Imagem de Evidências de práticas de necromancia são achadas em Jerusalém no megacurioso

Objetos encontrados na caverna Te'omim apontam para rituais antigos de necromancia, uma suposta magia capaz de entrar em contato com o mundo dos mortos 

<head></head><body>Ao escavar uma caverna perto de Jerusalém, um grupo de pesquisadores recentemente descobriu os restos de antigos crânios humanos, lâmpadas a óleo e pontas de lança. Na visão dos estudiosos, esses artefatos podem indicar que o local foi usado durante a era romana em rituais destinados a se comunicar com os mortos — uma prática conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/mito-ou-verdade/45609-tabua-ouija-veja-como-ela-funciona-pra-necromancia-e-invocacoes-demoniacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">necromancia</a> ou "magia da morte".&nbsp;Conforme relata o estudo publicado na Harvard Theological Review, os arqueólogos acreditam que esses rituais macabros datam entre os séculos II e IV d.C., que eram feitos na chamada caverna Te'omim.<h2>Falando com os mortos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25012606934002.jpeg" alt="(Fonte: Projeto Arqueológico Caverna Zissu/Te'omim)">(Fonte: Projeto Arqueológico Caverna Zissu/Te'omim)Essa não é a primeira vez que a caverna Te'omim aparece no meio de assuntos bizarros. No passado, o local já serviu como pano de fundo para inúmeras lendas e conflitos da vida real devido à sua água de nascente natural. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126725-homem-de-marfim-figura-de-poder-da-idade-do-cobre-teria-sido-uma-mulher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade do Cobre</a>, a caverna serviu como esconderijo para rebeldes judeus durante a revolta de Bar Kokhba e desde então costuma receber uma boa porção de visitantes.No entanto, os relatos recentes mostram que a região também serviu como local de culto necromântico pagão. “A Caverna Te'omim nas colinas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm#:~:text=As%20leis%20de%20Israel%20definiram,a%2090%20quil%C3%B4metros%20de%20Jerusal%C3%A9m." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a> tem todos os elementos cultuais e físicos necessários para servir como um possível portal para o submundo”, descreve o estudo.&nbsp;Os objetos achados na área teriam sido usados de uma forma ou outra para feitiçaria e magia. O propósito desses rituais era tentar prever o futuro e invocar os espíritos dos mortos. Ao todo, mais de 100 lâmpadas de óleo de cerâmica foram encontradas, mas apenas três crânios humanos até agora. Por conta disso, os pesquisadores acreditam que o foco principal das cerimônias girava em torno do depósito das lâmpadas para que as entidades "se manifestassem".<h2>Necromancia no passado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25012813931003.jpeg" alt="(Fonte: Projeto Arqueológico Caverna Zissu/Te'omim)">(Fonte: Projeto Arqueológico Caverna Zissu/Te'omim)A necromancia era um tipo de ritual considerado maléfico pelos romanos e que foi proibido em grande parte do Império Romano. Em Israel, no entanto, muitas cidades antigas tinham locais secretos de "oráculos" próximos, onde as pessoas acreditavam que a linha entre os reinos dos vivos e dos mortos se tornava tênue.Logo, seria a oportunidade perfeita para se comunicar com alguém que já estava morto. Quando os arqueólogos descobriram os inúmeros artefatos na caverna Te'omim, muitos desses artefatos estavam escondidos em pequenas fendas. Isso sugere que aqueles que participavam desses rituais pretendiam manter a situação em segredo.&nbsp;Para apoiar ainda mais a hipótese de que tais objetos tinham relação com a necromancia, os pesquisadores buscaram por fontes literárias clássicas e evidências documentais para identificar itens recorrentes nesse tipo de culto. A presença de ossos humanos, por exemplo, indica que o ritual tentava estabelecer uma conexão com o falecido.As lâmpadas de óleo, por sua vez, eram um componente chave das práticas necromânticas. Durante o chamado "período clássico", acreditava-se que as lâmpadas carregavam uma força profética ao permitir que espíritos entrassem em contato, ou em alguns casos até deuses e demônios. Embora seja impossível prever a extensão total dos rituais necromânticos em Te'omim, os pesquisadores acreditam que os itens recuperados fornecem uma excelente visão sobre o passado da região.&nbsp;</body>

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Evidências de práticas de necromancia são achadas em Jerusalém

Imagem de Copa do Mundo Feminina: 4 recordes em que mulheres superaram homens no megacurioso

As jogadoras de futebol feminino já estabeleceram alguns recordes que deixaram para trás seus colegas homens 

<head></head><body>Embora <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126778-6-fatos-que-voce-nao-sabe-sobre-a-copa-do-mundo-feminina-de-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Copa do Mundo FIFA 2023 na Austrália e Nova Zelândia</a> tenha a expectativa de audiência global de mais de 2 bilhões de pessoas, o futebol feminino ainda é um esporte relativamente jovem (a primeira copa foi em 1991), quando comparado aos torneios masculinos, realizados há 93 anos.No entanto, além de se tornarem eventos globais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126773-carlota-resende-a-prisao-que-afetou-a-historia-do-futebol-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os torneios femininos já estabeleceram alguns recordes</a> que dificilmente atletas — homens ou mulheres — conseguirão superar. Confira alguns deles abaixo.<h2>4. Fechando o gol na Copa inteira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24233020342019.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora vários goleiros (Lev Yashin, Manga e Oliver Kahn) sejam considerados os melhores goleiros do mundo, o recorde de <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/266650-copa-mundo-feminina-utiliza-mesma-tecnologia-copa-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passar uma competição mundial inteira</a> sem deixar os adversários balançar as redes foi alcançado por uma mulher, Nadine Angerer,&nbsp;que era reserva na Seleção da Alemanha, mas assumiu a posição devido a uma lesão da goleira titular alguns dias antes da Copa da China em 2007.&nbsp;Sem tremer, Nadze, como era conhecida, foi crucial para que a Alemanha fosse campeã mundial naquele ano sem perder uma única partida e sem sofrer um único gol. Na final, contra o Brasil, a goleira recordista defendeu um pênalti batido por ninguém menos do que a nossa Marta.<h2>3. A maior goleada de todas as copas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24235303625023.jpg" alt="(Fonte: FIFA)">(Fonte: FIFA)O dia 11 de junho de 2019, ficou conhecido na história do futebol como a data da maior goleada acontecida em copas do mundo. Na manhã daquele dia, no Stade Auguste-Delaune, em Reims na França, a seleção feminina dos EUA goleou a Tailândia por 13 a 0.&nbsp;A goleada superou a marca anterior, que era da seleção feminina da Alemanha (11 a 0 na Argentina na copa de 2007 na China). Entre os homens, o recorde era os 10 a 1 da Hungria em El Salvador na copa de 1982, na Espanha.<h2>2. Atleta com maior número de copas da história</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25001139481031.jpg" alt="(Fonte: FIFA WWC/Twitter)">(Fonte: FIFA WWC/Twitter)Atleta que mais disputou copas do mundo — sete ao todo — a baiana Miraildes Maciel Mota, conhecida mundialmente como Formiga, detém mais dois recordes: a de jogadora mais velha a marcar gols em uma copa do mundo (ela tinha 37, quando o fez no Canadá em 2015) e também a mais velha a participar da competição (41 anos na França em 2019).&nbsp;No segundo lugar de<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/266626-copa-mundo-feminina-empresas-liberar-trabalhadores-assistir-jogos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;presença em copas do mundo,</a> estão, com cinco participações cada, a alemã Birgit Prinz, a americana Kristine Lilly, e os marmanjos: Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Lothar Matthäus, Antonio Carbajal, Rafa Márquez e Andrés Guardado.<h2>1. Artilharia absoluta de todas as copas: 17 gols... e contando</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;FIFA&nbsp;" data-fonte-url="https://digitalhub.fifa.com/transform/4f53f9ee-7d82-4b52-9a45-1dfd6c5d3d71/FMR_2011_FWWC_Group_D_BRA_NOR_HERO?io=transform:fill,height:910,width:1536&amp;quality=75"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25000512534029.jpg" alt="(Fonte: FIFA)">(Fonte: FIFA)Quando o assunto é gol, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/266626-copa-mundo-feminina-empresas-liberar-trabalhadores-assistir-jogos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a nossa rainha Marta é recordista absoluta</a>. Além de ser eleita por seis anos como a melhora jogadora de futebol do mundo pela FIFA, ela é a atleta que mais marcou na história das copas mundiais.&nbsp;Participando neste ano de sua sexta competição, Marta começou a marcar aos 17 anos na copa de 2003 (três gols), e retornou nas edições de 2007 (sete gols), 2011 (quatro gols), 2015 (um gol) e 2019 (dois gols). Essa marca de 17 gols marcados em copas do mundo faz com que a alagoana de Dois Riachos supere o recordista masculino, o alemão Miroslav Klose, com 16 gols.Além disso, Marta também detém o recorde de ser a primeira a marcar em cinco torneios mundiais diferentes, feito igualado no Catar por Cristiano Ronaldo em 2022. Mas a copa da Austrália e Nova Zelândia pode servir para que a nossa atleta amplie seus recordes.&nbsp;</body>

