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Infelizmente, pode acontecer de você chegar atrasado no aeroporto e não conseguir embarcar no seu voo, descubra o que fazer nessa situação

Se voc&ecirc; nunca perdeu um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118838-como-e-por-que-um-voo-internacional-e-interceptado-por-militares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voo</a>, provavelmente um dia vai acontecer: voc&ecirc; pode enfrentar um congestionamento, ter um imprevisto qualquer e simplesmente chegar no aeroporto depois que seu embarque j&aacute; se encerrou. E quem j&aacute; passou por isso sabe que &eacute; uma dor de cabe&ccedil;a enorme.
Por isso, &eacute; sempre bom saber o que fazer para o caso de ter que enfrentar essa desagrad&aacute;vel situa&ccedil;&atilde;o. Contamos neste texto como agir nestes casos!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120024-como-funciona-o-transporte-de-animais-de-estimacao-em-avioes.htm" target="_blank">Como funciona o transporte de animais de estima&ccedil;&atilde;o em avi&otilde;es?</a>
<h2>O que diz a legisla&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/17/17222001803002.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
De acordo com as determina&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Nacional de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121206-4-curiosidades-sobre-como-era-viajar-de-aviao-na-decada-de-1970.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Avia&ccedil;&atilde;o</a> Civil (ANAC), sua passagem tem validade de 12 meses a partir do momento da compra. Isto quer dizer que, caso voc&ecirc; perca o voo, ainda tem direito de usar o seu bilhete sem perder o dinheiro investido nela.
Por isso, em uma eventual ocorr&ecirc;ncia, voc&ecirc; tem direito de remarcar a sua passagem. Na maior parte das vezes, as companhias conseguem encaixar os passageiros nos voos seguintes, mas isso vai depender da disponibilidade de assentos.
Algumas companhias a&eacute;reas t&ecirc;m taxa para a remarca&ccedil;&atilde;o &mdash; o que, infelizmente, &eacute; permitido legalmente de acordo com a nossa legisla&ccedil;&atilde;o. Por isso, o ideal &eacute; verificar se a multa cobrada &eacute; cara, pois &agrave;s vezes ela pode ter valor mais alto que a pr&oacute;pria passagem original adquirida. Normalmente, as passagens mais caras s&atilde;o as que n&atilde;o cobram para a remarca&ccedil;&atilde;o, enquanto as promocionais costumam ter cl&aacute;usulas sobre taxas.
Caso se sinta lesado pela situa&ccedil;&atilde;o, &eacute; seu direito como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121367-dia-do-consumidor-como-surgiu-e-porque-e-importante-para-o-mercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumidor</a> registrar uma reclama&ccedil;&atilde;o formal no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121206-4-curiosidades-sobre-como-era-viajar-de-aviao-na-decada-de-1970.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">PROCON</a>, ou ent&atilde;o recorrer ao Juizado Especial de Pequenas Causas, e seguir as instru&ccedil;&otilde;es fornecidas por estes &oacute;rg&atilde;os.
Mas aten&ccedil;&atilde;o: caso a perda do voo tenha ocorrido em uma das conex&otilde;es entre um embarque e outro, dentro do pacote vendido pela pr&oacute;pria companhia, a responsabilidade &eacute; da empresa. Ela deve ent&atilde;o solucionar o problema sem custos e encaixar os passageiros no pr&oacute;ximo voo. Dependendo do tamanho do inc&ocirc;modo, voc&ecirc; pode ter direito de uma repara&ccedil;&atilde;o material e financeira.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121206-4-curiosidades-sobre-como-era-viajar-de-aviao-na-decada-de-1970.htm" target="_blank">4 curiosidades sobre como era viajar de avi&atilde;o na d&eacute;cada de 1970</a>
<h2>E se eu desistir de viajar?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/17/17222126240003.jpg" alt="(Fonte: Pexels)" />(Fonte: Pexels)
H&aacute; outra situa&ccedil;&atilde;o poss&iacute;vel e relativamente comum que &eacute; o passageiro, por alguma quest&atilde;o, desistir de viajar. Pode ser, por exemplo, que voc&ecirc; tivesse uma reuni&atilde;o profissional em outra cidade que foi desmarcada. O que fazer ent&atilde;o?
A primeira orienta&ccedil;&atilde;o &eacute; procurar a companhia a&eacute;rea para solicitar o cancelamento. Mas, assim como no caso da perda do voo por atraso, a empresa pode cobrar tamb&eacute;m uma taxa. No entanto, ela tem direito de colocar uma multa de no m&aacute;ximo 5% em cima do bilhete. Ou seja, conforme o artigo 740 do C&oacute;digo Civil, o <a href="http://consumidor" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumidor</a> deve receber 95% de restitui&ccedil;&atilde;o do valor pago na passagem.
Por isso tudo que foi dito aqui, o ideal &eacute; evitar cancelamentos e atrasos em dias que voc&ecirc; vai pegar um avi&atilde;o. As recomenda&ccedil;&otilde;es da ANAC s&atilde;o a de chegar ao aeroporto com uma hora de anteced&ecirc;ncia nos voos nacionais, e duas horas nos voos internacionais.

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Saiba o que fazer caso você perca seu voo

Imagem de O modelo de pagamento com cartão de crédito surgiu há 5 mil anos no megacurioso

Você imaginava que as pessoas se endividavam há tanto tempo assim?

