Imagem de Vestígios de geleira de 2,9 bilhões de anos são achados na África no megacurioso

Os restos da geleira mais antiga do mundo foram encontrados sob depósitos de ouro

<head></head><body>Evidências da geleira mais antiga do mundo foram encontradas na África do Sul, uma região bastante improvável. A descoberta, detalhada em um estudo que saiu na revista Geochemical Perspectives Letters, em junho, pode revelar detalhes das intensas variações climáticas experimentadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125560-terra-ja-teve-dias-com-apenas-19-horas-durante-1-bilhao-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra primitiva</a>.As moreias glaciais fossilizadas, datadas de 2,9 bilhões de anos, foram localizadas abaixo dos maiores <a href="https://www.megacurioso.com.br/minerais/35971-mais-de-80-dos-depositos-de-ouro-da-terra-sao-formados-durante-terremotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depósitos de ouro</a> do planeta, no território sul-africano. Esses vestígios consistem em detritos deixados pela geleira, que estavam “extremamente bem preservados”, de acordo com os cientistas.Para confirmar a evidência física, a equipe composta por pesquisadores das universidades de Joanesburgo (África do Sul) e de Oregon (Estados Unidos), analisou as concentrações de isótopos de oxigênio deixadas nas rochas. Eles encontraram três tipos — 16O, 17O e 18O — que apresentam pesos moleculares ligeiramente diferentes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14101158894070.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A investigação verificou uma baixa presença do isótopo 18O e altas quantidades do 17O, sugerindo que as rochas foram formadas em temperaturas extremamente baixas. “Junte essa evidência geoquímica com a evidência da moreia, e isso significa geleiras, as geleiras mais antigas já encontradas na Terra”, explicou o coautor do estudo, Ilya Bindeman, em comunicado.<h2>Possibilidades</h2>Com a descoberta dos restos da geleira de 2,9 bilhões de anos na África do Sul, os pesquisadores agora querem saber os motivos que levaram à formação de gelo naquela parte do planeta. Não há informações exatas sobre as condições climáticas da Terra naquele período, mas os autores do estudo trabalham com algumas possibilidades.Uma delas é a de que a área estivesse mais próxima dos polos na época, levando à presença de enormes calotas de gelo continentais por ali. Outra hipótese sugerida por eles diz respeito à teoria “Terra Bola de Neve”, período no qual o planeta apresentou baixas concentrações de dióxido de carbono e metano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14100934819069.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Neste último caso, as condições experimentadas teriam levado à formação de um “<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> reverso”, resultando no congelamento de grande parte da Terra. Acredita-se que isso tenha ocorrido em algumas ocasiões no passado recente e é possível que os vestígios da geleira sejam uma prova deste fenômeno.“Se assim for, este seria o primeiro período de resfriamento global registrado. Qualquer uma das possibilidades é cientificamente interessante”, entusiasmou-se o professor Axel Hofmann, que também participou da pesquisa.<h2>Novos caminhos</h2>Discutidas há décadas, as evidências de glaciação da Terra primitiva são baseadas principalmente em evidências sedimentológicas. Mas o método de análise tripla de isótopos de oxigênio, utilizado neste estudo recente, pode significar a adição de novos caminhos para melhorar a pesquisa sobre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124354-quais-animais-tem-mais-chance-de-sobreviver-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condições climáticas</a> do planeta no passado.“O ciclo biogeoquímico do carbono não apenas controla o clima, mas também o teor de oxigênio atmosférico e esses dados provavelmente desencadearão estudos de acompanhamento sobre a oxigenação transitória naquele momento”, explicou o professor Andrey Bekker, da Universidade da Califórnia (EUA).</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:01.087Z

Vestígios de geleira de 2,9 bilhões de anos são achados na África

Imagem de Rochas derretidas do centro da Terra estão partindo a África ao meio no megacurioso

O novo estudo descobriu que uma pluma mantélica, material fundido do centro da Terra, está alargando o Vale do Rifte na África Oriental

