Imagem de Psicodélicos podem ser a solução para os distúrbios alimentares? no megacurioso

Pesquisas têm mostrado que medicamentos psicodélicos reduzem os sintomas de depressão e ansiedade associados aos distúrbios alimentares

<head></head><body>Um artigo recente publicado na Smithsonian Magazine acompanha a experiência de uma professora chamada Sarah Kelley que sofreu, desde os 14 anos, com transtornos alimentares. Já na faculdade, ela passou sete meses <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125654-mukbang-a-historia-perturbadora-e-criminosa-por-tras-da-pratica-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em um programa de internação para anoréxicos</a>, onde ficou praticamente por dez anos até que, em 2019, teve uma séria recaída, passando a correr obsessivamente, sem se alimentar e murmurando de forma incompreensível.Na época, seu terapeuta Reid Robison, pesquisador da Universidade de Utah, nos EUA, a convidou para participar de um estudo sobre psicoterapia assistida por cetamina, um anestésico com propriedades psicodélicas, para tratamento residencial de pacientes com transtornos alimentares associados à depressão e ansiedade.Atualmente com 34 anos, Kelley reconhece: “Cheguei a um ponto em que fiz psicoterapia, fiz tratamento. Eu não sabia mais o que fazer”. Apesar de um alegado medo de usar alucinógenos, mesmo sob supervisão médica, ela aceitou participar.&nbsp;<h2>Como os psicodélicos se transformaram em remédios?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21160052192281.jpg" alt="(Fonte: Getty images)">(Fonte: Getty images)Usados há séculos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125011-cabelos-de-3-mil-anos-revelam-uso-de-alucinogenos-na-idade-do-bronze.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em rituais religiosos de várias culturas,</a> os alucinógenos começaram a ter seu potencial terapêutico explorado no início da década de 1950 pelo psiquiatra Ronald A. Sandison, que pesquisou o uso do LSD no tratamento de transtornos mentais.&nbsp;Após um hiato de muitos anos, causado principalmente por falta de regulamentação, preconceitos e pressões políticas, o assunto voltou à tona em 2000, quando pesquisadores da Johns Hopkins Medicine, nos EUA, receberam a primeira aprovação regulatória para voltar a pesquisar psicodélicos naquele país.&nbsp;Mas embora comorbidades como ansiedade, trauma e depressão já sejam tratadas com a psilocibina, a terapia assistida por psicodélicos para transtornos alimentares é um campo ainda novo, que clama por soluções urgentes. Essa grave doença é responsável hoje pela segunda maior taxa de mortalidade entre os transtornos de saúde mental.<h2>Como foi o tratamento de Kelley com as drogas psicodélicas?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/21/21155303790274.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Como participante do estudo de Robison e sua equipe, Kelley recebeu três ciclos de injeções de cetamina, reforçados com sessões de psicoterapia no dia seguinte a cada tratamento. Relaxada em uma poltrona reclinável, ela recebeu a droga em dois intervalos, e conta: “Você simplesmente se sente engraçado — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126868-projecao-da-consciencia-como-a-ciencia-explica-as-experiencias-fora-do-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">de certa forma dissociativo, deixando seu corpo ou flutuando</a>. Para mim isso foi muito assustador. No início, fiquei em pânico”.Como o distúrbio alimentar de Kelley surgiu de uma necessidade de controlar o corpo, explica Robison, a cetamina a tirou completamente de si. Depois de ver duas formas escuras, ela as interpretou como seu próprio medo e pânico. Mesmo apavorada, ela percebeu, amparada pelo psicoterapeuta, que aquilo não iria durar para sempre e sobreveio o alívio.Sentindo que poderia, finalmente, se reconectar com seu corpo, Kelley estava pronta para novos comportamentos de recuperação. “Não creio que a cetamina tenha sido a cura”, afirmou a jovem, mas o tratamento aumentou sua capacidade de interagir com os tratamentos psicológicos que recebia.&nbsp;Ela usou o psicodélico algumas vezes em 2020 e 2021, e continua fazendo psicoterapia.</body>

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Psicodélicos podem ser a solução para os distúrbios alimentares?

Imagem de Medicamento capaz de reduzir peso em 25% é aprovado nos EUA no megacurioso

Ensaios clínicos do Zepbound, como é chamado o remédio, mostraram que ele poderia ser uma ferramenta eficaz no combate à obesidade para algumas pessoas