<head></head><body>Atualmente, o amado e odiado <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113518-por-que-os-cartoes-de-credito-sao-sempre-do-mesmo-tamanho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cartão de crédito&nbsp;</a>configura como uma das principais modalidades de pagamento, reunindo, segundo a Shift Processing, 2,8 bilhões de cartões no mundo, sendo a Visa e Mastercard as maiores potências da indústria.Com base em dados de 2017 erguidos pela The Global Economy, a média de usuários mundiais com base em 142 países, é de 19,28% da população global. Só no Brasil já são quase 52 milhões de adeptos ao cartão, sendo que a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), mostrou dados que, só em 2021, os brasileiros realizaram 31,1 bilhões de transações com cartão, dos quais 14,7 bilhões foram feitas no crédito, significando um aumento de 34,5% com relação a 2020.O mercado global de pagamentos com crédito foi avaliado em US$ 138,43 bilhões em 2020, devendo atingir US$ 263,47 bilhões até 2028, mostrando-se um verdadeiro pináculo da economia.&nbsp;O mais interessante é saber que esse tipo de negócio que parece tão atual, na verdade, data de pelo menos 5 mil anos atrás.<h2>Um negócio antigo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18112710547198.jpg" alt="(Fonte: American History/Reprodução)">(Fonte: American History/Reprodução)Inscrições em tabuletas feitas de argila já eram feitas na Mesopotâmia para simular o conceito de crédito, usadas em transações entre comerciantes e vizinhos naquela região e no território onde fica a cidade paquistanesa de Harappa. Já no século XIX, durante o período do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118878-palisade-a-cidade-que-fingiu-ser-o-velho-oeste-retratado-em-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Velho Oeste</a> americano (compreendido entre 1860 e 1890), os comerciantes concediam suas mercadorias aos agricultores e pecuaristas que não tinham dinheiro em espécie adiantado para compra, por meio de moedas de metal ou pequenas placas como recibo do empréstimo, que seria reembolsado conforme os credores fizessem a colheita.Na década de 1930, as lojas de departamentos em Nova York começaram a usar o sistema de crédito emitido pela Charga-Plate Group Inc., cuja cobrança era feito através de uma placa de metal parecida com uma coleira de identificação animal, onde havia impresso o nome do cliente, a cidade e o endereço. No verso, acompanhava um pequeno bloco de papel que o cliente poderia assinar e usar como crédito na loja.Em alguns casos, as placas poderiam ser mantidas na loja emissora em vez de repetidas pelos clientes. No momento da compra, um funcionário recuperava a placa dos arquivos da loja e a processava para efetuar o pagamento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18123142355257.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: Smithsonian Magazine/Reprodução)Esse processo teve fim em 1950, logo que Frank McNamara e seu sócio Ralph Schneider fundaram a Diners Club International, a primeira companhia de crédito que emitiu o modelo de cartão moderno. Os usuários do cartão debitavam sua refeição nele e o restaurante enviava a conta para o Diners Club, que enviava o pagamento para o banco do restaurante e recebia uma comissão pela transação. No final do mês, a conta chegava na casa dos titulares do cartão, exatamente como nos moldes atuais.Só no ano de seu lançamento, a Diners Club arrebanhou 10 mil usuários, incluindo 28 restaurantes adeptos e 2 hotéis. Em 1953, a modalidade de pagamento já deixava os Estados Unidos para se infiltrar no Reino Unido, Cuba, Canadá e México, usada quase que exclusivamente por membros da alta sociedade.<h2>Uma revolução no mercado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/18/18123621261258.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Instigados pelo sucesso absoluto, a American Express entrou no ramo em 1958, ao desenvolver o primeiro cartão de crédito que permitia que os clientes usassem para pagar qualquer finalidade.A empresa foi responsável por desenvolver a taxa de intercâmbio quando fez os comerciantes que aceitavam seu cartão, pagarem à American Express uma porcentagem do valor cobrado sobre sua mercadoria.No mesmo ano, a Bank of America emitiu seu cartão com um limite pré-aprovado de US$ 300 a US$ 60 mil, a princípio apenas para os moradores da cidade de Fresno, na Califórnia, onde ficava a sede do banco, depois para todo o estado, em 1966.A partir desse momento, o cartão de crédito rotativo, ou seja, aquele no qual era possível carregar um saldo mensal, se tornou um sucesso nos EUA, principalmente entre a classe média emergente.Em 1976, o Bank of America mudou seu nome para Visa, porque a palavra similar em quase todos os idiomas. Ao lado da Mastercard, as duas compõem as gigantes financeiras da indústria de cartões de crédito até hoje, com 798 e 725 milhões de usuários pelo mundo, respectivamente.</body>

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O modelo de pagamento com cartão de crédito surgiu há 5 mil anos

Imagem de Tulipas foram responsáveis pela primeira bolha especulativa no megacurioso

Mas, afinal, o que é uma bolha especulativa?

<head></head><body>É, no mínimo, curioso imaginar que a primeira bolha especulativa tenha surgido por causa de tulipas, uma flor silvestre que começou a ser cultivada no século X, na região da Pérsia, atual Irã.Também conhecida como bolha financeira, esse ciclo econômico é caracterizado pelo rápido aumento dos preços de um ativo a ponto de ruptura, fazendo com que este "estoure" ou absorva em valor, após seguir sempre os derradeiros estágios: deslocamento, expansão, euforia, realização de lucros e queda.Durante todas as fases de uma bolha, os investidores aumentam o preço de um ativo continuamente além de qualquer valor real ou sustentável. Quando a bolha "explode", os preços desabam com a demanda, resultando, muitas vezes, na redução dos gastos das empresas e famílias, causando um potencial declínio na economia.E tudo isso acontece quando os preços de mercado de um item sobem muito acima do valor real que vale. Um exemplo de mercado que vivem em uma bolha financeira é o de criptomoedas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115140-geracao-de-energia-solar-triplicou-em-12-meses-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia solar</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119710-qual-a-diferenca-entre-energia-renovavel-sustentavel-e-limpa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia limpa</a>.Mas tudo isso começou com as flores.<h2>A "mania das tulipas"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19103608114094.jpg" alt="(Fonte: Stringfixer/Reprodução)">(Fonte: Stringfixer/Reprodução)Ainda que não tenham nascido lá, quando as pessoas pensam em flores de tulipa, rapidamente imaginam os campos enormes localizados na Holanda. No entanto, isso só aconteceu porque um botânico chamado Carolus Clusius foi o responsável por importá-las para o Ocidente durante o século XVI.Isso coincidiu bem com o momento da Era de Ouro holandesa, que se estendeu até o final do século XVII, quando o país se tornou uma das nações mais prósperas e avançadas da Europa.As flores recém-chegadas na Europa Ocidental eram altamente valorizadas e, portanto, caras. E no início do século XVII, as pessoas ficaram ainda mais interessadas nas tulipas, criando a primeira bolha especulativa da história.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19103658302095.jpg" alt="(Fonte: The Smithsonian Magazine/Reprodução)">(Fonte: The Smithsonian Magazine/Reprodução)O termo "mania das tulipas" foi cunhado pelo autor escocês Charles MacKay que, em seu livro Memoirs of Extraordinary Popular Delusions and Madness of Crowds&nbsp;(1841), detalhou como toda a bolha aconteceu, mas a partir de uma visão deturpada, causando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121838-3-eventos-historicos-que-voce-pode-ter-aprendido-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confusão histórica até hoje</a>.Segundo MacKay, em 1636, as pessoas já experienciavam a febre especulativa, chegando a gastar um ano de salário em algum item na esperança de revendê-lo com lucro. Mas nada teria se comparado com o que a mania das tulipas causou na vida de nobres, cidadãos, fazendeiros, marinheiros, lacaios, criados e todos os tipos de pessoas que entraram para o negócio das tulipas.<h2>Revendo a História</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19103823411096.jpg" alt="(Fonte: The Paris Review/Reprodução)">(Fonte: The Paris Review/Reprodução)Sendo assim, a sociedade holandesa teria vivenciado esse período de frenesi pelas flores durante um ano e, quando a bolha financeira estourou, a economia quase foi destruída. Os pobres, que, aos poucos, se livravam da miséria devido ao bom negócio que faziam com a revenda das flores, foram lançados de volta à obscuridade de onde saíram na sociedade.Já os mercadores, muitos dos quais representavam uma linhagem nobre, viram sua fortuna se esvair, terminando apenas com a casa que tinham. A falência provocou histórias perturbadoras de várias pessoas se afogando em canais, repercutindo ao longo dos séculos.No entanto, segundo a historiadora Anne Goldgar, da Universidade King’s College, no Reino Unido, essa ideia toda perpetrada por MacKay e outros escritores prevaleceu apenas como uma maneira de zombar dos pobres que achavam que passariam para alta sociedade, e como alerta moral para os ricos muito ambiciosos.Ao pesquisar na fonte dos arquivos históricos de várias cidades holandesas, principalmente em Haarlem, o centro do comércio de tulipas, Goldgar chegou à conclusão de que a depressão econômica sugerida por MacKay nem sequer existiu. Na verdade, a bolha especulativa não teria causado efeito real.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19103934911097.jpg" alt="(Fonte: The Conversation/Reprodução)">(Fonte: The Conversation/Reprodução)O comércio das flores foi relativamente pequeno, de curta duração, e só surgiu devido ao luxo e supervalorização do que era exótico. Durante o período de riqueza e prosperidade holandesa no século XVII, devido à Companhia Holandesa das Índias Orientais, os mercadores, com dinheiro de sobra, apostaram em arte exótica para criar itens de colecionador da moda. As tulipas foram o alvo da vez.Goldgar só conseguiu achar cerca de 350 pessoas que se envolveram no comércio, e nenhuma delas tinha relação com a classe pobre. A bolha se concentrou apenas em pequenas porções da alta sociedade.As pessoas que perderam dinheiro quando a bolha estourou eram ricas o suficiente para que tulipas custando 5 mil florins não causassem grandes problemas em sua fortuna.&nbsp;E ainda que não tenha nivelado a economia holandesa, a bolha arruinou reputações e relacionamentos, principalmente quando os compradores que prometeram pagar alto por uma tulipa se recusaram a comprar, causando um "choque cultural" em uma época em que o luxo nunca era negado por quem podia pagar.</body>

