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O motivo pelo qual você não consegue parar de comer fast food é porque ele é feito para ser 'perfeito'

<head></head><body>“Amo muito tudo isso”, dizia o slogan&nbsp;de 2003 da rede de fast food&nbsp;McDonald’s. E faz sentido, afinal são cerca de 84,8 milhões de adultos comendo fast food&nbsp;todos os dias só nos Estados Unidos, de acordo com um levantamento do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do Centro de Controle de Doenças (CDC).Em 2021, a indústria de fast food&nbsp;foi avaliada em cerca de US$ 647,7 bilhões e estima-se que atinja aproximadamente US$ 998 bilhões até 2028. Não é por acaso que existem mais de 541 mil restaurantes do tipo pelo mundo, sendo que 40 mil deles pertencem ao McDonald’s.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155240180275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O que é irônico, porém, é que poucas pessoas param para se questionar por que “amam muito tudo isso”. O que faz um lanche do McDonald’s ou do Burger King tão irresistíveis? Por qual motivo, mesmo com a barriga cheia, você já se pegou desejando comer mais? O que há por trás do excesso de desejo e bem-estar que esse tipo de comida causa? O que nos faz comer compulsivamente alimentos que sabemos que nos fazem mal?A resposta é simples, mas pouco difundida: a comida do fast food é projetada para ser perfeita.<h2>O produto ideal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155420945281.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não é novidade para ninguém que a indústria alimentícia controla a sociedade igual uma entidade governamental, com suas alavancas capitalistas que impulsionam tudo e a todos para o consumismo desenfreado. Ela exerce influência significativa sobre o bem-estar, hábitos alimentares, escolhas de consumo, economia e até mesmo a política, sustentando um lobby poderoso que dita todos os passos que o mercado precisa dar.Foi aqui que vimos como nos tornamos reféns dos alimentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm#:~:text=Um%20relat%C3%B3rio%20de%202021%20do,est%C3%A3o%20com%20sobrepeso%20ou%20obesos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ultraprocessados</a> e como o excesso desses produtos nas prateleiras contribui para empurrar a população para um cadafalso alimentício. Mas não chegamos a falar o porquê continuamos desejando ir até a última batata frita da embalagem, tampouco se isso é culpa de pessoas como Howard Moskowitz.Formado em matemática no Queens College e em psicologia experimental em Harvard, Howard desenvolveu o conceito de como criar versões ideais de produtos alimentícios com base nas preferências individuais dos consumidores, um mecanismo que ele chamou de “otimização hedônica de alimentos”.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155601211285.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Na década de 1980, Howard foi responsável por fazer a empresa Campbell Soup Company alcançar US$ 600 milhões em receita ao reformular o molho de tomate da marca Prego. Na época, o produto estava perdendo aderência entre os consumidores devido à grande competição do mercado, então o cientista conduziu experimentos com milhares de pessoas para tentar determinar qual fórmula agradaria a todos.No entanto, Howard concluiu que a diversificação de produtos poderia ser mais eficaz do que a busca por uma solução única, assim introduzindo várias versões do molho de tomate, com sabor adicional de cebola, cogumelos e ervas, por exemplo. Essa estratégia levou à expansão estratosférica da empresa no mercado, alcançando diferentes preferências.Se hoje os norte-americanos se esbaldam ainda mais em Dr. Pepper, o refrigerante mais antigo dos EUA, é porque as mãos de Howard passaram por ele. Em 2015, a empresa Keuring Dr. Pepper chamou o cientista para elaborar a fórmula do seu novo sabor de cereja e baunilha. O produto começou com 59 variações de doçura, submetidas a mais de 3 mil testes de sabor pelo país. Ao colher os resultados, Howard fez sua mágica matemática para descobrir qual seria a quantidade de açúcar ideal para o refrigerante.<h2>O ponto da felicidade</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155834855289.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)E isso é a síntese perfeita do que se trata a engenharia de alimentos, uma área que não só lida com o processamento, qualidade e segurança dos alimentos, mas envolve a pesquisa e desenvolvimento de novas formulações, considerando sabor, textura, valor nutricional e apelo ao consumidor.No competitivo mercado alimentício, a satisfação é o único sentimento que o marketing não consegue comprar dos seus consumidores. Por essa razão, quando o jornalista britânico Malcolm Gladwell disse que Howard foi "a pessoa que mais fez para tentar deixar felizes todos os norte-americanos", ele não estava exagerando.A indústria normalmente busca atender algumas preferências, encontrando sabores ou texturas que alcancem um número razoável de pessoas. Howard, porém, preferiu estender suas pesquisas para satisfazer a maioria. Assim, ele desenvolveu o conceito de “ponto da felicidade”, um método que busca encontrar o ponto ideal para agradar diferentes segmentos de consumidores em relação a um determinado produto.Sua abordagem permitiu que as empresas diversificassem a oferta do mesmo produto ao criar diferentes versões dele, visando atender a essas preferências específicas. Em meados de 1970, Howard foi contratado pela PepsiCo para ajudá-los a alcançar um público maior com seu refrigerante. Foi dessa forma que surgiram variações da bebida, como a Pepsi Diet&nbsp;e Pepsi Light.<h2>O ciclo da mente viciada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160257132292.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O problema é que esse mecanismo é responsável por viciar as pessoas em alimentos que não são nada saudáveis. O ponto da felicidade desencadeia vias de recompensa no cérebro incentivando a sinalização de dopamina, um neurotransmissor envolvido em sentimentos de euforia, felicidade, motivação e prazer. Uma vez que os alimentos são confeccionados com altas cargas de dopamina, as pessoas continuam voltando para mais. Aos poucos, isso constrói uma mente viciada, perpetuando um ciclo de desejo de comer mais fast food, ganhar peso, e comer de novo.O psiquiatra Judson Brewer disse, em sua palestra no TED Talks, que esse ciclo acontece a partir da memória de dependência. O cérebro lembra de quais ações nos faz sentir bem, como comer chocolate. Após repetir o processo o suficiente, essa ação se torna um hábito tão inerente à mente que nada além de uma reeducação alimentar consegue mudar.Por isso há uma linha muito tênue entre aproveitar o sentimento que a comida pode oferecer e engatar em um ciclo de hábitos não saudáveis com alimentos que atingem em excesso o nosso ponto da felicidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10160350760293.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em um estudo de 2010 feito com camundongos que comeram açúcar e gorduras separadamente, os pesquisadores Johnson e Kenny descobriram que o cérebro envia mensagens sinalizando que o estômago já está cheio. No entanto, quando esse excesso de açúcar é combinado com componentes que atingem o ponto da felicidade, seus receptores são sobrecarregados, impedindo o cérebro de dizer que o corpo já está satisfeito. Com isso, quanto mais alimentos os ratos ingeriam, mais eles tinham que comer para obter o mesmo prazer da próxima vez.E antes que você se pergunte: sim, nós somos esses ratos vivendo em loops&nbsp;de desejo por uma comida que não é saudável. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas têm obesidade, sendo que 650 milhões são adultas, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças.Em 2022, o Australian Dietary Guidelines&nbsp;apontou em sua pesquisa que adolescentes australianos com idades entre 14 e 18 anos obtêm mais de 40% de sua energia diária de alimentos fast food. Vale considerar, porém, que estamos falando de alimentos discricionários, ou seja, que não são necessários para satisfazer as necessidades nutricionais do corpo e não pertencem aos cinco grupos alimentares.Ou seja, eles estão comendo porque não conseguem mais parar, mas Howard Moskowitz e qualquer outro cientista alimentar têm pouca ou quase nenhuma culpa nisso. Eles apenas usam a ciência a seu favor para o progresso, como acontece em qualquer ramo.&nbsp;Além disso, as pesquisas já mostraram que a maioria das pessoas ingere fast food&nbsp;em excesso não pelo sabor, mas por ser barato e conveniente. Um relatório do CDC disse que esse consumo diminui com a idade, resta saber a que preço.</body>

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O segredo do fast food: o que torna esses alimentos tão viciantes?

