Imagem de Cientistas recriam rosto de homem da Idade das Pedras no megacurioso

Os pesquisadores produziram o rosto de forma virtual a partir de um crânio que encontraram

A tecnologia que existe hoje em dia permite criar imagens com as quais n&atilde;o fomos familiarizados, sejam <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105838-voce-conhece-o-potencial-de-uma-arma-usada-no-periodo-neolitico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos</a>, pessoas ou, at&eacute;, planetas. Coisas do futuro ou do passado podem se "tornar realidade" por meio de produ&ccedil;&otilde;es virtuais. A partir de uma feita com o cr&acirc;nio de um homem da Idade da Pedra, pesquisadores conseguiram recriar o rosto que um dia preenchia o osso.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25181512868612.jpg" alt="O rosto recriado de um homem da Idade das Pedras. (Fonte: Oscar Nilsson)" />O rosto recriado de um homem da Idade das Pedras. (Fonte: Oscar Nilsson)
<h2>O cr&acirc;nio encontrado</h2>
Arqueologistas da Su&eacute;cia encontraram, em 2012, um cemit&eacute;rio de pessoas que teriam vivido a mais de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113008-dna-de-garota-e-detectado-em-chiclete-de-quase-6-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">8 mil anos atr&aacute;s</a>. Tinham ali 11 cr&acirc;nios, 10 adultos e uma crian&ccedil;a, submersos em &aacute;gua e, pelas pesquisas, foram datados na &eacute;poca da Idade das Pedras. Curiosamente, apenas dois deles tinham mand&iacute;bulas e outros dois estavam enfiados em lan&ccedil;as.
Ao redor dos ossos humanos, os arque&oacute;logos encontrara mais alguns ossos de animais, como veados, ursos, javalis e alces. Ent&atilde;o, a partir destes cr&acirc;nios decidiram transformar um desses ossos no rosto completo de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105581-impressionante-este-seria-o-rosto-de-uma-jovem-da-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homem da Idade das Pedras</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25181244832611.jpg" alt="O cr&acirc;nio que foi encontrado na Su&eacute;cia e serviu como base para a cria&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Oscar Nilsson/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />O cr&acirc;nio que foi encontrado na Su&eacute;cia e serviu como base para a cria&ccedil;&atilde;o. (Fonte: Oscar Nilsson/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
<h2>Um artista transformou em realidade</h2>
Para transformar um osso em uma pessoa, o artista forense Oscar Nilsson teve que fazer a sua magia. Ele decidiu fazer uma tomografia computatorizada do cr&acirc;nio para poder escane&aacute;-lo e, ao mesmo tempo, fazer o seu trabalho sem danificar o achado. Ent&atilde;o, come&ccedil;ou a produzir sua arte do busto de um homem da Idade das Pedras de forma virtual.
Segundo o pr&oacute;prio Nilsson, em entrevista &agrave; Live Science, a primeira coisa a solucionar para recriar o rosto foi como seria a mand&iacute;bula do cr&acirc;nio. A partir disso, o artista foi adicionando a cada momento mais camadas por cima e desenvolvendo o rosto, como pode ser visto no GIF abaixo.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25184824596647.gif" alt="Todos os passos para a forma&ccedil;&atilde;o do busto do homem da Idade das Pedras. (Fonte: Oscar Nilsson/Live Science)" />Todos os passos para a forma&ccedil;&atilde;o do busto do homem da Idade das Pedras. (Fonte: Oscar Nilsson/Live Science)
O resultado final do trabalho foi inspirado nos detalhes encontrados no local onde o cr&acirc;nio foi achado e, tamb&eacute;m, a partir da cultura que se acredita ser da &eacute;poca. Dessa forma, o homem de uma cicatriz na cabe&ccedil;a, pinturas de giz branco no peito, roupa de javali e o cabelo preso em um rabo de cavalo.

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Cientistas recriam rosto de homem da Idade das Pedras

Imagem de Buraquinhos em cima das orelhas podem ter uma explicação evolutiva no megacurioso

Hoje existe uma multidão de pessoas, principalmente negros e asiáticos, que possuem esses orifícios acima dos ouvidos. Você sabe o que são?

<head></head><body>Periodicamente recebemos notícia de crianças que nascem com algum tipo de peculiaridade. Algumas têm um olho de cada cor (heterocromia), ou dedos a mais (polidactilia), ou outra <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114881-crispr-pode-gerar-consequencias-graves-em-embrioes-indica-estudo.htm">anomalia</a> congênita que se apresenta de uma forma inusitada e inexplicável.Alguns desses sinais são tão sutis que passam durante um tempo despercebidos. É o que ocorre com os seios (ou fossetas) pré-auriculares. São pequenos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/111865-10-fatos-e-informacoes-aleatorias-que-sao-de-deixar-os-cabelos-em-pe.htm">buracos</a> que algumas pessoas têm na parte superior das orelhas. Tem gente que possui e nem sabe do que se trata, embora haja uma explicação científica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23001949745499.jpg" alt="Fonte: Mildly Interesting/Twitter - Reprodução">Fonte: Mildly Interesting/Twitter - ReproduçãoSegundo o site Mirror, pouco mais de um por cento da população possui seios pré-auriculares. Nos Estados Unidos, esse percentual é um pouco mais baixo, mas, na Ásia e em certas regiões da África, essa anomalia <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114879-china-recolhe-dna-de-cidadaos-para-criar-banco-de-dados-geneticos.htm">genética</a> pode atingir cerca de quatro a dez por cento da população.Explicando de forma clara, podemos dizer que seios pré-auriculares são nódulos, amassados ou covinhas expostas em qualquer parte do ouvido externo, principalmente no local onde a face se encontra com o ouvido, como se fosse um furo de brinco na cartilagem da orelha.<h2>Teoria científica para os seios pré-auriculares</h2>https://www.youtube.com/watch?v=AkR4CgGMWSQEsses "defeitos" hereditários foram documentados pela primeira em 1864 pelo cientista Van Heusinger no ano de 1864. Na maioria dos casos, os buraquinhos aparecem apenas em um dos lados, mas cerca de 50% das pessoas os têm nos dois lados.Um vídeo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114075-pesquisadores-constroem-primeiro-esqueleto-humano-digital-do-mundo.htm">paleontólogo&nbsp;</a>e biólogo evolutivo norte-americano Neil Shubin apresenta uma teoria de que os seios pré-auriculares podem ser um "remanescente evolutivo das brânquias de peixe".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23002145163500.jpg" alt="Fonte: Charly Z./Twitter - Reprodução">Fonte: Charly Z./Twitter - ReproduçãoSe você for um desses "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114678-genoma-de-hiv-mais-antigo-da-historia-e-encontrado.htm">mutantes</a>" que possui a fosseta pré-auricular, não há necessidade de se preocupar. Para o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, não existe nenhum tipo de risco de que um sintoma adicional ocorra, a menos que o furinho fique infeccionado, quando você terá que buscar tratamento médico.Finalmente, para aqueles que pensam que o seio pré-auricular é uma espécie de "piercing <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/novidades/">pré-fabricado</a>", fica um alerta: jamais coloque joias nele!</body>