<head></head><body>Uma superpluma mantélica, nome dado em geologia para colunas de material fundido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125569-challenger-deep-6-fatos-sobre-o-ponto-mais-profundo-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">do fundo da Terra,</a> pode ajudar a esclarecer as distorções misteriosas relacionados a uma ruptura gigantesca na superfície que parece estar dividindo a África ao meio. Conclusão de um estudo publicado em março na revista Journal of Geophysical Research, a descoberta lança luzes sobre as forças tectônicas que separam continentes.&nbsp;Em todo o planeta, enormes cortes na superfície da Terra, conhecidos como fendas continentais, estão separando as massas de terra. A maior dessas rupturas atualmente ativas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122810-como-uma-rachadura-esta-dividindo-a-africa-em-duas-partes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">é o chamado Rifte da África Oriental (EAR),</a> uma rede de vales com quase 3,5 mil quilômetros de extensão, que vai do Mar Vermelho, no nordeste da África, até Moçambique, no sul do continente.Esse processo de rifting continental vem sendo impelido pela deformação da litosfera, a camada externa sólida da Terra. Mas, à medida que a litosfera é tensionada suas partes mais rasas podem distorcer ou se separar. É como uma Silly Putty (Amoeba no Brasil), diz a coautora do estudo, D. Sarah Stamps, geofísica da Virginia Tech em Blacksburg, nos EUA. Se você bater com um martelo, ela racha e quebra, mas se você separar, ela estica.&nbsp;<h2>O que o novo estudo descobriu sobre o Rifte da África Oriental?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07215356009000.jpg" alt="Fonte: CNN.">Fonte: CNN.Há muito os pesquisadores estudam as plumas do manto terrestre. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125224-nova-york-pode-estar-afundando-por-causa-do-peso-dos-edificios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O movimento das placas tectônicas</a> ocorrido ao longo dos séculos foi feito sobre essas correntes de material quente e parcialmente fundido. Funcionando como um maçarico, o fluxo ascendente ajudou a formar a Islândia e as cadeias de ilhas do Havaí e Galápagos.Durante esse processo de rifting, a alteração na superfície e o fluxo de manto abaixo são normalmente perpendiculares à fenda. Análises feitas por mais de 12 anos no Rifte da África Oriental mostraram que sua extensão leste-oeste é impulsionada pela alta topografia.&nbsp;No entanto, os pesquisadores também descobriram deformações paralelas à fenda, "bastante incomuns", indo para o norte.&nbsp;<h2>Influência da Superpluma Africana na litosfera</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07225543964000.jpg" alt="Fonte: Tahiry et al./Divulgação.">Fonte: Tahiry et al./Divulgação.Para testar se essas deformações estranhas haviam sido causadas pelo hotspot (ponto quente) conhecido como Superpluma Africana, os cientistas utilizaram uma simulação 3D de computador. Eles também usaram o GPS para monitorar milimetricamente os movimentos da superfície do rifte, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124635-os-5-mais-intensos-terremotos-ocorridos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">além de instrumentos sísmicos</a> para aferir as direções nas quais a rocha do manto deslizava lentamente sobre uma imensa área.&nbsp;Os resultados indicaram "que a maior parte da enigmática anisotropia [heterogeneidade estrutural] sísmica paralela ao rifte, atualmente observada pelos geofísicos abaixo do EAR, pode ser explicada pelo grande fluxo para o norte do manto superior da Superpluma Africana", diz o estudoEmbora seja ainda um processo ainda não totalmente compreendido, a interação entre a superpluma e a litosfera abaixo do EAR está desempenhando um importante papel no alargamento da fenda.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.673Z

Rochas derretidas do centro da Terra estão partindo a África ao meio

Imagem de Rocha vulcânica ainda quente é descoberta sob a superfície da Lua no megacurioso

A descoberta de uma grande massa de rocha granítica enterrada sob a superfície e emitindo calor prova a existência de um vulcão na Lua

<head></head><body>Um processo vulcânico muito comum na Terra foi descoberto pela primeira vez na Lua por cientistas por meio de radiometria de micro-ondas. Os dados, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113603-sonda-chinesa-passeia-pelo-lado-escuro-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">captados pelos orbitadores chineses Chang'E 1 e 2</a>, permitiram a detecção da fonte de calor: um grande batólito granítico, nome dado a uma massa de rocha vulcânica com 50 quilômetros de largura.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121803-qual-a-diferenca-entre-marmore-e-granito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O batólito, que libera calor lentamente</a>, foi descoberto enterrado debaixo de uma antiga cratera da Lua onde, há 3,5 bilhões de anos, existiu um vulcão muito parecido com os terrestres: o chamado Compton e Belkovich, que fica no lado "oculto" do nosso satélite natural.Em comunicado à imprensa, Matthew Siegler, cientista sênior do Planetary Science Institute (PCI) e primeiro autor do estudo explica: “Havia vulcanismo abundante, com basaltos de inundação, fluxos finos de lava, cobrindo cerca de 16% da Lua, mas não muito na forma de lavas silícicas mais espessas que poderiam formar algo que chamaríamos de vulcão”. &nbsp;<h2>Como os cientistas descobriram o batólito de granito na Lua?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Siegler et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://media.springernature.com/full/springer-static/image/art%3A10.1038%2Fs41586-023-06183-5/MediaObjects/41586_2023_6183_Fig1_HTML.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08212405202000.jpg" alt="Fonte: Siegler et al./Divulgação.">Fonte: Siegler et al./Divulgação.A percepção dos pesquisadores começou a mudar quando utilizaram a radiometria de micro-ondas, radiação eletromagnética com comprimento mais longo que o do infravermelho, para mapear <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116451-magnetizacao-da-crosta-da-lua-e-o-que-resta-de-seu-dinamo-central.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as temperaturas no subsolo lunar</a>. &nbsp;Para sua surpresa, o "Compton-Belkovich estava absolutamente brilhando em comprimentos de micro-ondas”, disse Siegler.&nbsp;Se o calor fosse na superfície, afirma o cientista, teria sido detectado no espectro infravermelho. Como a detecção se deu via micro-ondas, "a única maneira de explicar isso é pelo calor extra vindo de algum lugar abaixo da superfície, dentro da crosta lunar mais profunda". Ou seja, uma forte fonte de calor abaixo do antiquíssimo vulcão.Siegler confessa que essa detecção os deixou confusos, mas, graças às orientações de sua esposa, dra. Rita Economos, "a geoquímica da família", eles foram capazes de "juntar as peças da provável causa geológica da anomalia térmica".&nbsp;<h2>Um sistema granítico evoluído na Lua</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08213002171003.jpg" alt="Fonte: GettyImages.">Fonte: GettyImages.A avaliação dos dados mostrou uma área de 20 quilômetros de largura na superfície lunar rica em silício, um elemento comum na crosta da Terra que eles acreditam ter sido a "fornalha" do Compton-Belkovich.&nbsp;A temperatura observada (10 °C mais quente do que o ambiente circundante) não é naturalmente do magma emitido há bilhões de anos, mas de elementos radioativos presos nas rochas. O batólito de 50 quilômetros de largura, esclarece a dra. Economos, "é um tipo de rocha vulcânica que se forma quando a lava sobe na crosta terrestre, mas não entra em erupção na superfície".A grandiosidade e a extensão geográfica dessa área comprovam a existência de "um sistema granítico evoluído semelhante à Terra, maior do que se acreditava ser possível na Lua", conclui o estudo. Além disso, por serem generalizáveis, esses métodos de análise de dados radiométricos passivos permitem a expansão do conhecimento sobre processos geotérmicos, tanto na Lua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124626-cientistas-detectam-atividade-vulcanica-recente-em-venus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como em outros planetas</a>.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:00.393Z

