Em sua missão de observar de perto a coro solar, a Sonda Parker volta a atingir o recorde de velocidade em um objeto feito pelo homem.

Quem gosta de tirar onda nas festas, dizendo que o objeto mais rápido construído pelo homem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128777-voce-sabia-que-uma-tampa-de-bueiro-nuclear-e-o-objeto-mais-rapido-ja-lancado-pelo-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi uma tampa de poço de teste nuclear</a>, que foi lançada ao espaço em 1957 a 238 mil km/m, pode mudar o discurso. Temos uma nova campeã: a Sonda Solar Parker, da NASA, lançada ao espaço dia 12 de agosto de 2018.&nbsp;Em 29 de junho, a espaçonaves de 685 kg, encarregada de observar de perto a coroa externa do Sol, bateu pela segunda vez (a primeira foi em outubro de 2023) o recorde de objeto em movimento mais rápido já construído pelo homem. A velocidade registrada foi de 635.266 km/h, o que equivale a quase 514,65 vezes a velocidade do som ao nível do mar.Mas a coisa não vai parar por aí. À medida que cumpre seu objetivo de completar 24 órbitas ao redor do Sol, o objeto terrestre vai ficando ainda mais rápido, com velocidades que podem chegar a 692 mil km/h, quando ele estiver a 6,2 milhões de quilômetros do Sol, a sua maior aproximação, marcada para 2025. Isso equivale a uma viagem de Washington D.C. a Tóquio em menos de um minuto.&nbsp;<h2>Como é a sonda solar Parker?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/18/18081304242002.jpg" alt="O cientista que dá nome à espaçonave vê a sonda solar antes do lançamento. (Fonte: NASA/Johns Hopkins APL/Ed Whitman)"><figcaption>O cientista que dá nome à espaçonave vê a sonda solar antes do lançamento. (Fonte: NASA/Johns Hopkins APL/Ed Whitman)</figcaption></figure></figure>Para chegar tão perto do Sol, a sonda espacial foi construída com uma proteção solar para seus instrumentos: um escudo composto de carbono com 11,43 cm de espessura. Além das velocidades absurdas, a Parker precisa estar apta a suportar temperaturas que chegam a quase 1,4 mil graus Celsius.&nbsp;Junto com os avanços de última geração em engenharia térmica, a sonda tem ainda "quatro conjuntos de instrumentos projetados para estudar campos magnéticos, plasma e partículas energéticas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127257-misterio-sobre-origem-de-ventos-solares-pode-ter-chegado-ao-fim.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">além de obter imagens do vento solar</a>", diz o site da NASA.&nbsp;<h2>Por que a sonda Parker voa tão rápido?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/Y0IqxAwF484" title="Parker Solar Probe Completes 16th Science Encounter" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Essas velocidades ultrarrápidas são atingidas graças ao design da missão, que inclui múltiplas "ajudas" gravitacionais de Vênus. À medida que a sonda dá uma volta completa ao redor do Sol, ela se alinha com a órbita do segundo planeta, e utiliza sua gravidade como se fosse um "estilingue" gravitacional.&nbsp;O objetivo é chegar cada vez mais perto da massa giratórias de plasma ultraquente que circunda a nossa estrela, para realizar uma grande variedade de diferentes aferições que nos permitam aperfeiçoar o conhecimento científico que já temos sobre ela.&nbsp;Completada a aproximação atual, que foi a 20ª, a Parker chegou a 7,26 milhões de quilômetros da fotosfera, a camada de gás ionizado considerada oficialmente a superfície do Sol. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120672-sonda-da-nasa-consegue-tocar-o-sol-em-feito-inedito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Em abril de 2021, a sonda chegou a "tocar" nossa estrela</a>, coletando amostras do plasma e adicionando mais informações ao seu precioso banco de dados.=

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Descubra qual é o objeto feito por humanos mais rápido que já existiu

Um parafuso afunda no mar porque sua densidade é maior que a da água, mas um navio tem sua densidade média reduzida para deslocar mais água que o seu peso.

