Imagem de Cientistas estudam embriões de dinossauros de 200 milhões de anos no megacurioso

A pesquisa permitiu saber, com mais detalhes, como se desenvolviam os crânios dos dinossauros ainda dentro dos ovos

Em um estudo divulgado recentemente na revista Nature, cientistas anunciaram que conseguiram estudar detalhes nunca antes vistos de como era o processo de desenvolvimento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/98956-13-curiosidades-incriveis-sobre-dinossauros.htm">cr&acirc;nios de dinossauros</a>. A pesquisa envolveu os mais antigos f&oacute;sseis de embri&otilde;es de dinossauros conhecidos, al&eacute;m da ajuda de tecnologia 3D para o estudo dos ovos datados de 200 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14155719920018.jpg" alt="Varredura permitiu levantar 3 anos de dados para serem analisado. (Fonte: All That's Interesting / Kimberley Chapell / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Varredura permitiu levantar 3 anos de dados para serem analisados. (Fonte: All That's Interesting/Kimberley Chapell/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os respons&aacute;veis por esse projeto s&atilde;o pesquisadores da Universidade de Witwatersrand, na &Aacute;frica do Sul. De acordo com as conclus&otilde;es, os cr&acirc;nios dos dinossauros se desenvolviam seguindo a mesma linha verificada em outros animais considerados parentes dos dinossauros e atualmente bem vivos, como lagartos, tartarugas, galinhas e crocodilos.
Os ovos fossilizados usados nesse estudo s&atilde;o do herb&iacute;voro massospondylus e foram descobertos em 1976. Tratava-se de um dinossauro emplumado apontado como um dos &uacute;ltimos raptores a viver no planeta Terra antes do per&iacute;odo de extin&ccedil;&atilde;o.
Por meio de uma t&eacute;cnica de varredura n&atilde;o destrutiva, os cientistas conseguiram visualizar os f&oacute;sseis com uma gama muito ampla de detalhes &mdash; com a resolu&ccedil;&atilde;o de uma c&eacute;lula &oacute;ssea individual.
Raios-X de alta pot&ecirc;ncia tamb&eacute;m foram usados para auxiliar na reconstru&ccedil;&atilde;o dos cr&acirc;nios. Dessa forma, foi poss&iacute;vel observar que os embri&otilde;es desses animais, com cr&acirc;nios de dimens&otilde;es de 2 cm aproximadamente, contavam com 2 conjuntos de dentes, sendo que o tamanho deles variava entre 0,4 e 0,7 mm de largura &mdash; algo bem semelhante aos de lagartixas e crocodilos.
<h2>Tudo continua como sempre</h2>
O resultado final desse estudo foi que, a respeito do desenvolvimento embrion&aacute;rio, 200 milh&otilde;es de anos n&atilde;o foram o suficiente para a natureza promover altera&ccedil;&otilde;es.
Jonah Choiniere, professor da Universidade de Witwatersrand e coautor do estudo, aponta: &ldquo;&Eacute; incr&iacute;vel que, em mais de 250 milh&otilde;es de anos de evolu&ccedil;&atilde;o, a maneira como o cr&acirc;nio se desenvolve no ovo permane&ccedil;a mais ou menos a mesma".
&ldquo;Isso mostra que voc&ecirc; n&atilde;o altera uma coisa que j&aacute; &eacute; boa&rdquo;, acrescenta ele, dando a entender que a natureza entende bem o ditado que diz &ldquo;em time que est&aacute; ganhando, n&atilde;o se mexe&rdquo;.

thumb-image-2024-02-29T14:04:37.829Z

Cientistas estudam embriões de dinossauros de 200 milhões de anos

Imagem de Crânio de criança pode ser o fóssil mais antigo de Homo erectus no megacurioso

O fragmento encontrado por pesquisadores na África tem 2 milhões de anos e estava entre fósseis de outras duas espécies, Australopithecus africanus e Paranthropus robustus

<head></head><body>As pesquisas sobre os parentes da humanidade não param e um novo estudo sugere que três dos mais antigos podem ter vivido no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Paleontólogos encontraram, durante uma escavação em uma caverna na África do Sul, o mais antigo fragmento de crânio de um Homo erectus. O fóssil é de cerca de 2 milhões de anos atrás e, segundo o estudo publicado na revista Science&nbsp;em 3 de abril, o crânio é de uma criança que tinha entre dois e três anos de idade quando morreu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/10/10112519604274.jpg" alt="Fragmento de crânio de criança foi encontrado na África">Fragmento de crânio de criança foi encontrado na ÁfricaA análise englobou uma série de fósseis escavados na caverna Drimolen entre 2015 e 2018. O que leva os pesquisadores a acreditarem na convivência entre Homo erectus, Australopithecus africanus e Paranthropus robustus é a descoberta de fósseis de todos na mesma região, o Sistema de Paleocavernas Drimolen, perto de Joanesburgo, conhecido como "Berço da Humanidade".&nbsp;Trata-se de uma rede de 466 quilômetros quadrados de cavernas em calcário com um rico material que diz muito sobre o início da humanidade. A convivência, sugere o estudo, aconteceu há aproximadamente 2 milhões de anos. No local, foram encontrados mais de 900 fósseis.“A era do fóssil mostra que o Homo erectus&nbsp;existia de 150 mil a 200 mil anos antes do que se pensava. Agora, podemos dizer que o Homo erectus&nbsp;compartilhou a paisagem com o Paranthropus&nbsp;e o Australopithecus”, afirma Andy Herries, principal autor do estudo e chefe do Departamento de Arqueologia e História da Universidade La Trobe, da Austrália.<h2>Disputa entre Homo erectus e Paranthropus pode ter levado à extinção do Australopithecus</h2>Os restos fósseis de Australopithecus&nbsp;e Paranthropus&nbsp;encontrados também em Drimolen são do mesmo período e, segundo a pesquisa, isso demonstra que os três viveram lado a lado, mesmo que por um breve período. Ainda de acordo com os pesquisadores, esse período breve teria sido de transição, pouco antes da extinção do Australopithecus&nbsp;e quando o Homo erectus&nbsp;iniciava sua história de quase 2 milhões de anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/10/10112629963275.jpg" alt="Diversos fósseis foram encontrados no mesmo local, na caverna Drimolen">Diversos fósseis foram encontrados no mesmo local, na caverna DrimolenAlém disso, a “competição” acirrada entre o Homo erectus&nbsp;e o Paranthropus&nbsp;teria levado à extinção total do Australopithecus,&nbsp;sugere o estudo.Até o momento, os primeiros fósseis de Homo erectus&nbsp;vinham da Geórgia e após a descoberta, há a hipótese de que eles tenham migrado da África há cerca de 1,85 milhão de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:37.044Z