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Copa do Mundo Feminina: 4 recordes em que mulheres superaram homens

Imagem de Gilles de Rais: o 1º serial killer da história ou herói da Guerra dos Cem Anos? no megacurioso

Gilles de Rais lutou na Guerra dos Cem Anos e fundou uma Igreja. No entanto, escondia segredos obscuros sobre a sua vida

<head></head><body>Ao longo de sua história, a França teve uma coleção de psicopatas que ficaram famosos por seus crimes monstruosos. Alguns deles você já ouviu falar — como o delinquente sexual em série Marquês de Sade, o guilhotinador em massa e caçador de bruxas Robespierre, o traidor da Segunda Guerra Mundial, Marechal Pétain e, mais recentemente, Pierre Chanal, que assassinou dezessete garotos entre os anos de 1980 e 1988.No entanto, tem um criminoso que quase ninguém fala: Gilles de Rais. A razão pode ser porque as coisas que ele supostamente fez são bem polêmicas, e ainda rola uma briga entre dois grupos que não concordam se ele era culpado ou inocente. Então, vamos dar uma olhada na história desse polêmico francês, desde a infância até a execução, e aí você decide — será que ele foi mesmo um dos primeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125244-as-ultimas-refeicoes-de-4-condenados-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serial killers</a> do mundo ou não?<h2 style="text-align: justify;">Cultura familiar duvidosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24160354780325.jpg" alt="(Fonte: Reprodução/Wikimedia Commons)">(Fonte: Reprodução/Wikimedia Commons)Gilles de Rais nasceu no castelo da família em Champtocé-sur-Loire, na França, no ano de 1404. Esperto desde pequeno, o garoto tinha fluência em latim e se dividia entre o lado militar e devorar leituras de manuscritos. Quando seus pais morreram em 1415 — o pai em um acidente de caça —, ele e o irmão foram viver com o avô materno,&nbsp;Jean de Craon.Esse avô era um tremendo de um espertalhão e tentou casar o menino Gilles com uma garotinha de quatro anos chamada Jeanne Paynel&nbsp;— cuja mãe, coincidentemente, era uma das mulheres mais ricas da França. Só que essa ideia não deu certo, muito pelo contrário. Mas o vovô não desistiu e tentou de novo, agora mirando a sobrinha do Duque da Bretanha como noiva pro seu neto. Mais uma tentativa falha.&nbsp;Sendo um ardiloso planejador, Craon tentou pela terceira vez. Em 30 de novembro de 1420, ele conseguiu casar Gilles de Rais com Catherine de Thouars&nbsp;da Bretanha, que "por acaso" era herdeira de Poitou, uma antiga Província da França.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Participação na Guerra dos Cem Anos&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24164600757362.jpg" alt="(Fonte: Reprodução)">(Fonte: Reprodução)Gilles de Rais lutou ao lado de Joana d'Arc na Guerra dos Cem anos e tornou-se o seu braço direito no campo de batalha. Aos 25 anos, foi nomeado Marechal da França, um título prestigioso concedido ao mais alto comandante das Forças Armadas reais. Ele testemunhou de perto a traição contra Joana por parte de outros militares e até mesmo do rei, que a entregaram aos ingleses. Ela foi julgada pela Inquisição, acusada de heresia, condenada à morte e queimada na fogueira em 1431.Enquanto hoje Joana é lembrada como heroína e até mesmo canonizada pela Igreja Católica, Gilles acabou se tornando um símbolo de maldade e personificação do mal na França. Jovem e imensamente rico, após a morte de Joana d'Arc, ele abandonou a vida militar. Segundo registros históricos, entregou-se a uma vida de excessos, orgias e desenvolveu uma obsessão por sexo e morte.<h2 style="text-align: justify;">A acusação dos assassinatos &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24172940258436.jpg" alt="(Pintura de Giles de Rais praticando ocultismo | Fonte: Reprodução)">(Pintura de Giles de Rais praticando ocultismo | Fonte: Reprodução)Mais tarde, Gilles de Rais passou a demonstrar uma crescente preocupação com religião e a salvação pessoal. No ano de 1433, ele financiou uma igreja que chamou de "Capela dos Santos Inocentes", com o intuito de buscar paz para sua alma. Curiosamente, apesar das acusações que logo enfrentaria, a igreja incluía um coral de meninos selecionados pessoalmente por de Rais. Além disso, ele recorreu ao ocultismo, buscando ajuda de magos e alquimistas para enfrentar uma situação financeira precária.Enquanto isso, começaram a circular os rumores — crianças haviam desaparecido depois de estarem próximas a um dos castelos do homem. Em alguns lugares, os atos suspeitos de Gilles foram mantidos em segredo pelos moradores, que temiam represálias por denunciarem um nobre tão poderoso. De nada adiantou. Pouco depois, seus crimes começaram a ser investigados e julgados.&nbsp;<h2>O julgamento&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24175344733449.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante o julgamento, os relatos dos atos de Gilles de Rais continham detalhes terríveis. De acordo com testemunhas ouvidas no tribunal, foi relatado que ele empregava uma mulher para atrair crianças para dentro do castelo. Os detalhes macabros do que acontecia por trás das portas vieram à tona durante a confissão de um de seus servos. "Às vezes ele cortava as cabeças, às vezes só a garganta, e em outras ocasiões quebrava o pescoço com golpes. Depois de cortar suas veias para que definhassem enquanto derramavam sangue, Gilles às vezes se sentava na barriga das crianças e sentia prazer. Ele inclinava-se sobre elas, assistindo-as morrer."Outros relatos mencionavam que ele mantinha relações sexuais com os cadáveres das crianças enquanto ainda estavam quentes. Os servos também o acusaram de praticar coisas "com o diabo".&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">A execução</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24180227219451.jpg" alt="(Pintura da execução de Giles de Rais na forca | Fonte: GettyImages)">(Pintura da execução de Giles de Rais na forca | Fonte: GettyImages)Gilles foi levado à câmara de tortura e amarrado, mas acabou confessando antes de ser torturado. Os documentos do julgamento contam que o homem confessou aberta e voluntariamente que, devido ao fervor e prazer em satisfazer seus desejos carnais, havia matado um grande número de crianças. Às vezes, as submetia a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123195-6-curiosidades-sobre-decapitacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vários tipos de tortura</a>. Cometeu atos terríveis com elas enquanto agonizavam e sentia prazer beijando crianças mortas e julgando qual delas tinha a cabeça mais bonita. Depois, ordenava que seus empregados levassem os corpos e os queimassem até virarem cinzas.Acredita-se que ele matou&nbsp;entre 80 e 200 crianças, com idades entre seis e 18 anos, a maioria delas meninos.Gilles de Rais pediu que sua confissão fosse publicada em francês, para que o povo pudesse entender, ao invés do latim que era normalmente usado nos tribunais. A Igreja o havia ameaçado com excomunhão e condenação eterna no inferno, a menos que confessasse. O veredito final foi a condenação à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124087-6-punicoes-brutais-do-periodo-colonial-que-foram-abandonadas-ainda-bem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte na forca</a>, seguida da queima de seu corpo na fogueira.<h2>A dúvida sobre a veracidade dos crimes&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24182132939466.jpg" alt="(Gilbert Prouteau, autor de uma biografia de Gilles de Rais, em 1992 | Fonte: BBC)">(Gilbert Prouteau, autor de uma biografia de Gilles de Rais, em 1992 | Fonte: BBC)Apesar de a condenação ter sido baseada em muitas declarações de testemunhas, há céticos que questionam o julgamento e veem o homem como uma vítima injustiçada da Inquisição. Entre eles estão os biógrafos Fernand Fleuret e Jean-Pierre Bayard, além do escritor Salomon Reinach&nbsp;da década de 1920, e outros.Eles ressaltam que as confissões dos empregados de Gilles foram obtidas sob tortura, enquanto a própria confissão de suposto assassino foi obtida mediante ameaças. Em 1992, um tribunal não oficial foi criado e se reuniu no salão dourado do palácio de Luxemburgo, em Paris, com o objetivo de reavaliar o caso. Gilbert Prouteau, autor de uma biografia sobre Gilles de Rais e organizador do evento, defendeu a ideia de que o homem foi executado porque o bispo Malestroit e seu aliado Jean V, duque da Bretanha, estavam interessados em suas propriedades. Após a execução de Gilles, o duque da Bretanha <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126776-3-ocasioes-em-que-os-tronos-reais-foram-comandados-por-subordinados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herdou todos os títulos e terras de Rais</a>.Para o ex-ministro da Justiça francês, Michael Crepeau, a verdadeira motivação do julgamento de Gilles era política, seguindo uma situação semelhante à ocorrida com Joana d'Arc. No entanto, a maioria dos historiadores concorda que é muito mais provável que o homem fosse, de fato, um criminoso.Ambas as teorias fazem sentido — é possível que seus crimes, cometidos contra filhos de camponeses, tenham sido ignorados pela nobreza até que se tornasse politicamente conveniente processá-lo e condená-lo. Ou talvez os horrores cometidos tenham se tornado insuportáveis para serem ignorados.</body>

