Imagem de Aliados do Nazismo: saiba mais sobre o “affair” entre Hollywood e Hitler no site Mega Curioso

Prepare-se para descobrir mais detalhes a respeito da sórdida colaboração entre os nazistas e os estúdios de cinema hollywoodianos

N&atilde;o pense voc&ecirc; que no per&iacute;odo que antecedeu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> &mdash; e durante o conflito &mdash; os nazistas se limitaram a fazer alian&ccedil;as rent&aacute;veis com gigantes da ind&uacute;stria <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm" target="_blank">qu&iacute;mica</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" target="_blank">automobil&iacute;stica</a>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/62009-aliados-do-nazismo-a-nestle-e-a-dr-oetker-e-seu-envolvimento-com-a-guerra.htm" target="_blank">aliment&iacute;cia</a> e de desenvolvimento <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" target="_blank">tecnol&oacute;gico</a>. Adolf Hitler e seus seguidores tamb&eacute;m mantiveram uma perturbadora colabora&ccedil;&atilde;o com os principais est&uacute;dios de Hollywood, conforme voc&ecirc; vai poder conferir neste epis&oacute;dio da s&eacute;rie <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca.aspx?q=aliados+do+nazismo" target="_blank">Aliados do Nazismo</a>.
<h2>Bilheterias germ&acirc;nicas</h2>
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Os alem&atilde;es adoravam ir ao cinema, e Hollywood tinha no pa&iacute;s um de seus maiores mercados para a exporta&ccedil;&atilde;o de filmes. Adolf Hitler mesmo era um cin&eacute;filo inveterado &mdash; tanto que o F&uuml;rher tinha uma sala de exibi&ccedil;&atilde;o particular na chancelaria e quase todas as noites assistia a um longa acompanhado de seus seguidores mais pr&oacute;ximos.
Hitler era particularmente f&atilde; de &ldquo;O Gordo e o Magro&rdquo; &mdash; cujos filmes, em sua opini&atilde;o, eram repletos de piadas inteligentes e &oacute;timas ideias &mdash; e simplesmente adorava Mickey Mouse. Entretanto, mais do que ser um grande devoto da s&eacute;tima arte, o F&uuml;rher via o cinema como mais do que uma simples forma de entretenimento. Hitler compreendia o poder de sedu&ccedil;&atilde;o dos filmes de Hollywood e como eles podiam ser usados como ferramenta de persuas&atilde;o.
<h2>O in&iacute;cio da &ldquo;colabora&ccedil;&atilde;o&rdquo;</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/02/05/05175444085336.jpg" />Cena de &ldquo;Nada de Novo no Front&rdquo;, baseado no livro de Erich Maria Remarque
Tudo come&ccedil;ou depois de um incidente em 1930, durante a primeira exibi&ccedil;&atilde;o do filme &ldquo;Nada de Novo no Front&rdquo; &mdash; baseado no livro de Erich Maria Remarque &mdash; em um cinema de Berlin. O longa transmitia uma mensagem nada patri&oacute;tica dos soldados alem&atilde;es, o que irritou bastante a plateia nazista e obrigou o operador do projetor a interromper a pel&iacute;cula.
Entre os espectadores estava Joseph Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, que reagiu violentamente ao filme e fez um acalorado discurso que provocou fortes manifesta&ccedil;&otilde;es entre seus companheiros de partido. A confus&atilde;o armada acabou levando o longa a ser banido da Alemanha, e a Universal &mdash; est&uacute;dio respons&aacute;vel pela produ&ccedil;&atilde;o do filme&mdash;, com medo de perder os lucros com a bilheteria, concordou em editar o longa e relan&ccedil;&aacute;-lo em todo o mundo.
<h2>Est&uacute;dios &ldquo;dirigidos&rdquo; pelos nazistas</h2>
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Dois anos depois do incidente, uma lei que regulamentava a distribui&ccedil;&atilde;o de material cinematogr&aacute;fico com conte&uacute;do &ldquo;anti-Alemanha&rdquo; foi aprovada e, como as bilheterias germ&acirc;nicas rendiam um bocado de dinheiro, os maiores est&uacute;dios de Hollywood concordaram em n&atilde;o retratar o pa&iacute;s de maneira desfavor&aacute;vel &mdash; e em omitir a persegui&ccedil;&atilde;o aos judeus e, sempre que poss&iacute;vel, inclusive evitar a men&ccedil;&atilde;o a eles nos filmes.