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Tulipas foram responsáveis pela primeira bolha especulativa

Imagem de Por que parece que não temos mais tempo livre? no megacurioso

Você já quis tanto um tempinho de lazer que, quando conseguiu, frustrou-se porque ele estava acabando quando mal havia começado a aproveitar?

Conforme os dados do Governo do Brasil, em 2021, o pa&iacute;s teria gerado mais de 2,7 milh&otilde;es de empregos formais, ou seja, aqueles com carteira assinada, em que o trabalhador encara uma jornada de acordo com a Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis de Trabalho (CLT).
Uma pesquisa do Bureau of Labor Statistics mostrou que 39% da popula&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos passaram seu tempo livre trabalhando em 2020, em compara&ccedil;&atilde;o com 43% da popula&ccedil;&atilde;o de 2019. A escritora Annie Dillard, em entrevista ao Gettysburg College, afirmou que uma pessoa, em m&eacute;dia, passa 90 mil horas trabalhando ao longo da vida. &ldquo;Portanto, &eacute; seguro dizer que seu trabalho pode ter um enorme impacto na sua qualidade de vida&rdquo;, observou ela.
Muito embora o n&uacute;mero de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120219-quando-o-governo-dos-eua-prometeu-menos-trabalho-e-mais-lazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">horas de trabalho dos americanos</a>, por exemplo, tenha diminu&iacute;do nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, e o tempo de lazer aumentado relativamente, ainda &eacute; dif&iacute;cil para as pessoas perceberem isso. Mas por qu&ecirc;?
<h2 class="uk-text-justify">O que acontece?&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19101433223076.jpg" alt="(Fonte: Medicinenet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Medicinenet/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Durante uma palestra na TED Talks de 2017, Adam Alter, psic&oacute;logo da Universidade de Nova York, mostrou que as telas que cercam o nosso cotidiano, como as de celulares, televisores e computadores, s&atilde;o as respons&aacute;veis por consumirem a maior parte do tempo livre que conseguimos tirar quando n&atilde;o estamos trabalhando ou fazendo outro tipo de atividade.
Tendo como base os dados do Bureau of Labor Statistics e do aplicativo Moment, que rastreia o uso de celulares, o gr&aacute;fico mostrou que o sono e o trabalho ocupam dois ter&ccedil;os do dia das pessoas todos os anos. O mesmo vale para atividades necess&aacute;rias, como se alimentar e tomar banho.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102132004084.jpg" alt="(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Popular Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo Alter, a sensa&ccedil;&atilde;o de diminui&ccedil;&atilde;o do tempo come&ccedil;ou, efetivamente, a partir de 2007, quando as telas consumiam poucos minutos do tempo livre. Durante sua confer&ecirc;ncia, o psic&oacute;logo instigou a plateia a repensar o quanto de tempo se dedicam aos seus aparelhos eletr&ocirc;nicos para qualquer finalidade que n&atilde;o seja fazer algo que realmente os relaxe.
Muito embora o mundo online e os eletr&ocirc;nicos conectem as pessoas e proporcionem, invariavelmente, um tipo diferenciado de lazer, tamb&eacute;m levam &agrave; distra&ccedil;&atilde;o e a sentimentos de isolamento, refor&ccedil;ando a sensa&ccedil;&atilde;o de que aquela atividade livre, na verdade, n&atilde;o te acrescentou em nada.
<h2 class="uk-text-justify">O estresse em tentar relaxar</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102355504086.jpg" alt="(Fonte: PRG Pharmacy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: PRG Pharmacy/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, algumas pesquisas mostraram que ter e decidir como passar esse tempo livre pode acabar gerando ainda mais estresse. Isso porque as pessoas podem acabar se sentindo mais pressionadas a maximizar esse tempo para conseguir se sentir, de fato, relaxada e fazendo algo produtivo que valha todo o gasto de energia ou pensamentos repetitivos de desejo.
&ldquo;Nossa capacidade de comprar e desfrutar de bens e servi&ccedil;os, aumentou muito mais rapidamente do que o tempo dispon&iacute;vel para desfrut&aacute;-los&rdquo;, explicou o economista americano Daniel Hamermesh em seu livro Spending Time: The Most Valuable Resource.
Com isso, Hamermesh pontua que as pessoas querem ter o melhor retorno de tudo devido ao quanto de dinheiro e minutos que se empenharam por isso. Melhores viagens, experi&ecirc;ncias cinematogr&aacute;ficas, restaurantes, etc. Tudo para compensar que parece que est&atilde;o eternamente correndo contra o tempo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/19/19102817489089.jpg" alt="(Fonte: Reserva Ativa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reserva Ativa/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Isso tudo pode levar a horas de planejamento em algum sentido, passando pelo cat&aacute;logo de um aplicativo de comida ou de streaming. Ainda que alguns cientistas enxerguem essa antecipa&ccedil;&atilde;o como um fator contribuinte para a felicidade, tamb&eacute;m desperta o sentimento evasivo de que o tempo livre acaba assim que come&ccedil;a.
&ldquo;Algo consistente sobre o lazer, no entanto, &eacute; que ele sempre foi contrastado com o trabalho&rdquo;, disse Brad Aeon, professor assistente da Escola de Ci&ecirc;ncias da Administra&ccedil;&atilde;o da Universidade de Qu&eacute;bec, em mat&eacute;ria &agrave; BBC.
Segundo Aeon, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gr&eacute;cia Antiga</a>, o lazer era um estado de esp&iacute;rito ativo, associado &agrave; liberdade, o que significava fazer bons esportes, estudar filosofia, entrar em debates e aprender teoria musical; enquanto o trabalho era atribu&iacute;do &agrave; servid&atilde;o, visto que, aos escravos, era endere&ccedil;ado todo tipo de tarefa, at&eacute; as que consideramos b&aacute;sicas.
Desse modo, o lazer era um trabalho ativo, por&eacute;m despertava um sentimento de gratifica&ccedil;&atilde;o. Para o professor, tudo mudou quando os romanos passaram a enxergar o tempo livre como uma forma de recupera&ccedil;&atilde;o em prepara&ccedil;&atilde;o para mais trabalho, e isso se estendeu, sendo incorporado nos aspectos sociais quando o per&iacute;odo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial&nbsp;</a>chegou. O &oacute;cio se tornou a grande atividade dos ricos.
No final das contas, Selin A. Malkoc, professora associada de marketing da Fisher College of Business da Universidade Estadual de Ohio, acredita que aproveitar o tempo livre de maneira adequada pode ser algo que as pessoas passem a aprender em todos os aspectos, como aumentar a resist&ecirc;ncia gradualmente na academia. Talvez, intercalar qualquer tipo de atividade proveitosa com o trabalho ajude na frustra&ccedil;&atilde;o que o excesso de planejamento para o desconectar total possa gerar.

