causou a demissão de 10 mil pessoas e o prejuízo para muitos investidores que acreditaram nos resultados que a companhia divulgava.<h2>Diferença salarial aumentou muito na pandemia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16091322793021.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um relatório do&nbsp;Institute for Policy Studies (IPS) mostrou que o salário dos CEOs aumentou 31% em 2020, fazendo com esse ganho equivalesse a até 670 salários de trabalhadores da mesma companhia.Na prática, isso significou que alguns poucos executivos ganharam um aumento de US$ 2,5 milhões, enquanto milhares de trabalhadores tiveram um aumento médio de US$ 3,5 mil em seus salários-anuais.Segundo o relatório, uma tática usada por esses negócios para aumentarem os ganhos dos seus diretores foi a de recomprar suas próprias ações, aumentando seu poder de decisão na companhia. Bilhões de dólares foram gastos nessa estratégia, o que fez com que a Casa Branca estudasse mudar as regras que permitem a recompra de ações no mercado dos EUA.</body>

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Salário de um CEO equivale ao de 670 operários, diz relatório do IPS

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Em método de locomoção inusitado, habitantes de Berna foram flagrados voltando para suas casas após o trabalho flutuando em um belo rio da cidade

<head></head><body>A volta para casa após um dia cansativo de trabalho não costuma ser a coisa mais legal do mundo. Por mais que você esteja satisfeito de ter concluído suas obrigatoriedades, enfrentar o trânsito de uma cidade repleta de carros ou encarar um ônibus lotado no trajeto para casa costuma ser mais estressante do que o dia a dia — sobretudo durante o verão.Porém, essa não parece ser a realidade de alguns trabalhadores da cidade de Berna, capital da Suíça. Em um vídeo que viralizou recentemente nas redes sociais, é possível ver algumas pessoas flutuando pelo rio Aar e utilizando o fluxo da água como um curioso e inusitado método de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110927-homem-diminui-tempo-de-locomocao-apos-ir-trabalhar-de-prancha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">locomoção</a>.&nbsp;<h2>Viagem refrescante</h2><blockquote cite="https://www.tiktok.com/@pubityearth/video/7150616921094819078" class="tiktok-embed" data-video-id="7150616921094819078" style="max-width: 605px;min-width: 325px;"><section><a href="https://www.tiktok.com/@pubityearth?refer=embed" target="_blank" title="@pubityearth">@pubityearth</a> Interesting and healthy way of getting home from work!?? <a href="https://www.tiktok.com/tag/swim?refer=embed" target="_blank" title="swim">#swim</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/travel?refer=embed" target="_blank" title="travel">#travel</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/viral?refer=embed" target="_blank" title="viral">#viral</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/earth?refer=embed" target="_blank" title="earth">#earth</a> <a href="https://www.tiktok.com/tag/fyp?refer=embed" target="_blank" title="fyp">#fyp</a> (credit: @unravelledtravels <a href="https://www.tiktok.com/music/original-sound-7150616948018072325?refer=embed" target="_blank" title="? original sound - Pubity Earth">? original sound - Pubity Earth</a></section></blockquote>Em Berna, moradores e turistas há muito tempo usam o rio Aar como meio de transporte de um canto para outro. As saídas marcadas por barras vermelhas margeiam o rio, o que significa que qualquer pessoa com um pequeno barco, caiaque ou dispositivo de flutuação pode circular por ali tranquilamente. Inclusive, pegar um barco para o trabalho costuma ser algo bastante normal na região.O Aar é um importante riacho que vai do centro até o norte da Suíça. Ele é um afluente da margem esquerda do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122671-as-sinistras-mensagens-reveladas-nas-pedras-da-fome.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rio Reno</a>, possuindo 295 km de extensão. Embora barcos possam ser vistos com certa frequência por esse trajeto, não é nada absurdo assistir pessoas se aproveitando do fluxo de água do riacho para ir nadando até algum canto.&nbsp;Em entrevista ao jornal Le News, Evelyn Schneider-Reyes, moradora da cidade, descreveu como usa o rio para locomoção durante o verão. "Eu tinha uma bolsa impermeável, onde guardava todas as minhas roupas, meu celular, carteira e sapatos. Coloquei meu maiô e nadei para casa. Eu saía do Aar em Lorrainebad, depois subia o morro por 8 minutos e já estava em casa. Do meu escritório até o Lorrainebad normalmente demorava cerca de 15 minutos na água", comentou.<h2>Método de funcionamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27235628166625.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Como dito por Schneider-Reyes, um dos pontos principais para poder viajar pelo rio Aar é contar com uma bolsa impermeável. Uma vez que esse obstáculo foi superado, só é preciso trocar de roupa e pular em uma das entradas do rio. As saídas estão marcadas por um poste vermelho ou com degraus que facilitam a entrada e saída de pedestres e banhistas.A prefeitura de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126956-ponta-de-flecha-de-3-5-mil-anos-achada-na-suica-foi-feita-de-meteorito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Berna</a>, no entanto, alerta aos visitantes: como a água do rio é bem gelada, é importante que as pessoas se molhem um pouco antes de pularem de vez para evitar sofrerem um choque térmico. Porém, depois que esse procedimento é feito, a viagem costuma ser bastante tranquila.Por conta do fluxo d'água, que permite o rio Aar ter uma velocidade continua para outra região da cidade, os banhistas nem precisam fazer força para nadar. Basta se deixar ser levado para a água e esquecer todas as suas preocupações por alguns minutos. Então, quando você notar, estará em seu destino final.</body>

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Trabalhadores voltam para casa nadando na Suíça 

Imagem de 90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês no megacurioso

Em um país onde o IBGE consegue definir muito bem quem são os 90% mais pobres, não há uma estratificação clara dos 1% mais ricos