Rocha vulcânica ainda quente é descoberta sob a superfície da Lua

Imagem de Extração de água subterrânea está alterando o eixo da Terra no megacurioso

Estudo indica que nos últimos 17 anos, as localizações dos polos norte e sul sofreram uma variação de quase 80 cm

<head></head><body>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110958-segundo-novas-observacoes-aguas-subterraneas-ja-existiram-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">águas subterrâneas</a> são recursos importantes para diversas regiões do planeta. Além de criarem um ecossistema próprio, elas também podem ser uma alternativa viável em locais que já sofrem com a falta de água. Porém, o seu uso excessivo tem causado um problema, cujo impacto já pode ser sentido em todo o planeta. Nos últimos 17 anos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120360-como-os-polos-da-terra-influenciam-no-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os polos norte e sul da Terra</a> foram deslocados quase 80 centímetros.<h2>Mudança de polo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/03/03103435512069.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A rotação da Terra possui uma relação direta com a distribuição da sua massa. Quanto mais massa no centro, mais rápido será o movimento do planeta, enquanto mais massa na periferia faz com que ele desacelere. Porém, existe ainda um terceiro cenário que é quando a massa é deslocada para apenas um dos lados. Nesse caso, a inclinação do planeta muda para compensar a variação da massa.Existem diversos fatores que podem interferir em cada uma dessas variações — seja de velocidade ou de inclinação. Até 2021, cientistas acreditavam que o derretimento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125005-5-descobertas-impressionantes-feitas-em-montanhas-com-gelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calotas polares</a> eram a principal responsável por mudar a posição dos polos da Terra. Porém, a coisa começou a mudar quando eles começaram a olhar para os dados do Gravity Recovery and Climate Experiment (GRACE).O GRACE é um projeto que nasceu de uma parceria entre Estados Unidos e Alemanha, e tem como objetivo rastrear a gravidade de pontos do planeta à medida que passa sobre eles. Ele teve início em 2002, mas trabalha com dados obtidos a partir da década de 1980 para criar uma imagem da evolução histórica da rotação planetária.“O polo rotacional da Terra realmente muda muito”, disse Ki-Weon Seo, da National University, em um comunicado. “Nosso estudo mostra que, entre as causas relacionadas ao clima, a redistribuição das águas subterrâneas realmente tem o maior impacto na deriva do polo rotacional”.<h2>Terra "saindo do eixo"</h2>Seo e sua equipe trabalharam com diversos modelos para tentar entender qual seria o posicionalmente real dos polos com base apenas no derretimento do gelo. Porém, o resultado não batia com os dados obtidos das observações. Foi isso que fez com que eles buscassem por alternativas para obter um resultado mais próxima da realidade.Ao incluir a extração de águas subterrâneas na equação — eles usaram um número estimado anteriormente de 2.150 gigatoneladas —, o modelo correspondeu à realidade. O mais preocupante é que os cálculos anteriores, que ignoravam a extração dessas águas, indicavam que os polos da Terra estariam apontando 78,5 cm a oeste de onde estão atualmente. O polo norte, por exemplo, está se aproximando da Islândia, em vez do centro da Groenlândia, como era o esperado.Existe uma série de consequências que essa alteração pode causar, como alterar as estações do ano. Mas, mais perigoso do que isso, o que realmente preocupa os pesquisadores sobre as descobertas é que elas confirmam as suspeitas sobre a taxa em que estamos usando um de nossos recursos mais vitais.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:59.718Z

Extração de água subterrânea está alterando o eixo da Terra

Imagem de Challenger Deep: 6 fatos sobre o ponto mais profundo da Terra no megacurioso

Se você achava que o Titanic estava enterrado no fundo do oceano, conheça mais sobre o ponto mais baixo da superfície terrestre