Imagem de Alpinistas quebram recorde ao escalar os 14 picos mais altos do mundo no megacurioso

Ao longo de um pouco mais de três meses, Kristin Harila e Tenjin Sherpa foram capazes de completar a série de subidas desafiadoras

<head></head><body>No final de julho, a montanhista norueguesa Kristin Harila e seu guia sherpa Tenjin se tornaram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126898-corpo-de-alpinista-e-encontrado-em-geleira-apos-quase-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alpinistas</a> mais rápidos a escalar todos os 14 picos do mundo acima de 8 mil metros de altura. A missão foi concluída no topo da montanha K2, localizada no Paquistão. Todas as escaladas foram feitas dentro de um período de três meses e um dia.O recorde anterior pertencia a Nirmal Purja, que levou seis meses e seis dias para terminar o mesmo percurso em 2019. Em comunicado oficial, o pai de Harila comentou que "não poderia estar mais orgulhoso dela (filha)".<h2>Vitória de novata</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Kristin Harila/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/N5qDaHFn5ifmkt_zZTAay1kLX_A=/fit-in/1072x0/filters:focal(2736x1824:2737x1825)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/69/a6/69a6cf47-7e7e-48e6-8b72-cfacac339894/dsc1914.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155420226280.jpg" alt="(Fonte: Kristin Harila/Divulgação)">(Fonte: Kristin Harila/Divulgação)Apesar de sua conquista impressionante, Kristin Harila impressiona por ter começado a praticar o montanhismo há pouco tempo. Antes disso, ela era uma esquiadora profissional. Tenjin, por sua vez, já é conhecido por trabalhar nas montanhas desde que era adolescente — o que contribuiu muito para que o recorde pudesse ser batido.O primeiro pico de 8 mil metros que a alpinista subiu em sua vida foi apenas em 2021. Porém, quando voltou para sua casa na Noruega, Harila se viu obcecada pela possibilidade de escalar todos os outros desse tipo que existem no mundo. "Eu pensava: 'Tenho 35 anos e quero escalar todos eles. Se eu quiser fazer isso, preciso ser rápida'", disse em entrevista ao Times.&nbsp;Em 2022, a alpinista norueguesa fez sua primeira tentativa de bater o recorde de tempo. Porém, no fim das contas, ela só conseguiu completar 12 picos devido às restrições de viagens causadas pela pandemia de covid-19. A oportunidade de uma segunda tentativa surgiu em 2023 e não foi desperdiçada, com o recorde sendo obtido como prêmio final.<h2>Recordes e polêmicas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/10/10155455552283.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A primeira vez na história que um alpinista conseguiu escalar todos os 14 picos de mais de 8 mil metros de altura no mundo foi em 1986. Naquele ano, o montanhista Reinhold Messner — o qual tinha completado o primeiro pico em 1970 — concluiu sua trajetória de 16 anos em busca de se consagrar em todas as montanhas. Messner também foi o primeiro a conseguir escalar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122378-5-fatos-espetaculares-sobre-o-monte-everest.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Everest</a> sozinho.Vale ressaltar, além disso, que Messner não fez o uso de oxigênio suplementar durante suas escaladas, algo que Harila precisou para conseguir bater o recorde. Outras medidas utilizadas pela alpinista também geraram certa polêmica entre pessoas do meio. Segundo críticos, a norueguesa teria contado com a assistência de helicóptero para transportar equipamentos.Nos últimos anos, o uso cada vez mais comum de helicópteros na região dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125617-malana-o-curioso-vilarejo-nos-himalaias-famoso-por-seu-haxixe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Himalaias</a> tem sido bastante criticado por inúmeras razões ambientais e também por prejudicas as oportunidades de emprego nas comunidades montanhosas. De todo modo, é de se impressionar que uma alpinista novata tenha conseguido tamanho feito em tão pouco tempo.&nbsp;</body>

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Alpinistas quebram recorde ao escalar os 14 picos mais altos do mundo

Imagem de Como a indústria de cirurgia estética coreana 'destrói' sua sociedade no megacurioso

Entenda por que (e como) os coreanos cada vez mais enxergam a aparência física como o principal alicerce de sua sociedade