Muitas perguntas feitas por alunos do ensino fundamental são esquecidas à medida que envelhecemos, e certos princípios científicos básicos acabam se perdendo no tempo. Por isso, às vezes vale à pena deixar de lado, por uns momentos, conceitos complexos sobre física quântica e responder a algumas perguntas mais “pé no chão”, no caso de hoje, na água: por que um parafuso afunda no mar, e um navio de muitas toneladas flutua?Esse “mistério” pode ser explicado pelas forças do empuxo e da densidade, que por sua vez <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125583-conheca-a-historia-por-tras-de-indiana-jones-e-a-reliquia-do-destino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estão diretamente ligadas ao chamado Princípio de Arquimedes</a>, o matemático e físico grego que, no século III a.C., explicou: "Um corpo total ou parcialmente submerso em um fluido em repouso é empurrado para cima por uma força igual ao peso do fluido deslocado por esse corpo".Conforme o escritor romano Vitruvio, Arquimedes meditava dentro de uma banheira sobre como pesar a coroa do rei Hierão II de Siracusa, quando percebeu que a quantidade de água que transbordava de sua banheira era proporcional ao volume do seu corpo submerso. Fascinado, ele teria saído nu pelas ruas, gritando "Eureka!" (descobri, em grego).<h2>Entendendo o empuxo&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16164958400272.jpg" alt="x. (Fonte: Getty images/Reprodução)"><figcaption>Arquimedes foi o primeiro a teorizar a força do empuxo. (Fonte: Getty images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O empuxo é uma força para cima que atua sobre qualquer objeto imerso em um fluido&nbsp;(água, ar ou outros). Essa força tem origem na pressão existente dentro do fluido, ou seja, é maior quanto mais fundo você penetra. Isso porque a pressão sobre a parte inferior de um objeto mergulhado no fluido é maior do que em sua parte superior, provocando a força ascendente.De acordo com o princípio de Arquimedes, um corpo total ou parcialmente submerso em um fluido é impulsionado para cima por uma força de empuxo equivalente ao peso do fluido que ele desloca. Isso significa que, se o empuxo for maior ou igual ao peso do objeto, este flutuará; mas, se o empuxo for menor que o peso do objeto, ele irá afundar.&nbsp;Ou seja, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128765-como-as-nuvens-permanecem-flutuando-no-ceu-mesmo-com-o-peso-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos mais densos do que a água (na superfície) afundam sempre</a>.<h2>Como funciona a densidade?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16165335958273.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Titanic tinha 52,3 toneladas e flutuava. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Dito de outra forma, a densidade do objeto e a densidade do fluido no qual foi imerso determinam se ele irá afundar ou flutuar. A fórmula da densidade é igual à massa do objeto dividida pelo seu volume. Se a densidade do objeto for menor que a do fluido, o objeto deslocará substância líquida suficiente para criar uma força de empuxo capaz de fazê-lo flutuar. Se a densidade do objeto for maior que a do fluido, ele afunda.Isso explica porque o suposto parafuso afunda: porque ele é mais denso do que a água do mar. Mas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125291-veja-como-vai-ser-o-maior-navio-de-cruzeiro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o que dizer de um navio de aço carregado de contêineres</a>, por exemplo?Logicamente, todo o aço empregado na construção de navios tem uma densidade muito maior do que a água, assim como a carga que ele transporta. Por isso, o meio de transporte é construído com um tipo de design que desenvolve casco e compartimentos internos contendo ar e outros materiais menos densos, de forma a reduzir sua densidade média, tornando-a menor que a da água.

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Por que um parafuso afunda na água, mas um navio flutua?

Alguns inventores europeus do século XIX são responsáveis pela criação das primeiras câmeras fotográficas.

A história da fotografia passa, necessariamente, pela história das primeiras <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-cameras-fotograficas-incriveis-criadas-ao-longo-da-historia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câmeras fotográficas</a>. E aqui pensamos no trabalho de inventores pioneiros que buscaram formas de criar algum tipo de registros de imagens reais em um papel.Se você só conhece a foto que tira do seu iPhone, vale saber que muita coisa precisou acontecer para você chegasse a ter essa tecnologia. Aqui, contamos a fascinante história das primeiras câmeras.<h2>A câmera obscura de Joseph Nicéphore Niépce</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15192524245452.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>"View from the Window at Le Gras" é tida como a primeira fotografia da história. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O começo do processo fotográfico moderno se deve à chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câmera obscura</a> elaborada pelo inventor francês Joseph Nicéphore Niépce. Em 1826, ele usou a sua tecnologia e uma placa de estanho para gerar uma imagem que posteriormente seria chamada de "View from the Window at Le Gras", por ter sido feita na sua janela em Saint-Loup-de-Varennes, na França. Embora o processo fosse rudimentar, ela é hoje considerada a primeira fotografia da história.Uma década depois, o pintor e inventor francês <a href="https://www.tecmundo.com.br/fotografia-e-design/60982-175-anos-fotografia-conheca-historia-dessa-forma-arte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Louis Daguerre</a> inventou uma nova técnica chamada de daguerreótipo. Assim como Niépce, ele começou a experimentar processos de criação de imagens e até se uniu a ele em suas tentativas. Mas, infelizmente, Niépce acabou morrendo em 1833, o que fez com que Daguerre seguisse sozinho com sua pesquisa.Seis anos depois, ele consolidou o daguerreótipo, que era um método envolvendo várias etapas para produzir fotografias a partir de uma folha de cobre polida e prateada tratada com vapores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124253-por-que-iodo-e-adicionado-ao-sal-de-cozinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iodo</a> e uma solução salina. A técnica era mais rápida do que a inventada pelo antigo colega.Daguerre exibiu o seu daguerreótipo em 7 de janeiro de 1839 em uma reunião da Academia Francesa de Ciências. Isso o levou que passasse receber uma pensão vitalícia do governo francês para que distribuísse o seu método para o mundo.<h2>William Henry Fox Talbot e a fotografia com negativo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15193339520457.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>&nbsp;William Henry Fox Talbot criou a primeira fotografia com negativo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mais ou menos na mesma época, um inglês chamado William Henry Fox Talbot também testava novos materiais no intuito de criar algum tipo de tecnologia fotográfica. Parte do seu interesse se dava porque ele era pouco hábil na pintura, o que o fez se aproximar de uma câmera obscura.De acordo com o portal The Met, Talbot teria escrito: "a beleza inimitável das imagens da pintura da natureza que a lente de vidro da câmera projeta sobre o papel em seu foco — imagens de fadas, criações de um momento e destinadas a desaparecer tão rapidamente. Quão encantador seria se fosse possível fazer com que essas imagens naturais se imprimissem de forma duradoura e permanecessem fixas no papel".Assim, na década de 1830, ele construiu uma pequena câmera de madeira que sua esposa chamava apelidou de “ratoeira”. A nova tecnologia continha papel de cloreto de prata e requisitava entre meia e uma hora de exposição para fixar uma imagem, o que era feito com uso de sal de cozinha. A mais conhecida imagem criada por Talbot exibe a janela da biblioteca de Abadia de Locock Abbey. Ela é considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/ positivo.Mais tarde, ele patenteou a sua invenção como calótipo. Diferentemente do daguerreótipo, a imagem final criada pelo calótipo era um negativo. Assim, uma impressão positiva poderia ser feita a partir dele por meio do contato em outra folha de papel sensibilizado. E o mais impressionante: várias imagens poderiam ser reproduzidas a partir desse original. Esta foi uma inovação fundamental, e se nós, desde a época das câmeras analógicas, conseguimos gerar várias cópias das fotos que gostamos, a responsabilidade é desse inventor inglês.