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Por que parece que não temos mais tempo livre?

Imagem de Os 8 programas mais caros já produzidos pela Netflix no megacurioso

Conheça a lista dos 8 shows mais caros produzidos pela Netflix, a plataforma de streaming mais popular no mundo

<head></head><body>A Netflix é o serviço de streaming&nbsp;mais popular no mundo inteiro. No planeta, ela já ultrapassou a marca de 200 milhões de assinantes, sendo que 19 milhões deles são do Brasil.Por conta desses números, dá para imaginar que essa gigante tenha condições para produzir bons programas em diferentes países. Mas você tem noção de quais são as séries que tiveram os orçamentos mais altos? Neste texto, contamos quais são.<h2>1. Orange is the new black&nbsp;(2013-2019)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08220417604000.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)A primeira série de produção original da Netflix, que se passa dentro de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/44974-6-curiosidades-sobre-as-mulheres-na-prisao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prisão feminina</a>, foi um sucesso instantâneo logo que foi lançada. Na primeira temporada, cada episódio custou 4 milhões de dólares para a empresa.&nbsp;O orçamento alto se deu em parte pela alta quantidade de atrizes e atores em cena. As temporadas posteriores foram ainda mais caras, pois a qualidade foi melhorada e o elenco aumentou.<h2>2. House of Cards (2013-2019)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08220554854001.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)House of Cards,&nbsp;drama tenso com temática <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">política</a>, foi um lançamento de peso na Netflix — por isso mesmo, o investimento foi bem alto. Cada episódio custou cerca de 4,5 milhões de dólares, mas logo ultrapassou a marca e se tornou ainda mais caro, embora ninguém saiba o número exato de quanto foi investido na série.<h2>3. Bridgerton&nbsp;(2020- ainda em exibição)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08220709979002.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)A primeira temporada da série de época Bridgerton&nbsp;demandou de um investimento de cerca de 7 milhões de dólares por episódio. Os custos altos são facilmente explicados: a série tem várias locações e um figurino que evidentemente é bem caro.Considerando o sucesso do show na Netflix, é de se imaginar que a segunda temporada tenha sido ainda mais onerosa.<h2>4. Bloodline&nbsp;(2015-2017)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08220824229003.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)Bloodline, série que centraliza em um intrincado drama familiar, durou apenas 3 temporadas até ser cancelada, sem uma explicação clara da Netflix sobre o seu fim. Pode ser que a razão tenha sido o seu custo: cada episódio custava entre 7 a 8,5 milhões de dólares. Como a popularidade da série nunca realmente decolou, dá para imaginar que não valia a pena seguir adiante.<h2>5. Sense8&nbsp;(2015-2018)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08221006573005.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)Sense8 foi uma produção de ficção científica das irmãs Lilly e Lana Wachowski (de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121090-6-conceitos-filosoficos-bizarros-usados-na-franquia-matrix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Matrix</a>) que angariou uma boa quantidade de fãs no mundo todo. Mas o custo alto do show (cerca de 9 milhões de dólares na segunda temporada) acabou tornando-o muito cara para ser mantido. O fato de que a segunda temporada teve críticas ruins foi a pá de cal para que a série fosse encerrada.<h2>6. The Get Down (2016)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08221113276006.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)The Get Down foi lançada pela Netflix em 2016 e só teve uma temporada. Ainda assim, entra na lista das produções mais caras da plataforma: foi orçada em 97 milhões de dólares, mas acabou custando 120 milhões pelo total de 11 episódios.&nbsp;Segundo a imprensa, o alto custo do show se deveu a várias intempéries no caminho, como a saída do showrunner&nbsp;e a alta quantidade de revisões no texto. Por isso, não dá nem para se espantar que a Netflix tenha desistido dela.<h2>7. The Crown (2016- ainda em exibição)</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Netflix&nbsp;" data-fonte-url="https://observatoriodocinema.uol.com.br/wp-content/uploads/2020/11/201113-the-crown-charles-diana-jm-1936_94e16f8567f4efc013824302eff8038b.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08221316011008.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)O drama sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110286-20-divertidas-fotos-da-familia-real-britanica-que-fogem-dos-cliches.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realeza britânica</a> bombou desde que foi lançado, em 2016. Quem a assiste sabe que dá para ver que a produção é bem cara: ela custa nada menos que 13 milhões de dólares por episódio para contar as histórias das diferentes eras da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121535-um-passeio-para-conhecer-e-entender-as-eras-reais-britanicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monarquia</a>.<h2>8. Stranger Things (2016- ainda em exibição)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/08/08221412183010.jpg" alt="(Fonte: Netflix)">(Fonte: Netflix)O sucesso mundial de Stranger Things - que mistura <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120318-9-previsoes-de-filmes-de-ficcao-cientifica-que-estavam-erradas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ficção científica</a>/ terror com o tom nostálgico dos filmes dos anos 80 - faz com que a Netflix continue investindo em sua produção. A quarta temporada desta amada série custou nada menos que 30 milhões de dólares por episódio. É um valor realmente impressionante, uma vez que, na primeira temporada, de 2016, cada episódio saiu por meros 6 milhões. </body>