<head></head><body>A crise também é estética – e isso nunca fez tanto sentido. Em um relatório anual de pesquisa global sobre procedimentos estéticos e cosméticos, a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) divulgou que houve um aumento geral de 19,3% nos procedimentos estéticos realizados em 2021, fechando o ano com 17,5 milhões de procedimentos não cirúrgicos realizados no mundo.A lipoaspiração foi o procedimento cirúrgico estético mais realizado em 2021, com 1,9 milhão de pessoas deitando em uma mesa para fazê-lo. Os cinco principais procedimentos mais populares continuam sendo a lipoaspiração, o aumento mamário, a cirurgia de pálpebras, a rinoplastia e a abdominoplastia. Entre os não cirúrgicos está o Botox, com mais de 7 milhões de intervenções realizadas pelo mundo.Muito embora os Estados Unidos sejam líderes em intervenções estéticas, com 30,4% de todos os procedimentos não cirúrgicos e 15,5% de todos os cirúrgicos, eles ainda não conseguiram chegar ao patamar da Coreia do Sul. Lá, a ultravalorização da aparência na sociedade, combinada com a indústria do entretenimento e a herança histórica, fizeram da nação uma espécie de Meca das intervenções estéticas.<h2>A aparência é o que importa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161501915358.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia relatou que 397 mil turistas, dos quais 48 mil eram de países ocidentais, pousaram no Aeroporto Internacional de Incheon, em Seul, no ano de 2017 para realizar seus sonhos estéticos. Combinados, eles gastaram cerca de US$ 200 milhões, representando 33,6% da receita total de pacientes estrangeiros, um gasto quase quatro vezes maior em relação a 2012.Se pelo menos um quinto dos turistas vão à Coreia para fins estéticos, é porque desde 1994, como mostrou uma pesquisa do Instituto Gallup, 86% da população sul-coreana acredita que a “aparência é o que importa na vida”. Portanto, qual outro país do mundo seria melhor para fazer uma intervenção desse tipo do que aquele no qual uma em cada cinco mulheres já fizeram algum procedimento estético?Afinal, na Coreia, o presente da maioria das meninas quando atingem os 18 anos não é um carro, mas uma volta com tudo pago pelo distrito de Gangnam, em Seul, onde 500 clínicas estéticas se enfileiram com preços disputadíssimos para realizar o sonho de alguém ter a mandíbula remodelada ou as pálpebras "consertadas".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161221686355.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Esse era o caso de Erin Yi, uma estudante da Universidade da Califórnia que, apesar de ter nascido fora da Coreia, cresceu ouvindo que seria levada para lá quando atingisse a maioridade só para "consertar" suas pálpebras. Erin nasceu com monopálpebras, uma característica tipicamente vista em povos asiáticos, especialmente coreanos, enquanto as pálpebras duplas são conhecidas por serem um traço dos ocidentais. Elas são tão admiradas na cultura coreana que se tornaram tradição que as meninas as recebam de presente ao se formarem no Ensino Médio.Por si só, esse já é um tópico delicado de um debate espinhento em que não há um consenso por parte de sociólogos, médicos ou historiadores. De um lado, estão aqueles que acreditam que essa “aversão” pelas monopálpebras seja uma necessidade dos asiáticos em se encaixarem em um ideal de beleza eurocêntrico. Do outro, no entanto, está quem alega que a raça ou a intenção de “parecer branco” não é mais central nas escolhas dos coreanos modernos para modificar sua aparência. Em vez disso, eles querem apenas ser pessoas que aparentam ter feito cirurgias plásticas.<h2>O mapa do horror</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161758177363.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Para muitos, essa supervalorização da aparência desde muito jovem pode parecer uma falha moral ou de caráter, mas não para uma sociedade com mais de dois milênios de história construída sobre o confucionismo. A filosofia e o sistema de valores desenvolvidos pelo filósofo chinês Confúcio exerceram grande influência em várias sociedades asiáticas, sobretudo a sul-coreana, pregando a modéstia e a apresentação de si mesmo como uma demonstração de respeito pelos outros e pela sociedade.Esses valores são constantemente atribuídos à beleza e à aparência física — por serem centralizados na importância de cultivar virtudes pessoais tanto quanto a benevolência, justiça, sinceridade, respeito, lealdade e retidão moral. A cultura confucionista incentivou por séculos seu povo a cuidar de sua aparência para manter uma imagem respeitável e harmoniosa perante o próximo. Em algumas interpretações da filosofia de Confúcio, a beleza física foi vista como uma manifestação externa da virtude moral interna. Portanto, indivíduos considerados bonitos podem ser vistos como mais virtuosos ou moralmente superiores.Séculos de contato da Coreia com outras nações asiáticas reforçaram essa ideia de percepção da beleza e valorização da aparência física como traço moral, assim como a hipervalorização da própria raça atingiu seu pico após a ocupação da Coreia pelo Japão, em 1910.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03161927282368.jpg" alt="(Fonte: Korea Post/Reprodução)">(Fonte: Korea Post/Reprodução)Pelos 35 anos nos quais a Coreia foi governada como colônia, seu povo foi cercado por tentativas de desracialização e imposição de padrões estéticos pelos japoneses. Eles foram submetidos a fortes propagandas falsas que retratavam atores e atrizes japoneses com características físicas consideradas atraentes e desejadas, como traços faciais específicos e cor mais clara da pele.Essa foi a raiz de uma ênfase pela busca de uma aparência ocidentalizada, a começar pelos olhos, de onde surgiu a tradição em "consertar" o problema que são as monopálpebras. As escolas controladas pelos japoneses impuseram uma doutrinação sobre o que era ser bonito e como os coreanos precisavam se adequar àquela estrutura. Os que não se enquadravam aos padrões de beleza eram discriminados e sofriam todo o tipo de exclusão social, a começar pelo trabalho. Diante disso, os procedimentos estéticos foram a única solução de sobrevivência.A antiga prática do gwansang (a adivinhação baseada na fisionomia facial) remonta ao século VII e sustenta que as características do rosto de uma pessoa compõem um “mapa”, revelando sua personalidade, seu passado, presente e futuro. Durante a ocupação da Coreia, os japoneses deturparam o gwansang&nbsp;e o basearam à etnia. Havia pessoas especializadas em ler o rosto dos coreanos para determinar se eram mais inteligentes ou nobres para ocupar cargos ou espaços.Com isso, não só foi criado um ambiente socialmente mais receptivo aos procedimentos estéticos, mas também o Japão "importou" para a Coreia vários cirurgiões-plásticos dos EUA e partes da Europa para se colocarem disponíveis aos coreanos que queriam não sofrer esse corte civilizacional.<h2>Falso deus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03162234441369.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A indústria de cirurgia plástica coreana floresceu mesmo após a Crise Financeira Asiática de 1997, quando os mercados do país entraram em colapso, obrigando o Fundo Monetário Internacional a reestruturar à força a economia coreana para que se assemelhasse mais com os mercados livres privatizados das nações ocidentais.Uma vez que isso diluiu as proteções trabalhistas, tornando mais fácil para as empresas demitirem seus funcionários, a crise de desemprego feroz propiciou um mercado mais competitivo, apoiado totalmente na aparência física. Em 2013, em uma pesquisa com 273 diretores de departamentos de recursos humanos na Coreia, o portal de empregos Saramin revelou que 84,2% dos entrevistados alegaram que suas decisões de contratação eram influenciadas pela aparência física e roupas de um candidato.Com esse efeito, o mercado de trabalho impulsionou as pessoas a se submeterem à controversa “cirurgia do emprego” para terem mais chances de contratação, tendo como base apenas feedbacks agressivos e preconceituosos de recrutadores durante entrevistas. Apesar de a prática ter sido proibida pelo governo coreano em 2017, ela persiste, causando danos psicológicos e socioeconômicos pelo país ao reforçar um padrão de ódio entre as pessoas.Em uma sociedade tradicionalmente patriarcal, onde as normas culturais e sociais favorecem os homens em muitos aspectos, as mulheres são as que mais saem perdendo quando o assunto é procedimento estético. Uma análise feita pelo Korean Youth Panel Study (KYPS) com 2.230 participantes indicou que a insatisfação corporal das mulheres é significativamente maior do que a dos homens. O centro de pesquisa Statista fez um levantamento em 2020 reforçando que apenas 2% dos homens entre 19 e 29 anos se submeteram a cirurgias plásticas.Um estudo de 2016, organizado pelo Hospital Gangnam Severance, mostrando que mulheres jovens sul-coreanas com uma imagem corporal negativa são mais propensas a depressão escancara ainda mais o problema: a sociedade coreana sucumbiu à plasticidade da aparência de tal maneira que não há volta. Hoje, submeter-se a uma quantidade absurda de cirurgias estéticas se tornou a única forma de os coreanos se sentirem inclusos e mostrarem que são “o tipo certo de pessoa”. Estamos falando de uma sociedade que prospera na crítica, no ódio, na condenação e no julgamento do próximo com base na aparência, como se tivesse saído de um romance de Scott Westerfeld em que ser normal é considerado “feio” em uma nação que emula extrema perfeição.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/03/03162622319377.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Enquanto isso, o culto e a glorificação da beleza coreana cria pessoas que se sentem incapazes, como Christina Lim. Em entrevista à ABC News, a jovem que aspirava a uma carreira como tradutora e intérprete na televisão disse que recebia uma quantidade imensa de comentários de ódio de pessoas que não achavam que ela era “visualmente adequada” o suficiente para aparecer em rede nacional.Ela não viu outra saída senão deitar em uma mesa de cirurgia por mais de 10 horas para refazer sua mandíbula e remodelar o nariz. Três meses depois, Lim ainda estava deitada em uma cama de hospital sofrendo com as dores do pós-operatório. “Eu não diria que estou bonita, mas posso dizer que estou melhor agora. Estou feliz com esse rosto, acho que vou viver melhor com ele”, confessou aos repórteres da ABC.Recuperada, Lim voltou a ser procurada pelo jornal e revelou que não recomendava o procedimento a ninguém porque preferia a morte do que as dores do pós-operatório. Apesar disso, ela sentia que tudo valeu a pena e que não teria feito nada de diferente.Christina Lim ou qualquer outro cidadão médio coreano não têm como fugir dos rostos perfeitos da indústria do entretenimento, dos elementos propagandísticos que incentivam a cirurgia estética a qualquer custo, das alavancas econômicas que intitulam a Coreia do Sul como “a Meca da cirurgia plástica”; muito menos de uma tradição que ainda se agarra ao ditado popular: “Seu deus te cria, mas seu deus-médico é quem te faz”. E para uma sociedade que se equilibra na corda bamba entre ser ou parecer, a decisão em deitar em uma mesa de cirurgia acaba sendo fácil demais.</body>