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Como surgiu a câmera fotográfica?

Estudo encontrou um número que, embora muito baixo para os nossos padrões no dia-a-dia, podem ser decisivos para viagens futuras ao nosso satélite.

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cientistas-buscam-sinais-de-vida-em-fontes-hidrotermais-na-lua-europa" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os astrônomos</a> já sabiam que o tempo na Lua passa mais rápido do que na Terra, porém não tinham na ponta do lápis o quão mais rápido era. Agora, cientistas da NASA e de outras instituições finalmente calcularam com precisão essa diferença. A novidade é que na superfície lunar, o tempo passa 0,0000575 segundo mais rápido por dia em comparação com a Terra.&nbsp;Pode parecer uma fração insignificante, mas quando se trata de missões espaciais e operações precisas, essa pequena diferença é crucial.<h2 style="text-align:justify;">Para além do tempo na Terra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/14/14171702234000.jpg" alt="A gravidade tem atuação determinante na configuração do tempo de um determinado lugar no espaço. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A gravidade tem atuação determinante na configuração do tempo de um determinado lugar no espaço. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O tempo não é uma constante universal; ele pode variar dependendo de vários fatores, como velocidade e gravidade. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112233-como-a-teoria-da-relatividade-de-einstein-foi-comprovada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teoria da relatividade</a> geral de Albert Einstein já nos mostrou que a gravidade pode desacelerar o tempo. Portanto, com a Lua tendo aproximadamente um sexto da gravidade da Terra, o tempo passa mais rápido lá.&nbsp;Isso não é algo que afete nossas vidas cotidianas aqui na Terra, mas para a NASA e outras agências espaciais, essa diferença é significativa, especialmente com os planos de criar bases permanentes na Lua e realizar missões a Marte.Atualmente, não há um fuso horário oficial na Lua. As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127335-sacos-de-fezes-na-lua-a-importancia-de-resgatar-os-excrementos-dos-astronautas-da-missao-apollo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">famosas missões Apollo</a>, por exemplo, usaram o Ground Elapsed Time (GET), que contava o tempo a partir do momento que eram lançadas.&nbsp;Já as missões não tripuladas geralmente seguem o horário do país de origem da nave, Com o aumento das missões lunares, tanto tripuladas quanto não tripuladas, a necessidade de um Tempo Lunar Coordenado se torna evidente.&nbsp;Estabelecer um horário padronizado na Lua é essencial para sincronizar atividades e operações, garantindo que rovers, módulos de pouso e orbitadores possam trabalhar juntos de forma eficiente.<h2 style="text-align:justify;">Cálculos necessários</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/14/14171851802001.jpg" alt="Saber precisamente o tempo na Lua é crucial para podermos começar a habitar o satélite. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Saber precisamente o tempo na Lua é crucial para podermos começar a habitar o satélite. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os cientistas calcularam a diferença de tempo entre a Terra e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127475-imagens-da-nasa-mostram-astronautas-lutando-para-andar-na-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> usando a matemática da relatividade. Eles compararam a velocidade do tempo na superfície lunar, na Terra e no baricentro do Sistema Solar, o ponto em que a massa do sistema solar se equilibra.&nbsp;A descoberta de que o tempo na Lua passa 0,0000575 segundo (ou 57 milionésimos de segundo) mais rápido por dia em relação à Terra pode ser entendida da seguinte forma: levaria cerca de 274 anos para alguém na Lua envelhecer 5,75 segundos a mais do que alguém na Terra.&nbsp;Embora pareça insignificante para nossas atividades cotidianas, essa diferença mínima é crucial para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123488-quantas-estacoes-espaciais-existem-atualmente-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">operações espaciais</a>, onde cada microssegundo conta. A precisão no tempo é vital para comunicações e navegação, e sem considerar essa discrepância, erros podem ocorrer em operações críticas, como pousos e acoplamentos de espaçonaves, um grande problema frequentemente destacado em filmes de ficção científica.Os cientistas ressaltam a necessidade de um sistema de tempo lunar coordenado para evitar erros de alcance entre transmissores na Terra e receptores na Lua, crucial para operações espaciais que exigem alta precisão. Mais discussões e cálculos serão necessários antes de estabelecer um sistema oficial de tempo lunar.