<head></head><body>Após a tragédia que causou a morte dos cinco tripulantes do submarino Titan, que implodiu enquanto tentava chegar perto do famoso transatlântico Titanic — que está naufragado a 3,8 mil metros nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117686-oceano-qual-a-sua-profundidade-e-ate-onde-o-homem-conseguiu-ir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profundezas</a> do Oceano Atlântico —, a mídia internacional passou a produzir inúmeras histórias a respeito do fundo do mar.No entanto, o Titanic não está nem um pouco fundo quando comparado ao ponto mais baixo da superfície terrestre: a depressão Challenger, uma fenda a mais de 11 mil metros debaixo d'água na fossa das Marianas, localizada no oeste do oceano Pacífico. Ficou curioso para saber mais sobre esse lugar assustador? Veja só essa lista que separamos com seis fatos a respeito da fenda!<h2>1. Visitas de James Cameron</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013045261010.jpg" alt="(Fonte: GettyImage)">(Fonte: GettyImage)Após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125493-tudo-que-ha-de-errado-com-o-submarino-turistico-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente que implodiu o submarino Titan</a>, diversas reportagens afirmaram que o diretor de cinema <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/21202-cineasta-james-cameron-chega-ao-ponto-mais-fundo-do-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">James Cameron</a> já havia feito mais de 30 expedições para olhar o naufrágio do Titanic mais de perto. No entanto, esse não é o único profundo do mundo que Cameron já visitou em sua vida.O diretor do filme Titanic (1997), participou de uma exploração que desceu até a depressão Challenger. Em 2012, Cameron pilotou um submersível — o qual ele ajudou a projetar pessoalmente — a 10.908 metros de profundidade, estabelecendo um novo recorde mundial.<h2>2. Saco plástico encontrado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013144466012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um fato curioso sobre a depressão Challenger é que o explorador <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120988-victor-vescovo-explorou-os-pontos-mais-fundos-dos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Victor Vescovo</a>, um investidor norte-americano que desceu a 10.927 metros em 2019, encontrou algo completamente assustador no fundo do mar: uma sacola plástica e embalagens de doces que estava repousando no fundo da Fossa das Marianas.A descoberta de tais objetos apenas mostram como os seres humanos estão degradando o planeta — incluindo seus pontos mais profundos.&nbsp;<h2>3. Monumento nacional dos EUA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013245850013.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Em 2009, a Fossa das Marianas recebeu o título de Monumento Nacional dos Estados Unidos, principalmente como estratégia do governo norte-americano para proteger os organismos raros que prosperam em suas profundezas. A ação visava resguardar o ecossistema submerso e suas formas de vida, como camarões e caranguejos do fundo do mar.“Vale a pena preservar uma grande diversidade de montes submarinos e fontes hidrotermais”, afirmou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA em comunicado oficial. Por lei, todo monumento nacional do país é protegido por cerca de 246 mil km².<h2>4. Homenagem a deus grego</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013326232017.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Assim como acontece na atmosfera da Terra, o fundo do oceano pode ser descrito em camadas. A parte superior é chamada de zona epipelágica, ou zona de luz solar, estendendo-se por apenas 200 metros abaixo da superfície da água. No meio tempo, existe a zona mesopelágica, ou zona crepuscular, marcada pelo final da zona solar até cerca de 1 mil metros.Depois disso, surge a zona batipelágica, ou zona da meia-noite, e abaixo dela está a zona abissopelágica, que se estende de 4 mil metros a 6 mil metros de profundidade. Nessas áreas, poucas formas de vida conseguem sobreviver e a água já é completamente desprovida de luz.A depressão Challenger, no entanto, está ainda mais longe disso tudo e fica dentro da zona hadal. Essa parte das profundezas foi nomeada para Hades, o deus grego do submundo que era conhecido por governar os mortos.&nbsp;<h2>5. Diversidade de vida aquática</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013356874018.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A zona hadal da Fossa das Marianas é um dos habitats da Terra menos explorados pelos seres humanos. Pelo fato do local estar localizado em profundidades esmagadoras sem luz solar, acreditava-se que nada poderia sobreviver ali.Contudo, essa era uma crença mentirosa. Em 2005, pesquisadores descobriram que minúsculos organismos unicelulares chamados foraminíferos — um tipo de plâncton — residem na depressão Challenger. Na ausência de luz solar, essas criaturas se beneficiam das águas ricas em nutrientes liberadas pelas fontes hidrotermais e vulcões de lama que existem na região.<h2>6. Profundidade desconhecida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/28/28013418155020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em termos científicos, o fundo do oceano é uma das coisas mais misteriosas existentes no Universo. Inclusive, atualmente a humanidade possui mapas melhores sobre as superfícies da Lua e de Marte do que das profundezas do nosso próprio planeta. Segundo o NOAA, apenas 20% do fundo do mar foi mapeado até hoje — apesar das dezenas de milhares de anos gastos em pesquisa.Por conta disso, ainda não se sabe exatamente o quão fundo é a Fossa das Marianas. Esforços para trazer imagens mais detalhadas da região acontecem todos os anos, mas a vastidão e escuridão da zona oceânica mais profunda dificultam toda a situação. Na última atualização feita em 2021, estima-se que a depressão Challenger possua 10.935 metros de profundidade.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:59.083Z