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Como a indústria de cirurgia estética coreana 'destrói' sua sociedade

Imagem de As mortais corridas de barcos a vapor dos Estados Unidos do século XIX no megacurioso

Durante as viagens fluviais, os passageiros esperavam ansiosos que o barco entrasse em uma corrida que poderia resultar em morte

Em 22 de julho de 1894, aconteceu a primeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124121-runner-s-high-correr-da-mesmo-um-barato-no-atleta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corrida</a> de carros na hist&oacute;ria, conhecida como a "Corrida de carros entre Paris e Rouen", na Fran&ccedil;a. Ela foi organizada pelo jornal parisiense Le Petit Journal e teve como objetivo demonstrar o potencial dos carros movidos a gasolina, promovendo tamb&eacute;m o desenvolvimento da ind&uacute;stria automobil&iacute;stica.
De l&aacute; para c&aacute;, essa pr&aacute;tica s&oacute; se tornou mais popular e hoje constitui uma ind&uacute;stria bilion&aacute;ria e mundialmente famosa, reconhecida pelos t&iacute;tulos da F&oacute;rmula 1, NASCAR, IndyCar, corridas de Endurance (como as 24 Horas de Le Mans), ralis e diversas outras.
Antes delas, eram as&nbsp;corridas de barco a vapor dos Estados Unidos, uma pr&aacute;tica popular e perigosa.
<h2>Fulton, o precursor</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31152453801289.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Os barcos a vapor foram um grande neg&oacute;cio, come&ccedil;ando a partir da d&eacute;cada de 1780 e emergindo como uma nova e vi&aacute;vel forma de transporte. Ainda que o engenheiro estadunidense Robert Fulton n&atilde;o tenha sido o inventor verdadeiro, ele foi apelidado "pai da navega&ccedil;&atilde;o a vapor" porque foi o &uacute;nico a comercializar com sucesso os barcos a vapor e os servi&ccedil;os que eles poderiam fornecer.
Com isso, o homem desempenhou um grande papel na transforma&ccedil;&atilde;o da embarca&ccedil;&atilde;o a vapor para a ind&uacute;stria do transporte do s&eacute;culo XIX. No ver&atilde;o de 1811, Fulton deu in&iacute;cio &agrave;s corridas ao pilotar o seu barco a vapor em alta velocidade e causar a primeira colis&atilde;o. Apesar disso, a imprensa considerou a corrida "emocionante e revolucion&aacute;ria", estimulando a pr&aacute;tica que nascia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31152531691290.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Mas o p&uacute;blico foi a parte essencial para que o esporte desse certo. &Agrave; medida que as corridas ganharam for&ccedil;a, as pessoas come&ccedil;aram a v&ecirc;-las como parte essencial at&eacute; mesmo das viagens fluviais. Os passageiros esperavam que outro barco aparecesse e disputasse uma corrida para que pudessem comemorar a vit&oacute;ria.
As corridas se popularizaram tanto em demanda que os capit&atilde;es come&ccedil;aram a medir seu valor pelo sucesso nas corridas. Os vencedores eram frequentemente premiados com medalhas e honrarias.
<h2>O grande problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31152617782291.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O mercado das corridas de barcos a vapor cresceu na mesma propor&ccedil;&atilde;o que se tornou arriscado. A manipula&ccedil;&atilde;o das v&aacute;lvulas das caldeiras, por exemplo, foi uma das pr&aacute;ticas mais conhecidas e perigosas, visto que se abriam para liberar o excesso de press&atilde;o. Uma vez que a tripula&ccedil;&atilde;o percebeu que isso diminu&iacute;a a possibilidade de o barco ganhar mais velocidade durante as corridas, passaram a ved&aacute;-las.
Ao fazer isso, eles n&atilde;o s&oacute; ganhavam mais velocidade, como tamb&eacute;m aumentavam as chances de explos&atilde;o. Principalmente porque as equipes alimentavam ainda mais as caldeiras com todo o tipo de subst&acirc;ncia inflam&aacute;vel, mas nenhum barco era projetado para funcionar em condi&ccedil;&otilde;es t&atilde;o extremas. Ent&atilde;o, v&aacute;rias caldeiras estouravam, matando centenas de passageiros no processo.
Em 25 de abril de 1838, uma multid&atilde;o viu o navio Mosela, conhecido e elogiado por sua velocidade excepcional, explodir repentinamente. Centenas de pessoas foram arremessadas do conv&eacute;s da embarca&ccedil;&atilde;o, algumas para a &aacute;gua e outras para edif&iacute;cios pr&oacute;ximos &agrave; margem do rio. O barco, em funcionamento h&aacute; cerca de um m&ecirc;s, foi reduzido a peda&ccedil;os. Aproximadamente 150 pessoas morreram no acidente.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Static&nbsp;" data-fonte-url="https://static.wixstatic.com/media/d0904f_fd4698d071cb47c3b49bb73ae4c8a7cd~mv2.jpg/v1/fill/w_640,h_348,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/d0904f_fd4698d071cb47c3b49bb73ae4c8a7cd~mv2.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31152802678293.jpg" alt="(Fonte: Hartford Steam Boiler/Internet Archive/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Hartford Steam Boiler/Internet Archive/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar dos perigos das corridas de barcos a vapor, o governo federal hesitou em agir porque a ind&uacute;stria das embarca&ccedil;&otilde;es era vital para trazer riqueza aos EUA. A imposi&ccedil;&atilde;o de regulamenta&ccedil;&otilde;es poderia sufocar o mercado em crescimento, n&atilde;o fazendo bem para a economia crescente.
At&eacute; 1838, o governo apenas observou as pessoas morrerem nas corridas, esperando que o problema se resolvesse sozinho. Eles acreditavam que os lucros perdidos com as explos&otilde;es, juntamente com o bom senso, seriam suficientes para regular a ind&uacute;stria de barcos a vapor &ndash; mas n&atilde;o foi o que aconteceu.
A primeira legisla&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica imposta pelo governo exigia que todos os barcos a vapor fossem submetidos a pelo menos algumas normas de seguran&ccedil;a, como passar por inspe&ccedil;&otilde;es regulares e empregar engenheiros qualificados. Demorou at&eacute; 1852, com a Steamboat Act, para que a pr&aacute;tica come&ccedil;asse a ganhar um rumo que n&atilde;o envolvia acidentes e mortes em grande escala.