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O tempo passa mais rápido na Lua, mas quanto? Agora nós sabemos!

Amostra coletada em 2020 pela NASA foi analisada por pesquisadores, que acreditam ter encontrado um belo exemplar dos ingredientes que formaram o nosso Sistema Solar.

Uma nova pesquisa conduzida por pesquisadores da Utah Test and Training Range, do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, analisou de perto uma amostra coletada do asteroide Bennu pela missão OSIRIS-REx da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126938-nasa-retoma-contato-com-voyager-2-apos-gritar-para-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> em outubro de 2020. Segundo os investigadores, o objeto revelou algumas surpresas há muito tempo esperadas.A poeira do asteroide é rica em carbono e nitrogênio, assim como compostos orgânicos, que são componentes essenciais para a vida como a conhecemos. O exemplar também contém fosfato de magnésio e sódio, que sugerem que ele pode ter se separado de um planeta oceânico primitivo e minúsculo há muito tempo.<h2>Exploração do asteroide Bennu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11223705126015.jpg" alt="Fotografia tirada pelo OSIRIS-REx mostra aterrisagem da espaçonave no asteroide Bennu. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Fotografia tirada pelo OSIRIS-REx mostra aterrissagem da espaçonave no asteroide Bennu. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Lançada em setembro de 2016, a espaçonave OSIRIS-REx tinha como objetivo coletar uma amostra de rochas e poeiras na superfície do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-o-asteroide-que-matou-os-dinossauros-permitiu-o-surgimento-da-uva-na-terra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> Bennu. Essa foi a primeira missão dos Estados Unidos a coletar uma amostra em um asteroide, que pesava 121 gramas e chegou à Terra em setembro de 2023.“Esta descoberta não apenas responde a perguntas antigas sobre o sistema solar primitivo, mas também abre novos caminhos de investigação sobre a formação da Terra como um planeta habitável", disse o pesquisador principal do OSIRIS-REx, Dante Lauretta, em comunicado oficial.Segundo ele, o artigo que descreve o estudo traz uma visão geral que desperta ainda mais curiosidade sobre o universo ao nosso redor. O documento também serve como uma introdução ao catálogo de amostras de Bennu, uma plataforma online criada para que cientistas do mundo todo possam solicitar material de amostras para suas próprias pesquisas a respeito do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127313-5-grandiosidades-encontradas-no-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>.<h2>Composição do asteroide</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11223805801016.png" alt="Amostra do asteroide Bennu carrega informações cruciais sobre as origens de planetas primitivos no Sistema Solar. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Amostra do asteroide Bennu carrega informações cruciais sobre as origens de planetas primitivos no Sistema Solar. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>A amostra de Bennu espelha o tipo de rocha encontrada nas profundezas da Terra, onde o material do manto — a camada abaixo da crosta terrestre — encontra água. A interação entre água do oceano e materiais do manto terrestre auxilia na formação de argila e dá origem a uma variedade de minerais, incluindo carbonatos, óxidos e sulfetos de ferro.&nbsp;Contudo, a descoberta mais impressionante de Bennu é a presença de fosfatos solúveis na água, que são componentes primordiais para toda forma de vida conhecida em nosso planeta. Isso sugere que o asteroide provavelmente teve um passado aquoso, tendo pertencido a um pequeno planeta primitivo oceânico no passado. Essa amostra também traz um vislumbre dos primeiros dias do nosso Sistema Solar, há mais de 4,5 bilhões de anos.Como próxima etapa dos estudos, dezenas de outros laboratórios nos EUA e ao redor do mundo receberão amostras do Bennu para analisarem de perto. Com isso, a Equipe de Análise de Amostras da OSIRIS-REx espera continuar descobrindo novas informações surpreendentes sobre a origem e a evolução de planetas semelhantes ao nosso.&nbsp;

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Asteroide Bennu carrega elementos que originaram o Sistema Solar

Entenda do que se trata o problema de três corpos, que deu bastante dor de cabeça a Isaac Newton, e como ele pode ser resolvido