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Gilles de Rais: o 1º serial killer da história ou herói da Guerra dos Cem Anos?

Imagem de Tereza de Benguela: a escrava rainha que liderou um quilombo no megacurioso

Dia 25 de julho, celebra-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

<head></head><body>A data de 25 de julho é marcada como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Esta data vigora desde 2014, conforme decretado pela Lei n.º 12.987/2014, que homenageia a "Rainha Tereza". Ela foi uma líder de resistência do povo negro e indígena no período em que esteve à frente do quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, durante o século XVIII.Neste texto, compartilhamos a história desta fantástica mulher que é tida por muitos como uma heroína brasileira.<h2>A história de Rainha Tereza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24160230784323.jpeg" alt="(Fonte: UFRGS)">(Fonte: UFRGS)Nascida no começo do século XVIII, Tereza de Benguela foi uma mulher negra que liderou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122456-quilombo-saracura-escavacoes-no-metro-de-sp-ressuscitam-icone.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quilombo</a> do Piolho, também conhecido como quilombo Quariterê, localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia. Ela assumiu esse posto após a morte de seu companheiro, José Piolho, assassinado por soldados. Tereza acabou liderando o seu grupo ao longo de vinte anos, em um movimento que promovia a resistência à escravidão e à ação dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119472-borba-gato-o-escravizador-de-indigenas-tomado-por-heroi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeirantes</a>.Chamada também de Rainha Tereza, ela viveu no Vale do Guaporé. Documentos revelam que o quilombo abrigava por volta de 100 pessoas — entre negros, indígenas e cafuzos (termo que era dado às pessoas de ascendência negra e indígena). Eles conseguiram resistir à perseguição da polícia durante vinte anos, até 1770, quando o grupo foi destruído pelas forças do tenente-coronel Luís Pinto de Sousa Coutinho.Não se sabe ao certo como se deu a morte de Tereza, que também foi capturada com seu grupo em 1770. Alguns dizem que foi por suicídio ou por doença, mas a hipótese mais considerada por historiadores é que ela tenha sido executada por soldados. Sua cabeça então foi exposta no centro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121321-zumbi-dos-palmares-a-fascinante-vida-do-lider-quilombola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quilombo</a>.Após sua prisão, um documento oficial registrou: “em poucos dias expirou de pasmo. Morta ela, se lhe cortou a cabeça e se pôs no meio da praça daquele quilombo, em um alto poste, onde ficou para memória e exemplo dos que a vissem”.&nbsp;<h2>O quilombo Quariterê</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/24/24162540128348.jpeg" alt="(Fonte: Twitter)">(Fonte: Twitter)Registros históricos documentam que o quilombo Quariterê vivia sob um sistema de coordenação cooperativa, liderada por Tereza de Benguela. Havia lá uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122956-o-que-e-o-parlamento-britanico-e-qual-sua-funcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parlamento</a>, com conselheiros, onde as decisões mais importantes eram tomadas em grupo.A comunidade vivia do cultivo de produtos agrícolas, como milho, feijão, mandioca, algodão, banana, e da venda dos produtos que sobravam. Diz-se que Tereza de Benguela era uma líder forte, que mantinha a defesa do quilombo a partir de armas obtidas com pessoas brancas ou adquiridas após confrontos. Seu poderio se estendia à vida administrativa, política e econômica do grupo.A memória de Rainha Tereza é tida como razão de orgulho para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116820-a-origem-do-20-de-novembro-o-dia-nacional-da-consciencia-negra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimentos negros</a>. Em entrevista ao G1, Antonieta Luísa Costa, que é fundadora do Casa das Pretas e presidente do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune), ressaltou: "tivemos a única mulher que foi rainha de um quilombo e que mostrou a importância e a força da mulher negra em todos os espaços desde a época da colonização".</body>

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Tereza de Benguela: a escravizada rainha que liderou um quilombo

Imagem de 4 filmes sobre cientistas reais para ver depois de Oppenheimer no megacurioso