Basicamente, os nazistas n&atilde;o queriam ser vistos como vil&otilde;es e passaram a vigiar de perto tudo o que sa&iacute;a de Hollywood &mdash; e os chef&otilde;es dos est&uacute;dios passaram a produzir filmes segundo as determina&ccedil;&otilde;es dos seguidores de Hitler.
Assim, a partir de 1933, depois de o F&uuml;hrer subir ao poder, o ex-diplomata Georg Gyssling &mdash; que era membro do Partido Nazista &mdash; recebeu a miss&atilde;o de monitorar e vetar qualquer filme produzido em Hollywood que pudesse manchar a imagem da Alemanha perante o resto do mundo. Para isso, Gyssling examinava projetos, assistia aos filmes e determinava quais cenas podiam ou n&atilde;o podiam ser inclu&iacute;das.
<h2>Censura, propaganda e falcatruas</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/02/05/05180000347355.jpg" />
Para melhorar o relacionamento com os alem&atilde;es, diversas produtoras &mdash; como a Paramount, a Columbia e a Fox &mdash; demitiram seus funcion&aacute;rios judeus. Al&eacute;m disso, os est&uacute;dios n&atilde;o s&oacute; concordaram com a censura imposta pelos nazistas, cancelando dezenas de projetos por conta da press&atilde;o exercida pelos homens de Hitler, como cooperaram ativamente com o esfor&ccedil;o do regime em espalhar sua ideologia pelo mundo, produzindo material que podia ser inserido em sua propaganda.
E mais: como Terceiro Reich n&atilde;o permitia que o lucro de companhias estrangeiras sa&iacute;sse da Alemanha, em 1938, a MGM decidiu investir o dinheiro que ficava com as subsidi&aacute;rias alem&atilde;s na fabrica&ccedil;&atilde;o de armas que foram usadas pelos nazistas. Como se n&atilde;o bastasse, Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, teria sugerido que o chefe da MGM no pa&iacute;s, Frits Strengholt, se divorciasse de sua esposa judia, e, segundo os relatos, a pobre mulher teria sido enviada a um campo de concentra&ccedil;&atilde;o.
<h2>Passado sombrio</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/02/05/05175720383345.jpg" />Cena de "O Ditador", com Chaplin
A &ldquo;colabora&ccedil;&atilde;o&rdquo; durou entre 1933 e 1939, e foram rar&iacute;ssimos os personagens judeus que apareceram nos filmes de Hollywood nessa &eacute;poca. Depois disso, incluindo o per&iacute;odo que antecedeu a entrada dos EUA na guerra (em 1941), os est&uacute;dios produziram in&uacute;meros longas antinazistas &mdash; como &ldquo;O Grande Ditador&rdquo;, de 1940, e &ldquo;Casablanca&rdquo;, de 1942 &mdash;, mas demorou bastante at&eacute; que as produtoras come&ccedil;assem a tocar na quest&atilde;o do Holocausto.
Existem muitas evid&ecirc;ncias &mdash; como documentos, correspond&ecirc;ncias e artigos de jornal &mdash; que comprovam a liga&ccedil;&atilde;o dos dirigentes dos est&uacute;dios de Hollywood com os nazistas, e o que torna tudo isso tragicamente ir&ocirc;nico &eacute; que a grande maioria das produtoras era comandada por imigrantes judeus.
O fato &eacute; que os diretores dos est&uacute;dios podiam ter se recusado a seguir as regras ditadas pelos nazistas e escolheram obedecer suas determina&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m disso, eles podiam ter apoiado os seus pr&oacute;prios produtores e ter ajudado a alertar o p&uacute;blico &mdash; de todo o planeta &mdash; a respeito das atrocidades que estavam sendo cometidas contra os judeus e outros prisioneiros de guerra e, tamb&eacute;m, preferiram ficar quietos.