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Buraquinhos em cima das orelhas podem ter uma explicação evolutiva

Imagem de Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório no megacurioso

Estudos tentam entender como se desenvolveu o cérebro desse ancestral do homem moderno

Em 2010, o geneticista Svante P&auml;&auml;bo conseguiu extrair e sequenciar o DNA a partir de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais; uma d&eacute;cada depois, os genes desse ancestral humano agora florescem, em placas de vidro, na forma de tecido cerebral neandertal.
Tr&ecirc;s elementos foram usados para criar os "minic&eacute;rebros": DNA neandertal, o editor de genoma CRISPR e organoides (estruturas com origem em c&eacute;lulas-tronco e que se parecem com um tecido original espec&iacute;fico &ndash; nesse caso, o tecido cerebral). &nbsp;
Uma equipe da University of California, San Diego (UCSD), liderada pela geneticista Alysson Muotri, conseguiu que essas bolhas de tecido modificado se expressassem como o c&oacute;rtex cerebral. Na apar&ecirc;ncia, eles t&ecirc;m tamanhos diferentes, formando redes neurais de maneira diversa &agrave; de organoides com DNA humano moderno. "Estamos tentando recriar mentes neandertais", disse Muotri &agrave; Science Magazine.
<h2>Forma e estrutura diversas</h2>
A pesquisa (ainda n&atilde;o publicada) usa um dos 200 genes neandertais que mudaram no H. sapiens &ndash; especificamente, o que codifica a prote&iacute;na NOVA1, ligada ao autismo e &agrave; esquizofrenia (entre homem moderno e ancestral, a diferen&ccedil;a &eacute; de apenas um par de bases).
Usando o CRISPR, a equipe inseriu as &ldquo;bases neandertais&rdquo; no gene humano. Depois de meses, as c&eacute;lulas-tronco com DNA ancestral se converteram em organoides (ou &ldquo;neanderoides&rdquo;, como diz Muotri) at&eacute; o est&aacute;gio em que foram detectados sinais el&eacute;tricos. E as diferen&ccedil;as surgiram logo &agrave; vista: os &ldquo;neanderoides&rdquo; t&ecirc;m a forma de uma pipoca, enquanto os &ldquo;humanroides&rdquo; s&atilde;o redondos.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Alysson Muotri/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nbcnews.com/mach/science/why-tiny-neanderthal-brains-are-now-growing-petri-dishes-ncna886986"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23004825587506.jpg" alt="C&eacute;lulas modificadas com gene neandertal (&agrave; esquerda) se desenvolvem de maneira diferente das com gene humano (&agrave; direita)." />C&eacute;lulas modificadas com gene neandertal (&agrave; esquerda) se desenvolvem de maneira diferente das com gene humano (&agrave; direita).
Por uma raz&atilde;o ainda desconhecida, os neur&ocirc;nios modificados migram dentro das bolhas de tecido mais rapidamente ao se organizarem em estruturas, formam menos conex&otilde;es sin&aacute;pticas e criam redes neurais anormais.
Segundo Muotri, esse desenvolvimento tem similaridade com o que ela encontrou em tecido cerebral de crian&ccedil;as com autismo. &ldquo;Nos humanos modernos, essas mudan&ccedil;as est&atilde;o ligadas a defeitos no desenvolvimento cerebral necess&aacute;rio &agrave; socializa&ccedil;&atilde;o. Se acreditamos que essa &eacute; uma das nossas vantagens sobre os neandertais, a descoberta &eacute; relevante".
<h2>Longe de um c&eacute;rebro real</h2>
Para Svante P&auml;&auml;bo, hoje diretor do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, &eacute; muito dif&iacute;cil descobrir quais diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas s&atilde;o "funcionalmente relevantes", j&aacute; que organoides "est&atilde;o longe de nos dizer como os c&eacute;rebros adultos funcionam".
O geneticista fez parte de um estudo, publicado na revista Stem Cell Reports, que tamb&eacute;m usou organoides de tecido cerebral a partir de c&eacute;lulas-tronco humanas modificadas com DNA e prote&iacute;nas neandertais.&nbsp;
O objetivo &eacute; entender como neandertais e humanos modernos se relacionam. Como exemplo de genoma humano moderno, os geneticistas escolheram o de indiv&iacute;duos do Reino Unido e do norte da Europa &mdash; popula&ccedil;&atilde;o altamente prov&aacute;vel de ter genes ancestrais. O neandertal usado foi o de refer&ecirc;ncia, extra&iacute;do em 2010 por P&auml;&auml;bo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23005410292508.jpg" alt="A maior parte do DNA ancestral foi extra&iacute;do de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Cro&aacute;cia." />A maior parte do DNA ancestral foi extra&iacute;do de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Cro&aacute;cia.
"Quer&iacute;amos descobrir quais partes derivam dos neandertais &ndash; cada indiv&iacute;duo tem entre 1% e 4% do genoma ancestral", disse &agrave; CNN o geneticista da University of Basel Grayson Camp, principal autor do estudo.
A equipe tamb&eacute;m criou organoides com genes de chimpanz&eacute;s para determinar a linha evolutiva do c&eacute;rebro humano e de outros grandes primatas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23005938107509.jpg" alt="A equipe europeia criou ainda organoides com genes de chimpanz&eacute;s." />A equipe europeia criou ainda organoides com genes de chimpanz&eacute;s.
&ldquo;N&atilde;o s&atilde;o &lsquo;c&eacute;rebros neandertais cultivados em laborat&oacute;rio&rsquo;; s&atilde;o c&eacute;lulas humanas que possuem DNA neandertal dentro delas", frisou Camp.&nbsp;
Segundo ele, futuramente tecidos de outros &oacute;rg&atilde;os poder&atilde;o ser cultivados e estudados dessa maneira, como forma de entender como os genes neandertais teriam moldado o homem moderno.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154444-tecido-cerebral-neandertal-recriado-laboratorio.htm">Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório

Imagem de Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos no megacurioso

Aumento do percentual do gás no ar dizimou praticamente toda a vida na Terra

H&aacute; cerca de 3,5 bilh&otilde;es de anos, cianobact&eacute;rias come&ccedil;aram a produzir e bombear oxig&ecirc;nio para fora dos oceanos atrav&eacute;s da fotoss&iacute;ntese, o que possibilitou o surgimento de formas de vida mais complexas &mdash; de seres multicelulares a humanos. O chamado Grande Evento de Oxigena&ccedil;&atilde;o se deu por volta de 2,4 bilh&otilde;es de anos, e a grande pergunta entre os cientistas (o que impediu o oxig&ecirc;nio de ser incorporado &agrave; atmosfera?) agora tem uma resposta: o manto terrestre.
"Esse estudo revive uma hip&oacute;tese cl&aacute;ssica para a evolu&ccedil;&atilde;o do oxig&ecirc;nio atmosf&eacute;rico. Os dados demonstram que o manto da Terra pode controlar a evolu&ccedil;&atilde;o da atmosfera e, possivelmente, definir o ritmo do surgimento da vida", disse o astrobi&oacute;logo e principal autor da pesquisa, Shintaro Kadoya.
Essa foi a conclus&atilde;o a que chegaram o especialista e os tamb&eacute;m astrobi&oacute;logos Robert Nicklas, do Scripps Institution of Oceanography; Igor Puchtel, da University of Maryland; Ariel Anbar, da Arizona State University; e David Catling, colega de Kadoya na University of Washington, ao examinarem estromat&oacute;litos (rochas f&oacute;sseis que se formaram da atividade de microrganismos em ambientes aqu&aacute;ticos acumulados no fundo de mares rasos formando recifes) coletados em diferentes locais do planeta.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/14/14184843591075.jpg" alt="Estromat&oacute;litos s&atilde;o a melhor testemunha de como era o planeta h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos." />Estromat&oacute;litos s&atilde;o a melhor testemunha de como era o planeta h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos.
<h2>Gases ladr&otilde;es de oxig&ecirc;nio</h2>
O per&iacute;odo Arqueano foi mais vulcanicamente ativo do que nos dias de hoje, quando a vida era microbiana e estava espalhada pelos oceanos que cobriam a Terra. O magma (rochas derretidas e semiderretidas originadas no manto terrestre) flu&iacute;a com mais frequ&ecirc;ncia, lan&ccedil;ando na superf&iacute;cie n&atilde;o apenas material originado no interior da Terra como tamb&eacute;m gases, que acabavam reagindo com o oxig&ecirc;nio, formando outros compostos e removendo o g&aacute;s da atmosfera.
Essa ideia come&ccedil;ou a ser explorada em 2019, quando os cinco pesquisadores fizeram parte de um estudo preliminar que concluiu que o manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta) se tornou gradualmente mais oxidado h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos. Agora, eles analisam como essa mudan&ccedil;a influenciou a produ&ccedil;&atilde;o de gases liberados pela atividade vulc&acirc;nica (se ele fosse menos oxidado, produziria mais gases facilmente combin&aacute;veis com o oxig&ecirc;nio livre).
"Basicamente, o suprimento de gases vulc&acirc;nicos oxid&aacute;veis foi capaz de absorver oxig&ecirc;nio por centenas de milh&otilde;es de anos ap&oacute;s a evolu&ccedil;&atilde;o da fotoss&iacute;ntese. &Agrave; medida que o manto se tornou mais oxidado, menos gases vulc&acirc;nicos capazes de se ligar foram liberados; o oxig&ecirc;nio inundou a atmosfera quando n&atilde;o havia mais g&aacute;s vulc&acirc;nico suficiente para retir&aacute;-lo dela", explicou o cientista planet&aacute;rio e astrobi&oacute;logo David Catling, coautor do trabalho.
<h2>G&aacute;s dizimou quase toda a vida na Terra</h2>
Segundo a pesquisa, h&aacute; 2,5 bilh&otilde;es de anos o oxig&ecirc;nio produzido por cianobact&eacute;rias finalmente superou a perda cont&iacute;nua por conta das liga&ccedil;&otilde;es com gases vulc&acirc;nicos e come&ccedil;ou a se acumular no ar, o que trouxe tr&ecirc;s consequ&ecirc;ncias.&nbsp;
A primeira foi a extin&ccedil;&atilde;o de quase toda a vida na Terra; somente sobreviveram os organismos adaptados &agrave; nova concentra&ccedil;&atilde;o do g&aacute;s no ar. A segunda foi o resfriamento da atmosfera, quando o oxig&ecirc;nio se ligou ao metano (um g&aacute;s do efeito estufa) que havia no ar e desencadeou uma era do gelo. Ap&oacute;s o Grande Evento de Oxigena&ccedil;&atilde;o, os n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio ca&iacute;ram (ainda se especula por que) e o planeta conheceu a terceira consequ&ecirc;ncia da eleva&ccedil;&atilde;o dos n&iacute;veis do g&aacute;s na atmosfera: o surgimento de formas mais complexas de vida.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154179-vulcoes-atrasaram-oxigenacao-atmosfera-1-bilhao-anos.htm">Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos

Imagem de Entrevista: a brasileira que descobriu uma nova espécie de peixe amazônico no megacurioso

O Ammoglanis obliquus foi descoberto na Amazônia pela bióloga Elisabeth Henschel, brasileira que compartilhou detalhes com o Mega Curioso em entrevista

No fim de fevereiro, a bi&oacute;loga brasileira Elisabeth Henschel publicou a descri&ccedil;&atilde;o do Ammoglanis obliquus, uma nova esp&eacute;cie de peixe encontrada pela cientista na cidade de Rio Preto da Eva, no Amazonas. A descoberta do pequeno bagre semitransparente ajuda a ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade na Amaz&ocirc;nia, al&eacute;m de demonstrar mais uma vez a necessidade de conserva&ccedil;&atilde;o de habitat para a prote&ccedil;&atilde;o das mais de 2,4 mil esp&eacute;cies de peixes e 956 variedades de bagre de um dos ecossistemas mais diversos do mundo: a bacia do Rio Amazonas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/2020/03/pequeno-bagre-descoberto-na-amazonia-da-pistas-sobre-o-mitico-candiru"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/26/26113817680159.jpg" alt="(Fonte: Elizabeth Henschel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Elizabeth Henschel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Henschel, que ganhou em 2018 uma bolsa de estudos de in&iacute;cio de carreira da National Geographic Society, conversou com o Mega Curioso e contou um pouco mais sobre sua descoberta. Confira a entrevista.
<h3>Qual &eacute; a import&acirc;ncia da descoberta do Ammoglanis obliquus para o estudo da evolu&ccedil;&atilde;o morfol&oacute;gica de outras esp&eacute;cies?</h3>
Cada esp&eacute;cie &eacute; uma pe&ccedil;a fundamental na compreens&atilde;o da evolu&ccedil;&atilde;o de todas as formas de vida, n&atilde;o s&oacute; de animais mas tamb&eacute;m vegetais, bact&eacute;rias, v&iacute;rus etc. Dessa forma, a descri&ccedil;&atilde;o de uma nova esp&eacute;cie atua como uma fonte de dados para compara&ccedil;&atilde;o com as j&aacute; descritas e com popula&ccedil;&otilde;es que porventura se tornem novas esp&eacute;cies.
Al&eacute;m disso, muito pouco se sabe sobre a morfologia funcional de peixes que vivem associados a areia (psamofilia), de forma que conhecer e disponibilizar dados sobre caracter&iacute;sticas morfol&oacute;gicas de bagres como o Ammoglanis obliquus pode ser o primeiro passo no desenvolvimento desse tipo de estudo.
<h3>Durante a pesquisa, quais estampas foram necess&aacute;rias para determinar a classifica&ccedil;&atilde;o do Ammoglanis obliquus?</h3>
Primeiramente, o trabalho de campo cuidadosamente planejado. Foram meses de planejamento para essa expedi&ccedil;&atilde;o, juntando dados da literatura e de imagens de sat&eacute;lite e acompanhando os ciclos de chuva na regi&atilde;o, j&aacute; que a melhor &eacute;poca para a coleta desses pequenos bagres &eacute; durante a seca.
Depois da captura dos esp&eacute;cimes e do fim do trabalho de campo, retornamos ao laborat&oacute;rio, onde pude examinar cuidadosamente os peixes para saber se de fato se tratava de uma nova esp&eacute;cie ou simplesmente eram uma popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; descrita. Analisei as caracter&iacute;sticas morfol&oacute;gicas dos bagres, como padr&atilde;o de colorido e osteologia [formato, quantidade e disposi&ccedil;&atilde;o dos ossos do animal] e as comparei com os dados das esp&eacute;cies conhecidas de Ammoglanis.
Como esses detalhes eram &uacute;nicos e distintos, pude concluir que essa popula&ccedil;&atilde;o de bagres era, de fato, uma nova esp&eacute;cie e seguir com a escrita do artigo.
<h3>Poderia explicar a import&acirc;ncia da conserva&ccedil;&atilde;o de habitat n&atilde;o s&oacute; de esp&eacute;cies de grande porte mas tamb&eacute;m das pequenas?</h3>
Muitas esp&eacute;cies de pequeno porte ocupam micro-habitat, que nada mais s&atilde;o que pequenas &aacute;reas que se diferem de alguma forma do habitat ao redor. Esses espa&ccedil;os abrigam uma diversidade &uacute;nica, fornecendo uma gama de nichos que n&atilde;o existem no habitat maior que pode ser ocupado por outros animais.
Essas esp&eacute;cies raras e &uacute;nicas fornecem uma biomassa para a cadeia alimentar que dificilmente entraria no ecossistema sem a participa&ccedil;&atilde;o desses seres, atuando na manuten&ccedil;&atilde;o da biodiversidade ao servirem como alimento. Micro-habitat tamb&eacute;m s&atilde;o importantes no funcionamento de ecossistemas, atuando, por exemplo, na ciclagem de nutrientes.
Dessa forma, ao cuidarmos dos micro-habitat e da fauna de pequeno porte que eles abrigam, estamos contribuindo para a conserva&ccedil;&atilde;o de ecossistemas como um todo, especialmente se pensarmos na quantidade imensa de micro-habitat que existem em um lugar como a Amaz&ocirc;nia tanto dentro d'&aacute;gua quanto fora dela.
<h3>Agora que o Ammoglanis obliquus foi descoberto, o que acontece?</h3>
Depois que uma esp&eacute;cie nova &eacute; descrita, v&aacute;rias aplicabilidades podem ser encontradas para esse conhecimento, podendo ser alvo de estudos de evolu&ccedil;&atilde;o, biologia molecular, ecologia, etologia, bioqu&iacute;mica.
Al&eacute;m disso, descrever a biodiversidade de um local &eacute; muito importante para real&ccedil;ar a import&acirc;ncia da conserva&ccedil;&atilde;o de certas &aacute;reas, que podem, devido &agrave; falta de estudos taxon&ocirc;micos, ter a sua diversidade subestimada. No caso do Ammoglanis obliquus, isso &eacute; especial porque essa popula&ccedil;&atilde;o foi encontrada em um local que sofre muita a&ccedil;&atilde;o antr&oacute;pica, fragilizado devido ao alto n&uacute;mero de fazendas e s&iacute;tios e &agrave; constru&ccedil;&atilde;o de estradas de asfalto.
<h3>Como funciona a parceria entre cientistas e a National Geographic? Quais s&atilde;o os benef&iacute;cios?</h3>
Posso falar especificamente da minha experi&ecirc;ncia. Eu submeti meu projeto de doutorado para a National Geographic na modalidade Early Career Grant, que &eacute; um financiamento destinado a jovens pesquisadores no come&ccedil;o da carreira. Depois de ter ganhado a bolsa, pude enfim planejar com toda a calma e o cuidado necess&aacute;rios a viagem de campo para a qual propus o estudo.
Basicamente, o meu financiamento foi para fazer uma viagem de campo de 1 m&ecirc;s pela Amaz&ocirc;nia. As vantagens s&atilde;o &oacute;bvias: ser financiada por uma grande institui&ccedil;&atilde;o como a NatGeo &eacute; um peso enorme para o curr&iacute;culo de qualquer jovem pesquisador, al&eacute;m de todo o suporte e das oportunidades que eles oferecem para os exploradores.