O&nbsp;problema de três corpos é uma situação descrita na física na qual três objetos exercem influência sobre uns sobre os outros, ditando suas trajetórias. Embora a descrição possa soar bem simples, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118384-isaac-newton-6-fatos-curiosos-sobre-o-ilustre-cientista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isaac Newton</a>&nbsp;a via como um problemão.Quando temos um sistema com somente dois corpos, a explicação é muito mais simples: aquele que tiver menos força gravitacional vai girar em torno do outro. Pensemos, por exemplo, na relação entre o nosso planeta e seu satélite natural: como a Terra tem gravidade muito maior, a Lua gira em sua órbita.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05180258001298.jpg" alt="A Terra, a Lua e o Sol formam um problema de três corpos ideal, no qual os objetos têm padrão de movimento facilmente detectável (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Terra, a Lua e o Sol formam um problema de três corpos ideal, no qual os objetos têm padrão de movimento facilmente detectável (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, adicionemos um terceiro: o Sol. Neste exemplo, a situação anterior ainda se mantém, mas desta vez os dois corpos celestes menores circundam o maior. Porém, isso só acontece porque as condições são ideais; caso contrário, a coisa toda poderia ser uma bagunça e tanto.<h2>O problemático problema de três corpos</h2>Quando se há dois corpos funcionando em sincronia, ao adicionar um terceiro a situação muda completamente. Os três objetos passam a interagir de forma imprevisível, podendo causar colisões ou até mesmo a ejeção de um dos corpos — o que explica os planetas&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105011-seria-o-1-objeto-interestelar-a-passar-pelo-sistema-solar-uma-sonda-alien.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interestelares</a>&nbsp;ou nômades.A forma como os três objetos vão interagir depende muito de seus pontos iniciais. No exemplo sobre Sol, Terra e Lua, por conta das condições favoráveis é muito fácil prever seus movimentos. Mas tudo muda se um novo corpo entrar na jogada, exercendo sua gravidade no conjunto antes em harmonia.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ujKVJcwbpRo?si=V6BzUYHrCmtP-D_I" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Uma explicação bastante interessante sobre o quão imprevisível é a atuação da força gravitacional no problema de três corpos foi dada pelo matemático Shane Ross, da Virginia Tech. Falando ao site Live Science ele comparou o problema da física a uma caminhada no topo de uma montanha. "Com uma simples mudança você pode cair para a direita ou para a esquerda", disse Ross. "São duas posições iniciais muito próximas e podem levar a estados muito distintos", explicou.Ainda que pareça indecifrável, a verdade é que já foram encontradas soluções para o problema de três corpos.<h3>Decifrando o problema de três corpos</h3>Peguemos agora um exemplo cinematográfico: Tatooine, o famoso planeta apresentado em 1977 no filme Star Wars. Nas telonas, Tatooine é representado como sendo um <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/69760-planetas-com-dois-sois-podem-ser-mais-comuns-do-que-imaginavamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planeta que gira em torno de dois sóis</a>. Na prática, é um problema de três corpos ideal, já que a distância do planeta em relação às estrelas binárias faz com que o corpo menor circule ao redor dos dois maiores.Na vida real, já foram encontrados mais de uma dúzia de planetas similares ao fictício mundo de Tatooine. Um ótimo exemplo é Kepler-16b, um planetinha que orbita a estrela binária Kepler-16. Neste caso, uma estrela menor circunda outra muito maior, enquanto o tem sua órbita situada à distância, girando em torno dos outros dois astros.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05180507694299.jpg" alt="O planeta Kepler-16b tem sua órbita traçada em torno de estrelas binárias (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O planeta Kepler-16b tem sua órbita traçada em torno de estrelas binárias (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Casos como o de Tatooine e de Kepler-16b funcionam "desde que você esteja longe o suficiente da central binária", explicou Billy Quarles, dinâmico planetário na faculdade estadunidense Valdosta State University, na Georgia. "O planeta não exerce força suficiente nas estrelas porque sua massa é muito menor, então a situação se torna mais próxima dos casos mais facilmente solucionáveis de problemas de dois corpos", afirmou Quarles ao Live Science.Outra possibilidade ideal e muito rara, estimada em apenas 1% dos casos, é quando os três corpos se movem em forma de "8", mantendo suas rotas perfeitamente traçadas. Porém, no geral o problema é resolvido naturalmente com uma grande colisão. A movimentação caótica gerada pela maioria dos casos de problema de três corpos faz com que em algum momento dois dos objetos se encontrem, gerando um grande impacto.Ou então, como dito anteriormente, a força dos outros dois pode expelir o terceiro.

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Afinal, o que é o "Problema de Três Corpos" e será que ele não tem mesmo solução?

Devido à sua proximidade de uma estrela e ao seu tamanho, astrônomos acreditavam que ele nem deveria ter uma atmosfera.