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Os 8 programas mais caros já produzidos pela Netflix

Imagem de Banir o leite gratuito das escolas quase arruinou Margaret Thatcher no megacurioso

Antes de ser intitulada 'Dama de Ferro', a ex-primeira-ministra foi denominada 'a ladra de leite'

<head></head><body>Entre 1979 e 1990, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117238-3-fatos-fascinantes-sobre-margaret-thatcher-a-dama-de-ferro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Margaret Thatcher</a> foi a primeira-ministra do Reino Unido, se tornando uma figura política histórica que atraiu uma legião de apoiadores e opositores devido às suas campanhas políticas.Enquanto alguns dizem que ela apenas destacou as divisões que já existiam na sociedade britânica da época, outras a condenaram por ter, por exemplo, presidido as taxas de juros de 15%; votado contra o relaxamento das leis do divórcio; apoiado a retenção da pena capital; e destruído a indústria manufatureira da Grã-Bretanha, levando ao desemprego em massa.Mas antes de ser chamada de "a Dama de Ferro", Thatcher ganhou a alcunha de "Ladra de leite".<h2>O problema dos leites</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03202417811640.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 1946, durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120259-racismo-genocidio-e-esterilizacao-o-legado-de-winston-churchill.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Winston Churchill</a> e no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118612-a-blitz-de-belfast-o-bombardeio-destrutivo-feito-pelos-nazistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, foi aprovada a Provisão de Regulamentos de Leite Gratuito, sob a Seção 49 da lei de 1944, cujo objetivo era fornecer leite escolar gratuito para todas as crianças menores de 18 anos, como um impulso nutricional extra em um momento em que a guerra havia tornado os alimentos tão escassos e racionados.Portanto, diariamente, creches e escolas recebiam engradados com garrafas de 189ml para abastecer a dieta dos alunos. Mas 30 anos depois, em 1970, o então primeiro-ministro britânico Edward Health, diante a uma crise econômica que devastava o país, pediu para que todos os seus ministros encontrassem cortes orçamentários em seus departamentos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03202827451641.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)No ano seguinte, Thatcher, então ministra da Educação, obrigada a fazer uma economia de 9 milhões de libras, optou por cortar o leite das escolas como saída, afirmando que ele era muito caro. Custando cerca de 14 milhões de libras por ano, a ministra adotou uma legislação que limitava a bebida para crianças com menos de 7 anos.Isso porque ela achava mais interessante gastar dinheiro construindo prédios e distribuindo livros, porque, para ela, merenda escolar era um serviço social que não tinha nada a ver com educação. Thatcher explicou sua decisão encontrando uma solução ao dizer que as mães poderiam fornecer o leite para seus filhos ou dar 10 centavos por semana para que eles o comprassem para levar para a escola.&nbsp;Três anos antes, o Partido Trabalhista já havia cortado o leite para alunos do ensino médio — o que já havia sido controverso o suficiente —, mas Thatcher viu sua decisão como uma extensão disso.<h2>A mulher mais impopular do país</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03202924654642.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)O resultado foi um verdadeiro levante público contra a imagem de Thatcher, chamada de ladra de leite e denominada "a mulher mais impopular do país" pelo jornal The Sun, então muito apoiado pelos parlamentares trabalhistas.Os alunos ficaram desgostosos com a decisão porque o leite era entregue de acordo com a temperatura do dia, aqueles que tiveram dinheiro para comprá-lo todos os dias tiveram que consumi-lo coagulado em tempos de calor.Thatcher foi ostensivamente perseguida por protestantes raivosos, tanto que só conseguia visitar escolas com escolta policial. William Hamilton, um deputado trabalhista da época, disse que a mulher estava se comportando como um "Scrooge de cara pintada", e Gerald Kauffman disse que ela precisava ter vergonha em, literalmente, tirar comida da boca das crianças.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03203123436643.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Os Arquivos Nacionais divulgaram documentos que mostram que, 19 anos após ter tomado aquela derradeira decisão, Thatcher se arrependeu, ficando horrorizada quando o secretário de Saúde, Ken Clarke, propôs acabar com o leite gratuito para crianças em idade pré-escolar também.“Não, isso causará uma briga horrível. Tudo por 4 milhões de libras. Eu sei como é, eu passei por isso há 19 anos”, escreveu ela em um bilhete. A ex-primeira-ministra ainda completou que olharia qualquer esquema para economizar 400 milhões de libras, mas não míseros 4 milhões porque não valia a pena.</body>

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Banir o leite gratuito das escolas quase arruinou Margaret Thatcher

Imagem de Fundo de Consciência recebe doações de quem roubou e se arrependeu no megacurioso

A poupança americana para reparar a moral dos 'infratores de bem' começou em 1811 e já chegou a receber doações de até US$ 155 mil

<head></head><body>Pensando um pouco com a mente do que pregava Aristóteles e o estoicismo, é dito que a propensão a sentir arrependimento pode até ser considerada um ato de virtude. E foi um pouco se apoiando nisso, tentando promover algum tipo de reparação moral com o Estado — talvez porque rezar um Pai-Nosso e cinco Ave-Marias não era o suficiente —, que em 1950 o governo dos Estados Unidos oficializou o que foi chamado Fundo de Consciência.Essa verdadeira crônica histórica da culpa americana começou em 1811, quando o gabinete do governo recebeu um envelope anônimo contendo uma nota de US$ 5, acompanhado de um pedido de desculpas da pessoa por fraudar o governo.&nbsp;Inspirado pelo gesto revolucionário, o Departamento do Tesouro do governo do presidente James Madison (1751-1836) criou uma espécie de poupança para aqueles que prejudicaram o Estado, ou qualquer pessoa, para fazer as pazes através de uma doação monetária.<h2>O preço da consciência &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26182815200460.jpg" alt="(Fonte: Futility Closet/Reprodução)">(Fonte: Futility Closet/Reprodução)A oficialização do fundo na década de 1950 tocou no coração de muitos americanos que roubaram tanto na rua quanto a própria instituição do governo, como sonegadores de impostos e fraudadores.Uma matéria do The Baltimore Sun divulgou a carta endereçada ao Fundo de Consciência de um doador anônimo que dizia: “Há 8 anos eu peguei de uma estação ferroviária um item no valor de US$ 25, e isso está na minha consciência até hoje, portanto, estou enviando US$ 50 para limpar minha consciência”.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2019/06/20/science/20wallet2/merlin_156729945_74696032-f5b2-45f5-9179-265d63dd6874-superJumbo.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26182930591463.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Assim como nesse caso, se tornou comum que a quantia roubada ou desviada seja maior, como uma espécie de juros moral pela prática ilícita. Isso aconteceu até mesmo em caso de dinheiro encontrado na rua.Assim como tudo o que um padre ouve na privacidade de seu confessionário, de banalidades a atos graves, as doações permanecem anônimas por parte dos doadores que, apesar de estarem se desculpando, ainda assim não querem ser responsabilizados pelos seus atos, tampouco expostos.<h2>Remissão dos pecados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26183214732466.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Portanto, eles enviam o dinheiro através de terceiros, como advogados ou familiares, sempre em cheques bancários ou dinheiro em espécie. Mas Wilson Fadely, porta-voz do Internal Revenue Service, em entrevista ao&nbsp;Christian Science Monitor, disse que o fundo não busca mover uma ação legal contra os doadores, e que nunca houve um mandato para isso, ainda que o Departamento do Tesouro tenha o direito legal de processar os doadores. Por enquanto, o máximo que os arrependidos vão receber serão bilhetes com agradecimentos em nome do governo, caso incluam seus endereços nos envelopes. Mas quem arriscaria, não é?E se você está se perguntando o que o Departamento do Tesouro faz com esse dinheiro, quando o doador não sinaliza qual seu desejo, a quantia é colocada em uma conta para gastos em despesas gerais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26183252185467.jpg" alt="(Fonte: On The Road Now/Reprodução)">(Fonte: On The Road Now/Reprodução)Segundo o Business Insider, a maior quantia doada foi de US$ 155.502, em contraste com os nove centavos recebidos em 2017, figurando a mais baixa já doada ao Fundo de Consciência. Só em 2014, a poupança contabilizou US$ 1 milhão em doações, porém esse número começou a cair a partir de 2016, em que houve entrada de apenas US$ 23 mil.O jornalista Chris Weller correlacionou essa queda brusca em doações com os níveis historicamente baixos de confiança no governo, ainda que o próprio Departamento do Tesouro tenha evitado vincular as atitudes do Estado com as doações.</body>