Depressão Challenger: 6 fatos sobre o ponto mais profundo da Terra

Imagem de Qual é o gosto da água mais antiga da Terra, de 2 bilhões de anos? Cientista responde no megacurioso

A descoberta de uma fonte de água datada de mais de 1,5 bilhão de anos em uma mina canadense permitiu a investigação da biodiversidade microbiana

<head></head><body>Em 2013, uma equipe liderada por geólogos da Universidade de Toronto, no Canadá, fez uma descoberta revolucionária sobre a manutenção de formas de vida em ecossistemas remotos. A três quilômetros de profundidade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125422-de-onde-vem-a-agua-que-existe-sobre-o-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eles encontraram água corrente</a>, cujos testes mostraram uma idade entre 1,5 bilhão a 2,64 bilhões de anos, além de mostrar vestígios de vida.Falando à BBC News, a líder da pesquisa, Barbara Sherwood Lollar, explicou: “Fomos capazes de indicar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125189-6-misterios-escondidos-abaixo-da-superficie-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o sinal que estamos vendo nos fluidos</a> deve ter sido produzido pela microbiologia, e, mais importante, deve ter sido produzido em uma escala de tempo muito longa. Os micróbios que produziram essa assinatura não poderiam ter feito isso da noite para o dia".Para a geóloga, que hoje leciona no Departamento de Ciências Físicas e Ambientais na Universidade de Toronto, não se trata de um pequeno poço aprisionado nas rochas, mas uma verdadeira torrente de água, “fluindo a taxas de litros por minuto”.<h2>A biodiversidade em fluidos profundos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;B. Sherwood Lollar et al.&nbsp;" data-fonte-url="http://thescienceexplorer.com/sites/thescienceexplorer.com/files/styles/content_image__large/public/blog/imageedit_1_3665162287.jpg?itok=CvUKOgQs&amp;timestamp=1481749812"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153626731292.jpg" alt="Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.">Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.Em dezembro de 2016, Barbara Sherwood Lollar apresentou sua pesquisa no Encontro de Outono da União Geofísica Americana realizado em São Francisco, nos EUA. Após estudar com sua equipe a hidrosfera profunda por várias décadas em diversas minas ao redor do mundo, a professora afirmou que a descoberta de novos sistemas ambientais tem facilitado a investigação da biodiversidade microbiana e sua adaptação a condições extremas.A indicação da presença de organismos vivos "nesses fluidos em uma escala de tempo geológica", diz Sherwood Lollar, é um exemplo de adaptação da vida a condições extremas. Para sobreviver, esses microrganismos usaram substratos produzidos a partir da radiação.&nbsp;Coautor da pesquisa, o professor Long Li, atualmente na Universidade de Alberta, explicou em um release que "o sulfato, como o hidrogênio, é realmente produzido no local por reação entre a água e a rocha". E essa reação poderá continuar de forma natural, e "pode persistir enquanto a água e a rocha estiverem em contato, potencialmente bilhões de anos”.<h2>Afinal, qual é o sabor da água mais antiga do mundo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153455728291.jpg" alt="Fonte: CBC Canada.">Fonte: CBC Canada.Mais do que a natural implicação da pesquisa na descoberta de vida em outros locais remotos da Terra (e até mesmo em outros planetas), a professora Sherwood Lollar foi à CNN falar sobre uma questão muito formulada na internet: o sabor da água abissal. A questão não abalou a cientista, que lembrou ao público que, “se você é um geólogo que trabalha com rochas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">provavelmente já lambeu muitas delas</a>”.Para quem esperava um sabor salgado, a "degustação" de Sherwood Lollar revelou que a água era "muito mais salgada que a água do mar" e "muito mais amarga". A revelação não surpreendeu os sommeliers: afinal, o líquido envelheceu por mais de dois bilhões de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:58.205Z

Qual é o gosto da água mais antiga da Terra, de 2 bilhões de anos? Cientista responde

Imagem de Moradores relataram tremores de terra no interior e literal de SP no megacurioso