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Entrevista: a brasileira que descobriu uma nova espécie de peixe amazônico

Imagem de Será que a barba masculina serve para amenizar um soco no queixo? no megacurioso

Usando peles de carneiro com pelos e sem pelos, cientistas simularam o impacto de golpes sobre a face humana

<head></head><body>Um estudo publicado na revista <a href="https://academic.oup.com/iob/article/2/1/obaa005/5799080">Integrative Organismal Biology</a> afirma que os pelos da barba humana são formados com o objetivo de proteger áreas vitais, como a garganta e a mandíbula, de ataques violentos, difundindo coletivamente a força de um golpe.Esse estudo contesta em parte uma tese de Charles Darwin, o célebre naturalista inglês pai da Teoria da Evolução e também barbudo. Apesar de considerar a crina de um leão como fonte de proteção física, ele achava que a barba humana era apenas um ornamento para atrair a atenção das mulheres.O nome da pesquisa é tão pomposo quanto uma bela barba: "Potencial de proteção contra impactos dos pelos de mamíferos: testando a hipótese de pugilismo para a evolução de pelos faciais humanos".A hipótese proposta é de que as barbas protegem a pele e os ossos do rosto quando machos humanos lutam, absorvendo e dispersando a energia de um impacto contundente. O estudo complementa evidências que sugerem que esqueletos e músculos humanos, sobretudo formas faciais masculinas, evoluíram para proteger o rosto contra danos.<h2>A pesquisa</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Integrative Organismal Biology&nbsp;" data-fonte-url="https://i1.rgstatic.net/publication/340672145_Impact_Protection_Potential_of_Mammalian_Hair_Testing_the_Pugilism_Hypothesis_for_the_Evolution_of_Human_Facial_Hair/links/5e993d694585150839e3a4c5/largepreview.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/14/14120301764422.png" alt="Fonte: Integrative Organismal Biology">Fonte: Integrative Organismal BiologyA metodologia utilizada foi a construção de modelos que simulavam a estrutura do osso em um crânio humano. Os pesquisadores cortaram o material ósseo em "tijolos", embrulhando-os em lã de ovelha — pois consideraram pouco prático obter amostras de pele totalmente barbadas em cadáveres humanos.Apesar de a consistência da lã não ser exatamente a mesma dos pelos da barba, o estudo justifica que "o volume de folículos em nossas amostras aproximou-se do volume das barbas cheias, o que é improvável de ocorrer nas peles de demais espécies".&nbsp;Utilizaram-se três tipos de cobertura de pele de carneiro, sendo que o teste de eficácia de uma barba cheia para amortecer impactos foi realizado com amostras peludas nas quais a lã foi deixada em todo o seus comprimento. Os pacotes de ossos embrulhados em lã foram colocados numa bigorna sobre a qual era liberada uma haste cega do alto.A experiência mostrou que as amostras completamente peludas absorveram mais energia (dos golpes) do que aquelas arrancadas e cortadas. Esses dados sustentam, portanto, a hipótese de que barbas humanas protegem regiões vulneráveis do esqueleto facial de ataques lesivos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:04:42.969Z

Será que a barba masculina serve para amenizar um soco no queixo?

Imagem de Supercomputador revela por que neandertais foram extintos no megacurioso

Pesquisador responsável por estudo declarou que evento não teve necessariamente a ver com mudanças climáticas ou cruzamento de espécies 