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Confira outras mat&eacute;rias sobre os Aliados do Nazismo:
<h3><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" style="font-size: 18px; line-height: 28px; background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: veja quem contribuiu e lucrou com os horrores da guerra</a></h3>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm">Aliados do Nazismo: a IBM e seu envolvimento com a &ldquo;Solu&ccedil;&atilde;o Final&rdquo;</a>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm">Aliados do Nazismo: a IG Farben e sua rela&ccedil;&atilde;o &ldquo;qu&iacute;mica&rdquo; com o mal</a>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm">Aliados do Nazismo: Ford e as ideias antissemitas que inspiraram Hitler</a>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59894-aliados-do-nazismo-o-fusca-e-seu-surgimento-gracas-a-adolf-hitler.htm">Aliados do Nazismo: o Fusca e seu surgimento gra&ccedil;as a Adolf Hitler</a>
<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/62009-aliados-do-nazismo-a-nestle-e-a-dr-oetker-e-seu-envolvimento-com-a-guerra.htm">Aliados do Nazismo: a Nestl&eacute; e a Dr. Oetker e seu envolvimento com a guerra</a>

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Aliados do Nazismo: saiba mais sobre o “affair” entre Hollywood e Hitler

Imagem de Aliados do Nazismo: a Nestlé e a Dr. Oetker e seu envolvimento com a guerra no site Mega Curioso

Veja a seguir mais uma matéria da série semanal do Mega Curioso sobre as companhias que fizeram alianças do mal

Depois de falarmos a respeito do envolvimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm" style="background-color: transparent;" target="_blank">gigantes</a> como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" style="background-color: transparent;" target="_blank">Ford</a> e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" style="background-color: transparent;" target="_blank">IBM</a> com os nazistas, n&oacute;s aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras" style="background-color: transparent;">Mega Curioso</a> hoje vamos revelar para voc&ecirc; um pouquinho sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59894-aliados-do-nazismo-o-fusca-e-seu-surgimento-gracas-a-adolf-hitler.htm" style="background-color: transparent;">lucrativo</a> relacionamento entre duas importantes companhias da ind&uacute;stria aliment&iacute;cia e o Terceiro Reich: a Nestl&eacute; e a Dr. Oetker.
Lembramos que elas n&atilde;o foram as &uacute;nicas empresas desse ramo a lucrar com Adolf Hitler: conforme comentamos em uma mat&eacute;ria anterior sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/aliados-do-nazismo" target="_blank">Aliados do Nazismo</a>&nbsp; (que voc&ecirc; pode conferir <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" target="_blank">aqui</a>), a Alemanha era a maior consumidora da Coca-Cola fora dos EUA&nbsp;quando a Segunda Guerra Mundial come&ccedil;ou.
Contudo, quando os norte-americanos se uniram ao conflito, a matriz em Atlanta suspendeu o envio de ingredientes &agrave; subsidi&aacute;ria alem&atilde;. Para contornar a situa&ccedil;&atilde;o &mdash; e continuar saciando a sede dos &aacute;vidos alem&atilde;es e enchendo os bolsos de dinheiro&mdash;, a filial solucionou o problema desenvolvendo um novo refresco: a Fanta. Agora, que tal seguirmos com os chocolates e misturas para bolo?
<h2>O lado amargo do chocolate</h2>
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Os alem&atilde;es n&atilde;o eram f&atilde;s apenas de refrescos, mas de chocolates tamb&eacute;m, e a Nestl&eacute; ganhou muito dinheiro durante a guerra &mdash; e com o Terceiro Reich. Segundo o pessoal do site <a href="http://www.businesspundit.com/10-global-businesses-that-worked-with-the-nazis/" target="_blank">Business Pundit</a>, em 1939, a fabricante de alimentos ajudou financeiramente&nbsp;o Partido Nazista na Su&iacute;&ccedil;a, o que acabou lhe rendendo um lucrativo contrato de fornecimento de chocolates para a Alemanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a companhia su&iacute;&ccedil;a manteve um relacionamento bastante pr&oacute;ximo a diversos figur&otilde;es do Terceiro Reich, incluindo o pr&oacute;prio Adolf Hitler. Assim, a fabricante, que j&aacute; possu&iacute;a subsidi&aacute;rias em pa&iacute;ses ocupados pelos nazistas, passou a tirar proveito da possibilidade de usar trabalho for&ccedil;ado em suas linhas de produ&ccedil;&atilde;o.