<head></head><body>A luta para reduzir os índices de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127920-estudo-indica-qual-e-o-verdadeiro-vilao-que-causa-a-obesidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obesidade</a> tem sido uma preocupação constante para várias nações ao redor do mundo, sobretudo para os Estados Unidos. Com isso, medicamentos para a perda de peso parecem estar sendo vendidos por todas as partes e consumidos por uma grande parcela da população.E o cenário não dá indícios de que irá mudar. Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, anunciou a aprovação do Zepbound, um medicamento injetável utilizado para o controle de peso e que promete ser capaz de reduzir o peso de uma pessoa obesa em até 25%.<h2>Aprovação pela FDA</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09194207835462.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A aprovação do Zepbound ocorre após dois ensaios clínicos em grande escala terem sido analisados pela agência. Um desses estudos envolveu adultos obesos ou com sobrepeso com pelo menos uma condição relacionada ao peso e o outro deles envolveu pacientes sem o diagnóstico de diabetes.Em ambos os casos, o remédio foi tomado em combinação com uma dieta hipocalórica e aumento da atividade física. No entanto, vale ressaltar que o Zepbound só foi aprovado para uso em pessoas com problemas relacionados ao peso, como pressão ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124548-colesterol-alto-evite-ingerir-esses-5-alimentos.htm#:~:text=O%20colesterol%20nada%20mais%20%C3%A9,bom%20funcionamento%20de%20nosso%20organismo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">colesterol alto</a> e diabetes tipo 2, juntamente com mudanças na dieta e exercícios.O fato do medicamento injetável funcionar em combinação com mudanças de hábito, no entanto, não significa que ele foi considerado ineficaz. Em ambos os ensaios, após 72 semanas do uso do medicamento em três doses, todos os participantes que o receberam experimentaram uma redução estatisticamente significativa no peso corporal.No estudo com pacientes sem diabetes, 28,7% das pessoas que tomaram Zepbound perderam até 25% do peso corporal e aqueles que receberam a dose mais alta perderam, em média, 18% do peso corporal — algo bastante significativo.&nbsp;<h2>Funcionamento no organismo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/09/09194224472464.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Assim como outros remédios usados no controle de peso, o ingrediente ativo do Zepbound é a tirzepatida, que é uma alternativa sintética aos hormônios que controlam nosso metabolismo e apetite. Esse ingrediente já é usado em outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127543-o-efeito-de-medicamentos-liquidos-pode-ser-cortado-com-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamento</a> aprovado previamente, o Mounjaro, usado para melhorar os níveis de açúcar no sangue em pessoas com diabetes tipo 2.Contudo, estudos mostram que o Zepbound possui alguns efeitos colaterais bastante desagradáveis, como problemas gastrointestinais até queda de cabelo. A injeção também não é recomendada para pacientes com problemas de saúde existentes, como pancreatite, problemas de vesícula biliar e lesão renal aguda.&nbsp;De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, quase 1 em cada 3 adultos norte-americanos está acima do peso e pouco mais de 42% são obesos. Por esse motivo, é de se imaginar o fato da busca por medicamentos que ajudem no controle de peso seja algo crescente no país. Pesquisadores ainda não sabem ao certo se o Zepbound terá o mesmo impacto cultural do que outros remédios do mesmo segmento, mas a perspectiva é bastante positiva em termos de possibilidades clínicas.&nbsp;</body>

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Medicamento capaz de reduzir peso em 25% é aprovado nos EUA

Imagem de Cientistas criam gel que cura feridas diabéticas 3 vezes mais rápido no megacurioso

Novo produto promete acelerar a cicatrização de feridas diabéticas, diminuir as taxas de recorrência e reduzir os riscos de amputação de membros

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a> é uma condição de saúde que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e entre os desafios mais complexos que os pacientes enfrentam estão as feridas diabéticas. Essas lesões podem ser crônicas, de difícil tratamento e, em muitos casos, levam a amputações de membros. No entanto, uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura (NUS) desenvolveu um gel magnético inovador que promete acelerar o processo de cicatrização e reduzir as taxas de recorrência.<h2>O gel magnético inovador</h2>O tratamento envolve a aplicação de um curativo pré-carregado com hidrogel contendo células da pele e partículas magnéticas. Além disso, um dispositivo magnético externo sem fio é usado para ativar as células da pele e acelerar o processo de cicatrização. Testes de laboratório mostraram que o tratamento com o gel magnético curou feridas diabéticas cerca de três vezes mais rápido do que as abordagens convencionais.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06171746069277.jpg" alt="O curativo com hidrogel magnético é colocado sobre a ferida e um dispositivo externo é utilizado para acelerar o processo de cicatrização. (Fonte: NUS/Reprodução)">O curativo com hidrogel magnético é colocado sobre a ferida e um dispositivo externo é utilizado para acelerar o processo de cicatrização. (Fonte: NUS/Reprodução)<h2>Abordagem abrangente</h2>Enquanto os tratamentos convencionais apenas evitam o agravamento da ferida, o gel magnético adota uma abordagem abrangente para a cicatrização de feridas. Ele lida com vários fatores críticos, incluindo o controle dos níveis de glicose, ativação de células da pele, restauração de vasos sanguíneos e reparação de redes vasculares.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06172727961292.jpg" alt="Tratamento convencional. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Tratamento convencional. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Potencial de transformação</h2>A pesquisa da NUS pode representar um divisor de águas no tratamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120556-casos-de-lesoes-misteriosas-na-pele-dobram-em-pernambuco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lesões</a>, não se limitando apenas às feridas diabéticas. Além das temidas úlceras no pé diabético, o gel magnético tem potencial para tratar uma variedade de lesões complexas, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119375-conheca-o-poto-inseto-cuja-picada-provoca-queimaduras-de-2-grau.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queimaduras</a>, beneficiando uma ampla gama de pacientes<h2>O futuro da cicatrização de feridas</h2>Os pesquisadores continuam a aprimorar o gel magnético e estão realizando testes clínicos em tecidos humanos. A expectativa é proporcionar uma solução eficaz e conveniente para a cicatrização de feridas, melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/06/06172211320286.jpg" alt="Dr. Shou Yufeng, professor assistente Andy Tay e Dr. Le Zhicheng, da NUS. (Fonte: NUS/Reprodução)">Dr. Shou Yufeng, professor assistente Andy Tay e Dr. Le Zhicheng, da NUS. (Fonte: NUS/Reprodução)As feridas diabéticas são um grande desafio para a saúde global, mas o desenvolvimento do gel magnético pela equipe de pesquisadores da NUS oferece esperança para acelerar a cicatrização e reduzir o risco de complicações, como amputações. Além disso, esse avanço tem o potencial de beneficiar pacientes com uma variedade de lesões complexas.À medida que os pesquisadores continuam a aprimorar essa tecnologia inovadora, a promessa de uma cicatrização mais rápida e eficaz se torna uma realidade. Com isso, a qualidade de vida dos pacientes pode ser significativamente melhorada, proporcionando uma jornada de cura mais rápida e eficaz.</body>