Confira 4 filmes que contam histórias reais de cientistas que mudaram o mundo

<head></head><body>O esperado filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126752-oppenheimer-5-historias-incriveis-sobre-o-pai-da-bomba-atomica.htm#:~:text=Oppenheimer%20era%20um%20pesquisador%20incans%C3%A1vel,ainda%20n%C3%A3o%20haviam%20sido%20descobertos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oppenheimer</a>, de Christopher Nolan, conta a história de J. Robert Oppenheimer, o físico que entrou para a história como o "pai da bomba atômica". A obra é tida como um dos grandes lançamentos do ano.Mas se você gosta de cinebiografias de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125611-cientistas-desenvolvem-superbanana-capaz-de-salvar-vidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cientistas</a>, saiba que há outros bons longa-metragens que você pode conferir sobre pessoas cujas pesquisas impactaram a humanidade. Neste texto, sugerimos 4 filmes para você entrar no clima científico.<h2>1. O Jogo da Imitação&nbsp;(2014)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22182614445021.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)O filme, estrelado pelo ator Benedict Cumberbatch, se passa na Segunda Guerra Mundial, e acompanha uma equipe montada pelo governo britânico para decifrar o "Enigma" — um código usado pelos alemães para enviar mensagens aos seus submarinos. O matemático <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111413-ha-65-anos-morria-alan-turing-o-pai-da-computacao-e-da-ia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alan Turing</a> era um dos membros do grupo. Embora tivesse personalidade difícil, ele logo passa a liderar a equipe, e assume o desafio de construir uma máquina que analise todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas.Trata-se da história real de Turing, que teve um desfecho trágico: ele foi processado por sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123778-o-comportamento-homossexual-surgiu-antes-ou-depois-na-natureza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homossexualidade</a> e submetido a uma castração química. Acabou se suicidando em 1954. O filme contribuiu para a aprovação de uma lei (chamada popularmente de “<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/48563-cientista-alan-turing-recebe-perdao-postumo-da-familia-real-britanica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lei de Alan Turing</a>”), que serve para trazer anistia para homens que foram, ao longo da história, advertidos ou condenados por cometerem atos homossexuais na Inglaterra e no País de Gales.<h2>2. Nas montanhas dos gorilas (1988)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22183239945023.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Este filme protagonizado por Sigourney Weaver retrata o trabalho realizado com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114343-gorila-robo-espiao-captura-imagens-de-gorilas-das-montanhas-cantando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gorilas</a> pela zoóloga naturalista Dian Fossey nas montanhas de Ruanda e do Congo. Ela foi uma primatologista (uma cientista que estuda os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a>) que se mudou para a África para investigar a comunicação e o comportamento social destes animais.Seu trabalho chamou a atenção da National Geographic, mas também dos caçadores ilegais dos gorilas. Ela morreu precocemente em 1985, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117454-a-realidade-marginal-de-ruanda-nigeria-gana-e-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ruanda</a>, quando tinha apenas 53 anos. Seu corpo foi encontrado em sua cabana, mas o assassino nunca foi encontrado — desconfia-se que sua morte foi causada por um caçador de gorilas que era afetado por suas ações de preservação.<h2>3.&nbsp;O céu de outubro (1999)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Netflix&nbsp;" data-fonte-url="https://occ-0-34-2164.1.nflxso.net/dnm/api/v6/6AYY37jfdO6hpXcMjf9Yu5cnmO0/AAAABR53a1o_3dWv0UTLw7F8alf2RKKSjGyv_7VnLw9BYy-XzYyOUCvSqoCW3drwDv0DkXydssTQ4xbdTuyhBJKBaqOguOjguuU4VRLc.jpg?r=cac"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22183935792024.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)O tema de&nbsp;O céu de outubro é a pesquisa para o desenvolvimento de foguetes. O filme acompanha a história de quatro jovens que são inspirados a começar a trabalhar com foguetes após o lançamento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104201-sputnik-o-primeiro-satelite-artificial-completa-60-anos-de-seu-lancamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sputnik 1</a>. Um deles é Homer Hickam, uma pessoa visionária. Sem muitas condições financeiras, seu futuro provavelmente envolvia trabalhar como um mineiro de carvão, assim como seu pai.Contudo, Homer um dia vê algo brilhando no céu da Virginia e acaba nutrindo o sonho de construir um foguete. Mesmo que ninguém acreditasse nele, o jovem começa a levar a ideia adiante com o apoio de uma professora e de seus amigos.<h2>4. Alexandria (2011)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Amazon Prime Vídeo&nbsp;" data-fonte-url="https://ufmg.br/thumbor/_-gfPtEvEo74hy53WuCCCCrPsuA=/0x0:1083x722/712x474/https://ufmg.br/storage/1/8/6/c/186c0e3d8839800bee7a0642fcaa0381_16565242771706_788275664.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22184758893027.jpg" alt="(Fonte: Amazon Prime Vídeo)">(Fonte: Amazon Prime Vídeo)O filme Alexandria, de Alejandro Amenábar, se passa no ano de 391 d.C. e conta a história de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121355-hipatia-a-filosofa-e-cientista-de-alexandria-assassinada-por-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipátia</a>, uma mulher egípcia que foi considerada uma das primeiras matemáticas. Ela ensinava filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria e é tida como uma estudiosa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/23270-4-avancos-cientificos-que-causaram-revolta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">heliocentrismo</a>, a teoria que defende que o sol é o centro do universo.Hipátia tem entre seus alunos Orestes, que a ama, e Sinésio, que é adepto do cristianismo. Seu escravo, Davus, também é apaixonado por ela. Mas Hipátia não deseja se dedicar a oura coisa além do seu amor ao conhecimento, o que gera muitos conflitos. Os homens então se juntam à famosa matemática para lutar contra a extinção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/104612-uau-conheca-esta-imensa-biblioteca-cujo-acervo-e-de-1-2-milhao-de-livros.htm#:~:text=A%20constru%C3%A7%C3%A3o%20est%C3%A1%20localizada%20em,anos%20para%20sair%20do%20papel." rel="noopener noreferrer" target="_blank">biblioteca de Alexandria</a> e outras instituições que são ameaçadas quando o cristianismo começa a tomar poder político na cidade. </body>

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4 filmes sobre cientistas reais para ver depois de Oppenheimer

Imagem de Galinhas eram animais de estimação exóticos, segundo estudo no megacurioso

Antes de serem domesticadas para servir como fonte de alimento, as galinhas eram consideradas pets amigáveis e legais de se ter por perto