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Al&eacute;m disso, em 1947, a Nestl&eacute; adquiriu uma f&aacute;brica na Alemanha &mdash; a Maggi &mdash; na qual n&atilde;o s&oacute; empregou milhares de prisioneiros de guerra na produ&ccedil;&atilde;o de seus produtos, como se manteve a par de tudo o que estava acontecendo e n&atilde;o fez nada a respeito. Inclusive <a href="http://books.google.co.uk/books?id=bbyvqhYYR7AC&amp;pg=PA70&amp;dq=nestle+provide+nazi+with+chocolate&amp;hl=en&amp;sa=X&amp;ei=1pdaUo6APaK-0QXyxoGoDA&amp;ved=0CDEQ6AEwAA#v=onepage&amp;q=nestle%20provide%20nazi%20with%20chocolate&amp;f=false" target="_blank">existem rumores</a> de que a companhia teria usado barras de chocolate para atrair judeus at&eacute; os vag&otilde;es que os transportavam at&eacute; os campos de concentra&ccedil;&atilde;o.
Segundo um artigo do portal de not&iacute;cias <a href="http://www.independent.co.uk/news/business/news/nestle-pays-146m-into-swiss-banks-holocaust-settlement-711755.html" target="_blank">The Independent</a>, h&aacute; alguns anos a matriz do grupo su&iacute;&ccedil;o assumiu publicamente a responsabilidade moral pelas atividades durante a guerra e fez um acordo com sobreviventes do Holocausto e organiza&ccedil;&otilde;es judaicas, pagando uma indeniza&ccedil;&atilde;o de 25 milh&otilde;es de francos su&iacute;&ccedil;os (ou cerca de R$ 73 milh&otilde;es). Al&eacute;m disso, a Nestl&eacute; afirmou que esperava que subsidi&aacute;rias em opera&ccedil;&atilde;o na Alemanha e &Aacute;ustria fizessem doa&ccedil;&otilde;es volunt&aacute;rias.
<h2>Dr. Oetker</h2>
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A famosa empresa de misturas de bolo, sobremesas e outros produtos aliment&iacute;cios tamb&eacute;m teve envolvimento com os nazistas. Fundada na Alemanha em 1891, de acordo com o portal <a href="http://www.dw.de/another-german-company-reveals-its-nazi-past/a-17174930" target="_blank">DW</a>, a Dr. Oetker manteve estreitos la&ccedil;os com o Terceiro Reich antes, durante e depois da Segunda Guerra Mundial, e quem revelou tudo isso foi o atual presidente da companhia, August Oetker, bisneto do fundador da companhia.
Investiga&ccedil;&otilde;es encomendadas pela pr&oacute;pria Dr. Oetker sobre o passado dela mesma revelaram que Rudolf-August Oetker, pai do atual presidente e diretor-executivo da companhia de 1944 a 1981, n&atilde;o s&oacute; era filiado ao Partido Nazista como doou verdadeiras fortunas ao l&iacute;der da Schutzstaffel &mdash; ou SS &mdash;, Heinrich Himmler.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/23/23190619814024.jpg" />August e Rudolf Oetker 
Segundo as apura&ccedil;&otilde;es da Dr. Oetker, al&eacute;m de se filiar ao Partido Nazista, Rudolf se alistou voluntariamente &agrave; Waffen-SS &mdash; um bra&ccedil;o da Schutzstaffel &mdash; em 1941 e forneceu guardas armados para os campos de concentra&ccedil;&atilde;o. Ele provavelmente foi influenciado por Richard Kaselowsky, seu padrasto, que era um fervoroso admirador de Hitler e esteve no comando da companhia antes de Rudolf assumir o controle.
Conforme explica o pessoal do <a href="http://www.thelocal.de/20131017/52441" target="_blank">The Local</a>, de acordo com a an&aacute;lise dos documentos da empresa, tamb&eacute;m veio &agrave; tona que a Dr. Oetker, assim como muitas outras companhias da &eacute;poca, empregou m&atilde;o de obra escrava e que Rudolf, evidentemente, sabia de tudo.
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As informa&ccedil;&otilde;es que foram levantadas durante as investiga&ccedil;&otilde;es foram reveladas ao p&uacute;blico em 2013 e se transformaram em um livro intitulado &ldquo;Dr. Oetker and National Socialism&rdquo; &mdash; ou &ldquo;Dr. Oetker e Socialismo Nacional&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre &mdash;, redigido por historiadores alem&atilde;es e financiado pela companhia.