Um dos interesses de astrônomos ao olhar para outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128411-6-descobertas-incriveis-sobre-o-nosso-sistema-solar-feitas-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistemas solares</a>, é compreender um pouco melhor o nosso. Sistemas mais recentes nos oferecem uma visão do nosso próprio passado, enquanto sistemas mais velhos nos ajudam a projetar o nosso futuro.Esse foi um dos motivos que fizeram com que a descoberta de um exoplaneta chamasse tanto a atenção de cientistas. Batizado de TIC365102760 b, mas apelidado de Fênix, ele está seis vezes mais próximo de sua estrela do que Mercúrio está do nosso sol. E foi exatamente isso que mais impressionou os astrônomos, porque a estrela em questão não é um objeto pequeno, mas um gigante vermelho.<h2>Perto demais do sol</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01151131557147.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Fênix surpreendeu os astrônomos por sua condição incomum. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A proximidade com uma estrela deveria significar uma condição pouco favorável para um planeta com atmosfera. Até então, os astrônomos acreditavam que nessas condições ele não deveria passar de uma rocha.Mas Fênix apresenta uma atmosfera muito maior e menos densa do que seria esperado. Segundo Sam Grunblatt, astrofísico da Universidade Johns Hopkins que liderou o estudo sobre a descoberta, este é o menor planeta — e com a menor massa — já encontrado ao redor de um gigante vermelho. Isso contraria tudo o que se sabia até então.Para que pudessem obter os detalhes sobre Fênix, a equipe trabalhou com dados do Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS, na sigla em inglês) da Nasa. Depois, eles cruzaram esses dados com medições do Observatório W.M. Keck, no Havaí.&nbsp;Foi assim, por exemplo, que os astrônomos descobriram que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128190-exoplaneta-gigante-e-descoberto-orbitando-estrela-ana-de-massa-baixa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exoplaneta</a> orbita sua estrela a cada 4,2 dias. O TESS obtém seus dados a partir da interferência de planetas como Fênix na emissão do brilho de uma estrela, ao passarem na sua frente.<h2>Compreendendo o futuro da Terra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01115618957059.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>Condição de Fênix pode oferecer novas possibilidades para o futuro da Terra. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Gigantes vermelhas são estrelas muito grandes — podendo ser até 200 vezes maiores que o nosso sol. Seu tamanho afeta a órbita dos planetas, o que faz com que eles comecem a se aproximar cada vez mais, até que sejam destruídos. Os astrônomos acreditam que isso deve acontecer com Fênix em cerca de 100 milhões de anos.Porém, antes disso seria esperado que a atmosfera do planeta fosse completamente consumida. O que os dados obtidos pelo estudo revelaram é que isso pode não acontecer antes da morte de Fênix.Esse também pode ser o futuro da Terra. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128858-o-sol-esta-passando-por-uma-inversao-de-polos-magneticos-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Sol</a> irá se expandir o suficiente para engolir Mercúrio, Vênus, a Terra e, possivelmente, Marte. A estimativa é que isso deve ocorrer em cerca de 5 bilhões de anos, e, até então, parecia ser o destino mais provável. A descoberta de Fênix e sua atmosfera sobrevivendo em condições tão extremas sugere que pode existir um caminho diferente para a Terra, quando chegar a sua vez.“Não entendemos muito bem a evolução tardia dos sistemas planetários, e ainda temos um longo caminho a percorrer nesse sentido” disse Grunblatt. “Isso está nos dizendo que talvez a atmosfera da Terra não evolua exatamente como pensávamos”.

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O estranho exoplaneta que deveria ser apenas uma rocha, mas não é

Novo estudo acredita ser possível observar fragmentos de buracos negros e acompanhar sua trajetória de vida até a morte.

Uma teoria de Stephen Hawking sobre como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127755-o-universo-observavel-pode-ser-um-buraco-negro-diz-astrofisico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buracos negros</a>&nbsp;também podem morrer parece ter dado um passo em direção à sua comprovação. Um estudo realizado por cientistas na Dinamarca explica como este evento pode ocorrer e o motivo de não sermos ainda capazes de observar tais ocorrências.Segundo uma hipótese publicada por Hawking na revista Nature em 1974, buracos negros não seriam exatamente uma armadilha inescapável: o famoso cientista sugeriu que estes objetos astronômicos de densidade extremamente alta poderiam expelir radiação térmica. O vazamento desta energia, batizada então como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115930-buraco-negro-cabelos-de-stephen-hawking-podem-ser-detectados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Radiação Hawking</a>", faria com que os buracos negros fossem "desinflando" com o tempo até que chegariam ao fim de sua existência&nbsp;com uma gigantesca explosão.<h2>"Pedacinhos" de buracos negros podem comprovar teoria de Hawking</h2>Em uma entrevista concedida ao Space.com, o físico teórico Francesco Sannino da Syddansk Universitet, na Dinamarca, explicou que para provar a teoria de Stephen Hawking seria necessário observar buracos negros bem pequeninos e extremamente quentes. Isto se dá porque, segundo as leis da termodinâmica, o calor só pode ser transferido de um corpo mais quente para outro mais frio.Como o vazio do espaço chega a temperaturas baixíssimas, somente buracos negros de tamanhos muito reduzidos seriam capazes de&nbsp;transferir calor para o espaço. Afinal, no caso dos enigmáticos objetos astronômicos, quanto maior for sua massa, menor é sua temperatura. Ou seja, um buraco negro gigantesco pode ser mais frio do que o vazio do espaço e, por isso, se torna estável.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05160345810243.jpg" alt="Buracos negros supermassivos são estáveis por terem temperatura inferior à de seus arredores (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Buracos negros supermassivos são estáveis por terem temperatura inferior à de seus arredores (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Sendo assim, os olhos da comunidade científica teriam de estar voltados a buracos negros bem menores, com massa menor à que a da nossa Lua, seriam quentes o suficiente para "vazar" a Radiação Hawking. "Propomos que este tipo de buraco negro possa ser produzido e ejetado durante a fusão de dois buracos negros", explica Giacomo Cacciapaglia, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, membro da equipe da nova pesquisa.Para observar o vazamento da Radiação Hawking, o time de Sannino sugeriu que seria necessário observar o impacto entre dois buracos negros gigantes para, então, acompanhar os menores, batizados "Bocconcini di Buchi Neri" (Pedacinhos de Buraco Negro, em italiano). Diferente dos maiores, que levariam uma eternidade para se esvair, estes menores poderiam chegar ao fim de sua vida em um período de 16 anos, facilmente observável por seres humanos.<h3>Observando o inobservável</h3>O desafio, porém, é conseguir enxergar os Bocconcini di Buchi Neri. A tecnologia usada atualmente pelo Telescópio de Horizonte de Eventos para observar buracos negros foca no brilho gerado pela rotação em altíssima velocidade dos objetos capturados pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/102771-evidencias-apontam-que-horizontes-de-eventos-dos-buracos-negros-sao-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alta gravidade da região</a>. Os pesquisadores da universidade dinamarquesa acreditam ser possível observar os "pedacinhos" de buraco negro ao buscar por explosões de raios gama&nbsp;nas imediações da colisão entre dois maiores.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/05/05160456841244.jpg" alt="Pesquisadores acreditam ser possível observar a Radiação Hawking sendo expelida de ITALIANO (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores acreditam ser possível observar a Radiação Hawking sendo expelida dos Bocconcini di Buchi Neri (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O primeiro passo seria encontrar tais colisões seguindo o rastro de Ondas Gravitacionais gerados pelo impacto entre os objetos. Uma vez encontrado o ponto correto, entrariam em ação os telescópios de raios gama. Como explica a equipe de Sannino, os Bocconcini di Buchi Neri giram cada vez mais rápido conforme perdem massa, irradiando cada vez mais Radiação Hawking e possibilitando a coleta de informações."Como esta é uma nova ideia, ainda temos muito trabalho a fazer", reconhece Cacciapaglia. "A longo prazo, planejamos investigar em detalhes a produção de pedaços de buracos negros durante eventos catastróficos como a fusão de buracos negros". Assim, os pesquisadores devem ser capazes de encontrar fragmentos de buracos negros, analisar os dados observados e, quem sabe, confirmar a teoria de Stephen Hawking.