<head></head><body>Se hoje a carne de frango faz parte da dieta de grande parte da população mundial, um dia esses pequenos animais já estiveram dentro de nossas casas. O motivo? Acontece que a origem das <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125632-por-que-as-galinhas-nao-conseguem-voar-como-outras-aves.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">galinhas</a> domesticadas ainda é bastante contestado e estudos indicam que elas poder ser sido consideradas animais de estimação exóticos no passado.Só depois de muito tempo que esses animais passaram a ser criados para o abate e, eventualmente, a indústria da carne de frango se fortaleceu de uma vez por todas. Entenda como toda essa história se desenrolou com o passar dos anos.<h2>Origem das galinhas domesticadas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20181938715476.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Até recentemente, a maioria dos estudos indicava que pessoas criavam aves selvagens na Ásia há 10 mil anos. Nesse período histórico, não existia qualquer evidência de que esses animais eram abatidos. Dessa forma, surgiram as primeiras teorias de que os pássaros eram criados para brigas de galos, não para comer.As primeiras ossadas de galinha que indicavam abate vieram da antiga cidade de Maresha, que ficava no cruzamento das rotas comerciais para o Egito e Jerusalém durante a Idade do Ferro, entre os anos 400 e 200 a.C. Em 2022, no entanto, um grupo internacional de pesquisadores usaram a datação por radiocarbono para confirmar a idade de 23 das primeiras galinhas encontradas no oeste da Eurásia e no noroeste da África.Além de descobrir que muitos desses ossos eram mais jovens do que se pensava anteriormente, os pesquisadores também mostraram que os animais na verdade eram faisões. De acordo com a nova análise, os ossos mais antigos de uma galinha doméstica foram encontrados no centro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110706-7-pontos-turisticos-imperdiveis-na-tailandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tailândia</a> e datados entre 1650 e 1250 a.C.<h2>Animais de estimação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/20/20181901847469.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Com base na data atualizada, que coincide com o aumento do cultivo de arroz e milho em campos secos daquela região, os pesquisadores acreditam que a domesticação das galinhas pode ter começado quando algumas aves foram tentadas a descer das árvores pela quantidade de grãos disponíveis nos campos.Porém, com base em evidências arqueológicas, o consumo de frango ou carne de boi só foi começar centenas de anos após esse marco histórico. Nos primeiros locais do Sudeste Asiático, esqueletos de galinhas adultas foram encontrados em sepulturas humanas. Na Europa, por sua vez, alguns desses animais possuíam seus próprios túmulos.Esses são indícios de que essas aves um dia foram consideradas criaturas amigáveis, tornando-as animais de estimação exóticos. Durante a ascensão do Império Romano, o consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125324-qual-e-a-diferenca-entre-ovos-brancos-e-vermelhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovos</a> ficou bastante popular, o que fortaleceu a indústria do frango. Conforme os anos foram evoluindo, a cultura do consumo da carne de galinha foi escalando gradativamente para outras regiões do planeta e se estabeleceu de uma vez por todas.Logo, o que um dia caminhou para ser uma amizade entre as duas espécies, acabou se tornando uma grande traição por parte dos humanos. Bizarro, não é mesmo?</body>

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Galinhas eram animais de estimação exóticos, segundo estudo

Imagem de As 3 melhores histórias de amor da mitologia grega no megacurioso

A mitologia grega está repleta de romances cheios de drama e tragédia

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia grega</a> é uma tradição cultural realmente fascinante. Ela é repleta de histórias vindas da Grécia Antiga, mas continuam sendo recontadas e refletidas até hoje. E, dentro dessas narrativas, existem várias histórias de amor repletas de emoção, desafios e até algumas tragédias.Assim, conheça três romances mitológicos que são realmente cativantes!<h2>1. Ulisses e Penélope</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17145415858301.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A história de amor entre Ulisses e sua esposa, Penélope, está registrada em um dos livros mais famosos de todos os tempos: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110158-soube-que-acharam-uma-cidade-lendaria-relacionada-com-a-guerra-de-troia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Odisseia</a>, de Homero. Ela fala de uma trama envolvendo muita paciência e lealdade.Ulisses é um dos aventureiros mais famosos da mitologia grega. Ele se casou com Penélope, que de tão linda atraiu vários pretendentes, mas acabou escolhendo Ulisses – mesmo que ele estivesse sempre viajando para participar de batalhas.Na história contada em Odisseia, Ulisses está enfrentando várias dificuldades enquanto tenta voltar para casa após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121607-o-famoso-cavalo-de-troia-realmente-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra de Troia</a>. Em Ítaca, sua terra natal, ninguém sabia ao certo se ele estava vivo – tanto que levou dez anos até que finalmente conseguisse retornar ao lar.Durante esta década, Penélope foi abordada por inúmeros homens que queriam se casar com a suposta viúva, e ela já não sabia mais o que fazer para recusar. Por isso, bolou um plano: começou a costurar uma mortalha para velar o marido, e dizia que escolheria um novo esposo quando terminasse o trabalho. Só que Penélope costurava a peça durante o dia e desfazia a costura à noite.Quando chegou em casa, Ulisses matou todos os pretendentes que abordaram sua esposa, e eles finalmente puderam ficar juntos.<h2>2. Eros e Psiquê</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17150445206313.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Eros é o filho de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afrodite</a>, a deusa da beleza e do amor. Ninguém era mais linda do que ela – por isso, quando uma mortal chamada Psiquê começou a ser comparada com a deusa, ela ficou cheia de ciúmes. Por isso, a deusa mandou seu filho, Eros, para arquitetar uma vingança.Os pais de Psiquê receberam então uma mensagem dos deuses de que a filha deveria ser deixada numa masmorra e que iria se casar com um monstro horrível. Com tristeza, eles obedeceram, isolando a filha. No entanto, quando Eros vai até o local para concretizar o plano da mãe, ele acaba se apaixonando pela vítima.Eros então propõe casamento a ela, mas com uma condição: Psiquê só se encontraria com o marido à noite e nunca poderia olhar no rosto dele. Eles se deram muito bem e Psiquê foi muito feliz por um bom tempo. Só que, incitada pelas irmãs, que diziam que o marido dela deveria ser horrível, a jovem ficou curiosa e resolveu trapacear, olhando o rosto do amado – que, para a sua surpresa, era o mais belo de todos os homens.Traído, Eros fugiu, e a partir de então, Psiquê passou a vagar em busca do amor que havia perdido. No templo de Afrodite, a deusa impõe à moça vários trabalhos humilhantes pelo erro cometido.&nbsp;Exausta, Psiquê acaba morrendo. Eros, que continuava apaixonado por ela, implora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120553-templo-de-zeus-a-misteriosa-historia-da-destruicao-do-monumento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zeus</a> que a ressuscitasse. O deus concede seu desejo e, desde então, eles nunca mais se separaram.<h2>3. Orfeu e Eurídice</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17150719261321.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Aqui, temos umas das mais tristes histórias de amor da mitologia grega. Ela começa nos falando de <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/52351-portais-do-inferno-veja-4-lugares-considerados-passagens-para-as-trevas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Orfeu</a>, um dos músicos mais talentosos da Grécia. As canções que ele tocava com sua lira eram capazes de hipnotizar as pessoas.Orfeu era casado com uma bela ninfa chamada Eurídice que, logo após o casamento, foi mordida por uma serpente e morreu. Em seguida, foi levada ao submundo, o lar das almas que desencarnavam.Inconformado, Orfeu desceu até lá para implorar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122509-quem-e-hades-o-deus-do-submundo-na-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hades</a> que sua esposa retornasse para ele. Sua música era tão encantadora que o deus autorizou, impondo uma condição: Orfeu deveria voltar ao mundo superior enquanto Eurídice o seguiria. Só que ele não podia, sob hipótese alguma, olhar para trás – precisava confiar que ela estava lá.Orfeu não se aguentou e acabou espiando. E Eurídice estava realmente atrás dele, mas foi arrancada do esposo e arrastada de volta para o submundo, onde permaneceu para sempre.<h2>Cupom Amazon</h2>Que tal aprender ainda mais sobre a mitologia e cultura grega? Adquira títulos renomados na Amazon e economize aplicando o <a href="https://www.tecmundo.com.br/cupons/lojas/amazon">cupom Amazon</a> ao finalizar a compra!&nbsp;&nbsp;

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As 3 melhores histórias de amor da mitologia grega