Confira outras mat&eacute;rias sobre os Aliados do Nazismo:
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<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" style="background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: veja quem contribuiu e lucrou com os horrores da guerra</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" style="background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: a IBM e seu envolvimento com a &ldquo;Solu&ccedil;&atilde;o Final&rdquo;</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm" style="background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: a IG Farben e sua rela&ccedil;&atilde;o &ldquo;qu&iacute;mica&rdquo; com o mal</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" style="background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: Ford e as ideias antissemitas que inspiraram Hitler</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59894-aliados-do-nazismo-o-fusca-e-seu-surgimento-gracas-a-adolf-hitler.htm" style="background-color: transparent;">Aliados do Nazismo: o Fusca e seu surgimento gra&ccedil;as a Adolf Hitler</a></li>
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Aliados do Nazismo: a Nestlé e a Dr. Oetker e seu envolvimento com a guerra

Imagem de Aliados do Nazismo: o Fusca e seu surgimento graças a Adolf Hitler no site Mega Curioso

Confira a história do carro desenvolvido para as massas a pedido do Fürher

Conforme voc&ecirc; vem acompanhando na s&eacute;rie <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/aliados-do-nazismo" target="_blank">Aliados do Nazismo</a> aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras" target="_blank">Mega Curioso</a>, n&atilde;o foram poucos os <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" target="_blank">empres&aacute;rios</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm" target="_blank">corpora&ccedil;&otilde;es</a> que <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" target="_blank">colaboraram</a> e faturaram muito gra&ccedil;as &agrave;s suas liga&ccedil;&otilde;es com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" target="_blank">Terceiro Reich</a>.
No entanto, apesar de todos os horrores cometidos ao longo da guerra, sem falar no exterm&iacute;nio de 6 milh&otilde;es de judeus durante o Holocausto, n&atilde;o podemos nos esquecer de que o Partido Nazista era socialista e que seu objetivo primordial era o de melhorar as vidas dos trabalhadores &mdash; ainda que os esfor&ccedil;os fossem exclusivamente focados nos trabalhadores arianos.
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Foi devido ao prop&oacute;sito de melhorar a vida da popula&ccedil;&atilde;o que nasceu o bom e velho fusquinha, que veio ao mundo gra&ccedil;as ao empenho de Adolf Hitler de criar um autom&oacute;vel confi&aacute;vel e barato que fosse acess&iacute;vel a todos. Confira sua fascinante hist&oacute;ria a seguir:
<h2>Um breve panorama da &eacute;poca</h2>
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O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alem&atilde;es nasceu na d&eacute;cada de 20, em uma &eacute;poca de extrema instabilidade econ&ocirc;mica e pol&iacute;tica na Alemanha. O pa&iacute;s sofria com a hiperinfla&ccedil;&atilde;o, altos &iacute;ndices de desemprego e baixos sal&aacute;rios, e a situa&ccedil;&atilde;o era, em grande parte, resultado dos preparativos para a guerra e das medidas impostas atrav&eacute;s do Tratado de Versalhes pelos pa&iacute;ses vitoriosos na Primeira Guerra Mundial.
Embora a situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o fosse uma das melhores, a economia alem&atilde; se manteve relativamente est&aacute;vel durante os anos 20. Contudo, a crise que se espalhou pelo mundo por conta da Quebra da Bolsa de Nova York em 1929 causou consequ&ecirc;ncias devastadoras para a Alemanha. Para segurar as pontas, o governo foi obrigado a tomar provid&ecirc;ncias dr&aacute;sticas para controlar a varia&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;os.
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Contudo, no in&iacute;cio da d&eacute;cada de 30, essas medidas, apesar de terem provocado uma redu&ccedil;&atilde;o na infla&ccedil;&atilde;o, tiveram como consequ&ecirc;ncia a queda de sal&aacute;rios e empregos no pa&iacute;s. Assim, o profundo descontentamento acabou arrastando os trabalhadores alem&atilde;es aos partidos socialistas, que, ao pregar contra o capitalismo e enaltecer os direitos dos oper&aacute;rios, ofereciam alguma esperan&ccedil;a de melhora atrav&eacute;s da reforma econ&ocirc;mica.
Entre esses partidos estava o Nazista, que, al&eacute;m do discurso socialista t&iacute;pico, tamb&eacute;m tinha os financistas judeus &mdash; que controlavam boa parte da d&iacute;vida p&uacute;blica alem&atilde; &mdash; na linha de fogo. O resto voc&ecirc; j&aacute; sabe: durante as elei&ccedil;&otilde;es de 1932, os nazistas ganharam pela maioria no Reichstag e, em 1933, sucumbindo &agrave; press&atilde;o do partido, o governo apontou Adolf Hitler como Reichskanzler, ou seja, como Chanceler da Alemanha.