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Fundo de Consciência recebe doações de quem roubou e se arrependeu

Imagem de 6 mistérios por trás da BlackRock, a gigante gestora de ativos no megacurioso

Com capital equivalente a quase metade do PIB dos EUA, a BlackRock levanta inúmeras suspeitas por sua atuação no mercado financeiro. Saiba mais.

<head></head><body>Sediada em Nova Iorque, a BlackRock é uma empresa gestora de investimentos global, que opera especialmente ativos e gestão de risco. Fundada em 1988, administra um patrimônio de US$ 8 trilhões, equivalente a quase metade do PIB dos Estados Unidos.Ela gere recursos de governos, fundos de pensão, fundos soberanos, entre outros, sendo dos principais acionistas de empresas como a Apple e ExxonMobil, por exemplo. Mas a forma silenciosa como atua no mercado financeiro levanta uma sombra de desconfiança. Entenda as razões em 6 fatos.<h2>1. Por que não se ouve falar na BlackRock?</h2><iframe src="https://www.youtube.com/embed/1n4zkdfKUAE" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Já ouviu falar sobre a BlackRock? Pois é, assim como você, a maioria das pessoas nem sequer sabe da existência da empresa, uma gigante do mercado financeiro.Uma das alegações para que isso ocorra é que a empresa possui participação nas principais empresas de mídia dos Estados Unidos, como CNN, CBS, Fox, Disney e <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/130191-netflix-desbanca-gigante-comcast-maior-operadora-tv-cabo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Comcast</a>, gigantes internacionais da comunicação. Parece ser uma maneira eficaz de manter-se fora do radar.<h2>2. É acionista em empresas concorrentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27001237323581.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Como possui participação em inúmeras empresas, a BlackRock acaba por criar uma situação inusitada: tem ações em empresas concorrentes em vários segmentos.Não é exagero nosso, a gigante do mercado financeiro detém quase um terço das ações da Coca-Cola e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121683-como-o-refrigerante-pepsi-se-tornou-uma-obsessao-na-uniao-sovietica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pepsi</a>, por exemplo. E não para por aí, ela também está presente em outras concorrentes: na Boeing e Airbus; na Expedia e <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/235795-skyscanner-encontrar-promocoes-passagens-aereas-site.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Skyscanner</a>; na Apple e Microsoft.<h2>3. Tem participação em todas as farmacêuticas dos EUA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27001650089582.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)O setor de saúde é repleto de críticas nos Estados Unidos. Seja pelo alto valor dos planos de saúde, seja pelos tratamentos caros aos quais a população não consegue arcar na maioria dos casos. E essa é uma realidade da qual as gigantes farmacêuticas não escapam.O que nem todo mundo tem conhecimento é que a BlackRock está por trás de quase todas as gigantes do setor, entre elas as três maiores do mercado norte-americano: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121213-4-dose-de-vacina-da-covid-19-pode-ser-desnecessaria-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pfizer</a>, Johnson &amp; Johnson e Merck.<h2>4. A BlackRock não é regulada</h2><iframe src="https://www.youtube.com/embed/TeXpep5IaNk" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Como não se trata de um banco, a BlackRock conseguiu contornar a legislação norte-americana que regulamenta os bancos. Isso porque não há nada na lei que fale sobre gestoras de ativos, atividade ramo da empresa. Acontece que bancos que também atuam nesse segmento e ultrapassem a marca de US$ 50 bilhões em ativos são regulados pelo Tesouro Nacional.Há uma pressão no Senado norte-americano para que se crie uma lei separada ou se inclua empresas como a BlackRock na atual legislação. Afinal de contas, estamos falando de uma empresa que controla ativos 200 vezes acima do valor determinado pelo governo local para marcação cerrada sobre bancos.<h2>5. Opera de modo controverso em outros países</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27002040293583.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)A gigante financeira opera fora dos Estados Unidos, inclusive no Brasil, e suas atividades nesses países também são consideradas controversas. Isso porque a BlackRock, quando vai se instalar em uma nova nação, costuma se aproximar do governo central.Ela toma essa medida visando criar laços que facilitem sua entrada, evite supervisão governamental e lhe permita obter vantagens. No Canadá e no México, por exemplo, suas participações em iniciativas públicas foram altamente criticadas, pois beneficiariam excessivamente a empresa, lesando os países.<h2>6. Seus investidores são desconhecidos</h2><iframe src="https://www.youtube.com/embed/OYpCxXuF3M8" title="YouTube video player" allowfullscreen="" width="560" height="315" frameborder="0"></iframe>Ao acessar o site da BlackRock você vê a imagem de seu CEO, Larry Fink, e várias mensagens a respeito dos valores da marca. Entretanto, pouco se sabe sobre os nomes que a conduzem, isso porque a divisão de suas ações é controversa.Oficialmente, quatro investidores são seus donos, porém, quando se analisa a propriedade desses acionistas, nota-se que a própria BlackRock possui participação nestas empresas. E mais, uma das acionistas é de capital fechado, ou seja, não negocia ações na <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/234603-bolsa-valores-10-maiores-empresas-tech-vendem-acoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bolsa de Valores</a> e, consequentemente, não precisa deixar exposto quem são seus proprietários. Muito mistério para uma empresa que conduz tanto dinheiro e é aliada de tantos governantes.</body>