Entre 43 e 38 mil anos atr&aacute;s, os neandertais, que viveram na Eur&aacute;sia por um per&iacute;odo de 300 mil anos, desaparecerem da face da Terra. Apesar do per&iacute;odo coincidente com <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/21416-teria-a-evolucao-humana-sido-impulsionada-pelo-clima-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas extremamente agressivas</a> e cruzamento com o&nbsp;Homo sapiens, um supercomputador chegou a uma conclus&atilde;o diferente quanto ao fator respons&aacute;vel pela extin&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie: de acordo com as proje&ccedil;&otilde;es, a competi&ccedil;&atilde;o com nosso ancestral foi a verdadeira causa do fim da hegemonia dos neandertais.
Axel Timmermann, diretor do IBS Center for Climate Physics na Universidade Nacional de Pusan, Coreia do Sul, explica que este foi o primeiro modelo realista desenvolvido para estudo do evento. Baseando-se em cen&aacute;rios de migra&ccedil;&atilde;o, intera&ccedil;&atilde;o, competi&ccedil;&atilde;o e cruzamento de esp&eacute;cies durante uma intensa atividade clim&aacute;tica, o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o dessa metodologia foi publicado no peri&oacute;dico Quaternary Science Review.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/21/21095855476082.jpg" alt="Competi&ccedil;&atilde;o com Homo sapiens foi a respons&aacute;vel pela extin&ccedil;&atilde;o dos neandertais." />Competi&ccedil;&atilde;o com Homo sapiens foi a respons&aacute;vel pela extin&ccedil;&atilde;o dos neandertais.
Composto por milhares de linhas de c&oacute;digos, o modelo desenvolvido foi executado no Aleph, supercomputador da institui&ccedil;&atilde;o, que resolveu uma s&eacute;rie de equa&ccedil;&otilde;es levando em conta o per&iacute;odo glacial e a quantidade de chuva, al&eacute;m de padr&otilde;es de vegeta&ccedil;&atilde;o. O que se percebeu foi que ambos os homin&iacute;deos competiram ferozmente por <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151585-neandertais-portugal-alimentavam-focas-tubaroes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recursos alimentares</a>, isso de acordo com dados gen&eacute;ticos e demogr&aacute;ficos.
&ldquo;N&atilde;o &eacute; coincid&ecirc;ncia que os neandertais tenham desaparecido justamente quando mais se depararam com os Homo sapiens&rdquo;, declara Timmermann.
<h2>Varia&ccedil;&otilde;es aplicadas e conclus&atilde;o</h2>
Uma vez que, de acordo com o pesquisador, &eacute; poss&iacute;vel ativar e desativar qualquer um dos padr&otilde;es, desconsiderando-se, por exemplo, fatores como as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e cruzamento, foi poss&iacute;vel realizar uma s&eacute;rie de compara&ccedil;&otilde;es que permitiram validar o resultado. &ldquo;&Eacute; a primeira vez em que somos capazes de quantificar tal extin&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica.
Detalhes, infelizmente, permanecem um mist&eacute;rio, mas sup&otilde;e-se que a ascens&atilde;o do Homo sapiens se deu gra&ccedil;as &agrave;s suas <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/32533-seriam-os-homens-da-caverna-intelectuais-primitivos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&eacute;cnicas aprimoradas de ca&ccedil;a</a>, &agrave; maior resist&ecirc;ncia a pat&oacute;genos e ao alto n&iacute;vel de fecunda&ccedil;&atilde;o. Portanto, a competi&ccedil;&atilde;o foi, realmente, a respons&aacute;vel pelo desaparecimento dos neandertais.
Axel vai al&eacute;m em suas explica&ccedil;&otilde;es: &ldquo;Durante sua longa passagem pelo planeta, neandertais enfrentaram condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas ainda mais extremas quando comparadas &agrave;quelas que ocorreram durante seu desaparecimento. Essas simula&ccedil;&otilde;es demonstram o que pode ter sido a primeira extin&ccedil;&atilde;o causada por nossa esp&eacute;cie&rdquo;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/21/21100244461084.jpg" alt="Esp&eacute;cie n&atilde;o resistiu &agrave; luta por recursos." />Esp&eacute;cie n&atilde;o resistiu &agrave; luta por recursos.
Os estudos, claro, n&atilde;o v&atilde;o parar por a&iacute;. O modelo est&aacute; sendo aprimorado para incluir megafauna e eventos clim&aacute;ticos ainda mais realistas. &ldquo;Assim, cientistas clim&aacute;ticos podem se unir a matem&aacute;ticos, geneticistas, arqueologistas e antropologistas&rdquo;, finaliza Timmermann.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153373-supercomputador-revela-neandertais-extintos.htm">Supercomputador revela por que neandertais foram extintos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Supercomputador revela por que neandertais foram extintos

Imagem de Homem moderno conviveu por 8 mil anos com neandertais no megacurioso

Ossos com 45 mil anos foram encontrados na Bulgária e são a evidência mais antiga da convivência do Homo sapiens com neandertais

<head></head><body>Os Homo sapiens do Paleolítico conviveram com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109045-conheca-7-fatos-surpreendentes-sobre-os-neandertais.htm">neandertais</a> durante pelo menos oito mil anos. A descoberta foi realizada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113051-as-principais-descobertas-arqueologicas-de-2019.htm">arqueólogos</a> da Bulgária que acharam, em uma caverna, ossos humanos com idade estimada em 45 mil anos. Esta é a evidência direta mais antiga da presença dos humanos modernos na Europa.Os pesquisadores trabalharam em uma caverna conhecida como Bacho Kiro, localizada a cinco quilômetros da cidade de Dryanovo, que foi descoberta e escavada pela primeira vez na década de 1970.A nova exploração foi realizada por duas equipes de pesquisadores e encontrou um punhado de ossos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108490-por-que-dentes-nao-sao-considerados-ossos.htm">dentes</a>. No entanto, devido à idade milenar dos objetos, era impossível identificar a espécie de animal dos restos mortais.&nbsp;Um dente era claramente humano, mas o restante teve de ser submetido a análises detalhadas de laboratório para sequenciar as proteínas do material genético. O resultado dos exames revelou eram restos mortais de Homo sapiens do Paleolítico.<h2>Proximidade de humanos com Neandertais</h2>Durante os oito mil anos de coexistência, humanos e neandertais podem ter interagido – tanto em termos biológicos quanto culturais. Uma das provas da convivência foi a quantidade de dentes de urso usados como pingentes por humanos. Os cientistas ficaram surpresos, pois foram encontrados pingentes semelhantes feitos pelos neandertais.Uma das coautoras da descoberta, a antropóloga da Universidade de Nova York Shara Bailey, afirma que havia claras semelhanças entre os objetos feitos pelos Homo sapiens no local búlgaro e as versões mais recentes criadas pelos neandertais.“Existem algumas semelhanças nas técnicas de fabricação usadas pelo Homo sapiens em Bacho Kiro e neandertais em outros lugares, o que deixa claro que havia transmissão cultural acontecendo entre os dois grupos”, conclui a antropóloga.<h3>Ferramentas</h3><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Tsenka Tsanova/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://www.mpg.de/14779259/original-1588683494.jpg?t=eyJ3aWR0aCI6ODQ4LCJvYmpfaWQiOjE0Nzc5MjU5fQ==--85efd906c254c5fef2f4b98d86f32f45a973ad88"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12173340294445.jpg" alt="(Fonte: Tsenka Tsanova/Reprodução)">(Fonte: Tsenka Tsanova/Reprodução)A análise dos restos humanos fossilizados revela que os habitantes da caverna caçavam bisões e veados. Os dentes dos animais eram transformados em ferramentas e ornamentos pessoais, o que era comum tanto entre humanos quanto em neandertais.O estudo revelou que muitos ossos de animais foram transformados em furadores e isqueiros, que eram usados para fazer furos em couros e suavizar peles de animais.Os arqueólogos encontraram ossos de animais com marcas de cortes proeminentes, o que indica que os humanos também usavam ferramentas para cortar as carcaças de carne e outros materiais.</body>