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Cientistas criam gel que cura feridas diabéticas 3 vezes mais rápido

Imagem de Vacina experimental brasileira promete curar vício em cocaína no megacurioso

A Calixcoca é uma vacina brasileira, ainda em fase de testes, que poderá tratar dependentes químicos em cocaína

<head></head><body>A dependência química em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111982-cocaina-faz-cerebro-associar-lugares-a-vontade-de-usar-a-droga.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína</a> e seus derivados, como o crack, tem se tornado um grande desafio para a saúde pública em todo o mundo. Por isso, o anúncio feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre o desenvolvimento de uma vacina para o tratamento desse problema foi recebido com entusiasmo por pesquisadores e profissionais da área.A vacina, chamada de “Calixcoca”, ainda está em fase de testes. Contudo, os resultados apresentados até agora em testes com animais mostraram-se animadores. Ao contrário de outros fármacos que não foram eficientes em testes clínicos, a vacina brasileira conseguiu bloquear moléculas da droga que estariam associadas ao vício.Mais do que isso, os pesquisadores relataram que os fetos das ratas usadas nos testes também adquiriram proteção contra a dependência química. Isso indica a possibilidade de proteger fetos humanos gerados por mulheres dependentes químicas.A iniciativa brasileira recebeu um prêmio pelos seus resultados: 500 mil euros por conquistar o Euro Health Innovation Awards para medicina latino-americana, patrocinado pela Eurofarma, gigante do setor de medicamentos.“Sabemos como é difícil ter uma pessoa dependente em casa, como é sofrido para um acometido pela dependência ter que lidar com a ambivalência de usar ou não droga e como é ainda mais difícil para uma gestante dependente proteger seu feto e lidar com a dor da abstinência. Temos a missão de cuidar dessas questões”, disse Frederico Garcia, coordenador do projeto de pesquisa, em seu discurso durante a premiação.<h2>Como a Calixcoca funciona?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01133014159282.jpg" alt="(Fonte: Divulgação: UFMG)">(Fonte: Divulgação: UFMG)Quando falamos em vacinas, imaginamos a prevenção de doenças causadas por organismos externos que tenham algum tipo de vida, como os vírus e as bactérias.No caso da dependência química, ela não é consequência da invasão desses seres microscópicos ao nosso organismo, não sendo, portanto, ligada ao nosso sistema imunológico. A dependência química é, como o nome sugere, uma resposta orgânica relacionada a alterações químicas induzidas pelo consumo de drogas. &nbsp;Ainda assim, os pesquisadores perceberam que poderiam fazer com que o sistema imunológico atuasse nesse caso, protegendo o paciente. Para isso, foi preciso fazer com que a cocaína fosse notada pelo sistema imunológico, o que era um desafio, pois a substância, ao ser consumida, torna-se muito pequena para chamar a atenção do nosso sistema de defesa.Assim, a vacina traz um ativo que se junta às pequenas moléculas da droga, criando uma macromolécula. Essa macromolécula consegue chamar a atenção do sistema imunológico."Então, o sistema imunológico começa a produzir anticorpos específicos que se encaixam, no modelo chave-fechadura, a essa macromolécula que, por ter o desenho molecular da <a href="https://www.megacurioso.com.br/publicidade-e-marketing/40390-tem-coca-ai-na-geladeira-mas-sera-que-tem-cocaina-na-coca-cola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína</a> na superfície da coroa superior, poderá se ligar à cocaína livre presente no sangue do indivíduo que fez uso da droga. Dessa forma, não haverá cocaína livre na corrente sanguínea para se ligar aos receptores que poderiam desencadear a dependência química da cocaína e todos seus efeitos deletérios", explicou o professor Felipe Terra, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (IQ-UFG), ao site da UFG. Felipe também faz parte da equipe que está desenvolvendo a vacina.</body>

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Vacina experimental brasileira promete curar vício em cocaína