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Teoria de Stephen Hawking sobre a morte de buracos negros pode estar certa

Entenda o processo de "morte" das estrelas e saiba qual é a estimativa de ocorrências deste fenômeno na nossa galáxia.

Já parou para pensar que, quando olhamos para o céu durante a noite, podemos estar observando <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/estrelas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> que já morreram? Afinal, o firmamento que vemos é um retrato de corpos celestes que estão a milhões e milhões — ou até mesmo alguns bilhões — de quilômetros de distância do sistema solar.Ou seja, o brilho que vemos demorou alguns anos-luz para chegar até a Terra, o que significa que algumas das estrelas observáveis podem já ter mudado de estágio. É possível que algumas delas já tenham "morrido", se tornando anãs brancas, estrelas de nêutrons ou buracos negros.<h2>Como as estrelas morrem?</h2>O processo de "morte" de uma estrela depende de sua massa. Para estrelas enormes, de massas a partir de 8 vezes maiores que ao do nosso Sol, ocorre o evento conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121415-supernova-explosao-foi-observada-em-tempo-real-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">supernova</a>. Já as menores, com massa mais baixa, se tornam anãs brancas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13175744813006.jpg" alt="Getty Images/Reprodução Supernova (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estrelas com massa 8 vezes maior ou mais que a do nosso Sol podem explodir em Supernovas (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As anãs brancas surgem quando todo o hidrogênio no núcleo da estrela é transformado em hélio, que se condensa no centro do astro e é convertido em carbono. Durante este processo, a estrela primeiro se expande, engolindo tudo à sua volta, e se transforma em uma gigante vermelha. Com o tempo, o gás na atmosfera da estrela vai se esvaindo, reduzindo de tamanho, enquanto seu interior vai ficando mais e mais denso até que ela se torna uma anã branca.Já em relação às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/uma-estrela-vai-explodir-nos-proximos-meses-e-vai-dar-para-ver-tudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explosões</a> conhecidas como supernovas, a coisa toda é bastante violenta. Uma vez que o núcleo da estrela começa a mudar a forma como funde os elementos e sua atmosfera se torna tão grande que não pode mais ser mantida pela gravidade, ela gera uma explosão gigantesca e pode então seguir entre dois caminhos.Se a fusão de elementos no núcleo causar uma explosão que expele sua carga e dispersa sua atmosfera, causando em seguida uma implosão, a estrela se torna um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128216-buraco-negro-da-via-lactea-esta-girando-loucamente-dizem-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a>. Caso contrário, se a fusão de elementos no núcleo continuar acontecendo mesmo após a explosão da Supernova, ela se torna uma estrela de nêutrons.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13174729464004.jpg" alt="Buraco negro (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma Supernova seguida da dispersão da atmosfera da estrela resulta em um buraco negro (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com tantas estrelas em nossa galáxia, fica a dúvida: com que frequência as estrelas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/a-via-lactea-orbita-alguma-coisa" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a> "morrem"? Estes eventos são raros ou ocorrem o tempo todo?<h3>Quantas estrelas morrem por ano na Via Láctea?</h3>A resposta para esta pergunta, segundo um cientista pesquisador do projeto Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI, do inglês Search for Extraterrestrial Intelligence), é um tanto complexa.Como explicou James De Buizer ao site Live Science, "pode estar havendo Supernovas do outro lado do centro da galáxia [...] mas tem tanta coisa entre nós [...] que não podemos vê-las". Ele estima que uma anã branca surja na Via Láctea a cada dois anos, enquanto Supernovas ocorram uma ou duas vezes por século. Desta forma, podemos fazer uma suposição da frequência com que estrelas "morrem" na Via Láctea.&nbsp;Com uma anã branca surgindo mais ou menos a cada dois anos e uma ou duas Supernovas explodindo a cada 100 anos, estima-se que cerca de 53 estrelas "morram" por século em nossa galáxia. Isto daria uma média aproximada de uma estrela morrendo a cada 1,9 anos. Contudo, não necessariamente podemos vê-las desaparecendo dos céus por conta do tamanho da Via Láctea e as nuvens de gás e demais detritos entre elas e nosso planeta.