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As mortais corridas de barcos a vapor dos Estados Unidos do século XIX

Imagem de 'Crying Wolf Effect': a prática de forjar crimes contra si mesmo no megacurioso

O fenômeno é considerado um problema que atrai prejuízos para o Estado e para a sociedade

<head></head><body>Você já ouviu falar na famosa fábula escrita por Esopo, O menino que gritava lobo? A história é sobre um jovem pastor encarregado de cuidar das ovelhas de seu rebanho em uma região montanhosa. Muito brincalhão, ele costumava gritar “Lobo! Lobo!” mesmo quando não havia nem sinal do animal por perto, apenas para ver os aldeões que viviam próximo correr até o campo para ajudá-lo a proteger as ovelhas.À medida que isso foi acontecendo com cada vez mais frequência, as pessoas foram ficando irritadas com o pastor, pois sua atitude estava desperdiçando tempo e recursos preciosos da comunidade. Portanto, eles começaram a desconfiar de cada vez que ele gritava por socorro. Um dia, no entanto, um lobo realmente apareceu e começou a atacar as ovelhas. Em pânico, o pastor gritou por ajuda, mas ninguém o acudiu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01141133698278.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Como consequência, o lobo devorou várias ovelhas do rebanho, e o pastor aprendeu uma lição valiosa: sua desonestidade e falta de responsabilidade tinham consequências graves. Ele percebeu que não podia mais confiar na ajuda dos outros por cauda de suas brincadeiras inconsequentes.A moral dessa fábula de Esopo foi tão absorvida pelo senso comum que a expressão “lobo chorão” não só se tornou comum para se referir aos mentiroso do dia a dia, como também para patologizar os mentirosos crônicos.&nbsp;Assim nasceu o Crying Wolf Effect, para definir as pessoas que forjam crimes contra si mesmas.<h2>Clamando atenção</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01144229966290.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 2 de novembro de 2016, Sherri Papini desapareceu enquanto corria em Redding, na Califórnia. Ela foi encontrada 21 dias depois em uma rodovia a quase 200 quilômetros de sua casa. Repleta de hematomas, Papini alegou que foi torturada por duas mulheres hispânicas que a sequestraram e a mantiveram trancada em um armário.Em um dos casos mais emblemáticos dos Estados Unidos, demorou até 2022 para que a polícia descobrisse que Papini inventou tudo. Enquanto isso, ela faturou mais de US$ 30 mil em assistência à vítima, fraudou o estado da Califórnia, e fez o Departamento Federal de Investigação (FBI) e a polícia gastaram milhares de dólares em anos de investigação. Em júri, ela revelou que forjou o próprio sequestro devido a um grau de frustração muito grande com sua vida familiar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01144323789291.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Os psicólogos que analisaram Papini determinaram que ela sofria do fenômeno Crying Wolf Effect (ou algo como "Efeito Gritar por Lobo" no português). Trata-se de um intenso desejo de chamar atenção das pessoas mais próximas por puro tédio ou por um sentimento de negligência. Em alguns casos, o indivíduo pode ser motivado simplesmente por se sentir ignorado pelo mundo.Segundo a psicóloga Bonnie Jacobson, também diretora do New York Institute for Psychological Change, as pessoas que forjam crimes transformam sentimentos de invisibilidade em uma fantasia que eles acreditam que é realidade.<h2>O problema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01150042658298.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não necessariamente uma pessoa que sofre com o Crying Wolf Effect precisa de intervenção psiquiátrica. Alguém que exagera ou faz declarações falsas constantemente pode agir para buscar atenção, manipular os outros, tentar evitar responsabilidade ou lidar com problemas emocionais não resolvidos. Pelo fato de exibir esse comportamento de forma intencional ou inconsciente, é muito comum que as pessoas associem o problema sempre à saúde mental.&nbsp;Jussie Smollett, um dos protagonistas da série televisiva Empire, da Fox, é um exemplo de como o fenômeno nem sempre está associado a questões mentais. Em 2019, ele pagou US$ 3.500 a dois irmãos para atacá-lo na rua em uma falsa tentativa de linchamento, configurando crime de ódio contra si. Acredita-se que isso tenha sido uma tentativa de golpe publicitário para alavancar sua carreira ainda mais.O poderio médico ressalta que o Crying Wolf Effect é uma questão que precisa ser conscientizada, pois pode se tornar bem mais prejudicial do que apenas desperdiçar recursos e servir como cortina de fumaça para crimes reais. O fenômeno acaba criando um ambiente social de desconfiança e descrença, prejudicando a capacidade das pessoas lidarem com problemas reais.</body>

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'Crying Wolf Effect': a prática de forjar crimes contra si mesmo

Imagem de 3 coisas inofensivas que fazemos que já foram tabus no megacurioso

Acredita que correr na rua já foi considerado uma coisa estranha?

<head></head><body>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118399-alfred-kinsey-revolucionou-a-sociedade-ao-falar-sobre-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabus</a> ocupam um papel muito significativo ao longo da história da humanidade. Por muitos, são considerados verdadeiros vilões, tanto culturais quanto sociais, responsáveis por impôr restrições a determinados comportamentos, práticas ou ideias, muitas vezes com base em crenças religiosas, morais ou tradicionais.O que é necessário entender, no entanto, é que a natureza e o impacto dos tabus podem variar conforme a cultura, o contexto histórico e a perspectiva individual. Muito diferente do que algumas pessoas pensam, um tabu não significa que seja algo necessariamente ruim ou um atraso.Esses 3 tabus considerados inofensivos são exemplos muito claros disso.<h2>1. Correr era para pessoas estranhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31145800100263.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Antes de se tornar uma atividade física muito difundida em 1970 pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126815-copa-do-mundo-feminina-4-recordes-em-que-mulheres-superaram-homens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atletas</a> olímpicos, e validada pelo médico americano Kenneth Cooper como uma prática importante para a saúde, a corrida de rua era considerada anormal nos Estados Unidos da década de 1960.O cofundador da Nike, Bill Bowerman, não só se apaixonou pelo hábito de correr na rua ao ver que era algo comum na Nova Zelândia, como projetou o primeiro par de tênis de corrida em 1970. A princípio, correr na rua foi recebido com estranhamento, afinal, apenas soldados fardados em treinamento ou atletas praticavam essa atividade. Fora isso, a pessoa poderia ser confundida com um criminoso em fuga.À medida que a prática foi sendo difundida, os veículos de imprensa bombardearam o país com notícias sobre pedestres levados ao tribunal e multados por estarem correndo na rua ou na calçada como prática de exercício físico. Os próprios cidadãos americanos processaram uns aos outros por possíveis perseguições ou por se sentirem coagidos por ver alguém correndo em sua direção.O estigma começou a desaparecer apenas no início de 1980.<h2>2. Sorrir para a câmera era vulgar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31150309828268.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124896-veja-8-imagens-que-foram-pioneiras-na-fotografia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a> foi uma das maiores invenções do século XIX, e não demorou quase nada para que se popularizasse. Durante a Era Vitoriana, tirar fotos se tornou um hábito necessário que substituiu rapidamente a arte dos retratistas, tanto que se tornou comum tirar foto de um familiar falecido como forma de celebrá-lo e superar o luto por sua perda.Dessa forma, tirar fotos se transformou em um verdadeiro evento, reservado apenas para as ocasiões mais especiais. As pessoas no geral, não só os vitorianos, queriam ser lembradas como indivíduos profundos, de aparência severa, perdidos em seus pensamentos e complexos. Com isso, sorrir para uma câmera era considerado a coisa mais vulgar e constrangedora que alguém podia fazer naquele tempo.Demorou até meados de 1930 para que sorrisos começassem a aparecer em retratos, quando a fotografia instantânea se tornou disponível para todas as camadas sociais. Foi assim que as pessoas perceberam que uma imagem não iria envergonhá-los para toda a vida e que era a captura de um momento que não duraria para sempre.<h2>3. Asas de frango eram descartáveis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/31/31150906554270.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 24 de setembro de 1952, o empresário Harland Sanders começou a vender frango frito em seu restaurante de beira de estrada, em Corbin, no Kentucky, EUA. Assim nasceu o Kentucky Fried Chichen (KFC), vendendo em seu cardápio apenas os tradicionais pedaços de coxa e sobrecoxa de frango.Ele nem imaginava que isso se tornaria um império, chegando a faturar US$ 13,6 bilhões em 2012, tampouco que as asinhas de frango se tornariam as estrelas do seu cardápio. Afinal, até 1960, elas eram consideradas uma parte descartável do frango.&nbsp;Isso mudou quando Teressa Bellissimo, dona do Anchor Bar, em Buffalo, Nova York, decidiu preparar um aperitivo rápido para um grupo de amigos famintos.&nbsp;Em vez de descartar as asas do frango que seu marido havia trazido, ela decidiu fritá-las para obter uma textura mais crocante. Em seguida, preparou um molho picante à base de manteiga e pimenta vermelha para dar sabor ao prato. Seus convidados amaram a receita e o boca a boca começou a fazer disso um negócio.</body>