Imagem de Vacinas monovalentes para covid-19: 4 perguntas que você pode estar se fazendo no megacurioso

As vacinas monovalentes que estão sendo aplicadas para a proteção da covid-19 têm diferenças em relação às vacinas bivalentes, as versões anteriores do imunizante

<head></head><body>Desde que a vacinação contra <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126937-efeitos-da-covid-longa-sao-equivalentes-a-envelhecer-10-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> se tornou acessível à grande parte da população mundial, essa doença deixou de ser um gigantesco problema para ir se tornando apenas mais uma enfermidade conhecida pelas pessoas.No entanto, para manter esse controle sobre a doença, os laboratórios responsáveis pela produção das vacinas precisam atualizar constantemente suas fórmulas. Só assim a vacinação conseguirá se manter relevante.Acontece que essas mudanças na fabricação e no calendário de vacinação podem gerar dúvidas, o que é natural. Por isso, selecionamos algumas perguntas comuns sobre essas alterações para que você compreenda o que mudou nos imunizantes e o porquê dessas mudanças.<h2>4. O que são vacinas monovalentes e bivalentes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18121026591260.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122036-por-que-algumas-pessoas-nunca-pegaram-covid.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus que causa a covid-19</a> é um organismo que muda com o passar do tempo, ganhando muitas variações. Para ser eficiente, a vacinação precisa atingir a variação do vírus que tem mais possibilidade de causar mortes ou internamentos.A chamada vacina bivalente foi criada para minimizar os danos da cepa original desse vírus e também das variantes ômicron, que são mais transmissíveis. Ainda assim, a vacina bivalente ajuda a reduzir os riscos de internamento por outras variantes do vírus.Mas o vírus permanece evoluindo e, neste momento, os laboratórios atualizaram seus imunizantes para evitarem casos graves de covid-19 causados pela variante da ômicron XBB.1.5 — essa atualização já está sendo aplicada em países como os EUA, para evitar uma onda de internamentos no inverno.Essa versão da vacina é monovalente, com foco nessa variante específica, ainda que ajude a prevenir os outros casos graves da doença. Portanto, ela não é considerada uma dose de reforço.<h2>3. O Brasil já recebeu vacinas monovalentes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18121100196261.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Sim. Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde incluiu as vacinas monovalentes em seu calendário de vacinação. Como já mencionado, as vacinas monovalentes não são consideradas doses de reforço, pois o foco é a proteção contra novas cepas. Já as vacinas bivalentes atuam reforçando a proteção contra versões já conhecidas do vírus.Na prática, pouca coisa muda para o cidadão que deseja se prevenir. Ele deve respeitar o calendário de vacinação do Ministério da Saúde, tomando a versão da vacina indicada pelos médicos, assim que ela estiver disponível para a sua faixa etária.Atualmente, essas aplicações são feitas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), os postos de saúde, junto com outras vacinas para as demais doenças.<h2>2. Essas vacinas atualizadas são seguras?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18121131938263.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes de ser disponibilizada aos cidadãos, as vacinas são testadas e aprovadas por órgãos fiscalizatórios oficiais, como o FDA (Estados Unidos) e a Anvisa (Brasil).Sendo assim, as versões dos imunizantes que estão sendo aplicados são seguros. Efeitos colaterais, como dor no local da aplicação e febre, podem ocorrer, mas isso não quer dizer que essas injeções causem problemas de saúde.<h2>1. Tomaremos vacinas contra a covid-19 por quanto tempo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18121204378264.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)É difícil cravar uma data em que essa vacinação não será mais necessária. Como já mencionado, o vírus segue se atualizando. Isso não é algo inédito — o vírus da gripe se comporta de forma semelhante — e é por isso que as vacinas contra a gripe são aplicadas anualmente.Sendo assim, é possível que a vacinação contra a covid-19 se torne uma necessidade anual, principalmente quando o inverno se aproxima, já que nessa época do ano aumentam os casos de doenças respiratórias, o que sobrecarrega os hospitais.</body>

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Vacinas monovalentes para covid-19: 4 perguntas que você pode estar se fazendo

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Será mesmo que a água pode ter algum efeito negativo na ingestão de medicamentos líquidos, como xaropes?