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Afinal, com que frequências estrelas 'morrem' na Via Láctea?

O brilho da nova ocorrerá de repente no céu quando a anã branca do sistema binário Corona Borealis explodir pelo acúmulo de material de sua parceira.

Um espetáculo raro e brilhante está prestes a acontecer no céu noturno nos próximos dias: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280726-nova-supernova-explosao-unica-visivel-olho-nu-2024.htm#:~:text=O%20grande%20diferencial%20entre%20uma,branca%20e%20provocar%20mais%20explos%C3%B5es." rel="noopener noreferrer" target="_blank">a explosão de uma nova recorrente</a>. Fenômeno que ocorre em ciclos de aproximadamente 80 anos, as novas ocorrem devido a processos próprios de acumulação e ignição de material estelar.Previsto para irromper até, no máximo, setembro de 2024, a explosão de brilho virá do sistema binário Corona Borealis, que fica a três mil anos-luz da Terra, e poderá ser observado a olho nu no hemisfério norte, sem necessidade do uso de instrumentos ópticos sofisticados, segundo a NASA.Corona Borealis é formado por uma estrela anã branca que não faz fusão nuclear e está em seu ciclo final de existência, em companhia de uma uma estrela doadora, no caso uma gigante vermelha. Esta continua perfeitamente ativa e tem uma atmosfera expansiva que se projeta, permitindo que parte do seu material (principalmente hidrogênio) seja sugado pela anã branca.<h2>Por que a Corona Borealis brilha periodicamente?</h2><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">A star system, T Coronae Borealis (T CrB), located 3,000 light-years away from Earth, is expected to undergo a nova eruption soon, offering a rare spectacle visible to the unaided eye. 1/ <a href="https://t.co/magbmGHvNW">pic.twitter.com/magbmGHvNW</a>— Erika ? (@ExploreCosmos_) <a href="https://twitter.com/ExploreCosmos_/status/1786029900379377761?ref_src=twsrc%5Etfw">May 2, 2024</a></blockquote>Em entrevista à BBC, o professor Richard Townsend, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/par-de-buracos-negros-mais-pesado-do-universo-e-detectado-por-astronomos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a anã branca T CrB e a gigante vermelha do sistema Corona Borealis orbitam entre si</a>. A massa da anã branca é similar à do nosso Sol, mas seu diâmetro é 100 vezes menor, chegando a ser parecido com o da Terra.A combinação entre uma grande massa e um tamanho relativamente pequeno torna a T CrB muito intensa em termos gravitacionais. Por isso, a matéria ejetada naturalmente da gigante vermelha é atraído pela anã branca, que recolhe o material sob sua superfície, até atingir um determinado limite.Também falando à emissora britânica, o gerente do programa ambiental de meteoroides da NASA, William J. Cooke. explica que, "quando a superfície da T CrB recebe excesso de material, você tem literalmente uma reação termonuclear, como uma bomba, e a anã branca expele aquele material".<h2>Como assistir à explosão da Corona Borealis?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01163957868209.jpg" alt="imagem conceitual de como encontrar Hércules e a Corona Borealis no céu noturno. (Fonte: NASA/Divulgação)"><figcaption>imagem conceitual de como encontrar Hércules e a Corona Borealis no céu noturno. (Fonte: NASA/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em condições normais, o sistema estelar Corona Borealis tem uma magnitude de visibilidade de +10, o que significa não poder ser visto a olho nu. Como a magnitude de brilho funciona de forma inversa (quanto menor o número, mais brilhante o objeto celestial), <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124039-mapa-do-ceu-noturno-mais-antigo-do-mundo-e-incrivelmente-preciso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a explosão da nova T CrB fará com que a estrela atinja uma magnitude +2</a>. e se torne visível&nbsp;Embora seja possível observá-la no hemisfério sul, segundo o site do app Star Walk, a Corona Borealis é melhor vista do Hemisfério Norte.&nbsp;Quem não tiver disponibilidade para ficar olhando para o céu, esperando a nova, pode ativar as notificações push em apps de astronomia, como o Star Walk 2 e o Sky Tonight. O fenômeno ainda ficará visível a olho nu por alguns dias, e mais uma semana, através de binóculos.

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