Crânio de criança pode ser o fóssil mais antigo de Homo erectus

Imagem de Primatas pré-históricos foram da África à América do Sul de "canoa" no megacurioso

Registros descobertos no Peru indicam que um segundo grupo de macacos atravessou o Atlântico em algum tipo de plataforma marítima

Novos registros f&oacute;sseis identificados por cientistas da Keck School of Medicine, na Universidade do Sul da Calif&oacute;rnia, indicam que, ap&oacute;s a chegada dos Platyrrhines, popularmente conhecidos como "macacos do Novo Mundo", em terras sul-americanas a cerca de 36 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, um segundo grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113742-macacos-passam-fome-na-tailandia-devido-a-influencia-do-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a> tamb&eacute;m partiu rumo &agrave; Am&eacute;rica do Sul, por&eacute;m de uma maneira pouco convencional e mais instintiva do que seus primos pioneiros.
Enquanto muitos pesquisadores e estudiosos acreditam que os primeiros s&iacute;mios que surgiram no continente sul-americano apareceram ap&oacute;s a separa&ccedil;&atilde;o de peda&ccedil;os de terra, ou ilhas flutuantes, sendo levados, pelo mar, at&eacute; os litorais da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114046-nova-raca-de-superporcos-invade-varias-regioes-do-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Am&eacute;rica</a>, a sugest&atilde;o sobre a segunda grande migra&ccedil;&atilde;o dos macacos pode indicar que sa&iacute;ram da &Aacute;frica em "canoas" ou fragmentos de madeira flutuantes, juntando-se ao grupo dos Platyrrhines&nbsp;anos depois.
Nomeados de Ucayalipithecus perdita, os mam&iacute;feros da segunda migra&ccedil;&atilde;o foram descobertos ap&oacute;s o achado de dentes molares fossilizados na costa do rio Yuru&aacute;, no Peru, apresentando diferen&ccedil;as entre as constitui&ccedil;&otilde;es dent&aacute;rias dos Platyrrhines, incluindo "c&uacute;spides prim&aacute;rios bulbosos e inflados basalmente, bacias trigonais muito restritas [e] regi&otilde;es pontudas bem desenvolvidas".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09194211987156.jpg" alt="(Fonte: Erik Seiffert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Erik Seiffert/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por&eacute;m, foi apenas ap&oacute;s a identifica&ccedil;&atilde;o de tal esp&eacute;cie que os cientistas passaram a estudar como ocorreu o processo migrat&oacute;rio para a Am&eacute;rica. Segundo Erik Seiffert, professor de anatomia da Keck School of Medicine e autor do <a href="https://science.sciencemag.org/content/368/6487/194" rel="noopener noreferrer" target="_blank">projeto</a>, os animais, que viviam em &aacute;rvores e eram extremamente &aacute;geis, al&eacute;m de se alimentar essencialmente de frutas, podem ter viajado para as terras da Am&eacute;rica do Sul em &aacute;rvores frut&iacute;feras que se tornaram canoas adaptadas para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113472-os-vikings-estiveram-na-america-antes-de-cristovao-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navega&ccedil;&atilde;o</a>, o que teria facilitado a sobreviv&ecirc;ncia durante a trajet&oacute;ria oce&acirc;nica e a manuten&ccedil;&atilde;o em um ambiente mar&iacute;timo.
Outra confirma&ccedil;&atilde;o que poderia fortalecer a teoria dos macacos "canoeiros" &eacute; que os U. perdita eram animais de pequeno porte, n&atilde;o encontrando dificuldades para se manter confort&aacute;veis e est&aacute;veis nas plataformas flutuantes. "Teria sido extremamente dif&iacute;cil, mesmo que animais muito pequenos, do tamanho do Ucayalipithecus, tenham vantagem em rela&ccedil;&atilde;o aos mam&iacute;feros maiores em tal situa&ccedil;&atilde;o, j&aacute; que precisariam de menos comida e &aacute;gua do que a vegeta&ccedil;&atilde;o flutuante poderia fornecer", comentou o professor, esclarecendo as possibilidades da migra&ccedil;&atilde;o dos primatas.
Apesar do autor afirmar sobre a improbabilidade do caso, ele acredita ser a explica&ccedil;&atilde;o mais plaus&iacute;vel para a migra&ccedil;&atilde;o.