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Homem moderno conviveu por 8 mil anos com neandertais

Imagem de Descobertas evidências mais antigas de humanos modernos na Europa no megacurioso

Eles já estavam por lá há quase 46 mil anos, pelo menos!

Cientistas do Departamento de Antropologia Evolutiva do Instituto Max Planck, em Leipzig, na Alemanha, identificaram as evid&ecirc;ncias mais antigas de que se tem not&iacute;cia da presen&ccedil;a de humanos modernos no continente europeu. A descoberta ocorreu ap&oacute;s a data&ccedil;&atilde;o de fragmentos de ossos e artefatos encontrados no interior de uma caverna na Bulg&aacute;ria revelarem que os f&oacute;sseis t&ecirc;m entre 45.820 e 43.650 anos &ndash; com alguns deles podendo somar at&eacute; 46.940 anos de antiguidade.
<h2>Conviv&ecirc;ncia</h2>
Os artefatos foram descobertos na caverna Bacho Kiro, situada aos p&eacute;s dos B&aacute;lc&atilde;s, no interior da Bulg&aacute;ria, um s&iacute;tio arqueol&oacute;gico que consiste em um velho conhecido dos pesquisadores por conta da quantidade de f&oacute;sseis que abriga. Diversas escava&ccedil;&otilde;es foram conduzidas no local ao longo das d&eacute;cadas &ndash; dando lugar a descobertas de diversos fragmentos humanos. No entanto, foi durante trabalhos realizados em 2015 que os cientistas se depararam com a camada de sedimentos contendo os exemplares cujo estudo foi apresentado agora.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science Alert / MPI-EVA Leipzig / Tsenka Tsanova / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/ancient-bones-found-in-bulgarian-cave-are-oldest-evidence-of-modern-humans-in-europe"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12181748269479.jpg" alt="Interior da caverna Bacho Kiro" />Interior da caverna Bacho Kiro
Na realidade, em se tratando de f&oacute;sseis t&atilde;o antigos &ndash; os artefatos s&atilde;o do Pleistoceno &ndash;, &eacute; um desafio determinar a idade exata dos objetos e diferenciar quais fragmentos s&atilde;o humanos de outras esp&eacute;cies de homin&iacute;deos ou animais. Assim, os cientistas do instituto submeteram as pe&ccedil;as a uma t&eacute;cnica de espectrometria chamada ZooMS que permitiu obter sequ&ecirc;ncias proteicas dos ossos e compar&aacute;-las &agrave;s de outros f&oacute;sseis de Homo sapiens.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12182008952480.jpg" alt="Artefatos descobertos com os ossos" />Artefatos descobertos com os ossos
Al&eacute;m desse m&eacute;todo, os pesquisadores utilizaram a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono e o sequenciamento gen&eacute;tico mitocondrial de amostras coletadas dos fragmentos e, a partir dos resultados, chegaram &agrave;s datas que mencionamos antes. Assim, a defini&ccedil;&atilde;o da antiguidade dos f&oacute;sseis aponta que os humanos modernos j&aacute; habitavam o continente europeu pelo menos 2 mil anos antes do que o indicado por artefatos descobertos at&eacute; ent&atilde;o em outros s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos espalhados pela Europa.
As t&eacute;cnicas permitiram, ainda, que os cientistas estudassem e identificassem 23 esp&eacute;cies diferentes de animais, sem falar que as escava&ccedil;&otilde;es resultaram na descoberta de ferramentas talhadas em pedra e adornos, incluindo pendentes de dentes de urso semelhantes a artefatos encontrados em uma caverna na Fran&ccedil;a e que foram produzidos por Neandertais.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science Alert / MPI-EVA Leipzig / Tsenka Tsanova / Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencealert.com/ancient-bones-found-in-bulgarian-cave-are-oldest-evidence-of-modern-humans-in-europe"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12182301293482.jpg" alt="Adornos e utens&iacute;lios indicam conex&otilde;es culturais entre humanos modernos e Neandertais" />Adornos e utens&iacute;lios indicam conex&otilde;es culturais entre humanos modernos e Neandertais
Esses objetos, ali&aacute;s, sugerem que &eacute; poss&iacute;vel que as intera&ccedil;&otilde;es entre os Neandertais &ndash; que j&aacute; ocupavam a Europa quando os humanos modernos migraram da &Aacute;frica para l&aacute; &ndash; tenham inspirado os H. sapiens a produzir adornos parecidos e tamb&eacute;m utens&iacute;lios de pedra. Ademais, a descoberta indica que Neandertais e humanos convieram por mais tempo do que se pensava. At&eacute; que, no transcorrer de v&aacute;rios milhares de anos de contato, a nossa esp&eacute;cie acabou por dominar a Europa e (de uma forma ou outra) levar ao desaparecimento dos ent&atilde;o nativos.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153081-descobertas-evidencias-antigas-humanos-modernos-europa.htm">Descobertas evidências mais antigas de humanos modernos na Europa</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Descobertas evidências mais antigas de humanos modernos na Europa