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3 coisas inofensivas que fazemos que já foram tabus

Imagem de Qual a relação entre a longa vida dos esquimós e o ômega 3? no megacurioso

Estudos provaram que os povos do Polo Norte vivem mais por conta de uma dieta rica em ômega 3, vinda dos peixes e algas

Talvez voc&ecirc; n&atilde;o saiba, mas os inu&iacute;tes (os povos ind&iacute;genas que habitam o extremo norte do planeta) s&atilde;o conhecidos por sua longevidade. Este fato chamou a aten&ccedil;&atilde;o de alguns pesquisadores ainda nos anos 1970, que resolveram investigar o que fazia com que eles vivessem com sa&uacute;de por tanto tempo.
O que eles descobriram &eacute; que a resposta estaria na dieta destes povos, baseada em peixes e gorduras de animais mar&iacute;timos. O consumo destes alimentos, que s&atilde;o ricos em <a href="https://www.vhita.com.br/products/omega-3-capsulas?utm_source=nzn&amp;utm_medium=nzn&amp;utm_id=nzn" target="_blank">&ocirc;mega 3</a>,&nbsp;teria rela&ccedil;&atilde;o com a baixa incid&ecirc;ncia de doen&ccedil;as coron&aacute;rias e de mortes associadas a elas entre os inu&iacute;tes.
Isso levou ao aumento de estudos sobre o &ocirc;mega 3, um tipo de gordura que o corpo humano n&atilde;o &eacute; capaz de produzir, mas que &eacute; extremamente ben&eacute;fico para a nossa sa&uacute;de. Os &aacute;cidos graxos presentes neste &oacute;leo s&atilde;o muito importantes para a prote&ccedil;&atilde;o do cora&ccedil;&atilde;o, e se tornam ainda mais potentes quando s&atilde;o associados com h&aacute;bitos saud&aacute;veis &ndash; como a pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios e a nutri&ccedil;&atilde;o equilibrada.
Saiba mais sobre como o &ocirc;mega 3 &eacute; um grande aliado para quem quer levar uma vida plena.
<h2>Os benef&iacute;cios do &ocirc;mega 3</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/vitha-14164701182433.jpg" alt="vitha" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desde que os primeiros pesquisadores descobriram a rela&ccedil;&atilde;o entre o &oacute;leo vindo dos peixes com a sa&uacute;de do cora&ccedil;&atilde;o, muitos outros estudos foram feitos para analisar os poderes desta subst&acirc;ncia. E o que se verificou foi surpreendente.
O uso de suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3 tem rela&ccedil;&atilde;o comprovada com a diminui&ccedil;&atilde;o de problemas cardiovasculares, incluindo ataques card&iacute;acos. J&aacute; um estudo de 2010 mostrou que esta pr&aacute;tica tamb&eacute;m traz melhorias na sa&uacute;de do c&eacute;rebro: o consumo de &aacute;cido docosahexaenoico (DHA), um tipo de &ocirc;mega 3, pode ter um efeito protetor contra o decl&iacute;nio cognitivo que tende a acontecer com o envelhecimento.
A rela&ccedil;&atilde;o com o c&eacute;rebro &eacute; ainda mais profunda, e envolve tamb&eacute;m a sa&uacute;de mental como um todo. Uma pesquisa publicada em 2019 analisou estudos cl&iacute;nicos sobre a suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3 em pacientes com depress&atilde;o. Os resultados sugerem que a subst&acirc;ncia teve efeitos antidepressivos bastante significativos, al&eacute;m de trazer benef&iacute;cios a pessoas com transtorno de ansiedade.
Conforme um estudo conduzido na Espanha, o &oacute;leo tamb&eacute;m ajuda a diminuir o risco de acidentes vasculares cerebrais. A pesquisa analisou os efeitos de uma dieta mediterr&acirc;nea rica em azeite de oliva extravirgem e nozes, que s&atilde;o tamb&eacute;m ricos em &ocirc;mega 3. O que se verificou &eacute; que as pessoas acompanhadas nesta an&aacute;lise tiveram uma redu&ccedil;&atilde;o significativa neste risco em rela&ccedil;&atilde;o ao grupo de controle da pesquisa.
<h2>Como consumir o &ocirc;mega 3?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/vitha-14164745158434.jpg" alt="vitha" />(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O &ocirc;mega 3 &eacute; naturalmente encontrado em alguns alimentos. Os peixes, principalmente os de &aacute;guas frias (como sardinha, salm&atilde;o, cavala e arenque) possuem formas ativas da subst&acirc;ncia em sua carne. O &oacute;leo tamb&eacute;m aparece em alimentos de origem vegetal, como algas, nozes, chia e linha&ccedil;a, na forma de &aacute;cido linol&ecirc;nico.
O consumo frequente destes alimentos &eacute; uma boa forma de garantir &ocirc;mega 3, mas nem sempre &eacute; poss&iacute;vel ingerir na quantidade necess&aacute;ria &mdash; afinal, ningu&eacute;m consegue consumir tanto peixe quanto os inu&iacute;tes! Por isso, a <a href="https://www.vhita.com.br/products/omega-3-capsulas" target="_blank" rel="sponsored">suplementa&ccedil;&atilde;o de &ocirc;mega 3</a> &eacute; uma forma simples e eficiente de garantir que voc&ecirc; obtenha todos os benef&iacute;cios desse &oacute;leo valioso e fundamental para a sa&uacute;de. &Eacute; uma das maneiras mais inteligentes de agir hoje mesmo em prol de uma vida longa e feliz.
Agora que voc&ecirc; j&aacute; conhece todo o poder do &ocirc;mega 3 e da relev&acirc;ncia da suplementa&ccedil;&atilde;o, vale conferir os produtos da Vhita, que distribui vitaminas e suplementos para ampliar a sa&uacute;de, o bem-estar e a vitalidade da popula&ccedil;&atilde;o.
*Este &eacute; um conte&uacute;do patrocinado por Vhita.

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Qual é a relação entre a longa vida dos inuits e o ômega 3?