thumb-image-2024-02-29T14:04:36.608Z

Primatas pré-históricos foram da África à América do Sul de 'canoa'

Imagem de Espécie de lagarto dá à luz e põe ovos ao mesmo tempo no megacurioso

Pesquisadores acreditam que o animal esteja passando por uma transição evolutiva e possa estar deixando de colocar ovos

<head></head><body>Pesquisadores da universidade de Sidney, na Austrália, estão estudando uma espécie de lagarto com hábitos curiosos. O animal da espécie Saiphos equalis,&nbsp;popularmente conhecido na região como "skink de três dedos", consegue dar à luz animais vivos e também colocar ovos. O normal é que esses animais realizem apenas um desses dois processos, se tornando vivíparos (que realizam o parto de animais vivos) ou ovíparos (que colocam e chocam ovos).<h2>Como é possível dar à luz e chocar ovos ao mesmo tempo?</h2>Os estudiosos perceberam que na reprodução ovípara dos lagartos, os ovos ficam por um período muito longo dentro do corpo da fêmea antes de serem colocados para fora. Além disso, os ovos normais da espécie eclodem após 35 dias após estarem no ambiente. Entretanto, alguns levam apenas 5 dias para serem chocados.Também foram flagradas algumas fêmeas que colocaram ovos e deram à luz filhotes vivos em uma mesma ninhada. De acordo com os estudiosos, essa mudança pode ser causada por mudanças genéticas relacionadas ao útero desses animais.Os genes dos úteros ovíparos passam por poucas mudanças quando estão com ovos ou vazios. Já os dos vivíparos passam por várias modificações, já que todo o suporte necessário para a sobrevivência do animal precisa ser provido por ele.Ao analisar o órgão dos lagartos que dão à luz e colocam ovos, foi observado pelos pesquisadores que tanto para botar quanto para desenvolver um embrião, o útero passa por uma remodelagem, por isso consegue fazer as duas reproduções.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/07/07191532597439.jpg" alt="Espécie de lagarto skink de três dedos">Espécie de lagarto skink de três dedos<h2>O que é a reprodução bimodal?</h2>O fenômeno realizado pelo skink de três dedos é chamado de "reprodução bimodal", algo que é bastante raro de se ver na natureza. Muitos estudiosos defendem a hipótese de que os primeiros seres existentes na terra eram ovíparos, ou seja, os embriões precisavam estarem envoltos por uma casca para se desenvolverem.Assim, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113702-formigas-gigantes-provam-que-a-evolucao-pode-retroceder.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolução</a> ocorreu, passando a transformar certas espécies em vivíparas, ou seja, os embriões são nutridos dentro do útero da mãe por meio da placenta. O que é defendido pelos estudiosos atualmente é que essa mudança esteja sendo feita gradualmente pelo skink e outras espécies de lagartos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/07/07191723029441.jpg" alt="Pesquisadores acreditam que útero de lagarto se modela para colocar ovos e dar à luz filhotes ao mesmo tempo">Pesquisadores acreditam que útero de lagarto se modela para colocar ovos e dar à luz filhotes ao mesmo tempo</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:36.199Z

Espécie de lagarto dá à luz e põe ovos ao mesmo tempo

Imagem de Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres no megacurioso

Fóssil tem 1 bilhão de anos e pode ser o ancestral comum de árvores e outras plantas da Terra