<h2>Carro do Povo</h2>
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O nome Volkswagen, como comentamos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/aliados-do-nazismo" target="_blank">Aliados do Nazismo</a>, significa &ldquo;carro do povo&rdquo;. Sua origem veio do genu&iacute;no desejo e esfor&ccedil;o de se desenvolver um ve&iacute;culo alem&atilde;o barato e acess&iacute;vel para todos. No per&iacute;odo entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, bem poucos alem&atilde;es da classe m&eacute;dia podiam se dar ao luxo de ter carros, e a frota inteira do pa&iacute;s girava em torno dos 81 mil autom&oacute;veis. Comparado com o Reino Unido, a Fran&ccedil;a e &mdash; principalmente &mdash; com os EUA, esse n&uacute;mero era absurdamente baixo.
Assim, uma das primeiras coisas que Hitler fez quando subiu ao poder foi p&ocirc;r em andamento seu projeto de desenvolver um autom&oacute;vel para o povo. O F&uuml;rher anunciou que tinha objetivo de lan&ccedil;ar um carro de quatro portas que seria comercializado por mil reichsmarks, valor que poderia ser bancado por fam&iacute;lias ordin&aacute;rias e que, finalmente, colocaria ve&iacute;culos em circula&ccedil;&atilde;o na Alemanha.
Antes do Fusca, existiram outras iniciativas de lan&ccedil;ar um ve&iacute;culo mais barato na Alemanha, como foi o caso do Hanomag da Hannoversche Maschinenbau AG, o Laubfrosch da Opel &mdash; subsidi&aacute;ria da General Motors na Alemanha &mdash; e o Dixi da BMW. Contudo, n&atilde;o havia dinheiro suficiente no pa&iacute;s para tornar a posse de carros algo plaus&iacute;vel. Ent&atilde;o, industriais alem&atilde;es visitaram as extraordin&aacute;rias linhas de produ&ccedil;&atilde;o da Ford nos EUA e ficaram extasiados.
<h2>Volks e Porsche</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/15/15160945626736.jpg" />Porsche apresentando o Fusca a Hitler
No per&iacute;odo anterior &agrave; guerra, v&aacute;rias montadoras europeias tinham engenheiros quebrando a cabe&ccedil;a para criar carros mais acess&iacute;veis para a popula&ccedil;&atilde;o. Um deles era o alem&atilde;o Ferdinand Porsche, que na &eacute;poca j&aacute; trabalhava no desenvolvimento de ve&iacute;culos de luxo e de artilharia pesada e havia projetado e constru&iacute;do um prot&oacute;tipo de autom&oacute;vel popular que ele batizou de Volksauto.
Para desenvolver seu modelo, Porsche se inspirou em um esbo&ccedil;o do h&uacute;ngaro B&eacute;la Bar&eacute;nyi &mdash; que criou o caracter&iacute;stico motor traseiro refrigerado por ar que se tornou umas das principais caracter&iacute;sticas do Fusca&mdash; e no formato proposto pelo austr&iacute;aco Erwin Komenda para outro projeto. O resultado final lembrava assustadoramente o carro V570 da montadora tcheca Tatra que j&aacute; estava em circula&ccedil;&atilde;o, e Porsche teve v&aacute;rios problemas legais pela suposta c&oacute;pia.
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Hitler, que buscava um modelo que comportasse cinco pessoas, alcan&ccedil;asse velocidades decentes e fosse barato, adotou a proposta de Porsche. Entretanto, havia um probleminha: o engenheiro alem&atilde;o estava enfrentando um processo de viola&ccedil;&atilde;o de patentes por conta de seu Volksauto e havia concordado em pagar uma multa para a Tatra.
O F&uuml;rher interveio, se prontificando a &ldquo;resolver&rdquo; a quest&atilde;o com a montadora tcheca e, al&eacute;m de dar o calote, mais tarde as tropas alem&atilde;s invadiram a Tchecoslov&aacute;quia e assumiram o controle tanto da administra&ccedil;&atilde;o como da f&aacute;brica da Tatra.