Não houve relatos de vítimas ou danos materiais nas cidades até o momento

<head></head><body>Moradores da região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, e na Baixada Santista, litoral do mesmo estado, relataram ter sentido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124310-qual-e-a-maior-potencia-possivel-de-um-terremoto-na-escala-richter.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tremores de terra</a> nesta manhã de sexta-feira, dia 16 de junho.As cidades que relataram os tremores foram Itanhaém, Peruíbe, Miracatu e Registro. Por volta das 8 horas e 22 minutos desta sexta-feira, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/42873-7-direitos-do-consumidor-que-talvez-voce-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Defesa Civil&nbsp;</a>enviou avisos de alerta sobre o tremor para os moradores desses locais. As prefeituras de Miracatu e Peruíbe confirmaram o fenômeno para os meios de comunicação.A Defesa Civil de São Paulo também confirmou a ocorrência de dois abalos sísmicos na região de Miracatu, com intensidade verificada entre 4,7 e 4,9 (o valor máximo na escala é 10). Apesar do susto, não há registros de vítimas ou de danos materiais.<h2 data-track-category="Link no Texto" data-track-links="">Relatos dos moradores</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16105725261090.jpg" alt="(Fonte: Centro de Sismologia da USP)">(Fonte: Centro de Sismologia da USP)<blockquote class="twitter-tweet">Um forte <a href="https://twitter.com/hashtag/tremor?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#tremor</a> foi sentido por moradores da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, e em cidades do Vale do Ribeira, no interior, na manhã desta sexta-feira (16). A Defesa Civil de São Paulo confirmou dois abalos sísmicos na região da cidade de <a href="https://twitter.com/hashtag/Miracatu?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Miracatu</a>.<a href="https://twitter.com/hashtag/trembor?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#trembor</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/terremoto?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#terremoto</a> <a href="https://t.co/i44qluVjxx">pic.twitter.com/i44qluVjxx</a>— John Locke (@johnlockebrasil) <a href="https://twitter.com/johnlockebrasil/status/1669703498743595008?ref_src=twsrc%5Etfw">June 16, 2023</a></blockquote>Após a ocorrência dos tremores, muitos moradores do local começaram a compartilhar imagens e relatos em suas redes sociais.Uma dessas pessoas é Eliana Diniz, moradora de Peruíbe, que contou ter sentido o tremor em sua casa por volta das 8 horas e 22 minutos. “Moro no conjunto habitacional da CDHU. Eu estava no quarto, senti tudo tremer e veio alerta no meu celular e no dos meus filhos. Eu pensei que era alguém me sacudindo, olhei para o lado e não tinha ninguém. Pensei que era um dos meus filhos sacudindo a cama para eu levantar, mas não tinha ninguém, daí que veio aquele frio de medo”, falou ao G1.Em Registro, a empresária Ana Paula Martins Bertoldi Gato também afirma ter sentido os abalos sísmicos. “Estávamos na cozinha e, de repente, a minha cristaleira e copos começaram a bater por aproximadamente 10 segundos. Saí correndo para a varanda da minha casa para ver se passava algum caminhão pela rua ou algo do tipo, mas imediatamente recebi as notificações de terremotos no celular”, declarou também ao G1.<div data-player="" tabindex="9999"><div data-controls=""><div data-volume=""><div data-volume=""><div data-volume=""><h2 data-volume="">O que configura um terremoto?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16111228154113.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Muita gente compartilhou a notícia em suas redes sociais acompanhado da palavra "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118142-terremoto-o-que-e-as-suas-causas-e-como-e-medido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terremoto</a>". Mas será que o que ocorreu em São Paulo configura neste tipo de fenômeno?Para esclarecer esta dúvida, é preciso entender o que é um terremoto: trata-se de um tremor ou abalo sísmico abrupto e muitas vezes intenso que ocorre na parte mais externa da Terra. Tecnicamente, eles envolvem uma liberação de energia acumulada abaixo dos solos, provocando uma acomodação dos blocos rochosos, o que dá origem aos tremores.Os terremotos são medidos em sua intensidade por um índice chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124452-e-possivel-que-um-terremoto-destrua-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escala Richter</a>, que vai de 1, para os mais fracos, a 10, para os mais fortes. O abalo sísmico mais forte já registrado por essa escala ocorreu em 1960, no Chile, atingindo 9,5 graus na Escala Richter.Todos os tremores registrados podem ser considerados terremotos, mas alguns são tão leves que nem são sentidos pelas pessoas. Segundo dados da Fiocruz, um terremoto de menos de 3,5 graus não é reconhecível pela população, mas pode ser identificado pelos sismógrafos. Quando ele atinge entre 3,5 e 5,4, já é capaz de produzir danos.&nbsp;Terremotos a partir de 5,5 até 6 podem provocar danos menores. Acima disso, os impactos são bastante graves.</div></div></div></div></div></body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.784Z

Moradores relataram tremores de terra no interior e literal de SP

Imagem de China está cavando buraco de 10 mil m de profundidade no megacurioso

País quer ir fundo o suficiente para alcançar o sistema cretáceo da crosta terrestre, com pedras de mais de 145 milhões de anos; saiba mais