Cientistas do Instituto Polit&eacute;cnico da Universidade Estadual da Virg&iacute;nia, nos EUA, descobriram f&oacute;sseis do que pode ser o ancestral comum das plantas terrestres que existem no mundo. Trata-se de algas-verdes de absurdos 1 bilh&atilde;o de anos que foram encontradas em rochas coletadas pr&oacute;ximo da cidade de Dalian, situada na prov&iacute;ncia de Liaoning, no norte da China, em uma &aacute;rea que, no passado, era coberta pelo oceano.
As algas &ndash; que medem apenas 2 mil&iacute;metros de comprimento e t&ecirc;m o tamanho aproximado de uma pulga &ndash; foram identificadas como sendo uma forma da esp&eacute;cie Proterocladus antiquus e, ao serem os exemplares de alga-verde mais antigo j&aacute; descoberto, os cientistas acreditam que estas possam ser as plantas a partir da qual se originaram as &aacute;rvores e demais plantas terrestres que hoje se espalham pelo planeta, isso h&aacute; 450 milh&otilde;es de anos. O f&oacute;ssil mais antigo descoberto at&eacute; ent&atilde;o havia sido encontrado em amostras rochosas de 800 mil anos, mais ou menos.
<h2>Achado</h2>
As algas &ndash; que consistem em micro f&oacute;sseis incrustrados nas rochas &ndash; foram identificadas pelo time por meio de observa&ccedil;&otilde;es atrav&eacute;s de um microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico. Para aumentar o contraste e evidenciar os exemplares, os pesquisadores usaram gotas de &oacute;leo mineral que, por sua vez, deixaram as algas com um tom amarronzado, como voc&ecirc; pode ver na imagem a seguir:
<span class="img-fc" data-fonte=" Quantas Magazine / Virginia Tech / Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://www.quantamagazine.org/billion-year-old-algae-and-newer-genes-hint-at-land-plants-origin-20200326/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02082746524608.jpg" alt="Alga incrustada na rocha" />Alga incrustada na rocha
Segundo explicaram os cientistas, as algas viviam em &aacute;guas pouco profundas e, nas an&aacute;lises sob o microsc&oacute;pio, eles conseguiram identificar diversas ramifica&ccedil;&otilde;es, indica&ccedil;&otilde;es de que as plantas brotavam em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; luz e que possu&iacute;am c&eacute;lulas especializadas conhecidas como acinetos. Essas estruturas, por sinal, s&atilde;o comuns de encontrar nesses tipos de f&oacute;sseis e, portanto, ajudaram os pesquisadores a identificar as algas e determinar que, j&aacute; naquela &eacute;poca, h&aacute; 1 bilh&atilde;o de anos, essas plantas consistiam em organismos multicelulares complexos inclusive parecidos com algumas esp&eacute;cies que existem hoje em dia.
No caso espec&iacute;fico das algas incrustadas nas amostras, os cientistas acreditam que elas morreram, foram depositadas sobre o leito oce&acirc;nico e acabaram ficando presas sob camadas e mais camadas de sedimentos que, com o passar do tempo e o recuo das &aacute;guas, se solidificaram e se converteram em rochas, preservando as plantas.
<h2>Ancestral</h2>
De acordo com o consenso geral, as plantas terrestres &ndash; como arbustos, gram&iacute;neas, &aacute;rvores, flores e at&eacute; as que cultivamos para obten&ccedil;&atilde;o de alimentos &ndash; evolu&iacute;ram a partir de algas-verdes, que s&atilde;o organismos aqu&aacute;ticos fotossint&eacute;ticos que migraram gradualmente dos oceanos para a superf&iacute;cie do planeta e foram se adaptando para sobreviver e se desenvolver nesse novo ambiente.
Considerando que os registros f&oacute;sseis apontam que as primeiras plantas terrestres surgiram h&aacute; 450 milh&otilde;es de anos, o processo de evolu&ccedil;&atilde;o das algas levou algumas centenas de milh&otilde;es de anos e, com a descoberta dos f&oacute;sseis, tudo indica que a data de in&iacute;cio se deu pelo menos 200 milh&otilde;es de anos antes do que se pensava.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Quantas Magazine / Dinghua Yang / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.quantamagazine.org/billion-year-old-algae-and-newer-genes-hint-at-land-plants-origin-20200326/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/02/02082937367609.jpg" alt="Ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a apar&ecirc;ncia das algas" />Ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a apar&ecirc;ncia das algas
Mas, como &eacute; comum com descobertas desse tipo, n&atilde;o &eacute; todo mundo que concorda com o estudo apresentado pelos cientistas da Universidade Estadual da Virg&iacute;nia. H&aacute;, por exemplo, quem defenda que as algas-verdes primeiro se desenvolveram em rios e lagos antes de se proliferarem pelos oceanos e, mais tarde, se mudarem para terra-firme. Nesse sentido, um levantamento gen&eacute;tico apontou que as plantas aqu&aacute;ticas mais pr&oacute;ximas das terrestres s&atilde;o as Zygnematophyceae &ndash; que habitam ambientes de &aacute;gua doce &ndash;, e n&atilde;o se pode descartar que essa classe de algas e as plantas terrestres tenham evolu&iacute;do a partir de outro ancestral comum.
Outras pesquisas sugerem ainda que diversas esp&eacute;cies de algas foram evoluindo adapta&ccedil;&otilde;es independentemente, enquanto faziam a transi&ccedil;&atilde;o de plantas aqu&aacute;ticas a terrestres, indicando que o processo n&atilde;o foi linear, mas sim convergente. Al&eacute;m disso, pesquisadores n&atilde;o envolvidos no estudo apontaram que &eacute; bastante dif&iacute;cil interpretar registros f&oacute;sseis como esses, j&aacute; que n&atilde;o se sabe quais esp&eacute;cies ainda existem e quais realmente foram extintas. Mesmo assim, a descoberta dos f&oacute;sseis de 1 bilh&atilde;o de anos &eacute; superimportante e os trabalhos com eles deve continuar.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151705-descoberta-alga-ter-dado-origem-plantas-terrestres.htm">Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:35.597Z

Descoberta alga que pode ter dado origem às plantas terrestres

Imagem de Linha evolutiva humana acaba de ficar mais “emaranhada” no megacurioso

Datação e sequenciamento proteico de fóssil adicionam “tio” distante em nossa árvore genealógica