<head></head><body>Um tweet publicado no domingo (6), com mais de 1,1 milhão de visualizações, trouxe à tona uma realidade antiga, mas sempre presente: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121559-projeto-quer-diminuir-a-pobreza-da-maneira-mais-simples-distribuindo-renda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a desigualdade social no Brasil.</a> Com base em dados da Pnad Contínua – Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE, o site CHOQUEI destaca a informação de que 90% dos brasileiros tinham renda inferior a R$ 3.422 no período analisado.Mas a coisa não para por aí: do lado oposto da pirâmide, ou seja, naquele pequeno topo de 1% onde ficam os chamados ricos, o “ponto de corte” estava na época do levantamento em R$ 28.659. Já naquela base dos 90% que ganham menos de R$ 3.422, 70% do total eram constituídos de pessoas que ganhavam até dois salários mínimos, ou R$ 1.871 na época.Dessa forma, embora a base da pirâmide esteja bem definida, há um problema com aquele grupo dos 1% mais ricos. Ali, o IBGE junta desde profissionais liberais, como advogados e engenheiros, até a elite do funcionalismo público, aí incluídas autoridades como promotores, procuradores, auditores e políticos em geral. Mas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122264-6-das-pessoas-mais-ricas-que-ja-pisaram-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o IBGE deixe de lado a riqueza na forma de grandes fortunas herdadas</a>, que, aliás, são sempre subestimadas nos recenseamentos.<blockquote class="twitter-tweet">??ATENÇÃO: 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil no trabalho. <a href="https://t.co/jjJ4CSSY7P">pic.twitter.com/jjJ4CSSY7P</a>— CHOQUEI (@choquei) <a href="https://twitter.com/choquei/status/1688227426650800128?ref_src=twsrc%5Etfw">August 6, 2023</a></blockquote><h2>Será que todos que estão no topo da pirâmide são ricos?</h2>Embora para os 90% dos que vivem abaixo da linha de R$ 3.422 seja fácil compreender o que é ser pobre, pois eles sabem por experiência própria, é difícil definir o que é ser rico, pois essa noção acaba sendo subjetiva. Será que é ter dinheiro o bastante para parar de trabalhar? Ou ter carro importado? Na falta de um consenso acadêmico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/101181-ostentacao-as-20-celebridades-mais-ricas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">muita gente associa riqueza a ostentação.</a>De acordo com o sociólogo e pesquisador do Ipea, Pedro Ferreira de Souza, apesar de o IBGE conseguir estratificar muito bem os 90% mais pobres da população, "nos 10% mais ricos, quanto mais para cima, maior a subestimação", afirma ele à BBC News Brasil.&nbsp;Assim, nesse clubinho dos que ganham mais do que R$ 28 mil, o Pnad acaba colocando em mesmo compartimento profissionais bem remunerados e alguns bilionários super-ricos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07214943945010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)<h2>Por que é importante conhecer o topo da pirâmide?</h2>Para o Brasil que, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125571-censo-2022-8-revelacoes-sobre-a-populacao-brasileira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em torno de desigualdade social,</a> está no mesmo patamar de Lesoto, Botsuana, Moçambique e África do Sul, é importantíssimo conhecer o topo da pirâmide social por dois motivos, diz Souza.&nbsp;Primeiramente, porque quando um pequeno percentual da população concentra grande parte dos recursos, ela tende a "usar todos os meios possíveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124981-religiao-e-usada-para-barrar-liberdade-e-democracia-segundo-estudos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para converter o poder econômico em influência política</a> e, assim, conseguir enriquecer ainda mais".Segundo, porque é preciso saber onde o dinheiro está em tese "sobrando" para melhora a qualidade de vida dos mais pobres. Não se trata de confisco, diz o sociólogo, "mas do padrão de Estados Unidos e Europa: tributar onde tem mais dinheiro concentrado e gastar onde tem mais necessidades", conclui.</body>

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90% dos trabalhadores brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil por mês

Imagem de Como a máfia da indústria farmacêutica fatura às custas da dor no megacurioso

Um dos setores indispensáveis para nós, pode também ser responsável por nossa ruína