<head></head><body>Muitos de nós certamente já ouvimos o conselho de não beber água após tomar algum xarope ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121315-da-penicilina-a-amoxicilina-conheca-a-historia-dos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibiótico</a> líquido, com a justificativa de que isso iria cortar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122141-5-remedios-que-funcionam-mas-nao-sabemos-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito do remédio</a>.Mas será que esse cuidado tem algum fundamento científico?<h2>Devo ou não tomar água após o remédio?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04113141034068.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Apesar das diversas teorias espalhadas por aí, não há nenhum indício de que a água possa realmente cortar o efeito do remédio. Outro ponto importante nessa história é que alguns medicamentos inclusive precisam de água para ajudar em sua composição."Vamos imaginar um exemplo: uma pessoa deve tomar 20 gotas do medicamento. Se ela colocar 20 gotas num pouquinho de água, e tomar toda esta <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108837-confira-15-curiosidades-fascinantes-relacionadas-com-a-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a>, ela terá tomado as 20 gotas do medicamento. E se ela colocar 20 gotas num copo cheio de água? Se ela tomar tudo, vai ter tomado as 20 gotas do remédio também! Portanto, não importa a quantidade de água, e sim se a pessoa vai tomar toda a água com o medicamento", explicou Luiz Menezes, farmacêutico bioquímico, ao site Opinião Farmacêutica.<h2>Quais líquidos devem ser evitados ao consumir algum medicamento?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/04/04113357183069.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Vale ressaltar, entretanto, que a água é o único líquido que pode ser combinado com medicamentos sem o risco de causar complicações ou efeitos indesejados. O álcool, por exemplo, é um grande vilão nessa história."Quando chegam as duas demandas no fígado, o órgão não sabe qual metabolizar primeiro. Como o álcool é geralmente consumido em maior quantidade, o fígado tenta metabolizá-lo primeiro e não concentra sua atividade na metabolização do remédio, por isso acaba diminuindo a eficiência medicamentosa. Mas também não consegue absorver totalmente o álcool e parte dele fica circulando por mais tempo na corrente sanguínea, o que potencializa o estado de embriaguez", comentou o médico Marcelo Gomes em entrevista ao Portal Drauzio Varella.Outro líquido que também pode parecer inofensivo é o leite. Entretanto, Gomes ressalta que alguns antibióticos contam com uma substância chamada tetraciclina em suas composições, e em contato com o cálcio é capaz de formar aglomerações no organismo e atrapalhar na metabolização do medicamento. Por isso, sempre tire todas as dúvidas com o seu médico ao receber a prescrição.</body>

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O efeito de medicamentos líquidos pode ser cortado com água?

Imagem de Cientistas criam alternativa para "injeção" inspirada nos polvos no megacurioso

Sistema funciona por meio de uma ventosa que administra medicamentos no lado interno da boca dos pacientes.

<head></head><body>Muita gente costuma ter medo de agulhas e acha a sensação de ser espetado bem desagradável. Isso pode complicar a vida de quem tem que tomar remédios injetáveis de maneira permanente – como, por exemplo, as pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124192-8-formas-de-lidar-com-a-diabetes-de-forma-tranquila.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diabetes</a>, que precisam de injeções de insulina.Por conta disso, vários cientistas experimentam formas diferentes de administrar essas substâncias. Jean-Christophe Leroux, que é professor na ETH Zurique, na Suíça, criou um novo método para administrar um medicamento injetável por meio da mucosa bucal, por meio de um patch que fica inserido no lado interno da bochecha.Depois de algumas tentativas que não deram certo, Leroux e sua equipe acharam inspiração em um animal: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121472-polvo-ancestral-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-no-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">polvo</a>.<h2 aria-label="Anúncio">O protótipo da ventosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/29/29182352895351.jpg" alt="(Fonte: Popular Science)">(Fonte: Popular Science)Em estudo publicado na Science Translational Medicine, Leroux e sua equipe mostraram o protótipo do equipamento criado por eles, com o uso de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124711-cientistas-criam-fatia-de-bolo-comestivel-usando-impressora-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impressora 3D</a>. Trata-se de uma espécie de ventosa de sucção emborrachada que é anexada do lado interno da boca do paciente.Eles então fizeram um teste com pessoas voluntárias, e observaram que a maior parte dos participantes se ajustou perfeitamente ao novo método, o qual preferiam em relação às injeções.Segundo o pesquisador, a ideia é criar uma forma mais confortável que as agulhas para administrar certos remédios. “Desenvolvemos um sistema de administração muito simples e fácil de aplicar que poderia potencialmente substituir os injetáveis de vários tipos de medicamentos”, afirmou Leroux.<h2>A inspiração no polvo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/30/30093209373003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Segundo Jean-Christophe Leroux, os pesquisadores tiraram a ideia justamente na forma pelas quais os polvos conseguem ficar ancorados dentro de mares agitados. “O ponto de partida foi imitar a boa <a href="https://www.megacurioso.com.br/plastica-e-estetica/61938-bumbum-a-vacuo-clinica-usa-succao-para-aumentar-popozao-da-mulherada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sucção</a> que essas criaturas tinham para aderir fortemente às superfícies molhadas”, explicou Leroux.O método da ventosa promete ter vantagens em relação à ingestão do comprimido, pois administra o remédio ao longo do tempo, e pode ser removido sempre que for necessário. Além disso, o sistema evita que o medicamento seja dissolvido pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124306-o-importante-papel-da-saliva-no-sabor-dos-alimentos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saliva</a>.Depois de realizar um teste com cães que usaram a ventosa, constatou-se que os animais apresentavam níveis mais elevados da droga no sangue do que se tivessem recebido por via oral normal. “Ficamos realmente impressionados com o nível de absorção que obtivemos com um sistema tão simples”, diz Leroux.&nbsp;Contudo, notou-se que, nos animais, o método injetável foi mais eficiente que a ventosa. Ainda assim, os pesquisadores ressaltaram que o protótipo trazia mais conforto para os animais, e que ele ficou instalado em suas bochechas por até três horas sem causar problemas.A ideia dos cientistas é explorar mais o uso da parte interna da boca para administrar medicamentos, especialmente no uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127336-estudo-sugere-que-vlad-o-empalador-a-inspiracao-para-o-dracula-pode-ter-sido-vegano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peptídeos</a>, que são estruturas formadas com base na ligação entre duas ou mais moléculas de aminoácidos. Isso pode ser muito útil principalmente para pessoas que precisam de remédios injetáveis de maneira permanente.<div aria-label="Anúncio">Espera-se que, com o tempo, seja possível aprovar nos órgãos regulatórios novos métodos que driblem o uso de injeções. De acordo com a pesquisa feita pela equipe de Jean-Christophe Leroux, dos quarenta voluntários que participaram do experimento, 75% disseram não ter sentido desconforto com a ventosa. Quase 83% disseram preferir usar esse patch ao invés de uma agulha.</div> </body>