Imagem de Linguagem humana pode ter surgido há 25 milhões de anos no megacurioso

Ancestrais do homem teriam aprendido a falar unindo dois sistemas de comunicação presentes na natureza

A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a> sabe, com alguma certeza, quando o homem se p&ocirc;s de p&eacute;; quando come&ccedil;ou a plantar, a ca&ccedil;ar, a cozinhar e a enterrar seus mortos. Mas ainda n&atilde;o faz ideia de quando ele come&ccedil;ou a falar &ndash; essa caracter&iacute;stica &uacute;nica que nos separa do restante do mundo vivo. &nbsp;A pista que surgiu agora, gra&ccedil;as ao trabalho de uma equipe internacional de cientistas, &eacute; que a linguagem j&aacute; estava abrindo caminho no c&eacute;rebro do nosso ancestral h&aacute; pelo menos 25 milh&otilde;es de anos.
Tecidos cerebrais n&atilde;o fossilizam; por isso, a conclus&atilde;o do estudo est&aacute; sendo comparado, nas palavras do cientista neurocognitivo e professor da Faculdade de Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas da Universidade de Newcastle (UK) Chris Petkov, como &ldquo;encontrar um novo f&oacute;ssil de um ancestral perdido h&aacute; muito tempo; &eacute; empolgante que exista uma origem [da linguagem] mais antiga ainda por descobrir.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22160823292100.jpg" alt="Os ancestrais humanos Proconsul (centro) e Dendropithecus (acima) devem ter sido os primeiros a adquirir linguagem como a conhecemos." />Os ancestrais humanos Proconsul (centro) e Dendropithecus (acima) devem ter sido os primeiros a adquirir linguagem como a conhecemos.
A vers&atilde;o mais aceita do surgimento da linguagem humana datava o acontecimento h&aacute; cinco milh&otilde;es de anos, em um ancestral comum de macacos e humanos. Embora a linguagem &eacute; exclusividade humana, h&aacute; semelhan&ccedil;as em como a fala &eacute; processada no c&eacute;rebro de outros primatas, sugerindo uma base evolutiva na cogni&ccedil;&atilde;o auditiva e na comunica&ccedil;&atilde;o vocal.
O resultado da pesquisa, publicado pela revista Nature Neuroscience, se baseou na compara&ccedil;&atilde;o de exames cerebrais de primatas e de humanos. e na an&aacute;lise dos mecanismos da audi&ccedil;&atilde;o e do som via ondas cerebrais. Isso levou &agrave; descoberta de um caminho no c&eacute;rebro humano por onde a linguagem passa e que interconecta o c&oacute;rtex auditivo com as regi&otilde;es do lobo frontal (onde s&atilde;o processadas a fala e a linguagem).
Para o neurologista da Universidade de Newcastle e um dos autores do estudo Timothy Griffiths, &ldquo;essa descoberta pode esclarecer aspectos ainda obscuros sobre a cogni&ccedil;&atilde;o auditiva e a linguagem humanas.&rdquo;
<h2>Linguagem &uacute;nica na natureza</h2>
Saber quando o homem adquiriu a linguagem &eacute; fonte de estudo de muitas vertentes. Uma das mais conhecidas e revolucion&aacute;rias afirma que os animais ensinaram o ancestral do homem a falar.
Segundo o linguista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em Cambridge Shigeru Miyagawa, uma das raz&otilde;es de a linguagem humana ser t&atilde;o &uacute;nica &eacute; que ela tem, na verdade, duas camadas de compreens&atilde;o.&nbsp;
Em uma, est&atilde;o as palavras que usamos (chamada por Miyagawa de estrutura lexical). "Manga&rdquo;, &ldquo;Amanda&rdquo; e &ldquo;comer&rdquo; s&atilde;o componentes dessa estrutura. As regras que nos dizem como essas palavras devem ser reunidas para serem compreendidas comp&otilde;em a segunda camada &ndash; a chamada estrutura de express&atilde;o, que surge quando as palavras s&atilde;o combinadas, dando &agrave;s senten&ccedil;as significados diferentes: "Amanda come a manga", "Coma a manga, Amanda" ou "Amanda comeu a manga?".
<h2>L&eacute;xico e express&atilde;o, &uacute;nicos do homem</h2>
Miyagawa descobriu que as duas estruturas existem separadamente na natureza, Macacos -vervet emitem diferentes gritos de alarme, cada um para um determinado predador, mas sempre no mesmo contexto, ou seja, usam estrutura lexical mas n&atilde;o, expressiva.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22160411885096.jpg" alt="Um macaco-vervet d&aacute; o alerta de predador do alto de uma &aacute;rvore na Reserva Natural de Samburu, no Qu&ecirc;nia." />Um macaco-vervet d&aacute; o alerta de predador do alto de uma &aacute;rvore na Reserva Natural de Samburu, no Qu&ecirc;nia.
Rouxin&oacute;is se comunicam usando apenas uma estrutura expressiva, manipulando os padr&otilde;es de 200 melodias diferentes. A estrutura de uma m&uacute;sica pode variar, mas significa sempre a mesma coisa. Segundo o linguista, a linguagem humana deve ter evolu&iacute;do pela combina&ccedil;&atilde;o dos dois sistemas, formando uma estrutura &uacute;nica.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152407-linguagem-humana-ter-surgido-ha-25-milhoes-anos.htm">Linguagem humana pode ter surgido há 25 milhões de anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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