Imagem de As 6 trilhas mais surpreendentes do mundo no megacurioso

Conecte-se com a natureza e descubra as trilhas mais fascinantes do mundo

<head></head><body>Se você é um aventureiro apaixonado pela natureza e adora explorar paisagens icônicas, certamente fazer trilhas é uma opção imperdível. Viajar pelas montanhas, florestas e desertos é uma forma única de conectar-se com o meio ambiente e vivenciar experiências inesquecíveis. Aqui, vamos apresentar uma lista com seis das trilhas mais surpreendentes do mundo, que prometem encantar até os viajantes mais experientes. Aventure-se conosco nessa jornada fascinante!<h2>1. Caminho Inca, Peru</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25221139803019.jpg" alt="Uma das trilhas mais conhecidas entre os aventureiros.">Uma das trilhas mais conhecidas entre os aventureiros.O lendário Caminho Inca é uma das trilhas mais famosas do mundo e leva os aventureiros a uma jornada mística até a cidade perdida dos Incas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118367-machu-picchu-5-fatos-incriveis-sobre-a-cidade-peruana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machu Picchu</a>. Com cerca de 43 km de extensão, a caminhada percorre montanhas, vales e florestas exuberantes, proporcionando vistas panorâmicas espetaculares. A riqueza histórica e cultural dessa trilha a torna ainda mais especial. Prepare-se para uma aventura emocionante em meio à história e paisagens deslumbrantes.<h2>2. Montanha do Dragão, China</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25221529640020.jpg" alt="Trilha desafiadora com paisagens nebulosas.">Trilha desafiadora com paisagens nebulosas.Conhecida como a trilha mais desafiadora da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a>, a Montanha do Dragão oferece uma experiência inesquecível. Localizada na província de Anhui, a trilha possui mais de 6 km de extensão e é marcada por degraus íngremes esculpidos nas montanhas. Os aventureiros serão recompensados com vistas deslumbrantes das paisagens nebulosas e picos afiados. Reza a lenda que quem escala a Montanha do Dragão recebe bênçãos e boa sorte.<h2>3. Trilha W, Chile</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25222712381021.jpg" alt="Aventura com cenário azul-turquesa.">Aventura com cenário azul-turquesa.Em pleno coração do Parque Nacional Torres del Paine, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107435-conheca-alguns-dos-lugares-mais-lindos-do-maravilhoso-chile.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chile</a>, a Trilha W é um paraíso para os amantes da natureza. Com 70 km de extensão, a trilha é chamada assim por seu formato que lembra a letra "W". Os caminhantes passarão por geleiras, lagos azul-turquesa e as famosas Torres del Paine. Cada dia de caminhada reserva uma surpresa, com paisagens deslumbrantes.<h2>4. Overland Track, Austrália</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nikki Marshall/The Guardian&nbsp;" data-fonte-url="https://i.guim.co.uk/img/media/3e15356cec5a619d5fa84a655bd33c8a04cea379/0_0_4032_3024/master/4032.jpg?width=880&amp;dpr=2&amp;s=none"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25223858303022.jpeg" alt="Maravilhas naturais da Tasmânia.">Maravilhas naturais da Tasmânia.Se aventurar em meio às maravilhas naturais da Tasmânia é uma experiência inesquecível, e o Overland Track oferece exatamente isso. Com 65 km de extensão, a trilha leva os aventureiros a explorar florestas temperadas, montanhas imponentes e lagos cristalinos. A diversidade de flora e fauna australiana é um verdadeiro deleite para os sentidos. O Lago St. Clair, o mais profundo da Austrália, é um dos destaques dessa jornada.<h2>5. Circuito O, Chile</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25224844728023.jpg" alt="Imersão radical na Patagônia chilena.">Imersão radical na Patagônia chilena.Outra joia do Parque Nacional Torres del Paine, o Circuito O é uma trilha mais longa e desafiadora em comparação à Trilha W. Com aproximadamente 100 km, essa caminhada é uma imersão completa nas paisagens deslumbrantes da Patagônia chilena. O destaque da jornada é a geleira Grey, blocos de gelo azul-turquesa formam um cenário surreal. A experiência de acampar sob um céu estrelado é simplesmente mágica.<h2>6. Trilha Kalalau, Havaí</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/25/25225120693024.jpg" alt="Experiência única na selva havaiana.">Experiência única na selva havaiana.Se você deseja um verdadeiro paraíso tropical para sua aventura, a Trilha Kalalau é a escolha certa. Localizada em Kauai, no Havaí, essa trilha oferece vistas deslumbrantes do oceano, enseadas e cachoeiras magníficas. Com 35 km de extensão, a caminhada é uma experiência única em meio à selva havaiana. É importante reservar com antecedência, pois a trilha é bastante procurada.Seja percorrendo o Caminho Inca, explorando a exuberância da Patagônia no Circuito O ou encontrando paz em meio à beleza do Havaí na Trilha Kalalau, cada caminhada é única e especial. Prepare sua mochila, calce suas botas e embarque nessa jornada de descobertas pelo mundo natural.</body>

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As 6 trilhas mais surpreendentes do mundo

Imagem de Bibby Stockholm: o polêmico navio que abriga refugiados no Reino Unido no megacurioso

Moradores da cidade de Dorset reclamam da iniciativa do governo do Reino Unido de abrigar refugiados em uma barca atracada no porto da cidade

<head></head><body>Uma grande embarcação tem causado polêmica no porto de Portland, na cidade de Dorset, no sul da Inglaterra. Trata-se da Bibby Stockholm, uma gigantesca estrutura que abrigará cerca de 500 <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121094-refugiados-no-brasil-uma-realidade-critica-e-preocupante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">refugiados que buscam asilo</a> no Reino Unido.O objetivo do governo com essa medida é reduzir os custos com o alojamento dessas pessoas. Segundo as autoridades, esses gastos com hospedagem chegam a 6 milhões de libras por dia, aproximadamente 36 milhões de reais.Agora, alguns dos novos refugiados ficarão em um dos 222 quartos da embarcação. Segundo as autoridades, os quartos contam com televisão e a estrutura ainda terá espaço para exercícios e sala de orações.Apenas homens adultos, com idades entre 18 e 65 anos, serão alocados nessa gigantesca barca. Essas pessoas terão autorização para saírem do local durante o dia, mas deverão retornar à noite e esclarecer aos seguranças particulares que cuidarão do local o motivo de sua saída e os locais que frequentaram.Os refugiados terão suas impressões digitais coletadas para serem identificados, enquanto os pedidos de asilo são analisados pelas autoridades.<h2>Uso da embarcação gerou polêmica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27110203369149.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesOs moradores da cidade foram os primeiros a rejeitarem a iniciativa do governo. Eles temem que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119150-5-filmes-poderosos-para-entender-a-crise-dos-refugiados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presença dos refugiados</a> vindos pelo mar sobrecarregue os serviços locais de saúde. Para evitar isso, o governo afirmou que essas pessoas receberão atendimento médico de forma remota ou dentro da embarcação.Além disso, os habitantes locais relataram à imprensa local que se sentiram desprezados com a iniciativa, como se a cidade tivesse a missão de barrar um problema social que não poderia existir em outras partes do país, mas deveria ser suportado por eles.Tudo isso tem relação com o fato de o município contar com uma prisão que comporta 580 detentos condenados por crimes sexuais, além de outra cadeia que abriga 500 presos condenados por outros crimes.Aliás, durante oito anos, a cidade contava com outra barca atracada no mesmo porto que servia para abrigar prisioneiros condenados. Tudo isso fez com que o local se tornasse destaque nacional devido à sua população carcerária. Aproximadamente 11% dos moradores de Dorset são condenados.Profissionais de saúde e ativistas dos direitos humanos questionam a eficiência dessa medida, argumentando que ela não garante o bem-estar dos refugiados, que são pessoas que buscam no Reino Unido a chance de recomeçar suas vidas longe de cenários de guerras, por exemplo.<h2>Serviço gerará lucro bilionário</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/27/27110254371150.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesParalelo a isso, existem pessoas que questionam a eficiência financeira dessa medida. A gestão do serviço será feita por uma empresa particular chamada Corporate Travel Management (CTM). Essa empresa ganhará mais de um bilhão de libras para gerenciar o serviço de acomodação de refugiados em barcas. &nbsp;A empresa tem ações na bolsa de valores e seus papeis estão presentes em muitas opções de fundos de investimentos.Antes de assinar o contrato bilionário de acomodações em barcas, a empresa projetou um lucro superior a 81 milhões de libras para o período que terminou em junho deste ano, o que equivale a mais de 500 milhões de reais.</body>

