Ciência
02/08/2023 às 08:00•2 min de leitura
Os tabus ocupam um papel muito significativo ao longo da história da humanidade. Por muitos, são considerados verdadeiros vilões, tanto culturais quanto sociais, responsáveis por impôr restrições a determinados comportamentos, práticas ou ideias, muitas vezes com base em crenças religiosas, morais ou tradicionais.
O que é necessário entender, no entanto, é que a natureza e o impacto dos tabus podem variar conforme a cultura, o contexto histórico e a perspectiva individual. Muito diferente do que algumas pessoas pensam, um tabu não significa que seja algo necessariamente ruim ou um atraso.
Esses 3 tabus considerados inofensivos são exemplos muito claros disso.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Antes de se tornar uma atividade física muito difundida em 1970 pelos atletas olímpicos, e validada pelo médico americano Kenneth Cooper como uma prática importante para a saúde, a corrida de rua era considerada anormal nos Estados Unidos da década de 1960.
O cofundador da Nike, Bill Bowerman, não só se apaixonou pelo hábito de correr na rua ao ver que era algo comum na Nova Zelândia, como projetou o primeiro par de tênis de corrida em 1970. A princípio, correr na rua foi recebido com estranhamento, afinal, apenas soldados fardados em treinamento ou atletas praticavam essa atividade. Fora isso, a pessoa poderia ser confundida com um criminoso em fuga.
À medida que a prática foi sendo difundida, os veículos de imprensa bombardearam o país com notícias sobre pedestres levados ao tribunal e multados por estarem correndo na rua ou na calçada como prática de exercício físico. Os próprios cidadãos americanos processaram uns aos outros por possíveis perseguições ou por se sentirem coagidos por ver alguém correndo em sua direção.
O estigma começou a desaparecer apenas no início de 1980.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
A fotografia foi uma das maiores invenções do século XIX, e não demorou quase nada para que se popularizasse. Durante a Era Vitoriana, tirar fotos se tornou um hábito necessário que substituiu rapidamente a arte dos retratistas, tanto que se tornou comum tirar foto de um familiar falecido como forma de celebrá-lo e superar o luto por sua perda.
Dessa forma, tirar fotos se transformou em um verdadeiro evento, reservado apenas para as ocasiões mais especiais. As pessoas no geral, não só os vitorianos, queriam ser lembradas como indivíduos profundos, de aparência severa, perdidos em seus pensamentos e complexos. Com isso, sorrir para uma câmera era considerado a coisa mais vulgar e constrangedora que alguém podia fazer naquele tempo.
Demorou até meados de 1930 para que sorrisos começassem a aparecer em retratos, quando a fotografia instantânea se tornou disponível para todas as camadas sociais. Foi assim que as pessoas perceberam que uma imagem não iria envergonhá-los para toda a vida e que era a captura de um momento que não duraria para sempre.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Em 24 de setembro de 1952, o empresário Harland Sanders começou a vender frango frito em seu restaurante de beira de estrada, em Corbin, no Kentucky, EUA. Assim nasceu o Kentucky Fried Chichen (KFC), vendendo em seu cardápio apenas os tradicionais pedaços de coxa e sobrecoxa de frango.
Ele nem imaginava que isso se tornaria um império, chegando a faturar US$ 13,6 bilhões em 2012, tampouco que as asinhas de frango se tornariam as estrelas do seu cardápio. Afinal, até 1960, elas eram consideradas uma parte descartável do frango.
Isso mudou quando Teressa Bellissimo, dona do Anchor Bar, em Buffalo, Nova York, decidiu preparar um aperitivo rápido para um grupo de amigos famintos.
Em vez de descartar as asas do frango que seu marido havia trazido, ela decidiu fritá-las para obter uma textura mais crocante. Em seguida, preparou um molho picante à base de manteiga e pimenta vermelha para dar sabor ao prato. Seus convidados amaram a receita e o boca a boca começou a fazer disso um negócio.