Como se a nossa linha evolutiva n&atilde;o fosse complexa o suficiente &ndash; e repleta de lacunas ainda por preencher &ndash;, eis que a data&ccedil;&atilde;o e sequenciamento de prote&iacute;nas coletadas de um f&oacute;ssil acabam de torn&aacute;-la um pouco mais emaranhada! O material analisado foi obtido a partir do dente de um homin&iacute;deo descoberto nos anos 90 em uma caverna na Espanha e guarda as informa&ccedil;&otilde;es mais antigas j&aacute; obtidas de um de nossos ancestrais, somando entre extraordin&aacute;rios 772 mil e 949 mil anos. Al&eacute;m disso, os resultados da investiga&ccedil;&atilde;o desse f&oacute;ssil acabaram acrescentando uma ramifica&ccedil;&atilde;o a mais na &aacute;rvore geneal&oacute;gica da nossa esp&eacute;cie.
<h2>Tio-av&ocirc;</h2>
O dente em quest&atilde;o foi descoberto juntamente com uma por&ccedil;&atilde;o de fragmentos de ossos em 1997, em um local superconhecido por abrigar uma variedade de f&oacute;sseis humanos, um s&iacute;tio arqueol&oacute;gico chamado Atapuerca, no norte da Espanha. Nesse lugar foram encontradas diversas cavernas ao longo dos anos, como a Sima de los Huesos, e esse complexo re&uacute;ne a mais antiga, abundante e rica cole&ccedil;&atilde;o de evid&ecirc;ncias da presen&ccedil;a de humanos na Europa.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science Mag / MSF / Science Source / Javier Trueba / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencemag.org/news/2020/04/mysterious-human-ancestor-finds-its-place-our-family-tree#"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03083122074290.jpg" alt="Homo antecessor" />Homo antecessor
Mas, voltando ao dentinho, ele foi coletado em uma das cavernas de Atapuerca, a Gran Dolina, com outros ossos que, juntos, apontaram que entre 5 e 6 homin&iacute;deos haviam residido (e morrido) naquele s&iacute;tio h&aacute; milhares de anos. Na &eacute;poca de sua descoberta, exames nos f&oacute;sseis indicaram que eles pertenciam ao mais antigo ancestral humano a apresentar caracter&iacute;sticas faciais parecidas com as nossas e tamb&eacute;m surgiu a teoria de que essa criatura extinta poderia ter sido o ancestral comum dos humanos&nbsp;modernos e neandertais &ndash; assim como &ldquo;parente&rdquo; dos denisovanos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Human Origins - Smithsonian Institution / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://humanorigins.si.edu/evidence/human-fossils/species/homo-heidelbergensis"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03082958278289.jpg" alt="Homo heidelbergensis" />Homo heidelbergensis
Batizado de Homo antecessor, esse misterioso homin&iacute;deo disputava o t&iacute;tulo de esp&eacute;cie humana mais antiga conhecida com o Homo heidelbergensis, e s&oacute; agora, depois do desenvolvimento de novas tecnologias e m&eacute;todos para se estudar f&oacute;sseis t&atilde;o ancestrais, uma vez que o DNA n&atilde;o sobrevive por tanto tempo, foi poss&iacute;vel resolver a contenda. A t&eacute;cnica usada foi uma chamada paleoproteomica &ndash; em que prote&iacute;nas extra&iacute;das do dentinho foram sequenciadas e revelaram n&atilde;o s&oacute; a idade do exemplar, como determinaram que o H. antecessor n&atilde;o &eacute; o tal ancestral comum, mas sim uma esp&eacute;cie &ldquo;irm&atilde;&rdquo; dele.
O sequenciamento de amino&aacute;cidos presentes nas prote&iacute;nas coletadas a partir do f&oacute;ssil foi comparado com o mesmo tipo de sequenciamento realizado com amostras de outras esp&eacute;cies humanas e o resultado indicou que, apesar das semelhan&ccedil;as f&iacute;sicas presentes entre humanos modernos, neandertais e denisovanos, o H. antecessor pertence a uma linhagem bastante pr&oacute;xima, mas distinta de homin&iacute;deos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03083234417291.jpg" alt="Esp&eacute;cie &quot;irm&atilde;&quot; de nosso ancestral comum com neandertais e denisovanos" />Esp&eacute;cie "irm&atilde;" de nosso ancestral comum com neandertais e denisovanos
Ali&aacute;s, a presen&ccedil;a dessas similitudes sugere que as caracter&iacute;sticas faciais presentes em n&oacute;s, humanos, bem como em neandertais e denisovanos, surgiram muito antes do que se pensava. Al&eacute;m disso, pode que a an&aacute;lise do f&oacute;ssil n&atilde;o tenha revelado desta vez quem foi o nosso ancestral comum e o dos nossos primos extintos, mas a t&eacute;cnica empregada nos exames poder&aacute; ser usada para ajudar a desvendar outros muitos mist&eacute;rios da nossa intrincada hist&oacute;ria evolutiva.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151735-linha-evolutiva-humana-acaba-emaranhada.htm">Linha evolutiva humana acaba de ficar mais “emaranhada”</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:35.570Z

Linha evolutiva humana acaba de ficar mais “emaranhada”

Imagem de Neandertais de Portugal se alimentavam de focas e tubarões no megacurioso

Descoberta de que os “primos” de nossos antepassados também sabiam usar o mar para sobreviver pode dar uma balançada na evolução das espécies