<head></head><body>A sociedade não vive em equilíbrio — nem todos os países possuem os mesmos fatores e condições de envelhecimento, estilo de vida, dieta adequada, níveis de sedentarismo, estresse e outras condições socioeconômicas que contribuem para o surgimento de doenças crônicas ou a longo prazo. Em contrapartida, é indiscutível que a indústria farmacêutica&nbsp;tem uma participação ativa na maneira como deseja que nossa saúde esteja, afinal ela só existe e fatura com base nisso – e não é pouco.O número de adultos nos Estados Unidos que tomam pelo menos um medicamento prescrito por dia é de 70%, mostrando um aumento de 14 pontos percentuais em relação aos dados de 2019, conforme um levantamento feito pelo CivicScience. Aumentou em seis pontos percentuais, de 18% para 24%, a quantidade de pessoas que toma quatro ou mais medicamentos por dia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14134642384275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O Statista apontou que o setor farmacêutico não só experimentou um crescimento significativo nas últimas duas décadas, quando alcançou o valor de US$ 1,48 trilhão em 2022. Paralelamente, o CivicScience apontou que 24% dos adultos norte-americanos deixaram de tomar medicamentos prescritos devido ao seu custo inflacionário.É um fato que a humanidade não teria chegado até aqui sem medicamentos, mas talvez não vá muito longe pelo tanto que os consome – ou deixa de consumir –, e é manipulada por uma indústria que representa 2% da economia mundial.<h2>A tendência dos boticários</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14134833356279.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os medicamentos sempre estiveram presentes na dieta básica da humanidade. Por volta de 3000 a.C., a civilização suméria, no sul da Mesopotâmia, já possuía uma ampla gama de conhecimento sobre plantas medicinais e suas propriedades curativas. As pessoas usavam, por exemplo, casca de salgueiro como medicamento tradicional para alívio da dor. Apesar de sua aplicação ter sido defendida pelos pais da medicina, Hipócrates e Plínio, o Velho, demorou até meados do século XVIII para que os cientistas refinassem a casca do salgueiro no composto medicinal chamado salicina.No início dos anos 1900, a gigante farmacêutica Bayer AG transformou a salicina em ácido acetilsalicílico e a vendeu sob o nome “aspirina”. Se este é considerado o medicamento mais usado no mundo, alvo de 700 a 1 mil estudos clínicos por ano, isso é culpa não só da evolução da medicina, mas também do poder da indústria farmacêutica.E esse poder e influência têm raízes sólidas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm#:~:text=Muita%20gente%20pensa%20na%20Idade,o%20nariz%20at%C3%A9%20jogar%20futebol." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>. Quando o setor farmacêutico surgiu, na forma dos boticários pela Europa, essa função não era só um ramo mercadológico, mas uma profissão "normal". Os boticários eram químicos que misturavam e vendiam seus medicamentos para os médicos, cirurgiões e clientes que entravam nos estabelecimentos em busca de um alívio rápido para a dor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14134906567281.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Enquanto a América não possuía uma estrutura bem organizada na produção e distribuição de medicamentos, a Europa percebeu que, organizando uma instituição sob um corpo profissional, impediria que qualquer pessoa entrasse para o ramo e estabelecesse legitimidade na prática de produzir e vender medicamentos.Fundada em 1617, a Sociedade Respeitável de Boticários se tornou o órgão regulador e de treinamento para aquela indústria emergente. A organização foi responsável por estabelecer um laboratório para a fabricação e venda dos próprios compostos, bem como inspecionar remédios vendidos em instalações autônomas por toda Londres, a fim de monitorar e prevenir a adulteração de produtos farmacêuticos pela cidade.É seguro dizer que a indústria farmacêutica começou a ser cimentada como a conhecemos no momento em que os boticários passaram a diagnosticar as pessoas em vez de apenas vender medicamentos.&nbsp;Assim sendo, no início do século XIX, o processo varejista dos medicamentos foi absorvido por empresários e profissionais treinados que viram a oportunidade em preencher a lacuna deixada pelos boticários. No entanto, eles atuaram apenas nas classes média e baixa, vendendo medicamentos a preços reduzidos, uma vez que os ricos já se beneficiavam dos médicos e boticários.<h2>Uma mão lava a outra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14140114627290.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O alemão George Merck, cuja família estabeleceu a indústria farmacêutica mais antiga do mundo, acreditava que as empresas do ramo nunca poderiam esquecer que a medicina é feita para o povo, não voltada aos lucros. E isso já era 1950, quando o pós-guerra gerou imenso esforço para a produção massiva e sofisticação dos medicamentos depois que o desenvolvimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122007-como-a-penicilina-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a> salvou a vida de milhares de soldados.A máquina da guerra, que desde o século XIX impulsionou essa indústria, também encorajou a pesquisa em larga escala, desenvolvendo desde novos analgésicos até medicamentos contra o devastador tifo. Previsivelmente, conforme enriquecia e se expandia, os conflitos éticos para ganhar dinheiro com a venda dos medicamentos se tornaram cada vez mais aparentes – e não estamos falando apenas sobre os testes em grupos minoritários, mas também em priorizar o lucro sobre a vida.A gigante farmacêutica AstraZeneca faturou bilhões de dólares em 2010 quando o cardiologista Janathan Halperin e uma bancada de consultores da Food and Drug Administration (FDA) votaram pela aprovação do medicamento Brilinta para tratar problemas cardíacos. Halperin alegou que não havia conflito de interesse em sua decisão, mas descobriram que ele não só foi beneficiado com mais de US$ 200 mil pela AstraZeneca, como também ganhou viagens, consultorias, dados confidenciais de pesquisas e o privilégio de se sentar em comitês patrocinados pela empresa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14140205610291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No exposé “O custo da captura: como a indústria farmacêutica corrompeu os formuladores de políticas e prejudicou os pacientes”, feito por Julie Margetta Morgan e Devin Duffy, é mencionada uma investigação de 2018 da Science Magazine que descobriu que esse tipo de conduta é um padrão entre pessoas influentes como Halperin. Dos 107 conselheiros médicos avaliados pela revista, 40 receberam valores acima de US$ 10 mil de fabricantes de remédios para votar a favor de alguma aprovação.No Direito, essa conduta é chamada “captura corporativa”, quando a indústria privada usa de sua influência política para assumir controle do aparato de tomada de decisão do Estado, como agências reguladoras, entidades de aplicação da lei e legislaturas.“Isso mostra quanto poder as empresas farmacêuticas exercem sobre nossos formuladores de políticas e, na verdade, sobre nossa democracia. Não podemos garantir medicamentos acessíveis a todos os americanos até que consertemos essa dinâmica”, disse Margetta Morgan.<h2>Uma indústria escusa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14140559278301.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Poucas pessoas estão cientes que esse padrão de corrupção compromete demais a economia de um país. O aumento dos custos dos medicamentos prescritos força os governos locais a fazerem cortes orçamentários em áreas fundamentais, como educação, infraestrutura e outros serviços sociais, para poder investir mais em assistência médica e programas de saúde.As empresas farmacêuticas estão envolvidas em uma teia de sonegação de bilhões de dólares em impostos que poderiam ser usados para investir na saúde. Enquanto isso, elas abusam do seu poder e influência para manter os custos dos medicamentos altíssimos, prejudicando a vida de pessoas, como Tobeka Daki.&nbsp;Mãe solteira que vivia em Mdantsane, na África do Sul, Daki foi diagnosticada com câncer de mama em 2013 e, além de quimioterapia, precisava de um medicamento chamado trastuzumabe para melhorar suas chances de vida. Era impossível para ela adquirir o remédio porque nem sua renda familiar ou plano de saúde podiam arcar com ele.Na África do Sul, o uso por um ano do trastuzumabe custa US$ 38 mil, cerca de cinco vezes a renda familiar média. Em um dos países mais economicamente desiguais do mundo, 84% de sua população depende do setor público de saúde e os altos custos de medicamentos impedem que eles cheguem a esses lugares e salvem a vida de pessoas como Tobeka Daki. Como consequência, ela morreu três anos após seu diagnóstico, como apurou a Oxfam, uma das mais reconhecidas organizações humanitárias do mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14140711889303.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)E como se isso já não fosse suficiente, a corrupção das empresas farmacêuticas também coloca em risco a nossa saúde quando adianta ou manipula pesquisas médicas com resultados duvidosos apenas para lucrar sobre a escalação de problemas de saúde que afligem a sociedade.&nbsp;Em um dos capítulos do livro Bad Pharma: how pharmaceutical companies mislead doctors and harm patients&nbsp;(algo como "Farmácia má: como as empresas farmacêuticas enganam os médicos e prejudicam os pacientes" em tradução livre para o português), Ben Goldacre expôs que as revistas médicas falham tanto quanto as empresas farmacêuticas ao julgarem relatórios que não mostram análises completas de ensaios clínicos de medicamentos contra placebos.O antidepressivo reboxetina foi um exemplo citado por Goldacre. Entre os sete ensaios do medicamento contra o placebo, apenas um, o eficaz, foi formalmente publicado. A empresa Pfizer não divulgou que nos outros seis testes não divulgados o medicamento teve uma resposta menos eficaz e resultou em piores efeitos colaterais.Assim como Fiona Godlee, antiga editora do The British Medical Journal, outras vozes apoiam a necessidade de todos os dados de testes sobre medicamentos estarem disponíveis publicamente, não apenas resumos compilados e processados.&nbsp;Afinal, o que a sociedade enfrenta com a indústria farmacêutica é a história mais antiga de todos os tempos, um eterno Frankenstein de Mary Shelley, quando a criatura excede seu criador em tamanha autonomia que se torna imparável, sentada em seu trono de privilégios em simplesmente ser indispensável.</body>

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Como a máfia da indústria farmacêutica fatura às custas da dor

Imagem de Tingindo com morte: como as roupas estão nos deixando doentes no megacurioso