Imagem de Como surgiram os lacres das latinhas de alumínio? no megacurioso

Saiba qual foi a trajetória desses objetos até que o barulho de uma latinha sendo aberta se tornasse o 'som do verão'

<head></head><body>Seja você é um amante de cerveja ou apreciador de refrigerantes, é bem provável que o som do lacre de uma latinha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/43225-voce-sabia-que-o-aluminio-ja-chegou-a-valer-mais-do-que-o-ouro.htm#:~:text=Em%201845%2C%20o%20alum%C3%ADnio%20come%C3%A7ou,metal%20de%20uma%20%C3%BAnica%20vez." rel="noopener noreferrer" target="_blank">alumínio</a> sendo aberto seja uma sensação deliciosa. Afinal, é basicamente como se a vida estivesse dando um sinal de que você está prestes a se refrescar.&nbsp;Os chamados "abridores de abas" que dão o charme para as coroas das latas surgiram há 60 anos nos Estados Unidos e desde então tornaram-se uma tendência mundial. Quer saber mais sobre a história dessa simples, mas eficiente, invenção? Então fica de olho nos próximos parágrafos!<h2>Início dos abridores de latas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13191808783005.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Preocupado com a deterioração das rações de suas tropas durante a Revolução Francesa, em 1795, Napoleão Bonaparte ofereceu um prêmio de 12 mil francos para quem conseguisse criar um objeto capaz de preservar os alimentos. O chef francês Nicolas Appert, 15 anos depois, foi quem saiu vitorioso da competição ao inventar o primeiro recipiente de vidro hermeticamente fechado.Naquele mesmo ano, o inventor inglês Peter Durand patenteou as primeiras latas de ferro revestidas com estanho. Assim, a indústria de alimentos estava tomando novos moldes. As primeiras latas eram abertas com cinzel e martelo. Essa técnica continuou até meados do século XIX, quando o inventor norte-americano Ezra J. Warner, percebendo uma necessidade, criou o primeiro abridor de latas.O objeto nada mais era do que uma lâmina que cortava um círculo ao redor da borda da tampa, deixando um rastro afiado de metal por onde passava. A invenção de Warner auxiliou os Estados Unidos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125147-5-mulheres-que-serviram-como-espias-na-guerra-civil-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a> e deu brecha para a criação dos abridores de lata mais modernos, que foram patenteados por Charles Bunker em 1926.<h2>Diversas tentativas da modernidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/13/13191831647007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Desde que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106664-lata-e-seu-abridor-48-anos-separam-essas-duas-invencoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abridores de latas</a> foram criados, surgiu a necessidade das latas de alumínio já virem do mercado com um método para abrir embutido em seu design. A primeira tentativa foi feita por Ermal Fraze, por volta da década de 1950, com a ideia de criar uma espécie de "zíper" para a parte superior das latas.Contudo, o método seguia criando bordas afiadas que machucavam a boca daqueles que tentassem consumir qualquer líquido nesses objetos. Além disso, muitos casos de ingestão acidental dos anéis de latas de cerveja e refrigerante foram relatados pelo The New York Times em 1974, os quais ficavam alojados no esôfago dos consumidores — que precisavam de cirurgia imediata.&nbsp;Em 1976, no entanto, Daniel F. Cudzik patentetou o "Stay-on-Tab", a aba dobrável que conhecemos hoje em dia. Dessa forma, não era mais necessário arrancar a tampa completa das latas, uma vez que bebidas teriam agora um orifício pré-determinado em seu design. Aproveitando o movimento de Cudzik, Fraze decidiu criar sua própria versão desse tipo de modelo no ano seguinte, e uma batalha de patentes foi criada.Por mais que Cudzik tenha sido o primeiro a realmente desenvolver o conceito que conhecemos sobre as latas de alumínio hoje em dia, Fraze segue sendo conhecido historicamente como o progenitor dos lacres no design e quem abriu as portas para que o mercado evoluísse.&nbsp;</body>

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Como surgiram os lacres das latinhas de alumínio?

Imagem de A história oculta por trás do ilustre letreiro de Hollywood no megacurioso

Agora comemorando 100 anos, o icônico outdoor surgiu em Los Angeles como anúncio para um conjunto habitacional de luxo

<head></head><body>Desde que foi instalado em uma colina com vista privilegiada para Los Angeles, em 1923, o ilustre roteiro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a> virou um grande cartão de visitas para a cidade, pano de fundo para inúmeros filmes e programas de televisão, e um lembrete sobre a história artística da região.Quem sempre vê fotos das famosas letras brancas imagina que elas sempre estiveram ali para representar justamente o histórico da sétima arte nos Estados Unidos. Contudo, o letreiro, quando inaugurado, não tinha nada relacionado ao mundo do cinema e precisou ser adaptado com o passar dos anos. Conheça mais sobre essa história nos próximos parágrafos!<h2>Mercado imobiliário</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;MPI/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/the-hollywoodland-sign-in-los-angeles-marking-the-foto-jornalistica/2665457"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17144013365266.jpg" alt="(Fonte: MPI/Getty Images)">(Fonte: MPI/Getty Images)Recentemente remodelado para marcar seu aniversário de 100 anos, o letreiro de Hollywood possui uma história muito mais conturbada do que as pessoas costumam imaginar. Na realidade, ele nunca foi concebido para ser um destino turístico, começando como um anúncio de um conjunto habitacional de luxo chamado Hollywoodland.&nbsp;Em 1932, a região também foi palco para um caso de suicídio — o que deixou o território um pouco mais macabro. Na década de 1960, o outdoor simplesmente caiu em desuso, estava enferrujado, dilapidado, prestes a desmoronar sob seu próprio peso e pronto para ser removido daquela localização.Para a surpresa de muitos, atualmente o principal objetivo do letreiro é promover o cinema norte-americano, assim como é uma ilustração de fama e fortuna em <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117297-2-lugares-em-los-angeles-que-foram-palco-de-assassinatos-macabros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Los Angeles</a>. Portanto, se você é do tipo de pessoas que acredita em "multiversos", existe algum cenário por aí onde Hollywood nunca existiu e a região para sempre seria conhecida como apenas um empreendimento fracassado.<h2>Mudanças nos ares</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14025724946004.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A história da placa de Hollywood começa no início do século XX, quando o distrito começou a atrair pessoas de todas as partes dos Estados Unidos para sua florescente indústria cinematográfica. A comunidade na Califórnia foi fundada pelo incorporador imobiliário Harvey Henderson Wilcox, que não mediu esforços para transformar a área em um subúrbio movimentado.O primeiro estúdio de cinema de Hollywood foi inaugurado no Sunset Boulevard, em 1911, e nos anos seguintes outras empresas seguiram o mesmo exemplo. Graças a sua paisagem extraordinária, clima ideal para filmagens e prosperidade para a sétima arte, a região virou um grande atrativo para enormes <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125255-5-cineastas-famosos-que-se-arrependeram-de-seus-filmes-classicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cineastas</a> e artistas que aspiravam crescer na carreira.Tendo em vista as oportunidades de mercado na região, o letreiro de Hollywoodland surgiu em 1923, quando um grupo de empresários planejada lançar um conjunto habitacional de luxo como um refúgio da vida na cidade. Contudo, a Grande Depressão atingiu o país e o sindicato imobiliário foi dissolvido em 1933 — dando fim ao projeto.<h2>Nascimento de Hollywood</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;David Livingston/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/the-newly-refurbished-hollywood-sign-is-seen-atop-of-foto-jornal%C3%ADstica/56341833"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/17/17144534013286.jpg" alt="(Fonte: David Livingston/Getty Images)">(Fonte: David Livingston/Getty Images)Sem um orçamento de manutenção, o letreiro de Hollywoodland começou a desmoronar e seu segundo "O" até mesmo chegou a desabar durante uma tempestade de 1936. O meio da letra "H", por sua vez, desapareceu por conta de ventos fortes em 1944.&nbsp;Foi então que, naquele ano, a MH Sherman Company — dona do terreno — decidiu doar a placa e o local de 425 acres ao redor para a cidade de Los Angeles. Em 1947, a Câmara de Comércio de Hollywood se ofereceu para restaurar o letreiro, removendo o sufixo "Land" dois anos depois.Entre diversas polêmicas no meio do caminho, algo histórico aconteceu décadas mais tarde: em 1973, uma comissão de patrimônio de Los Angeles declarou o outdoor como um marco cultural do município. Nos anos que se seguiram, o letreiro passou a aparecer em vários filmes e ganhou um charme ainda maior. Após as inúmeras reformas e quase ter sido demolido um trilhão de vezes, é inegável que a placa localizada na Califórnia é hoje um dos maiores cartões postais do mundo.</body>