Se hoje voc&ecirc; n&atilde;o dispensa peixes, mariscos e demais frutos do mar na sua alimenta&ccedil;&atilde;o, saiba que esse &eacute; um h&aacute;bito que vem de muito antigamente: ind&iacute;cios apontam que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113590-ancestrais-humanos-se-relacionaram-com-especie-desconhecida.htm" target="_blank" title="Ancestrais humanos se relacionaram com esp&eacute;cie desconhecida">neandertais</a>, nossos &ldquo;primos evolutivos&rdquo;, tamb&eacute;m tinham essa pr&aacute;tica. Nova evid&ecirc;ncias foram encontradas em s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos que datam de 86 mil a 106 mil anos atr&aacute;s, mostrando que esses homin&iacute;deos primitivos tamb&eacute;m tinham o mar como fonte de provis&atilde;o.
A descoberta foi feita na Gruta Figueira Brava, perto de Set&uacute;bal, no sul de Portugal. Pesquisadores da Universidade de Barcelona conseguiram determinar que at&eacute; 50% da dieta dos neandertais consistia do que eles coletavam do mar, como mexilh&otilde;es, caranguejos, peixes, tubar&otilde;es, enguias, golfinhos e focas. A outra metade tinha origem na ca&ccedil;a de animais terrestres, como veados, cabras, cavalos e tartarugas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/30/30190049160024.jpg" alt="Gruta da Figueira Brava" />Gruta da Figueira Brava.
J&aacute; os primeiros ind&iacute;cios que os nossos antepassados diretos se alimentavam do mar s&atilde;o de 160 mil anos atr&aacute;s, encontrados no sul da &Aacute;frica. Estudiosos acreditam que o &aacute;cido graxo existente nos frutos do mar foi um &oacute;timo estimulante cerebral e cognitivo para os primeiros Homo sapiens. Isso fez eles se desenvolverem mais rapidamente do que outros homin&iacute;deos da &eacute;poca, como os neandertais e os denisovanos.
A nova descoberta tamb&eacute;m aponta que os neandertais de Portugal tinham um comportamento sistem&aacute;tico e organizado, semelhante ao dos humanos da Idade da Pedra, na &Aacute;frica. Eles tinham um padr&atilde;o de ac&uacute;mulo e organiza&ccedil;&atilde;o de conchas, chegando ao ponto de serem enterrados com elas. A cria&ccedil;&atilde;o de algumas estruturas monumentais mostra que o grupo de neandertais criou um significado para os restos de seres fornecidos pelo mar.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151585-neandertais-portugal-alimentavam-focas-tubaroes.htm">Neandertais de Portugal se alimentavam de focas e tubar&otilde;es</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:34.684Z

Neandertais de Portugal se alimentavam de focas e tubarões

Imagem de Descoberta espécie que teria dado origem a todos os animais modernos no megacurioso

Um verme! Essa &eacute; a apar&ecirc;ncia do ancestral mais antigo que teria dado origem a todos os animais modernos &ndash; de humanos a hipop&oacute;tamos. Trata-se do primeiro indiv&iacute;duo bilateriano, com dois lados sim&eacute;tricos e aberturas nas extremidades, que s&atilde;o conectadas por uma esp&eacute;cie de intestino. Nomeado como&nbsp;Ikaria warioota, ele viveu h&aacute; 555 milh&otilde;es de anos em uma regi&atilde;o que hoje fica na Austr&aacute;lia.
Sua exist&ecirc;ncia era esperada, j&aacute; que a descoberta de tocas fossilizadas indicava que ali teriam vividos animais bilaterianos. Por 15 anos, por&eacute;m, isso n&atilde;o passou de uma especula&ccedil;&atilde;o, at&eacute; que cientistas da Universidade da Calif&oacute;rnia conseguiram detectar os restos fossilizados desses min&uacute;sculos bichinhos.
O Ikaria wariootia&nbsp;teria de 2 a 7 mil&iacute;metros de comprimento e de 1 a 2,5 mil&iacute;metros de largura. Basicamente ele seria do tamanho de um gr&atilde;o de arroz, inclusive com formato parecido. Seu corpo era cil&iacute;ndrico e possu&iacute;a cabe&ccedil;a e caudas distintos. A descobertas dessas forma&ccedil;&otilde;es pr&oacute;ximas a algumas tocas levou os cientistas a concluir que essas eram as pistas que estavam faltando para montar o quebra-cabe&ccedil;a. &ldquo;Depois que fizemos as varreduras em 3D, sab&iacute;amos que hav&iacute;amos feito uma descoberta importante&rdquo;, analisa Scott Evans, um dos l&iacute;deres do projeto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/25/25194746040348.jpg" alt="Arte mostra como seria o ancestral mais antigos de todos os animais" />Arte mostra como seria o ancestral mais antigos de todos os animais
O nome do g&ecirc;nero (Ikaria) foi tirado da l&iacute;ngua dos &iacute;ndios australianos Adnyamathanha e significa &ldquo;local de encontro&rdquo;. J&aacute; a esp&eacute;cie (warriotia) &eacute; em homenagem a um riacho de mesmo nome que fica na regi&atilde;o da esta&ccedil;&atilde;o pastoral Nilpena, onde os f&oacute;sseis foram encontrados.&nbsp;
O pequenino animal j&aacute; demonstrava habilidades sensoriais, mesmo que rudimentares. Ele escavava camadas de areia oxigenada no fundo dos oceanos em busca de mat&eacute;ria org&acirc;nica. Tamb&eacute;m foi poss&iacute;vel determinar, atrav&eacute;s do f&oacute;ssil das tocas, que ele se movia contorcendo o corpo &ndash; bem semelhante ao que os vermes atuais fazem.
Os bi&oacute;logos evolucionistas acreditavam que haveria uma esp&eacute;cie t&atilde;o rudimentar que incluiria boca, &acirc;nus e intestino e que seria a origem de formas animais que conhecemos hoje em dia e possuem essas estruturas. Por&eacute;m, eles tamb&eacute;m achavam que encontrar um f&oacute;ssil desse animal seria como achar uma agulha em um palheira, dada a fragilidade de sua exist&ecirc;ncia. Por conta disso, a descoberta &eacute; um marco cient&iacute;fico.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/25/25194815711351.jpg" alt="As pequenas impress&otilde;es deixadas na rocha pelo Ikaria wariootia" />As pequenas impress&otilde;es deixadas na rocha pelo Ikaria wariootia<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151428-descoberta-especie-teria-dado-origem-animais-modernos.htm">Descoberta espécie que teria dado origem a todos os animais modernos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:33.945Z

Descoberta espécie que teria dado origem a todos os animais modernos

Imagem de Formigas gigantes provam que a evolução pode retroceder no megacurioso

Cientistas americanos descobriram, ao estudar formigas, que a evolução pode 'andar para trás'!