Descubra como a indústria têxtil está contaminando seu corpo diariamente

<head></head><body>“Nenhum tipo de escolha te exime da indústria da moda”, escreveu Lauren Weisberger em seu notório romance&nbsp;O Diabo Veste Prada — e ela não estava errada. Optar por uma peça adquirida em um comércio local a de uma arara virtual em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a> não vai impedir que você seja contaminado, de alguma forma, por essa cadeia.Tudo o que é processado, do algodão barato ao tecido mais tecnológico, está associado aos problemas que a indústria têxtil gera. Em escala global, o setor produz de 100 bilhões a 150 bilhões de peças individuais por ano, sendo que cerca de 80 bilhões delas são compradas. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geração Z</a> é considerada a mais consumista neste ramo, comprometendo 36% de seus gastos mensais, em média, com roupas. Um levantamento do centro de pesquisa Statista estimou que o consumo anual de vestuário em 2022 movimentou US$ 2,4 trilhões na economia mundial.Calma, ninguém está aqui para fechar os olhos para o problema que essas quantidades massivas de zeros causam ao planeta e à nossa saúde — muito pelo contrário. O sétimo maior setor da economia também é o segundo mais poluente do mundo, responsável por 10% das emissões globais de carbono e por sujar o meio ambiente com a utilização de tinturas de baixa qualidade e produtos insolúveis à base de metais pesados.Pronto, era aqui que queríamos chegar. Apesar de existir um conhecimento bem popularizado sobre os malefícios da indústria da moda, há uma falha imensa em revelar os impactos diretos que ela causa em nossa saúde a partir do momento em que vestimos uma roupa. Coceiras, erupções cutâneas e alergias são constantemente ligadas à má qualidade do tecido ou poeira acumulada nese material. O que poucos sabem, no entanto, é que esses sintomas podem estar associados às tinturas usadas durante o processo de fabricação de uma peça.O motivo pelo qual você deve fazer do hábito de separar roupas brancas das coloridas mais do que um exercício de valorização do seu dinheiro é porque as roupas coloridas podem estar te deixando doente.<h2>A obsessão pela cor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124337585219.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Objetos brilhantes deslumbram os humanos desde o início dos tempos. Na pré-história, por exemplo, o homem já polia suas ferramentas feitas de ossos para obter uma cor brilhante, também fazendo uso de matérias que iam do marfim a madrepérola para fazer ornamentos tão requintados quanto joias. Povos modernos, como os yolngu, isolados no norte da Austrália, se destacaram entre os estudiosos por sua arte que usa muito brilho, que consideravam a melhor maneira de manifestação do poder espiritual.Entre 3500 e 3100 a.C., os antigos povos egípcios e sumérios começaram a utilizar pigmentos naturais, como os extraídos da malaquita e do lápis-lazúli, misturados com água ou óleo para criar tintas com cores vibrantes e brilhantes. Foi também como expressão artística, proteção e reconhecimento de identidade étnica que eles começaram a tingir suas vestes.A evidência mais antiga dessa prática remonta a 5.000 a.C. e aconteceu tanto no Egito quanto na Índia, com técnicas iniciais de tingimento de roupas que envolviam o uso de corantes naturais extraídos de fontes vegetais, animais e minerais. As plantas índigo e açafrão, por exemplo, foram usadas na produção de uma variedade de cores. Na caverna de Blombos, no Cabo Ocidental da África do Sul, foram encontrados resquícios de tinta feita de argila vermelha e ocre, misturada com gordura de medula em pedaços, datados de 100 mil anos atrás.Tudo poderia ter continuado assim se a necessidade intrínseca ao ser humano em buscar pelo progresso não tornasse essas técnicas insuficientes. Ainda no Antigo Egito, onde surgiu a indústria têxtil, nasceu não apenas uma variedade maior de cores, mas também maneiras de fixá-las por mais tempo nos tecidos por meio do uso de mordentes, fermentação e até pó mineral.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124518662221.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O problema do progresso é que, na maioria das vezes, ele está atrelado a condições "estranhas". Aristóteles já discutia que a ambição pode ser uma virtude quando em equilíbrio com outras virtudes, mas que se torna prejudicial quando excessiva e não alinhada a um bem comum.Afinal, os químicos do período vitoriano ainda usavam corantes naturais quando Sir William Henry Perkin acidentalmente sintetizou a mauveína enquanto buscava uma maneira de produzir quinino, um medicamento para tratar malária, dando origem ao primeiro corante sintético da história. É verdade que eles buscaram maneiras duradouras de manter a coloração das roupas utilizando ácido sulfúrico, que causou infecções e morte em grande escala. Mas era 1856, os momentos finais da Revolução Industrial, um período de transformação econômica e social importantes, que também significou o início da deterioração acelerada do meio ambiente.Naquela época, muitos acreditavam que era necessário abrir mão de algumas coisas (a saúde), em detrimento de outras (o progresso). Será que Frances Appleton, esposa do escritor Henry Longfellow, também pensava assim quando morreu queimada apenas por deixar um fósforo recém-apagado cair em seu vestido feito com altas doses de produto inflamável?<h2>Reféns da própria roupa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124807607222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Erupções cutâneas, infecções pulmonares, náuseas, cólicas, diarreias, dores de cabeça constante e asfixia foram apenas alguns dos sintomas causados pelo famoso "Verde Scheele". A pigmentação foi criada pelo químico sueco Carl Scheele ao misturar potássio e arsênico branco em uma solução de vitríolo de cobre. A cor se tornou uma sensação porque o verde era o mais difícil de ser reproduzido em roupas.Lá no século XVIII, as pessoas só precisavam se preocupar com um ou dois componentes químicos, mas aqui no século XXI, o processo de fabricação de roupas utiliza mais de 8 mil produtos químicos em sua composição, sendo que a maioria deles é prejudicial à saúde.Atualmente, a indústria da moda utiliza cerca de 93 bilhões de metros cúbicos de água por ano, o suficiente para atender às necessidades básicas de mais de 5 milhões de pessoas. Esse número tende a dobrar até 2030, segundo os dados da Common Objective, uma rede de negócios com foco em melhorar a experiência de quem comercializa produtos de moda. Em sua maioria, esse montante é empregado durante a fase de tingimento, que exige até 200 toneladas de água para cada tonelada de têxteis.Uma vez que a maioria dos corantes são solúveis em água, isso facilita que sejam absorvidos pela nossa pele. Um exemplo disso são os azocorantes, que representam a maioria dos corantes sintéticos da indústria, presentes em cerca de 60% a 70% dos processos têxteis. E, impressionantemente, sua popularidade é tão grande quanto a marca que deixa em nossos corpos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124945782226.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A pesquisa “Toxicidade comparativa de azocorantes para dois organismos infaunais”, publicada no National Library of Medicine, ressaltou que os azocorantes se tornam componentes altamente cancerígenos quando decompostos e metabolizados. A sua exposição a longo prazo também está associada a um maior risco de problemas reprodutivos, de desenvolvimento hormonal, condições respiratórias e reações alérgicas, porque os produtos químicos liberados durante o processo de tingimento não se dissipam do tecido.O Center for Environmental Health (CEH), uma organização sem fins lucrativos que trabalha para proteger crianças e famílias de produtos químicos nocivos, descobriu recentemente o BPA, um produto químico destruidor de hormônios presente no poliéster de roupas fabricadas por empresas esportivas. Quando a pessoa transpira, causando maior dilatação dos seus poros, facilita a absorção do componente pelo seu organismo, podendo sofrer problemas hormonais a longo prazo.Quem busca por roupas à prova de manchas ou com acabamentos impermeabilizantes está mais do que investindo em conforto e durabilidade, mas também colocando em contato com a pele o que é chamado “corante disperso”, usado em malhas de poliéster e também em panelas antiaderentes, capaz de causar de alergias a crises graves de asma.Na década de 1970, o Congresso determinou que pijamas infantis fossem resistentes ao fogo para proteger crianças de queimaduras em caso de incêndio. Demorou sete anos para que cientistas descobrissem que o produto químico chamado tris, usado em larga escala no processo de fabricação, causava mutação e alteração genética nas crianças ao ser absorvido pela pele ou aspirado pela boca durante o sono.<h2>Eco-mentira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14125448895233.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Uma vez que é difícil obter resiliência quando se interpreta um papel muito negativo, a indústria da moda se apoiou no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123463-por-que-o-ecocapitalismo-e-uma-farsa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecocapitalismo</a> para tentar dizer ao mundo que, apesar de destruir o meio ambiente e afetar a saúde humana, ela estava tentando ser mais consciente. O problema é que não havia nenhum comprometimento ecológico nesse posicionamento. Em um mundo tecnológico e, sobretudo, mais conscientizado, as pessoas exigem cada vez mais clareza dos impactos do homem no planeta. Portanto, é economicamente interessante que as indústrias se posicionem de acordo.Os “corantes sustentáveis”, feitos a partir de produtos naturais, como resina de árvore ou castanhas, foram a resposta da indústria da moda. Mas essas substâncias não só possuem as já conhecidas limitações de eficiência, durabilidade e disponibilidade de recursos, como também enfrentam desafios em sua regulamentação e alto custo de produção. Em um setor dominado pela confecção e descarte rápidos, esse modelo simplesmente não tem espaço.Por outro lado, também vale ressaltar que nem mesmo os corantes sustentáveis estão livres de apresentar um grande nível de toxicidade. Apesar de serem obtidos de fontes naturais, alguns contêm compostos químicos que podem desencadear reações cutâneas. Fora que nem todos os corantes naturais são veganos, como o corante vermelho feito a partir do esmagamento de besouros cochonilha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14125659644235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Por isso é difícil para órgãos como o CEH mapear o quanto e em qual grau as roupas estão afetando a nossa saúde, porque simplesmente não tem como saber o que a moda está usando em seus processos de fabricação, apesar de em vários países existirem leis e regulamentos para controlar a presença de substâncias nocivas em produtos têxteis.Nos Estados Unidos, uma delas é o chamado Consumer Product Safety Improvement Act&nbsp;(CPSIA), que estabelece limites para alguns tipos de produtos químicos, como chumbo e ftalatos, em peças de vestuário, principalmente naquelas destinadas ao público infantil. Já no Brasil, o principal regulamento é a Resolução REACH, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2011 com base nas diretrizes do Regulamento REACH da União Europeia, que visa proteger a saúde humana e o meio ambiente restringindo e controlando as substâncias químicas perigosas nos produtos têxteis.Se você está se perguntando por que nada disso funciona da maneira como deveria ser, a resposta é simples: regulamentações insuficientes, conflito de interesses econômicos, complexidade da cadeia de suprimentos, falta de transparência e conscientização, e custo.Mas se ainda resta alguma dúvida, podemos completar com o pensamento do sociólogo alemão Theodor Adorno: “o capitalismo é um sistema totalitário”. Ou seja, ele não se limita apenas à economia, mas exerce uma influência profunda em todos os aspectos sociais. Dessa maneira, no final das contas, sendo você um participante ativo ou não, realmente nada o exime da indústria da moda — ou de qualquer outra.</body>