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A história oculta por trás do ilustre letreiro de Hollywood

Imagem de 'Ditadura da Barbie': como a boneca deturpou corpos e segregou pessoas no megacurioso

Como a boneca deturpou corpos e segregou pessoas

<head></head><body>Todas as mulheres do mundo queriam ser como a Barbie em 1960. O motivo? Ela era a personificação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122321-por-que-a-ideia-de-sonho-americano-nao-existe-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonho americano</a> e um símbolo estético da “mulher perfeita”: olhos azuis, cabelos loiros, magra e com uma cintura estreita. Ela é bem-sucedida em sua profissão, por isso tem dinheiro, mora em uma mansão e dirige o caro do ano. Ah, e como se isso não bastasse, ela tem um namorado "perfeito" ao seu lado, cujos atributos físicos são iguais aos seus. Afinal, semelhante atrai semelhante, certo?Desde a sua criação, em 1959, a&nbsp;Barbie se transformou em um ícone cultural do mundo, mas, sobretudo, dos EUA, onde seu estilo de vida fictício e glamoroso foi exibido e comercializado como objeto de desejo. Se a estética da boneca foi incorporada desde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126748-tingindo-com-morte-como-as-roupas-estao-nos-deixando-doentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria da moda</a> até o mercado imobiliário, é porque a Mattel investiu em marketing e publicidade de maneira tão agressiva para criar uma imagem atraente e aspiracional em torno da Barbie, que alcançou todas as idades.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142210071264.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não é para menos que o sucesso comercial do produto permitiu que a Mattel se tornasse uma das marcas de brinquedos mais valiosas do mundo, redefinindo um mercado inteiro. A cada minuto, cerca de 164 Barbies são vendidas globalmente, sendo que entre 2012 e 2022, a boneca rendeu US$ 1,49 bilhão para a empresa.Mas enquanto a Barbie vendia 300 mil unidades em seu ano de estreia, esgotava lojas de brinquedos, dominava comerciais e era retratada pelos quatro cantos em um convite ao seu mundo cor de rosa, também distorcia a autoimagem das crianças, reforçava estereótipos de gênero e segregava a sociedade.<h2>Projetando sonhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142442051267.jpg" alt="Ruth Handler. (Fonte: Mattel Creations Community/Reprodução)">Ruth Handler. (Fonte: Mattel Creations Community/Reprodução)Barbara Millicent Roberts, a Barbie, ganhou esse nome em homenagem à filha de Ruth Handler, fundadora da Mattel e responsável por idealizar a boneca. Aos 42 anos, a mulher percebeu que sua filha de apenas 9 havia descartado sua boneca Betsy Wetsy, com características de bebê, e se apegado à Chatty Cathy, que tinha uma imagem um pouco mais adulta. Quando questionada pela mãe o motivo, a menina respondeu que podia se projetar melhor naquele tipo de boneca.A década de 1950 era dominada por bonecas feitas de plástico, vinil, celuloide ou papel machê, em sua maioria rígidas ou com articulações limitadas, sempre representando bebês ou crianças. Foi então que a empresária percebeu que havia uma lacuna no mercado de brinquedos: não havia bonecas que representassem uma jovem mulher adulta.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142551160268.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Ao levar a ideia ao seu marido e aos executivos da Mattel, à princípio, Handler não foi bem recebida, porque era um consenso que desenvolver uma boneca com corpo adulto poderia ser problemático. No entanto, após muitas discussões, eles chegaram à conclusão que da mesma forma como essa ideia poderia destruí-los, também poderia torná-los referência no mercado.Assim, Barbie foi moldada a partir da famosa boneca Bild Lilli, criada à imagem de uma personagem alemã de quadrinhos e lançada em 9 de março de 1959 na American Toy Fair de Nova York. A boneca foi disponibilizada em duas versões, uma loira e outra morena, ambas com rabo de cavalo e franja cacheada, usando um maiô listrado em preto e branco.Handler não poderia imaginar que aquele pedaço de plástico no valor de US$ 3 daria início ao seu maior legado, tampouco que se tornaria um instrumento tão poderoso.<h2>Um ideal de perfeição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142628291269.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desde o princípio, a propaganda ao redor da Barbie tinha o objetivo de ensinar às meninas como se tornar uma mulher “equilibrada e decente”. A boneca deveria ser um arauto, um instrumento que ajudaria as crianças a se transformarem em mulheres antes de desejarem ser mães, aprendendo a se comportar, se vestir e aspirar a uma vida "perfeita".“Nenhuma mãe vai comprar para a filha uma boneca com seios”, disse o marido de Handler, quando ela apresentou o projeto da Barbie. Por essa razão que todos os pilares por trás da boneca precisavam estar condizentes com o que os pais esperavam de um brinquedo. Ou seja, o storytelling era essencial para vender o produto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142757858270.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)No ano de sua estreia, Barbie foi divulgada no influente The Mickey Mouse Club, da Disney, propondo que as meninas sonhassem com seu próprio futuro. O comercial exibiu Barbies como modelos ideais, deixando claro que toda menina poderia ser ou se tornar a boneca quando crescesse.“Um dia serei exatamente como você, Barbie. Até lá, eu sei exatamente o que vou fazer, vou acreditar que sou você”, era a frase que terminava o anúncio que fez a Mattel vender só naquele ano 350 mil unidades da boneca.O problema é que nada sobre a Barbie era ou é real.<h2>A grande mentira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21142856982271.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Há anos, o poderio de psicologia clínica reconheceu a importância em crianças se envolverem com brinquedos. É dessa forma que elas internalizam elementos sociais importantes para seu desenvolvimento social, como normas, valores e papeis adultos. Os brinquedos influenciam o autoconceito, entrando na vida de uma criança e se tornando parte essencial de sua identidade.Em 2006, um estudo publicado na revista Developmental Psychology reuniu 162 meninas, de 5 a 8 anos, algumas das quais foram expostas à Barbie e outras a nenhuma boneca antes de serem submetidas a uma avalição sobre autoimagem. Aquelas que tiveram contato com a Barbie relataram menor estima corporal, flertando com sintomas que poderiam indicar alimentação desordenada, ciclismo de peso e maior desejo por uma forma corporal mais magra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21143050665272.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar de esse impacto negativo da boneca não ter sido mais evidente em meninas mais velhas, não deixa de mostrar como modelos aspiracionais e exposição precoce sintetizam um ideal de corpo magro irrealista, podendo prejudicar a imagem corporal das meninas de maneira duradoura.Um estudo publicado no The Wiley Handbook Disorders mostrou que cerca de 50% das meninas norte-americanas de 13 anos relataram insatisfação com seu corpo. Ao atingirem os 17 anos, esse número apresentou crescimento de quase 80% devido às mudanças fisiológicas, sociais e psicológicas que os adolescentes enfrentam nesse período. Quase 80% das jovens relataram medo de engordar e 53% delas acreditavam que não eram "magras o suficiente", deixando claros sintomas clínicos de transtorno dismórfico corporal.