O tamanho e a forma da cabe&ccedil;a de uma variedade de formigas-soldado da esp&eacute;cie tartaruga revelaram que a evolu&ccedil;&atilde;o pode ser revers&iacute;vel e ir na dire&ccedil;&atilde;o oposta. Esses insetos, que habitam &aacute;rvores, deslizam de um lado ao outro com suas grandes cabe&ccedil;as, que tamb&eacute;m s&atilde;o utilizadas para bloquear as entradas de seus ninhos, atuando essencialmente como portas vivas, selando perfeitamente as entradas.&nbsp;&nbsp;&nbsp;
<ul>
<li>
<div style="margin-bottom: 13px;">Dia do Consumidor ao vivo:<span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro',sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/150887-vivo-melhores-ofertas-semana-consumidor.htm?f" target="_blank">promo&ccedil;&otilde;es da Semana do Consumidor</a><span style="display: inline !important; float: none; background-color: #ffffff; color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro',sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; -webkit-text-stroke-width: 0px; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> no TecMundo</div>
</li>
</ul>
<figure class="image"><img width="650" height="457" alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/10/10174328535120.jpg" /></figure>
<figure class="image"><figcaption>(Fonte: Futurity/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Nem todas as cabe&ccedil;as dessa esp&eacute;cie de formiga t&ecirc;m o mesmo formato: algumas s&atilde;o redondas,&nbsp;outras s&atilde;o quadradas. Esses v&aacute;rios formatos de cabe&ccedil;a revelam mais do que apenas uma estranha peculiaridade da natureza e tamb&eacute;m podem esclarecer como as esp&eacute;cies evoluem para preencher os nichos ecol&oacute;gicos existentes. Essa evolu&ccedil;&atilde;o, de acordo com nova pesquisa publicada no Proceedings of the National Academy of Science (PNAS), pode ser revers&iacute;vel e pode levar uma esp&eacute;cie a um est&aacute;gio mais generalista.&nbsp;&nbsp;
&nbsp;" &Eacute; comum algu&eacute;m pensar que, por uma esp&eacute;cie ser especializada, ela fica presa em um nicho muito estreito, mas as formigas s&atilde;o um caso interessante de seres com uma trajet&oacute;ria evolutiva bastante din&acirc;mica, com muitas idas e vindas" disse Daniel Kronauer, chefe do Laborat&oacute;rio de Evolu&ccedil;&atilde;o e Comportamento Social da Rockefeller.
<h2>Por que a evolu&ccedil;&atilde;o das formigas pode regredir?</h2>
Como muitos outros insetos sociais que vivem em col&ocirc;nias, as formigas se especializam em diferentes fun&ccedil;&otilde;es, desenvolvendo frequentemente caracter&iacute;sticas exageradas, mas adequadas ao seu trabalho. Para as formigas-soldado, por exemplo, esse processo resultou em cabe&ccedil;as grandes com v&aacute;rias formas.
"H&aacute; uma enorme diferen&ccedil;a entre as cabe&ccedil;as das formigas maiores e menores, para ajudar as pessoas a imaginar isso, costumo dizer que as esp&eacute;cies menores podem se sentar confortavelmente na cabe&ccedil;a das esp&eacute;cies maiores", diz Scott Powell, bi&oacute;logo da Universidade George Washington e principal autor do novo estudo.&nbsp;&nbsp;
A forma e o tamanho da cabe&ccedil;a de uma formiga-soldado s&atilde;o estabelecidos pelo tipo de t&uacute;nel que elas ocupam. Essas formigas n&atilde;o cavam os t&uacute;neis, mas passam por escava&ccedil;&otilde;es de besouros. E como um t&uacute;nel no fundo pode ser muito grande ou muito pequeno, diz Kronauer, as formigas rapidamente se diversificam para ocup&aacute;-lo.&nbsp;&nbsp;&nbsp;
<figure class="image"><img width="640" height="421" alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/10/10174350723121.jpg" /> <figcaption>(Fonte: Freepik)</figcaption></figure>
A rela&ccedil;&atilde;o entre as cabe&ccedil;as de formiga e os t&uacute;neis pode, portanto, oferecer uma vis&atilde;o &uacute;nica e clara da sele&ccedil;&atilde;o natural. Os pesquisadores podem comparar facilmente uma caracter&iacute;stica, nesse caso a circunfer&ecirc;ncia da cabe&ccedil;a desse animal, a aspectos ecol&oacute;gicos nos quais ela evoluiu para se adaptar, por exemplo o tamanho da entrada de cada ninho.
Para examinar a jornada evolutiva, os pesquisadores agruparam 89 esp&eacute;cies de formigas conforme os formatos de cabe&ccedil;a dos soldados da esp&eacute;cie, baseando-se nestas formas: quadrada, c&uacute;pula, disco ou em placa. Eles tamb&eacute;m inclu&iacute;ram um grupo de esp&eacute;cies de formigas sem soldados. Com isso, examinaram as rela&ccedil;&otilde;es evolutivas entre esses grupos usando as informa&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas das esp&eacute;cies coletadas.
Se a evolu&ccedil;&atilde;o fosse um caminho unidirecional, as primeiras formigas que apareceram, h&aacute; cerca de 45 milh&otilde;es de anos,&nbsp; deveriam ter perdido completamente os soldados e depois evoluiriam gradualmente para a especializa&ccedil;&atilde;o, come&ccedil;ando com soldados generalistas de cabe&ccedil;a quadrada (mesmo aqueles com cabe&ccedil;as de placa).
No entanto, a nova an&aacute;lise sugere que esse n&atilde;o era o caso. Em vez disso, o ancestral comum mais antigo que os pesquisadores poderiam rastrear provavelmente tinha uma cabe&ccedil;a quadrada. Este passou a formar uma variedade de esp&eacute;cies sem soldados e com outros n&iacute;veis diferentes de especializa&ccedil;&atilde;o. Em alguns casos, esp&eacute;cies mais especializadas inverteram a dire&ccedil;&atilde;o ao longo do tempo, voltando a formas de cabe&ccedil;a mais generalistas.