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Tingindo com morte: como as roupas estão nos deixando doentes

Imagem de 5 erros que podem fazer seu currículo ser rejeitado pelas IAs no megacurioso

As ferramentas de recrutamento e seleção têm cada vez mais inteligência artificial e certos detalhes do seu currículo podem fazer diferença para elas

<head></head><body>Os tempos de entregar seu currículo impresso ficaram para trás — e até mandá-los por e-mail está se tornando algo obsoleto. Agora, a maioria das grandes empresas utilizam ferramentas de recrutamento e seleção online, que também ajudam a filtrar as centenas de currículos que chegam todos os dias. E é aí que entra a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125641-4-modos-como-a-inteligencia-artificial-pode-ser-usada-para-cometer-crimes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a>.&nbsp;A verdade é que muitos currículos nem passam pela análise de um profissional humano: já são descartados pela IA. A ferramenta digital cria filtros e descarta aqueles que não se adéquam às condições da vaga, de acordo com as suas análises.&nbsp;Isso significa que você pode precisar de algumas alterações no seu currículo, se quiser passar por esse crivo. Só assim você tem a chance de ser visto por um recrutador humano e — quem sabe — ser chamado para uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124168-entenda-o-que-e-o-teste-do-cafe-feito-em-entrevistas-de-emprego.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entrevista de emprego</a>.&nbsp;<h2>1. Mandar o mesmo currículo para todas as vagas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07183018415402.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesPensando bem, mandar o mesmo currículo para qualquer vaga já não era recomendado desde antes da inteligência artificial. Mas, agora, isso se tornou um erro ainda maior.Isso porque, sendo uma ferramenta baseada em texto, a IA vai buscar aquelas palavras-chave relacionadas à vaga no seu currículo. Então, se a empresa busca pessoas com características específicas, vai filtrar os currículos que têm aquelas palavras-chave.&nbsp;O "pulo do gato" está em identificar esses termos na própria descrição da vaga. A partir disso, você pode incorporar esses termos ao texto do seu currículo — fazendo com que você pareça o candidato ideal para aquela posição.Mas atenção: também não dá para "<a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/98636-as-8-mentiras-que-as-pessoas-mais-contam-em-seus-curriculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forçar a barra</a>" e escrever qualquer besteira, apenas para se encaixar nas palavras-chave da descrição. É importante ter equilíbrio e modificar os textos do currículo, mas sem descaracterizá-lo.&nbsp;<h2>2. Tentar burlar o sistema de inteligência artificial</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07183223667403.jpg" alt="Fonte: Freepik">Fonte: FreepikMuitas pessoas tentam "burlar" o sistema, colocando inúmeras palavras-chave — ou a própria descrição da vaga! — escondida no texto do currículo. Escrevem numa fonte bem pequena, na cor branca, de um jeito que nenhuma pessoa consiga ler, mas a IA consiga.&nbsp;Mas veja só: a inteligência artificial não é burra e foi programada para captar essa tentativa de ser espertinho. Currículos que fazem isso têm muito mais chances de serem descartados. Isso vai na linha do que falamos sobre não "forçar a barra", logo acima.&nbsp;<h2>3. Ser criativo demais na formatação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07183256159404.jpg" alt="Fonte: Freepik">Fonte: FreepikHouve um tempo em que os currículos eram arquivos simples de texto, com as informações do profissional e só. Então, surgiu uma tendência de currículos criativos, com formatação diferente e muitos gráficos coloridos. A partir de agora, o arquivo simples de texto voltou a reinar.&nbsp;Isso porque as ferramentas de inteligência artificial têm mais facilidade para entender esse tipo de informação. Arquivos em PDF, por exemplo, podem simplesmente passar como imagens — de modo que a IA não vai ler nada do que está escrito neles.&nbsp;Isso vale, especialmente, para aqueles gráficos que muitas pessoas fazem para ilustrar suas habilidades técnicas. É melhor simplesmente escrever que você têm 50 ou 90% de know-how numa habilidade do que ilustrar isso com gráficos que não serão lidos pela IA.&nbsp;<h2>4. Não dar detalhes suficientes sobre as habilidades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07183404408405.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesLembra do que falamos sobre as palavras-chave? Elas também são muito importantes nesse lance das habilidades. Por exemplo: não escreva apenas que você "tem habilidade em várias <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123852-grace-hopper-a-matematica-que-mudou-os-rumos-da-programacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagens de programação</a>". Liste as linguagens e seu nível em cada uma. Em muitos casos, esse é um dos filtros da inteligência artificial para aquela vaga.&nbsp;Isso também vale para projetos e experiências anteriores. Traga resultados em números, liste os projetos e fale sobre os trabalhos com palavras-chave que possam chamar a atenção da IA.É claro que você não deve fazer um currículo com 10 páginas para isso. Ser conciso continua sendo bem importante. A questão é ser mais incisivo e explícito nos detalhes que importam.<h2>5. Ignorar outras questões importantes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07183435285406.jpg" alt="Fonte: GettyImages">Fonte: GettyImagesMuitas pessoas se concentram muito no currículo, mas se esquecem de dar atenção às outras perguntas que as plataformas de recrutamento colocam nos formulários. É essencial responder tudo corretamente, se possível com as palavras-chave relacionadas à vaga.&nbsp;Para terminar, é claro que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105701-4-modelos-de-curriculo-para-surpreender-e-conseguir-o-emprego-dos-sonhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">currículo criativo</a> e a "inteligência humana" ainda podem ter seu espaço no mundo do RH, mesmo com a inteligência artificial. Você só precisa entender bem essas diferentes situações e se adaptar a cada uma delas.&nbsp;<ul><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/carreira-e-negocios/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Leia outros conteúdos sobre carreira e negócios no Mega Curioso</a></li></ul></body>