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6 mistérios por trás da BlackRock, a gigante gestora de ativos

Imagem de Projeto quer diminuir a pobreza da maneira mais simples: distribuindo renda no megacurioso

Projeto desenvolvido no estado da Georgia, nos Estados Unidos, propõe fornecer uma renda por dois anos a mulheres negras pobres

Por s&eacute;culos, economistas, soci&oacute;logos e demais pesquisadores t&ecirc;m discutido, sem muito sucesso, como resolver o que talvez seja um dos grandes problemas da humanidade: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121215-os-5-paises-mais-pobres-do-mundo-em-2021.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a> a que boa parte da popula&ccedil;&atilde;o mundial est&aacute; submetida. O ativista pol&iacute;tico e pastor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr</a>., ao fim de sua vida de luta pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121266-o-que-a-declaracao-universal-dos-direitos-humanos-diz-sobre-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direitos civis</a>, declarou no Senado norte-americano que a solu&ccedil;&atilde;o para a mis&eacute;ria talvez seja a mais simples de todas: garantir alguma renda aos mais pobres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/05/05141050627330.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Passados 55 anos da declara&ccedil;&atilde;o de Martin Luther King Jr., um projeto est&aacute; prestes a ser testado justamente no bairro em que o pastor nasceu: o Old Fourth Ward, em Atlanta, no estado norte-americano da Georgia. Duas organiza&ccedil;&otilde;es &mdash; a Georgia Resilience and Opportunity Fund (GRO) e a GiveDirectly &mdash; est&atilde;o lan&ccedil;ando o maior projeto de distribui&ccedil;&atilde;o de renda j&aacute; realizado no sul dos Estados Unidos. O "In Her Hands" vai ajudar cerca de 650 mulheres pobres de bairros majoritariamente negros que receber&atilde;o transfer&ecirc;ncias mensais de 850 d&oacute;lares ao longo de dois anos.
O diferencial do programa &eacute; o seu p&uacute;blico-alvo, visto que &eacute; destinado exclusivamente a mulheres negras e pobres. Demograficamente, esta &eacute; a camada mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/41731-nova-pesquisa-revela-as-desigualdades-na-distribuicao-de-renda-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desfavorecida</a> da popula&ccedil;&atilde;o do estado da Georgia: 26% das mulheres negras vivem abaixo da linha da pobreza, em compara&ccedil;&atilde;o a 20% dos homens negros, 12% das mulheres brancas e 9% dos homens brancos.
<h2>Foco na distribui&ccedil;&atilde;o de renda direcionada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/19/19145811512018.jpg" alt="(Fonte: Spencer Platt/Getty Images)" />(Fonte: Spencer Platt/Getty Images)
O princ&iacute;pio do projeto &eacute; criar um sistema que seja justo para todos. Por isso, a renda &eacute; direcionada para uma camada da popula&ccedil;&atilde;o que est&aacute; &agrave; margem da sociedade. &ldquo;Se a economia pode funcionar para as mulheres negras &mdash; que enfrentam algumas das maiores diferen&ccedil;as de renda, s&atilde;o mais propensas a viver na pobreza e a ficarem presas nela &mdash; e pudermos iniciar e desenvolver pol&iacute;ticas para aquelas que enfrentam alguns dos impactos mais agudos, ent&atilde;o podem funcionar para todos&rdquo;, diz Hope Wollensack, diretora da GRP Fund, para a revista Vox.
A doa&ccedil;&atilde;o de dinheiro, no entanto, n&atilde;o &eacute; um programa de renda b&aacute;sica, pois ele n&atilde;o deve se estender para al&eacute;m dos 2 anos. O projeto se trata, na verdade, de um experimento que foca na ajuda tempor&aacute;ria a grupos mais propensos a cair na linha da pobreza.
O valor destinado &agrave;s mulheres &eacute; visto como uma quantia pequena demais para suprir as necessidades delas e de suas fam&iacute;lias, mas deve "desafogar" a busca por renda pr&oacute;pria. O programa da GRO e da GiveDirectly visa justamente estudar qual ser&aacute; o efeito desta renda no bem-estar social, mental e psicol&oacute;gico das participantes.
Um dos focos do estudo &eacute; verificar a diferen&ccedil;a entre fornecer uma quantidade grande de dinheiro de uma vez e receber um dep&oacute;sito parcelado. Para isso, metade das mulheres receber&atilde;o US$ 4,3 mil adiantados e parcelas de US$ 700, enquanto a outra metade receber&aacute; o valor da bolsa (que totaliza US$ 20,4 mil) inteiramente parcelado.
<h2>A situa&ccedil;&atilde;o das mulheres negras nos Estados Unidos &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/19/19145844324019.jpg" alt="(Fonte: Multinews)" />(Fonte: Multinews)
H&aacute; muitos anos, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121340-5-situacoes-em-que-mulheres-ainda-sofrem-com-a-desigualdade-de-genero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulheres</a> negras se situam entre as parcelas demogr&aacute;ficas mais desfavorecidas da popula&ccedil;&atilde;o norte-americana. No estado da Georgia, 26% delas vivem abaixo da linha da pobreza. Em &acirc;mbito nacional, as mulheres latinas s&atilde;o ainda mais desfavorecidas, embora menos numerosas que as mulheres negras na popula&ccedil;&atilde;o da Georgia.
Esse dado reflete a permanente situa&ccedil;&atilde;o de desigualdade social que atinge duas minorias: as mulheres e a popula&ccedil;&atilde;o negra. Um estudo de 2019 revelou que os americanos subestimam o tamanho da riqueza racial (o quanto pessoas brancas s&atilde;o estatisticamente mais propensas a ganhar mais que as negras) em seu pa&iacute;s.&nbsp;
A t&iacute;tulo de compara&ccedil;&atilde;o, um em cada 4 americanos negros vive em bairros de extrema pobreza, enquanto um em cada 13 americanos brancos enfrenta a mesma situa&ccedil;&atilde;o. Segundo a Opportuny Insights, organiza&ccedil;&atilde;o que analisa a mobilidade social, o fator racial tem grande relev&acirc;ncia na mobilidade geracional em bairros: pessoas negras que vivem em bairros pobres e perigosos t&ecirc;m mais chance que seus descendentes continuem morando nos mesmos lugares.
O "In Her Hands" difere dos outros, j&aacute; postos em vigor pelas duas organiza&ccedil;&otilde;es respons&aacute;veis, pois foca justi&ccedil;a racial. Para alguns estudiosos do assunto, direcionar esfor&ccedil;os para promover a justi&ccedil;a racial, mexendo na estrutura social, &eacute; uma das grandes chances que temos para, de fato, conseguir combater a pobreza. Agora &eacute; esperar para conferir a efetividade desse projeto posto em vigor nos Estados Unidos.