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Bibby Stockholm: o polêmico navio que abriga refugiados no Reino Unido

Imagem de O que é o chemsex e por que a prática é tão perigosa? no megacurioso

Descubra como a combinação de drogas e sexo pode ser intensa e fatal 

Chemsex, ou &ldquo;sexo qu&iacute;mico&rdquo;, &eacute; o termo utilizado para o uso de drogas durante a pr&aacute;tica de atividades sexuais, com ou sem penetra&ccedil;&atilde;o. Os praticantes do chemsex&nbsp;usam diferentes subst&acirc;ncias para aumentar a libido e intensificar os sentidos durante o ato. Isso gera uma verdadeira explos&atilde;o de dopamina no c&eacute;rebro, tornando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126806-4-animais-que-fazem-sexo-por-prazer-alem-dos-humanos-claro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experi&ecirc;ncia sexual</a> muito mais intensa &mdash; e tamb&eacute;m fatal.&nbsp;
Entender por que a pr&aacute;tica &eacute; perigosa &eacute; bem simples. N&atilde;o estamos falando apenas de pessoas que j&aacute; s&atilde;o viciadas em drogas. Mesmo quem usa ocasionalmente corre o risco de se tornar dependente dessa pr&aacute;tica. O chemsex&nbsp;est&aacute; diretamente ligado ao uso de drogas, o que pode resultar em dupla ou tripla depend&ecirc;ncia &mdash; v&iacute;cio em sexo, drogas e no combo dos dois ao mesmo tempo. Outro ponto importante &eacute; o aumento do risco de contrair infec&ccedil;&otilde;es sexualmente transmiss&iacute;veis, incluindo o HIV, devido &agrave; diminui&ccedil;&atilde;o da precau&ccedil;&atilde;o antes da atividade sexual.
<h2 style="text-align: justify;">Pr&aacute;tica vem crescendo ao redor do mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26125113186217.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Existem v&aacute;rias raz&otilde;es pelas quais a pr&aacute;tica vem se tornando constante entre os mais jovens. Pessoas que j&aacute; usam drogas recreativamente s&atilde;o mais propensas a experimentar coisas novas. Para muitos, as drogas sint&eacute;ticas s&atilde;o uma parte essencial da divers&atilde;o &mdash; seja experimentando novas subst&acirc;ncias psicoativas ou buscando a sensa&ccedil;&atilde;o de euforia. Nesse contexto, o chemsex&nbsp;pode parecer uma combina&ccedil;&atilde;o perfeita.
Al&eacute;m disso, os aplicativos de relacionamento facilitam a dissemina&ccedil;&atilde;o do ato. Outro fator &eacute; que as pessoas que experimentam o chemsex&nbsp;pela primeira vez e tem uma experi&ecirc;ncia positiva, costumam divulgar como se fosse uma grande descoberta. O problema &eacute; que, com o tempo, os efeitos negativos podem come&ccedil;ar a aparecer.&nbsp;
<h2 style="text-align: justify;">Quais s&atilde;o as drogas mais usadas?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/26/26125158285218.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
No universo das drogas utilizadas no chemsex, a lista pode ser bem extensa, pois h&aacute; constantemente novas subst&acirc;ncias sendo produzidas e lan&ccedil;adas. Basicamente, qualquer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125246-stf-volta-a-julgar-descriminalizacao-de-porte-de-drogas-para-consumo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">droga&nbsp;</a>sint&eacute;tica que afete diretamente o sistema nervoso central pode ser usada na pr&aacute;tica.
Algumas das drogas mais comuns incluem:
<ul style="text-align: justify;">
<li>Metanfetamina: Conhecida por sua pot&ecirc;ncia, a metanfetamina causa dist&uacute;rbios do sono, indisposi&ccedil;&atilde;o, depress&atilde;o e euforia. Al&eacute;m disso, intensifica o apetite sexual;</li>
<li>Ecstasy: Popular em festas de m&uacute;sica eletr&ocirc;nica, o ecstasy era inicialmente utilizado para prolongar a energia necess&aacute;ria para dan&ccedil;ar por v&aacute;rias horas. Al&eacute;m de proporcionar uma sensa&ccedil;&atilde;o de alegria intensa, muitas pessoas tamb&eacute;m a usam antes do sexo devido &agrave; facilidade de encontr&aacute;-la e &agrave; associa&ccedil;&atilde;o com o ambiente festivo;</li>
<li>Poppers: Tamb&eacute;m comum em festas, o poppers&nbsp;tem o apelo de real&ccedil;ar a vis&atilde;o e a audi&ccedil;&atilde;o. &Eacute; amplamente utilizado em diferentes tipos de eventos.&nbsp;</li>
</ul>
<h2>Riscos fatais&nbsp;</h2>
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O chemsex&nbsp;pode ser fatal, especialmente devido ao aumento do ritmo card&iacute;aco, o que pode levar a um infarto agudo. Al&eacute;m disso, o uso combinado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125086-k9-k4-k2-que-droga-e-essa-e-quais-riscos-ela-traz-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas&nbsp;</a>pode levar a um excesso de relaxamento da consci&ecirc;ncia, podendo levar o indiv&iacute;duo a um estado de coma.
O risco de overdose tamb&eacute;m &eacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que o sexo e o uso de drogas podem potencializar as altera&ccedil;&otilde;es no organismo. A frequ&ecirc;ncia card&iacute;aca aumenta naturalmente nos momentos que antecedem o orgasmo, mesmo sem o uso de drogas, mas a adi&ccedil;&atilde;o de subst&acirc;ncias pode tornar esse intervalo fatal.
<h2 style="text-align: justify;">Existem tratamentos?&nbsp;</h2>
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Os tratamentos variam de acordo com as particularidades de cada pessoa e seu v&iacute;cio. Em geral, &eacute; essencial combinar tratamentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126762-como-a-mafia-da-industria-farmaceutica-fatura-as-custas-da-dor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentosos&nbsp;</a>com sess&otilde;es de terapia cognitivo-comportamental.
Essa abordagem terap&ecirc;utica &eacute; crucial para quebrar os h&aacute;bitos solidificados pelo chemsex, que precisam ser alterados. Em alguns casos, a terapia familiar tamb&eacute;m pode ser &uacute;til no processo de recupera&ccedil;&atilde;o. &Eacute; importante buscar ajuda profissional para enfrentar os desafios associados ao chemsex e iniciar um caminho rumo &agrave; recupera&ccedil;&atilde;o.

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