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5 erros que podem fazer seu currículo ser rejeitado pelas IAs

Imagem de Por que o Brasil tem o maior número de advogados por habitantes no mundo?  no megacurioso

Atualmente, o Brasil tem uma proporção de um advogado para cada 164 cidadãos

<head></head><body>O Brasil é o país com o maior número de advogados em proporção à sua população. São 1,3 milhão de advogados em um total de 212,7 milhões de pessoas, conforme dados do IBGE. Isso significa que, proporcionalmente, há um advogado para 164 cidadãos residentes no país.Em números absolutos, ficamos apenas atrás da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123993-populacao-da-india-deve-superar-a-da-china-em-abril-de-2023-segundo-onu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Índia</a>, que tem mais de 2 milhões de advogados. Contudo, ao fazer a proporção, a Índia possui um advogado a cada 700 habitantes. Já nos Estados Unidos, há um para cada 253 cidadãos.Para completar, este podia ser um número muito maior. De acordo com estudo feito pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), 45% dos 120 mil alunos que prestam o Exame da Ordem (OAB) anualmente acabam optando por outras profissões ou ingressando em concursos públicos.Agora, muitos estudiosos estão buscando por explicações que esclareçam por que a profissão de Direito é tão popular por aqui.<h2>Excesso de cursos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/06/06123907535150.jpg" alt="(Fonte: IPOG)">(Fonte: IPOG)A grande quantidade de advogados pode se relacionar com o aumento da disponibilidade de cursos de Direito no Brasil (que é, hoje, o país com maior número dessa graduação). Em 1995, tínhamos 235 cursos na área, dado que pulou para 1.896 em 2023 (um crescimento de 706%).De acordo com matéria da BBC, a opção por essa graduação se conecta à tradição histórica da profissão, já que esta graduação foi uma das primeiras ofertadas no país. “As profissões ligadas ao conhecimento jurídico sempre tiveram um apelo social importante. Ao lado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124169-as-5-farsas-medicas-mais-bizarras-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Medicina</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118602-25-erros-bizarros-que-provam-a-importancia-do-engenheiro-na-obra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Engenharia</a>, Direito permitia àquelas e àqueles que se bacharelavam o exercício de profissões social e financeiramente mais valorizadas como advocacia”, explica Antonella Galindo, vice-diretora da Faculdade de Direito do Recife, em entrevista para a BBC.Outra explicação tem a ver com a ideia de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/direito/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Direito</a> habilita o graduado para muitos concursos públicos. "Em um país de muitas incertezas políticas e econômicas, é cada vez maior o número de brasileiros que buscam nos concursos públicos a tão sonhada estabilidade e, normalmente, os concursos públicos com melhor remuneração são da área jurídica", aponta Claudinor Roberto Barbiero, presidente da comissão especial de ensino jurídico da OAB de São Paulo.<h2>Controle da disponibilidade</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Estado de Minas&nbsp;" data-fonte-url="https://i.em.com.br/Zb4zZIrtFbL8Na2fOmtNZ6SJPic=/790x/smart/imgsapp.em.com.br/app/noticia_127983242361/2022/06/29/1376814/foto-de-tres-carteiras-de-identidade-de-advogado-vermelhas_1_55678.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/06/06124109474151.jpg" alt="(Fonte: Estado de Minas)">(Fonte: Estado de Minas)Para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pode haver um excesso na oferta de cursos de pouca qualidade, o que é prejudicial para o país. E a responsabilidade disso seria, em boa parte, do próprio <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ministério da Educação</a> (MEC)."Luta antiga e histórica da OAB, a qualificação do ensino de direito no país poderia ter avanços maiores se não fosse a autorização desenfreada de cursos superiores na área jurídica pelo Ministério da Educação (MEC)", afirma o órgão em artigo no seu site.Para a Ordem, a existência do seu Exame de Ordem Unificado (EOU) é primordial para operar como uma espécie de "funil educacional" que peneira os profissionais mal preparados. "A maioria não consegue passar no exame, e a taxa de aprovação, desde que a prova foi unificada no país, não passa de 20% — uma exceção foi o 33° EOU, em 2021, quando a taxa foi de 31,4%", complementa o artigo.</body>

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Por que o Brasil tem o maior número de advogados por habitantes no mundo? 

Imagem de 4 coisas erradas que Succession conta sobre os negócios no megacurioso

Várias atitudes corporativas mostradas em Succession não seriam viáveis na vida real