<h2>Uma epidemia chamada Barbie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21143231620275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2014, a deputada Mary Glindon fundou a campanha "Be Real" no Reino Unido a fim de combater ondas epidêmicas de problemas com autoestima corporal que corroem a psicologia dos jovens. Uma pesquisa desenvolvida pelo projeto descobriu que 79% dos jovens de 11 a 16 anos se preocupam em excesso com sua aparência. Pelo menos 36% deles relataram que fariam “o que fosse preciso” para “parecer bem”.Antes que esteja se perguntando, não, a Barbie nunca disse que as meninas deveriam colocar o dedo na garganta e induzir o vômito, mas o marketing de sua presença na vida delas se tornou uma força que exerce a pressão social que as mulheres sofrem há séculos. Afinal, a magreza sempre foi associada a características positivas, como virtude, disciplina e autocontrole.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21143447190276.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Entre os séculos XVII e XVIII, as mulheres acumularam uma série de problemas físicos, de questões respiratórias a deslocamento de órgãos, devido ao uso prolongado do espartilho, fruto do período renascentista. Tudo por uma cintura ultrafina e um corpo esbelto e longilíneo, considerado sinal de status e boa criação. Foram esses ideais que criaram raízes no senso comum e instauraram a percepção de beleza e modelo estético que prevalecem.No estudo “As primeiras experiências e visões dos adolescentes com a Barbie”, os psicólogos Tara Kuther e Erin McDonald perceberam que o ideal de vida e corpo perfeito da Barbie não são mais levados a sério por meninas quando começam a transição para a adolescência.&nbsp;Quando em contato com a boneca, em vez de se envolverem em brincadeiras de "faz de conta", elas recorrem a uma espécie de violência e tortura com o brinquedo. Isso inclui bater, esfaquear, cortar os cabelos e até queimar a Barbie. As crianças vivenciaram a experiência com bom-humor e rebeldia contra a perfeição social sintetizada na boneca. Quando indagados porque havia prazer em fazer isso, algumas meninas fizeram comentários do tipo: “Elas sempre são tão perfeitas, isso é demais para mim”.<h2>Instrumento de segregação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21143723376277.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2014, Kim Culmone, vice-presidente sênior e diretora de design global da Mattel, confessou à revista Fast Company&nbsp;que a Barbie nunca foi projetada para ser perfeita, a começar por suas medidas. O intuito da boneca era que fosse apenas um cabide de roupas, para que as meninas pudessem vesti-la mais rápido e facilmente, por isso suas dimensões são irreais.Culmone, no entanto, só se esqueceu que a Barbie nunca foi comercializada assim. Em vez disso, a Mattel enfatizou que seria possível alguém caber no corpo da Barbie, que pesaria 50 kg e teria um Índice de Massa Corporal (IMC) de 16,24 se fosse real, se encaixando na categoria de uma pessoa anoréxica.Entender a Barbie como um subproduto do seu tempo é lançar um olhar não só sobre como seu padrão de beleza inalcançável deturpou a percepção das crianças sobre a autoimagem, mas como segregou identidades.Em 1966, a Mattel introduziu ao mercado a boneca Francie, apresentada como a prima moderna e mais jovem da Barbie. Ela ainda mantinha as mesmas características que a boneca, com cabelos loiros e olhos azuis ou castanhos, só que em diferentes tons de pele –, mas que não passavam de variações ainda brancas.O intuito da fabricante era oferecer às crianças mais opções e diversidade em sua linha de bonecas. Isso pode até parecer bonito e inclusivo, apesar de ainda capitalista, se no ano seguinte não tivesse lançado a versão "Colored Francie" ('Francie de cor'). Ao lançar um produto com características físicas estereotipadas ou exageradas em relação a pessoas negras, a Mattel deixou claro que não sabia o que estava fazendo, tampouco se importava.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21144008315281.jpg" alt="(Fonte: Barbie Wiki/Reprodução)">(Fonte: Barbie Wiki/Reprodução)Claro, estamos falando dos EUA da década de 1960, vivendo o apogeu da segregação racial, onde algumas regiões proibiam lojas de brinquedos destinadas ao público negro. Muitos fabricantes, como a Mattel, não se esforçavam em atingir esse mercado e, quando o faziam, inferiorizavam ainda mais grupos minoritários oferecendo produtos que não só reforçavam o quanto eles não eram benquistos naquela sociedade, quanto não eram considerados bonitos.E isso nos leva de volta à 1940, quando os psicólogos Kenneth e Mamie Clark desenvolveram o "Teste das Bonecas", um experimento projetado para examinar os efeitos do racismo e da segregação racial nas atitudes e percepções de crianças negras em relação a si mesmas e a outras pessoas de diferentes etnias nos EUA. Eles expuseram as crianças a bonecas com características idênticas, mas com diferenças raciais.O resultado mostrou que a maioria das crianças negras preferiam a boneca branca, atribuindo-lhe características positivas e agradáveis, enquanto a boneca negra era frequentemente associada a características negativas e indesejáveis. Isso deixou claro que crianças já internalizavam os estereótipos raciais e demonstravam uma visão negativa de si mesmas e de sua própria raça, devido ao ambiente social e cultural em que viviam.<h2>A questão Barbie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/21/21144120931283.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O experimento foi a base para a decisão da Suprema Corte dos EUA no caso Brown v. Bancada da Educação de Topeka em 1954, que tornou inconstitucional a segregação racial entre brancos e negros nas escolas públicas do país.Até 2014, Culmone não acreditava que a Barbie ou qualquer outra boneca influenciava negativamente as crianças, e que as pessoas estavam exagerando.&nbsp;“É preciso lembrar que as percepções das meninas são muito diferentes das percepções dos adultos sobre o que é ou não real, e quais são suas influências”, disse ela, ignorando anos de estudo clínico especializado sobre a influência dos brinquedos na autoimagem, autoestima e na percepção corporal.Nada ironicamente, esse pensamento da Mattel mudou em 2016, em um dos períodos mais turbulentos da empresa, quando Barbie vinha sofrendo uma queda nas vendas devido à influência do mercado eletrônico na vida das crianças. A linha "Barbie Fashionistas" apresentou uma variedade de formas corporais, tons de pele e estilos de cabelo, buscando atrair um publico mais diversificado e se tornar inclusiva.E isso deu certo porque a Barbie não é só uma boneca, um brinquedo que guarda memórias, ela é o poder da mídia e da propaganda; é o simulacro de uma sociedade que triunfa na estética; é a lembrança de uma raça que negligencia as outras.&nbsp;Barbie é o excesso de imagens e representações do qual sociólogo francês Jean Baudrillard se refere, capaz de obscurecer tanto a realidade que nos torna incapazes de distinguir o verdadeiro do falso.</body>

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