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a> anunciou a escavação de um imenso buraco com 10 mil metros de profundidade. A ideia é alcançar o sistema cretáceo da crosta terrestre, que tem pedras com mais de 145 milhões de anos. A informação é do Bloomberg.Para alcançar o feito, será necessário perfurar 10 camadas de pedra continental. Mas deve valer a pena: os cientistas chineses esperam identificar recursos minerais que podem ajudar a avaliar&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122860-meio-ambiente-5-problemas-serios-que-ameacam-o-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">riscos ambientais</a> como por exemplo erupções vulcânicas e terremotos.<h2>China vai cavar buraco de 10 mil metros de profundidade</h2>De acordo com o Bloomberg, segundo informações liberadas pela agência de notícias oficial chinesa&nbsp;Xinhua, a escavação começou no final do mês de maio deste ano. Falando à agência chinesa, Sun Jinsheng explicou um pouco sobre os desafios da empreitada. "A dificuldade de construir um projeto de escavação [como este] pode ser comparada a um grande caminhão dirigindo sobre dois finos cabos de aço", disse o estudioso da Chinese Academy of Engineering.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13100430199056.jpg" alt="China começou perfuração de poço de mais de 10 mil metros de profundidade para exploração científica">China começou perfuração de poço de mais de 10 mil metros de profundidade para exploração científicaA perfuração começou na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China. E o trabalho não será nada fácil: para chegar ao objetivo, que são rochas datando de aproximadamente de 145 milhões de anos passado, será preciso perfurar cerca de 10 camadas bastante duras de pedras de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115394-estudo-pode-levar-a-revisao-da-teoria-da-tectonica-de-placas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">placas tectônicas</a>.&nbsp;Além de testar novas tecnologias de perfuração, o projeto também espera conseguir coletar e identificar material e fontes de energia capazes de ajudar a avaliar potenciais problemas ambientais. Por exemplo, a ideia é que com a ajuda dos resultados da escavação seja possível compreender melhor os riscos de desastres como terremotos e erupções vulcânicas. No total, espera-se que a escavação leve 457 dias para ser concluída.<h2>Viagem (quase) ao centro da Terra</h2>As ordens para começar a exploração debaixo da terra vieram diretamente do presidente Xi Jinping. Em 2021, ele dez um discurso citando alguns dos maiores cientistas da nação, hoje a segunda maior economia do mundo, rumo ao desconhecido no subsolo.Ainda que os números sejam impressionantes, este não será o maior buraco escavado na história da humanidade. Em 1989, depois de 20 anos furando quase sem parar, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-estruturas/99781-conheca-o-megaburaco-inutil-feito-pelos-sovieticos-por-birra-contra-os-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poço superprofundo de Kola</a>, na Rússia, alcançou a um total de 12.262 metros de profundidade. O projeto foi interrompido após descobrirem que o material encontrado lá no fundo era diferente do esperado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/13/13095808146050.jpg" alt="Hoje fechado, o poço superprofundo russo de Kola ultrapassou os 12 mil quilômetros de profundidade">Hoje fechado, o poço superprofundo russo de Kola ultrapassou os 12 mil quilômetros de profundidadeEnquanto acreditavam estar cavando rumo a basalto, na verdade os russos encontraram gnaisse, uma rocha de origem metamórfica resultante da deformação do granito.<h3>Avanço tecnológico chinês</h3>Além desta nova etapa de exploração nas profundidades terrestres, a China vem se empenhando em avançar tecnologicamente nos últimos tempos. Incluindo projetos "fora" do planeta.Recentemente, o país enviou o primeiro civil ao espaço. O lançamento da espaçonave aconteceu no deserto de Gobi, no final do mês passado.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.248Z

China está cavando buraco de 10 mil m de profundidade

Imagem de 5 lições da geologia sobre o aquecimento global no megacurioso

Para celebrar o dia do geólogo, conheça algumas lições que esta ciência nos ensina sobre como o clima na Terra variou nos últimos milhões de anos

<head></head><body>Dia 30 de maio é celebrado o dia do geólogo. Muito mais do que especialistas em rochas, estes profissionais podem nos ajudar a compreender melhor como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116265-mudancas-climaticas-estao-ocasionando-renascimento-de-tempestades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">clima no planeta</a> variou nos últimos milhões de anos. Assim, é possível que nós possamos nos preparar para as mudanças que devemos enfrentar pelos próximos anos.Os geólogos consideram os últimos 50 milhões de anos como um passado recente. Além desse período representar apenar apenas um por cento da idade da Terra, as placas tectônicas não passaram por grandes mudanças. É isso que faz com que este seja o período de tempo mais relevante para entender as variações climáticas do passado.&nbsp;Abaixo, você pode conferir cinco lições que a geologia nos oferece sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125193-aquecimento-global-limite-de-1-5-c-pode-ser-ultrapassado-ate-2027.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>.<h2>1. O clima da Terra é altamente variável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092507400027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O período conhecido como Eoceno (56 milhões há 34 milhões de anos) oferece um registro importante e bastante preciso do clima da Terra no passado. A partir de estudos da composição das conchas de corais e outros organismos marinhos, é possível entender como as temperaturas oscilaram. E o que os geólogos percebem é que entre o Eoceno e a última Idade do Gelo (que terminou há cerca de 20 mil anos), o planeta passou de um cenário excepcionalmente quente, para um período excepcionalmente frio. E esse é um padrão esperado para o planeta.<h2>2. A vida resistiu durante os períodos quentes e frios</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30091436989018.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Durante o início do Eoceno, a temperatura do planeta estava tão alta, que os fósseis de animais de sangue frio dessa época são encontrados perto das regiões polares. Os registros da vida desse passado indicam que as florestas eram comuns, assim como a presença de regiões desérticas com vegetação esparsa. Durante a Idade do Gelo, grandes mamíferos podiam ser encontrados nas latitudes mais baixas. O clima em mudança fez com que as espécies que não conseguiram se adaptar, desaparecessem, mas também permitiu que muitas outras evoluíssem.<h2>3. O sol influencia menos nas variações do clima, do que os processos que ocorrem no planeta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30134635169186.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O sol é um fator determinante para que a vida possa existir na Terra. Porém, ele pouco interfere nas variações climáticas. A partir do estudo das oscilações do clima durante períodos curtos, é possível verificar que o nosso planeta possui ciclos que se repetem, independentemente dos fatores astronômicos. Para se chegar a essa conclusão, os geólogos comparam as variações do clima com as flutuações regulares na inclinação do eixo da Terra e na forma de sua órbita ao redor do sol.<h2>4. Os climas locais são muito variáveis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092238820022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os registros geológicos são bastante enfáticos: a variação climática é maior em locais específicos. Isso não significa que o clima no planeta como um todo não varie. Mas, o que pode ser observado é que as mudanças nas temperaturas globais induzem mudanças nos padrões de chuva, ventos e correntes oceânicas. E é isso que faz com que um efeito seja maior no ecossistema de uma determinada região do que de outra.&nbsp;<h2>5. O nível do mar tem aumentado... e deve continuar assim pelos próximos anos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30092351256024.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Entre o Eoceno — quando a Antártida praticamente não era coberta por neve — e o auge da Idade do Gelo, os registros geológicos apontam para uma variação dos níveis dos oceanos, de cerca de 180 metros. Isso pode ser comprovado pelos fósseis de animais marinhos em locais longe das costas, assim como pelos depósitos de areia de praia em áreas avançadas dos continentes. Porém, um problema que já pode ser verificado é que os níveis de dióxido de carbono — um dos gases do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a> — aumentaram desde o final da Idade do Gelo. E a geologia demonstra que o derretimento acelera com o tempo e pode durar vários milhares de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.334Z