<head></head><body>A série Succession chegou ao fim na HBO com grande êxito de audiência na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124173-rede-globo-conheca-todas-as-logos-da-emissora-desde-1965.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissora</a>. Milhares de pessoas assistiram às quatro temporadas do drama com tons de comédia em que os membros da família Roy se engalfinhavam (quase sempre metaforicamente) para definir quem sucederia o pai, Logan Roy, o grande chefão do conglomerado de comunicação Waystar Royco.Obviamente, Succession interessava mais por conta dos dramas familiares do que pela parte do funcionamento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125180-11-empresas-sao-donas-de-quase-tudo-que-achamos-no-supermercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empresa</a>&nbsp;— que, se realmente existisse, estaria exibindo alguns elementos meio inverossímeis. Neste texto, compartilhamos 4 retratos errados que Succession faz sobre o mundo dos negócios.<h2>1. O poder de Logan Roy</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Los Angeles Times&nbsp;" data-fonte-url="https://ca-times.brightspotcdn.com/dims4/default/225a13e/2147483647/strip/true/crop/1920x1280+0+0/resize/1200x800!/quality/80/?url=https%3A%2F%2Fcalifornia-times-brightspot.s3.amazonaws.com%2F8e%2F9b%2Fa2badaae4ce7a68263bed413b6b7%2Fbrian-cox.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195747670005.jpg" alt="(Fonte: Los Angeles Times)">(Fonte: Los Angeles Times)O tema central de Succession é — como o título sugere — descobrir quem vai substituir Logan Roy na empresa que ele mesmo criou. Logan é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123581-por-que-criancas-podem-ser-mais-eficientes-que-ceos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CEO</a> da Waystar Royco, mas está já bastante velho e com sérios problemas de saúde que são exibidos desde o primeiro episódio da série.Na vida real, seria muito improvável que Logan Roy tivesse o poder absoluto que é exibido na história. Ele chega ao ponto de demitir os diretores do conselho da Waystar Royco só porque teve vontade. Segundo afirma Kai Liekefett, que é especialista em questões de governança corporativa, "o CEO não pode demitir o conselho, é o contrário".Mas quem trabalha na área de negócios admite que os exageros fazem parte da dinâmica da ficção. Um Logan mais leve e real provavelmente não seria tão carismático. "Parte disso é sobre a dinâmica dramática interna do show — o tipo de tirano que ele é em sua família, que então vemos reproduzido no ambiente de negócios", comenta Diane Kemker, professora de Direito na Southern University Law Center.<h2>2. A disputa entre os filhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195832714006.jpg" alt="(Fonte: NBC News)">(Fonte: NBC News)Seria difícil que a Waystar Royco fosse tão bem sucedida (vale lembrar que a emissora tem poder de influência sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/46877-21-fatos-interessantes-sobre-alguns-presidentes-dos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente dos Estados Unidos</a>!) com o modo de gestão usado por Logan Roy. Um dos erros crassos que ele comete é colocar seus filhos uns contra os outros, já que eles concorrem para ver quem o pai irá escolher para virar o novo CEO."A falha fatal no planejamento de sucessão do CEO é criar uma corrida pública para o cargo. Essa é a pior coisa que você pode fazer. E essencialmente é isso que acontece na Waystar. E é a roupa suja da família, a família está em público, é uma corrida de cavalos entre os irmãos e Shiv", afirma Aaron Sorensen, sócio da empresa de consultoria corporativa Lotis Blue Consulting.Contudo, Sorensen destaca que, mesmo sendo uma estratégia péssima, é algo que costuma acontecer com alguma frequência em empresas familiares.<h2>3. A participação do conselho</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vox&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/2Ub0qXqB-GTmD8Qv2JUKNH27CTU=/1400x0/filters:no_upscale()/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_asset/file/19103670/e1bfdbc830cee20cc9f33ae5c8b639a7117df625d039abc61c7cef843b4682595646657425351d0c4fe37d3a75236c1f.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29195604014003.jpg" alt="(Fonte: Vox)">(Fonte: Vox)Se você acompanhou bem Succession, sabe bem que boa parte dos entraves dos Roy ocorria porque eles precisam muitas vezes convencer os acionistas a dar algum voto ou apoiar alguma decisão. Só que, nos negócios reais, provavelmente não seria bem assim."Waystar é uma empresa pública. O que o show erra é que o conselho estaria em tudo isso. Você tem pequenos vislumbres, como: 'Oh, fulano é um proprietário de 4%'. Mas você não tem noção da governança e da dinâmica do conselho. O conselho tem a responsabilidade fiduciária de não deixar isso acontecer, e você não veria isso acontecer dessa maneira", reitera Aaron Sorensen.<h2>4. A saúde do CEO e a qualidade da comunicação organizacional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29200537346009.jpg" alt="(Fonte: Haute Living)">(Fonte: Haute Living)Logo no primeiro episódio, Logan Roy tem um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124985-avc-falar-mais-de-um-idioma-pode-ajudar-na-recuperacao-do-derrame.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derrame</a>. Ele leva muito tempo para se recuperar, e sua saúde nunca volta a ser a mesma. Em uma empresa de grande porte, dificilmente eles passariam tanto tempo navegando com a nebulosidade da incerteza do próximo CEO, pois isso afetaria o negócio de formas muito profundas."Se você está listado na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123020-como-a-grande-depressao-afetou-o-brasil-em-1929.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bolsa de valores</a> de Nova York, se está listado na NASDAQ, você tem a obrigação em nome de seus acionistas de ter um plano de sucessão em vigor. Parte dos processos de planejamento de sucessão agora inclui exames médicos completos, e isso é submetido à decisão em nome do conselho sobre qual candidato eles desejam contratar. Em última análise, o conselho assume isso, e é responsabilidade do conselho garantir que haja um plano em vigor e que eles estejam procurando os candidatos certos", completa Aaron Sorensen.</body>

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4 coisas erradas que Succession conta sobre os negócios

Imagem de 11 empresas são donas de quase tudo que achamos no supermercado no megacurioso

Ainda que os nomes sejam diferentes, as fabricantes ou responsáveis pela distribuição de muitos produtos acaba sendo a mesma