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Cientistas criam alternativa para 'injeção' inspirada nos polvos

Imagem de Ozempic e outros 5 remédios derivados de veneno de animais no megacurioso

Muitas vezes, na natureza, a cura pode vir dos lugares mais inesperados

<head></head><body>Atualmente, estamos tão acostumado a comprar remédios em caixinhas coloridas nas farmácias que é fácil se esquecer como eles surgiram. Mesmo que a maioria das substâncias possa ser reproduzida em laboratórios, boa parte dos princípios ativos são provenientes da fauna ou da flora.A natureza é uma fonte surpreendente de cura e, muitas vezes, poderosos remédios são encontrados em locais improváveis, como no veneno de animais. Algumas dessas substâncias letais, quando manipuladas adequadamente, podem se transformar em medicamentos cruciais para a saúde humana. Confira alguns exemplos notáveis:<h2>1. Ozempic</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26013348132000.jpg" alt="Monstro de Gila, natural dos desertos do Estados Unidos e México. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Monstro de Gila, natural dos desertos do Estados Unidos e México. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113194-remedio-para-diabetes-e-usado-para-emagrecer-e-pode-ser-perigoso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ozempic</a> é um remédio para o tratamento de diabetes tipo 2, porém está sendo utilizado também para a perda de peso. Seu princípio ativo é a semiglutida, uma substância derivada de um hormônio encontrado no monstro-de-gila, um réptil venenoso. A substância é similar ao hormônio GLP-1, que humanos liberam após comer — e que é responsável pela sensação de saciedade e por controlar os índices de açúcar no sangue.<h2>2. Captopril</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26013624764001.jpg" alt="Jararaca, fonte do Captopril. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Jararaca, fonte do Captopril. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121706-existe-diferenca-entre-os-venenos-das-cobras-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veneno da jararaca</a> é temido por sua letalidade, mas nele se esconde uma enzima valiosa. Na década de 1960, cientistas estudavam o veneno da picada da jararaca e seus efeitos na pressão sanguínea. Eles conseguiram isolar um peptídeo associado à diminuição da pressão sanguínea. Com o tempo, a substância foi reproduzida em laboratório e deu origem ao medicamento Captopril, que foi a base para uma nova geração de medicamentos de controle de pressão alta e outras doenças cardiovasculares.<h2>3. Viprinex</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26013826321002.jpg" alt="Calloselasma rhodostoma, comum desde a Tailândia até a Malásia. (Fonte: WikimediaCommons/Reproução)">Calloselasma rhodostoma, comum desde a Tailândia até a Malásia. (Fonte: WikimediaCommons/Reproução)Outro medicamento proveniente do veneno de uma cobra é o Viprinex. Neste caso, a droga é feita a partir da enzima ancrodo, uma substância presente no veneno e semelhante à trombina. O ancrodo é encontrado nas cobras Calloselasma, uma espécie de víboras comum no Sudeste Asiático.O medicamento é anticoagulante — utilizado para desfazer coágulos e auxiliar na prevenção de tromboses, infartos e acidentes vasculares.<h2>4. Desirudina e Bivalirudina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26014009066003.jpg" alt="Sanguessugas deram longas contribuições à medicina ao longo dos anos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Sanguessugas deram longas contribuições à medicina ao longo dos anos. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Falando em anticoagulantes, a Desirudina e Bivalirudina são medicamentos desta categoria que foram extraídas e reproduzidas a partir das sanguessugas — utilizadas em diferentes formas de medicinas a séculos. Quando a sanguessuga morde uma presa, ela libera a hirudina, uma substância natural que impede que o sangue da vítima se coagule, assim permitindo a alimentação.A partir desta substância surgiram alguns remédios comumente utilizados para doenças e pacientes com risco de coagulação.<h2>5. Prialt</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26014127601004.jpg" alt="Casco de um Conus magus. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)">Casco de um Conus magus. (Fonte: WikimediaCommons/Reprodução)Prialt é o nome comercial do Ziconotide, um medicamento para o tratamento de dores crônicas em adultos que precisam de analgésico por injeção intratecal (injeção no espaço que rodeia a medula espinhal e o cérebro). Estes casos são raros e, portanto, o medicamento não é tão conhecido.Mesmo assim, sua história é curiosa. A matéria-prima para o remédio provém de uma toxina mortal presente no Conus magus, um tipo de caracol. Os estudos para o seu desenvolvimento começaram nos anos 1960, mas a droga só chegou a ser comercializada nos Estados Unidos e na Europa em 2004. Ela pode ser até mil vezes mais potente do que a morfina, por isso só é usada em casos extremos onde outros medicamentos não trazem mais alivio a dor. O Ziconotide tem diversos efeitos colaterais.<h2>6. Botox</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/26/26014225175005.jpg" alt="Botox começou como tratamento oftalmológico, mas se popularizou pelas funções estéticas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Botox começou como tratamento oftalmológico, mas se popularizou pelas funções estéticas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/estetica/85075-botox-saiba-sobre-alguns-perigos-antes-de-aderir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Botox&nbsp;</a>é uma marca comercial da toxina botulínica, que é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Nos anos 1970, a substância purificada começou a ser utilizada nos Estados Unidos para tratar o estrabismo. Suas propriedades de bloquear os neurotransmissores, que levam as mensagens elétricas do cérebro para os músculos, eram úteis neste caso para impedir movimentos indesejados nos olhos. Porém, um efeito colateral dos tratamentos foi a diminuição das rugas na região dos olhos e logo esta propriedade do medicamento começou a ser estudada e se tornou sua função principal.</body>