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Projeto quer diminuir a pobreza da maneira mais simples: distribuindo renda

Imagem de O que aconteceria se a indústria da carne acabasse? no megacurioso

Os efeitos são mistos, podendo ir de avassaladores a extremamente positivos

<head></head><body>De acordo com dados fornecidos pelo Portal do Comércio Exterior (Comex), órgão do Ministério da Economia, a indústria da carne movimenta cerca de US$ 14 milhões por mês no Brasil — cerca de R$ 67 milhões —, dos quase US$ 1 bilhão mensal — ou em torno de R$ 5 bilhões — que o país exporta de proteínas animais.Em escala global, os números impressionam ainda mais. Atualmente, o setor de carnes está estimado em US$ 838,3 bilhões — quase R$ 4 trilhões —, como as estatísticas de 2020 mostraram, com previsão de aumentar para US$ 1,157 trilhão — aproximadamente R$ 5,5 trilhões — até 2025.Ou seja, os números falam por si só sobre o valor inestimado da pecuária para a economia, principalmente no ramo da importação de cada país, por gerar não apenas divisas valiosas, como também economias através da substituição de importações. A indústria da carne oferece a oportunidade de converter recursos não exportáveis em um importante componente da economia de cada país.<h2>E se isso tudo acabasse?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27231148538014.jpg" alt="(Fonte: The Atlantic/Reprodução)">(Fonte: The Atlantic/Reprodução)Apesar de sermos considerados naturalmente onívoros, os seres humanos consomem 346,14 milhões de toneladas de carne por ano, sendo que há projeções para um aumento de 44% nos números até 2030, alcançando 453 milhões por ano.Segundo a pesquisa do Statista Global Consumer Survey, em média 86% das pessoas entrevistadas em 39 países disseram que mantêm uma dieta com a presença de carne, apesar de fazer substituição por outros tipos de fontes de proteínas.Nessa quantidade toda de números, os países mais carnívoros do mundo são os Estados Unidos, em primeiro lugar, com 120 kg de carne em consumo per capita por ano, seguidos pela Austrália, Uruguai, Argentina e Hong Kong.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2020/05/22/opinion/21foer-sub/merlin_172507344_fe3c9da7-3451-4038-af53-b3575e1d652e-mediumSquareAt3X.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27231235210015.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Para começar, se a carne fosse eliminada da dieta dos seres humanos, em termos ambientais, um quarto a um terço de todas as emissões antropogênicas de gases de efeito estufa seria reduzido — um fator muito importante e bastante negligenciado.“A maioria das pessoas não pensa como os alimentos impactam nas mudanças climáticas”, disse Tim Benton, especialista em segurança alimentar da Universidade de Leeds, em entrevista à&nbsp;BBC Future. “Mas apenas comer um pouco menos de carne agora pode tornar as coisas muito melhores para nossos filhos e netos”.O estudo de Marco Springmann, pesquisador do programa Future of Food, da Oxford Martin School, fez uma projeção do que aconteceria se todos aderissem ao vegetarianismo até 2050, e os resultados indicaram que as emissões de gases relacionados à indústria pecuária cairiam cerca de 70%. Apesar desse cenário não ser muito realista, ele reforça a importância que as emissões teriam no futuro.<h2>O que aconteceria com os animais?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232118710018.jpg" alt="(Fonte: The Vegetarian Chance/Reprodução)">(Fonte: The Vegetarian Chance/Reprodução)Sessenta e oito por cento dos 5 bilhões de hectares de terras agrícolas do mundo são destinados à pecuária. Se a carne fosse eliminada da mesa dos seres humanos, pelo menos 80% dessas terras seriam dedicadas à restauração de pastagens e florestas, responsáveis por capturarem o carbono e aliviar ainda mais o cenário climático.A conversão das pastagens em habitats nativos alavancaria a biodiversidade, gerando muito resultado inclusive para grandes herbívoros, como os búfalos, expulsos para dar lugar ao gado. Entre 10% a 20% das pastagens poderiam ser cultivadas mais culturas para preencher as lacunas na oferta de alimentos, compensando a perda da carne, visto que um terço da terra, atualmente, é destinada às plantações e à produção de alimentos para o gado, em vez de para humanos.Tudo isso levaria tempo e investimento, visto que o processo de restauração ambiental não acontece da noite para o dia. “Você não pode simplesmente tirar as vacas da terra e esperar que ela se torne uma floresta primária novamente por conta própria”, disse Andrew Jarvis, do Centro Internacional de Agricultura Tropical da Colômbia, na matéria da BBC.<h2>O que aconteceria com os humanos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/27/27232303429019.jpg" alt="(Fonte: Greatlist/Reprodução)">(Fonte: Greatlist/Reprodução)A começar pelas questões econômicas e pessoais, haveria uma grande onda de desemprego de trabalhadores da pecuária, e seriam necessários instrumentos de assistência em larga escala para ajudar essas pessoas na transição de carreira de modo que não fossem abandonadas ou negligenciadas no meio do caminho.Se o sistema deixar ou se negar a fornecer alternativas claras de carreira e meios de subsídios para ex-funcionários relacionados à pecuária, o mundo enfrentará desemprego e grande convulsão social em comunidades rurais cuja vida é norteada pela indústria da carne.Com relação à saúde, o efeito do vegetarianismo é misto, visto que o hábito alimentar levaria a uma redução global da mortalidade em até 10% em 2050 devido à diminuição de doenças cardíacas, diabetes, derrames e alguns tipos de câncer — visto que a carne vermelha é responsável por metade desses problemas de saúde.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Plastic Pollution Coalition&nbsp;" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/55b29de4e4b088f33db802c6/1550702435944-P26MKB7VI3MSKQIDANFM/rawpixel-577480-unsplash.jpg?format=1500w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/03/28/28110916721136.jpg" alt="(Fonte: Plastic Pollution Coalition/Reprodução)">(Fonte: Plastic Pollution Coalition/Reprodução)Em ampla escala, cerca de 7 milhões de mortes por ano seriam evitadas, e menos pessoas sofreriam de doenças crônicas relacionadas à alimentação, reduzindo significantemente o gasto em contas médicas e sobrecarga dos sistemas de saúde pública, gerando uma economia de 2% a 3% do PIB global.No entanto, seria necessário, mais uma vez, um sistema aprimorado de acompanhamento nutricional para que as pessoas pudessem recorrer a um substituto que fornecesse a mesma quantidade de nutrientes que a carne. Se isso não fosse feito da maneira adequada, poderia gerar uma crise de saúde global.&nbsp;Além disso, toda essa mudança poderia ser ainda mais perigosa para os países subdesenvolvidos, podendo fazer explodir os níveis de fome e pobreza extrema, visto que esse plano de futuro ideal seria mais facilmente implementado em países avançados e ricos.No fim das contas, "o problema é a transição", como disse o escritor e bioquímico Isaac Asimov.</body>

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