<head></head><body>Quando vamos ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120580-6-truques-que-os-supermercados-usam-para-voce-gastar-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supermercado</a>, é muito comum escolhermos nossos produtos favoritos pela marca que eles apresentam na embalagem. Um dado curioso é que, sem saber, em muitas situações estamos levando para casa itens que acabam vindo de uma mesma empresa.Para mostrar essa realidade, um estudo feito pela CB Insights mostra que 11 empresas acabam se portando como um grande guarda-chuva com várias marcas sob a sua "proteção", e com praticamente todos os produtos que colocamos no carrinho (alimentos, &nbsp;bebidas e até produtos de limpeza entram nesse pacote).Ficou curioso para saber quais são elas? Então confira a seguir (lembrando que elas estão distribuídas de forma aleatória, sem nenhum tipo de ranqueamento de influência).<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122380-5-ingredientes-estranhos-em-produtos-comuns-do-supermercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 ingredientes estranhos em produtos comuns no supermercado</a></li></ul><h2>1. Nestlé</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09105617107078.jpg" alt="(Fonte: Food Inovation/Reprodução)">(Fonte: Food Inovation/Reprodução)Uma das primeiras coisas que muitos pensam quando falamos em Nestlé é em chocolates — e eles de fato são os principais produtos da empresa. Entretanto, ela está (bem) longe de sobreviver apenas disso.Em seu catálogo, a empresa abraça itens como Nescafé, Leite Ninho, misturas para bebês (as famosas fórmulas), bolachas (Negresco, Passatempo e Bono, apenas para citar alguns exemplos), a água Levíssima e até mesmo alimentos para pets, como Dog Chow e Cat Chow.<h2>2. Coca-Cola</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09105809693080.jpg" alt="(Fonte: Portal do Marketing/Reprodução)">(Fonte: Portal do Marketing/Reprodução)Apesar de carregar o nome de sua bebida carro-chefe, a marca <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola</a> também possui outros produtos em seu catálogo, como Schweppes, chás Leão, Suco Del Valle, energéticos da linha Monster, as cervejas Eisenbahn, Kaiser e Bavaria, e também a água mineral Crystal.<h2>3. Mars</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09105923773082.jpg" alt="(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)">(Fonte: Gazeta do Povo/Reprodução)A Mars não é muito lembrada pelo seu nome, mas ela também tem alguns produtos comuns no nosso dia a dia, como os chocolates Twix e Snickers, os produtos das marcas Royal Canin e Whiskas, as balas Skittles e, claro, os famosos M&amp;M's.<h2>4. Kellogg's</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Mundo das Marcas&nbsp;" data-fonte-url="https://1.bp.blogspot.com/-30Ly7u3xaCw/XvwC5JqpRPI/AAAAAAABzWs/sNNXvZ2PmG4w0NOn9em3pn9V1t27dDwDACLcBGAsYHQ/s1600/kelloggs%2B9.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110108416084.jpg" alt="(Fonte: Mundo das Marcas/Reprodução)">(Fonte: Mundo das Marcas/Reprodução)A Kellogg's ganhou fama em nosso país por conta do cereal Sucrilhos, mas engana-se quem acha que sua linha de produtos fica apenas nisso — afinal, ela também tem em sua lista biscoitos integrais de marca própria e outros produtos voltados para o público infantil.&nbsp;<h2>5. Pepsico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110310755088.jpg" alt="(Fonte: Meio e Mensagem/Reprodução)">(Fonte: Meio e Mensagem/Reprodução)Não há como negar que o nome da empresa já dá uma pista de um de seus produtos (o refrigerante Pepsi), mas ela também tem itens como os salgadinhos da linha Elma Chips, a aveia Quaker, o refrigerante H2OH!, o achocolatado Toddy (e, por consequência, a bebida Toddynho), Gatorade e muito mais.<h2>6. Associated British Foods</h2>Talvez essa seja um nome menos conhecido de todos da lista, mas possui produtos que usamos vez ou outra em nosso dia a dia, como Ovomaltine e os itens da marca Fleischmann (aqui temos misturas para bolo e fermento), apenas para citar alguns exemplos.<h2>7. Unilever</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110453549091.jpg" alt="(Fonte: Pérola Grupo/Reprodução)">(Fonte: Pérola Grupo/Reprodução)Acreditamos que a Unilever seja a mais variada em seu catálogo de produtos de todas as empresas que temos nessa lista. Quer uma prova? Vamos citar apenas alguns nomes de marcas que ela abraça (e você mentalmente vai pensando se alguma delas não está no seu dia a dia): Hellman's, Knorr, Becel, Omo, Brilhante, Arisco, Dove, Lux e até mesmo sorvetes como o Magnum integram essa relação.<h2>8. Kratz-Heinz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110632350093.jpg" alt="(Fonte: Correio Braziliense/Reprodução)">(Fonte: Correio Braziliense/Reprodução)Mais uma marca com foco no mercado alimentício e que é bem tradicional quando falamos em maionese, ketchup e mostarda (que carregam a própria marca Heinz). Entretanto, ela também é responsável pelos produtos da linha Quero (abraçando enlatados e molho de tomate), o cream cheese Philadelphia e muito mais.<h2>9. Mondelez</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Valor&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/LQMq0QJWXm29Ib9Fq0R-FuF6kMo=/0x0:926x410/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2022/0/h/0bAAzSQeme90PPz1JNwg/screenshot-4.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110732284095.jpg" alt="(Fonte: Valor/Reprodução)">(Fonte: Valor/Reprodução)A Mondelez é dona de marcas como Lacta, Milka, Club Social e Oreo, o que já dá uma ideia de alguns produtos que ela possui em seu catálogo. Entretanto, o que talvez muitos não saibam é que ela também cuida dos produtos Tang e das balas Halls.<h2>10. Danone</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/09/09110831679097.jpg" alt="(Fonte: Food Inovation/Reprodução)">(Fonte: Food Inovation/Reprodução)A marca que praticamente virou sinônimo de uma categoria de produto (que atire a primeira pedra quem nunca disse que iria tomar um danone) também conta com mais itens em sua dependência, como a fórmula Aptamil, o Milnutri e mais alguns outros.<h2>11. General Mills</h2>A General Mills não possui uma linha tão extensa de produtos, mas aqui no Brasil ela faz a distribuição de itens da Yoki e da Kitano, além dos sorvetes da conhecida marca Häagen-Dazs.</body>

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11 empresas são donas de quase tudo que achamos no supermercado

Imagem de Semana de 4 dias de trabalho vai ser testada por empresas no Brasil no megacurioso

A partir de junho, qualquer empresa brasileira pode se inscrever para receber orientações em como adotar a semana de quatro dias de trabalho

<head></head><body>O Brasil se prepara para participar de um experimento inovador que visa analisar os efeitos da semana de trabalho de quatro dias. A iniciativa, realizada por uma parceria entre a organização sem fins lucrativos 4 Day Week e a brasileira Reconnect Happiness at Work, ocorrerá entre os meses de junho e dezembro de 2023.Um dos principais desafios do experimento é desmitificar a ideia que o número de horas de trabalho está relacionado com a produtividade. “As empresas que adotaram a semana de trabalho de 32 horas percebem maior atração e retenção de talentos”, ressaltou Renata Rivetti, diretora da Reconnect e especialista em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124763-6-dicas-para-ser-feliz-no-trabalho-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Felicidade</a> Corporativa, ao jornal O Globo.A semana de quatro dias também pode resultar na melhoria da qualidade de vida. Um estudo realizado pela empresa de consultoria McKinsey, que entrevistou 15 mil funcionários em 15 países, apontou que mais da metade dos profissionais já passaram ou continuam passando por questões relacionadas à saúde mental.<h2>Metodologia adotada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12114033670138.jpg" alt="Funcionários mais felizes mantêm a produtividade mesmo com um dia a menos de trabalho. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Funcionários mais felizes mantêm a produtividade mesmo com um dia a menos de trabalho. (Fonte: GettyImages/Reprodução)O modelo adotado pelas empresas participantes será o 100-80-100: os funcionários receberão 100% do salário, trabalharão 80% do tempo e manterão 100% da produtividade. Ao final do experimento, serão avaliados indicadores como estresse no ambiente de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e rotatividade.A metodologia foi desenvolvida pelo Boston College, dos Estados Unidos, que será responsável pelas pesquisas realizadas antes do teste, assim como pelas análises após três meses de implementação e no término do piloto. Isso vai garantir a precisão dos dados para que as empresas possam tomar decisões sobre a adoção da semana de quatro dias.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122106-antitrabalho-conheca-o-movimento-que-nao-para-de-crescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Antitrabalho': conheça o movimento que não para de crescer</a></li></ul>A Reconnect será responsável por fornecer informações sobre o programa para empresas interessadas em participar. Não há requisitos específicos para a inscrição, e qualquer empresa, independente do número de funcionários, pode manifestar seu interesse via um formulário disponível no site da iniciativa.<h2>Países com semana de 4 dias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/12/12114150913141.jpg" alt="O trabalho híbrido durante a pandemia incentivou algumas empresas brasileiras a adotarem a semana de quatro dias. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">O trabalho híbrido durante a pandemia incentivou algumas empresas brasileiras a adotarem a semana de quatro dias. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os Emirados Árabes Unidos foram pioneiros na redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais em órgãos públicos. No Reino Unido, cerca de 60 empresas participaram de um teste de seis meses, com resultados positivos que levaram a maioria delas a adotar o modelo permanentemente.A Bélgica implementou a semana de quatro dias com opção de escolha entre quatro ou cinco dias de trabalho, sem redução salarial. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122257-islandia-projeto-de-reducao-para-4-dias-de-trabalho-e-um-sucesso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Islândia</a>, dois testes apontaram que a redução da jornada não reduziu a produtividade das empresas. Portugal, Espanha, Japão e Suécia também realizaram testes semelhantes, com resultados variados.No Brasil, algumas empresas experimentaram a folga extra na semana a partir do trabalho híbrido durante a pandemia. Se o experimento apresentar resultados sejam positivos, a semana de quatro dias pode se tornar uma tendência forte no país, transformando a maneira como encaramos o trabalho de forma mais saudável e eficiente.</body>

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