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Ozempic e outros 5 remédios derivados de veneno de animais

Imagem de Estudo analisa tratamento que pode ser efetivo contra o Alzheimer no megacurioso

Pesquisadores se depararam com a potencialidade de um remédio para esclerose múltipla ser útil para o tratamento da Doença de Alzheimer

<head></head><body>A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo e progressivo, para a qual ainda não há cura. A doença é a principal causa da demência, que segundo dados do Ministério da Saúde afetam mais de 1,2 milhão de brasileiros e mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. Recentemente, pesquisadores divulgaram uma esperança para encontrar a cura, um remédio inicialmente testado para esclerose múltipla pode ser efetivo para o combate do Alzheimer.Um estudo publicado no PNAS, e liderado por Juliana R. Lopes e Xiaoming Zhang, mostrou a potencialidade do tratamento com anticorpos monoclonais para aliviar os sintomas em pacientes com estágios mais avançados de Alzheimer. Os anticorpos estavam presentes em um remédio imunológico aplicado via nasal para o tratamento de esclerose múltipla.O tratamento foi aplicado em ratos com a Doença de Alzheimer, conclui-se que os anticorpos feitos em laboratório se vinculam a determinadas células e proteínas impedindo o avanço da doença e ajudando a resposta imunológica do corpo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/19/19185208600353.jpg" alt="Alzheimer é responsável por 50% a 70% dos casos de demência no mundo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Alzheimer é responsável por 50% a 70% dos casos de demência no mundo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)<h2>Como acontece a Doença de Alzheimer?</h2>As causas exatas para a ocorrência de Alzheimer ainda não são completamente conhecidas, mas parece haver fatores genéticos e sociais envolvidos. Quando ocorre, certas proteínas do sistema nervoso começam a ser mal processadas, gerando proteínas mal cortadas e tóxicas que se instalam entre os neurônios.No cérebro de uma pessoa afetada, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266672-pesquisa-sugere-cafe-ajudar-tratamento-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocorrem duas principais características patológicas</a>: placas de proteína beta amiloide e emaranhados de proteína tau. As primeiras se acumulam entre os neurônios e interferem na comunicação neuronal, enquanto os emaranhados de tau prejudicam a estrutura das células cerebrais.Com isso, neurônios começam a ser destruídos e dependo da área afetada diversas funções cognitivas e motoras podem ser afetadas. Isso leva a uma diminuição do volume cerebral que pode resultar em sintomas como perda de memória, confusão, dificuldade em realizar tarefas cotidianas e alterações de personalidade.A inflamação crônica no cérebro também desempenha um papel importante na progressão da doença. À medida que as células nervosas morrem, o cérebro encolhe e as funções cognitivas se deterioram ainda mais. Eventualmente, o Alzheimer pode tornar uma pessoa completamente dependente de cuidados.<h2>Novo tratamento e prevenção</h2>Infelizmente, ainda não há cura para o Alzheimer. Até agora, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125549-entenda-por-que-a-cura-do-alzheimer-pode-estar-proxima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a maioria dos tratamentos</a> se concentra em combater a formação de placas de proteínas beta amiloides, benéfico em estágios iniciais da doença. O tratamento do novo estudo, porém, conseguiu melhora na cognição independente da quantidade de beta amiloide, assim o tratamento mostra potencialidade para recuperar funções perdidas e combater a inflamação no cérebro.Segundo o Ministério da Saúde, o Alzheimer tem entre fatores de risco o histórico familiar e a baixa escolaridade. Isso demonstra que pessoas com desempenham atividades intelectuais mais complexas podem combater e mitigar os efeitos da doença. Por isso, entre as sugestões de prevenção estão manter o cérebro ativo, com leituras, exercícios, atividade em grupo, e convívio social. Além disso, evitar fumar e beber e realizar atividades físicas regulares podem ajudar. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diagnóstico precoce</a> também é importante para o aumento da qualidade de vida.De acordo com o estudo, novos testes ainda serão conduzidos em animais antes que se passe para a experimentação em humanos.</body>