5 lições da geologia sobre o aquecimento global

Imagem de Arqueólogos acham as mais antigas pegadas de Homo sapiens na África no megacurioso

Junto com as pegadas, pesquisadores também encontraram registros fósseis no mesmo sítio arqueológico

<head></head><body>Arqueólogos estão sempre em busca de novas informações sobre o passado da humanidade no planeta Terra e uma descoberta recente possivelmente nos coloca diante da pegada mais antiga de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118948-homo-sapiens-como-chegamos-ate-aqui.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> que se tem notícia.Em um artigo publicado recentemente na revista Ichnos, pesquisadores revelaram ter encontrado registros de passos de nossos ancestrais que datam de 153 mil anos atrás. Esses achados foram feitos na costa sul do Cabo, na África do Sul.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124815-pesquisadores-brasileiros-recriam-rosto-de-homem-que-viveu-ha-30-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pesquisadores brasileiros recriam rosto de homem que viveu há 30 mil anos</a></li></ul><h2>Descobertas de outros fósseis</h2>Além das pegadas, os autores do artigo também revelam que foram encontrados sete fósseis, sendo que o mais recentemente tem 71 mil anos. Juntos deles também estavam ferramentas de pedra sofisticadas, arte, joalheira e sinais de coleta de mariscos, evidenciando que este grupo possivelmente abrigava os primeiros humanos que poderiam ser considerados "modernos".Segundo Charles Helm, líder do estudo e pesquisador do Centro Africano de Paleociência Costeira da Universidade Nelson Mandela, podemos encontrar diversas diferenças nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/39060-sitio-arqueologico-e-descoberto-em-pleno-rio-de-janeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sítios arqueológicos</a> que estão presentes no continente africano, sendo os da África Oriental os mais antigos — Laetoli, na Tanzânia, tem 3,66 milhões de anos, enquanto Koobi Fora, no Quênia, tem 700 mil anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02231846274002.jpg" alt="Pegada mais antiga de Homo sapiens marcada com giz. (Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)">Pegada mais antiga de Homo sapiens marcada com giz. (Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)Entretanto, os sítios que estão na África do Sul (onde acharam as pegadas que mencionamos mais acima) podem ser considerados mais jovens, e todos os rastros descobertos estão totalmente expostos em eolianitos, nome dados a dunas antigas petrificadas pelo vento ao longo dos anos.<h2>Como determinar a idade das descobertas?</h2>Já para explicar como o time conseguiu determinar a idade das pegadas, foi preciso analisar grãos de quartzo encontrados perto das pegadas. Dessa forma, eles conseguem estimar quanto tempo se passou desde que esses grãos foram expostos ao sol pela última vez. Porém, Helm mencionou ao site The Conversation que estimar a idade desses materiais é um dos maiores desafios ao estudar o paleoregistro.“Sem isso, é difícil avaliar o significado mais amplo de um achado, ou interpretar as mudanças climáticas que criam o registro geológico. No caso dos eolianitos da costa sul do Cabo, o método de datação escolhido é frequentemente a luminescência opticamente estimulada”, comentou o pesquisador.Outro ponto mencionado por Helm é que a costa sul do Cabo é um lugar perfeito para aplicar a luminescência opticamente estimulada, pelo fato de as impressões serem feitas na área molhada, seguidas de enterro com areia recente.“Primeiro, porque os sedimentos são ricos em grãos de quartzo, que produzem muita luminescência. E segundo, porque o sol abundante, as praias largas e o transporte de areia pronto para formar dunas costeiras significam que quaisquer sinais de luminescência pré-existentes são totalmente removidos antes do evento de sepultamento de interesse, tornando as estimativas de idade confiáveis”, concluiu o arqueólogo em seu relato.</body>

Geologia

Novidades