thumb-image-2024-02-29T14:04:31.990Z

Formigas gigantes provam que a evolução pode retroceder

Imagem de Qual parte do corpo poderia ser a responsável por andarmos de pé? no megacurioso

Dinâmica de sustentação e movimentação bípede volta a ser objeto de estudo de pesquisadores

Cientistas da&nbsp;Universidade de Warwick, no Reino Unido, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e da Universidade de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o do Instituto de Ci&ecirc;ncia e Tecnologia de Okinawa, no Jap&atilde;o, est&atilde;o trabalhando em colabora&ccedil;&atilde;o em um novo estudo que pode determinar, de forma mais clara, o funcionamento da mec&acirc;nica do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108644-robo-japones-bipede-e-com-cabeca-voadora-sim-ele-e-real.htm">movimento dos p&eacute;s</a> nos seres humanos. Uma das &uacute;nicas esp&eacute;cies animais existentes capazes de andar sob duas pernas de forma ereta, o mist&eacute;rio da anatomia humana continua sendo pauta de diversos estudiosos ao redor do mundo.

Dessa vez, o objeto de an&aacute;lise do grupo de pesquisadores s&atilde;o os principais eixos triangulares, ou eixos de sustenta&ccedil;&atilde;o, localizados sob os p&eacute;s humanos: os arcos longitudinal medial,&nbsp;longitudinal lateral e o&nbsp;transversal. Segundo a ci&ecirc;ncia, os arcos &oacute;sseos s&atilde;o resultados do arranjo mec&acirc;nico dos ossos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108598-o-que-seus-pes-tem-a-dizer-a-respeito-da-sua-personalidade.htm">p&eacute;</a>, sustentados por ligamentos e apoiados pelos m&uacute;sculos da regi&atilde;o, sendo uma das localidades mais importantes dos membros inferiores e agindo de maneira complementar, garantindo uma melhor estabilidade para diversos dipos de movimentos do corpo.

<figure class="image"><img alt="https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Biologia/noticia/2020/03/essa-parte-ignorada-do-corpo-pode-explicar-por-que-andamos-em-pe.html" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/03/03/03090941861026.jpg" />
<figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption>
</figure>

O estudo, publicado em fevereiro no peri&oacute;dico <a href="https://www.nature.com/articles/s41586-020-2053-y">Nature</a>, focou-se na observa&ccedil;&atilde;o do arco transversal do eixo de sustenta&ccedil;&atilde;o, regi&atilde;o que &eacute; bastante ignorada em diversas pesquisas do g&ecirc;nero. Assim, um prot&oacute;tipo de silicone foi desenvolvido pelos cientistas, desenhando um modelo similar ao transversal, onde sua constitui&ccedil;&atilde;o &eacute; sustentada por ossos metatarsos e ligamentos, que passou a ser analisado a partir dos movimentos de apoio, contra&ccedil;&atilde;o e for&ccedil;a realizadas no local.&nbsp;

Os primeiros testes realizados no modelo de silicone apresentaram resultados positivos para o enrijecimento do eixo transversal logo ap&oacute;s as curvaturas do prot&oacute;tipo, que foi comprovado, posteriormente, durante a segunda bateria de testes, quando os pesquisadores, para esclarecer suas d&uacute;vidas sobre o respons&aacute;vel pela sustenta&ccedil;&atilde;o era o tecido ou o arco transversal, cortaram ligamentos e a pele de cad&aacute;veres e descobriram que o transversal det&eacute;m mais de 40% da rigidez local.&nbsp;

&quot;Essa compreens&atilde;o renovada do p&eacute; pode ajudar no tratamento m&eacute;dico da condi&ccedil;&atilde;o de p&eacute; chato, no desenvolvimento de p&eacute;s rob&oacute;ticos e no estudo da fun&ccedil;&atilde;o do p&eacute; na locomo&ccedil;&atilde;o&quot;, esclarecem os cientistas, que refor&ccedil;am a import&acirc;ncia dos debates sobre o arco transversal e sobre como afeta tanto na rigidez dos outros arcos como nas diversas constitui&ccedil;&otilde;es &oacute;sseas derivadas de sua forma&ccedil;&atilde;o.

Evolução

Novidades