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Estudo analisa tratamento que pode ser efetivo contra o Alzheimer

Imagem de Suco de toranja, leite e alguns chás podem ser muito perigosos se misturados com remédios, diz estudo no megacurioso

Algumas bebidas, como o leite, podem ter efeitos catastróficos quando consumidas com medicamentos

As frutas s&atilde;o alimentos importantes para uma dieta saud&aacute;vel, pois s&atilde;o ricas em fibras, vitaminas e sais minerais. Contudo, algumas delas n&atilde;o devem ser consumidas ao mesmo tempo em que se toma um medicamento, pois podem mudar completamente a forma como o corpo lida com aquela droga. O caso mais comum &eacute; o da toranja, uma fruta popular nos EUA, cujo consumo pode, em casos extremos, levar a pessoa a &oacute;bito.
Para entender a din&acirc;mica dos alimentos e dos medicamentos em nosso organismo, precisamos nos lembrar das aulas de Qu&iacute;mica e Biologia. A toranja &eacute; rica em uma classe de compostos qu&iacute;micos chamados furanocumarinas, que sozinhos n&atilde;o fazem mal &agrave; sa&uacute;de. Contudo, esses compostos estimulam nosso corpo a produzir algumas enzimas em menor quantidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134221707119.jpg" alt="Modelo em 3D da enzima CYP3A4. (Fonte: Getty Images)" />Modelo em 3D da enzima CYP3A4. (Fonte: Getty Images)
As duas furanocumarinas presentes na toranja s&atilde;o a bergamotina e a dihidroxibergamotina. Esses compostos qu&iacute;micos fazem com que o f&iacute;gado e o intestino delgado reduzam a produ&ccedil;&atilde;o de uma enzima chamada Citocromo P450 3A4 (ou CYP3A4). Essa enzima &eacute; fundamental para a absor&ccedil;&atilde;o de muitos medicamentos, pois ajuda o corpo a quebrar as drogas ingeridas e possibilita a sua elimina&ccedil;&atilde;o.
Ent&atilde;o, os laborat&oacute;rios criam seus medicamentos contando com a a&ccedil;&atilde;o da CYP3A4. Sem ela, o paciente pode ter efeitos adversos, como uma superdosagem &mdash; algo que, em casos raros, poderia lev&aacute;-lo a uma overdose.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127080-por-que-a-dipirona-e-proibida-nos-eua-japao-e-parte-da-europa.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que a dipirona &eacute; proibida nos EUA, Jap&atilde;o e parte da Europa?</a>
<h2>Sem a enzima CYP3A4, o medicamento pode n&atilde;o fazer efeito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134557747125.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A combina&ccedil;&atilde;o "toranja + medicamento" ter&aacute; efeito diferente para cada tipo de droga ingerida. No caso de antial&eacute;rgicos, o consumo do suco da fruta pode reduzir a efic&aacute;cia do rem&eacute;dio. Em outros casos, o paciente pode lidar com sintomas desagrad&aacute;veis, como batimentos card&iacute;acos irregulares ou falta de ar.
Os efeitos relatados s&atilde;o mais comuns em quem toma o suco de toranja, pois a bebida tem uma concentra&ccedil;&atilde;o maior de furanocumarinas. Consumir a fruta em natura traria menos riscos.
A toranja n&atilde;o &eacute; uma fruta comum no Brasil, mas outras frutas c&iacute;tricas cont&ecirc;m furanocumarinas em menor quantidade do que a toranja, mas cont&ecirc;m. Por isso, leia sempre a bula do seu rem&eacute;dio e converse com o seu m&eacute;dico e farmac&ecirc;utico antes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">misturar rem&eacute;dios com bebidas</a>, incluindo sucos.
<h2>Outros alimentos interferem na absor&ccedil;&atilde;o de rem&eacute;dios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/21/21134344382120.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
A toranja foi usada de exemplo para ilustrar as intera&ccedil;&otilde;es complexas entre os compostos qu&iacute;micos dos alimentos, dos f&aacute;rmacos e das enzimas do organismo. Isso n&atilde;o quer dizer que apenas as frutas c&iacute;tricas interferem na din&acirc;mica dos rem&eacute;dios.
Ch&aacute;s a base de Hypericum perforatum&nbsp;(Erva de S&atilde;o-Jo&atilde;o), por exemplo, diminuem a efici&ecirc;ncia dos anticoncepcionais e podem contribuir para a gravidez indesejada. J&aacute; o leite pode reduzir a efici&ecirc;ncia de antibi&oacute;ticos a base de tetraciclina.
O ch&aacute; de Ginkgo biloba pode causar hemorragias quando consumido com o anticoagulante a base de varfarina. Por outro lado, os suplementos de ferro s&atilde;o melhor absorvidos quando tomados com sucos c&iacute;tricos, como a laranja. Novamente, &eacute; recomendado ler a bula do medicamento, conversar com o farmac&ecirc;utico e com o m&eacute;dico sobre esse tema.

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