<h2>O nascimento do Fusca</h2>
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Com a quest&atilde;o das patentes temporariamente &ldquo;solucionada&rdquo;, os nazistas deram andamento ao projeto. N&atilde;o havendo nenhuma montadora na Alemanha que pudesse produzir um carro a custos t&atilde;o baixos como o F&uuml;rher exigia, em 1938, Hitler construiu uma planta &mdash; totalmente inspirada nas de Ford &mdash; especificamente para isso. E mais: para ajudar os trabalhadores a adquirir os autom&oacute;veis, o governo inclusive criou um programa de apoio financeiro.
O autom&oacute;vel foi batizado oficialmente de Kraft durch Freude-Wagen &mdash; que significa algo como &ldquo;Carro da For&ccedil;a pela Alegria&rdquo; &mdash;, e o entusiasmo com seu lan&ccedil;amento foi muito grande, angariando mais de 250 mil interessados em adquirir o modelo. Contudo, com o in&iacute;cio da guerra, a produ&ccedil;&atilde;o teve que ser suspensa, e tanto a planta como os materiais tiveram que ser adequados &agrave; nova demanda de ve&iacute;culos militares.
<h2>P&oacute;s-guerra</h2>
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Com o fim da guerra, a Alemanha foi divida em v&aacute;rios setores que ficaram sob o comando dos aliados, e a zona onde se encontrava a planta de produ&ccedil;&atilde;o do Fusca ficou nas m&atilde;os dos brit&acirc;nicos. Eventualmente, a f&aacute;brica foi posta novamente para funcionar, e a produ&ccedil;&atilde;o de autom&oacute;veis logo voltou a florescer. Em agosto de 1955, o milion&eacute;simo Volkswagen saiu da linha de produ&ccedil;&atilde;o, e 100 mil pessoas compareceram &agrave; cerim&ocirc;nia.
No fim das contas &mdash; e apesar dos pesares &mdash;, Adolf Hitler conseguiu o que queria com seu &ldquo;Carro do Povo&rdquo;, e o Fusca acabou se transformando em um indiscut&iacute;vel sucesso mundial. O &uacute;ltimo modelo sedan do Volkswagen foi produzido no M&eacute;xico em 2003, e estima-se que mais de 21 milh&otilde;es de unidades tenham sido fabricadas em todo o planeta antes de ele se tornar obsoleto.
<h2>Mais informa&ccedil;&otilde;es interessantes:</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/15/15161136512746.jpg" />
<ul>
<li>Devido ao fato de o fluxo de autom&oacute;veis nas rodovias alem&atilde;s ser t&atilde;o pequeno na &eacute;poca em que a cria&ccedil;&atilde;o do Fusca foi proposta, as primeiras regulamenta&ccedil;&otilde;es de tr&acirc;nsito especificavam que os motoristas s&oacute; precisavam conduzir pela pista da direita quando havia tr&aacute;fego no sentido contr&aacute;rio;</li>
<li>Quando o projeto de desenvolvimento do Volkswagen foi anunciado por Hitler, uma das especifica&ccedil;&otilde;es do ve&iacute;culo era a de que seria poss&iacute;vel montar uma metralhadora em sua estrutura;</li>
</ul>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/15/15161221393747.jpg" />
<ul>
<li>A m&iacute;dia alem&atilde; tinha verdadeiro fasc&iacute;nio por Henry Ford, e Adolf Hitler, <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/59833-aliados-do-nazismo-ford-e-as-ideias-antissemitas-que-inspiraram-hitler.htm" target="_blank" style="background-color: transparent;">como voc&ecirc; sabe</a>, al&eacute;m de admirar a mente progressista do industrial norte-americano e se inspirar em suas f&aacute;bricas para criar a montadora germ&acirc;nica, se identificava profundamente com seu antissemitismo escancarado;</li>
<li>Grande parte da m&atilde;o de obra utilizada pelos nazistas nas plantas de produ&ccedil;&atilde;o era composta por prisioneiros tidos como escravos. Todos os beb&ecirc;s nascidos de trabalhadoras das f&aacute;bricas eram tirados de suas m&atilde;es e enviados a orfanatos &mdash; e a maioria deles n&atilde;o sobreviveu aos horrores da guerra;</li>
</ul>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/15/15161316305751.jpg" />
<ul>
<li>A quest&atilde;o do processo da Tatra (a montadora tcheca) contra Porsche por conta da viola&ccedil;&atilde;o das patentes finalmente foi solucionada pela Volkswagen em 1961.</li>
</ul>

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Aliados do Nazismo: o Fusca e seu surgimento graças a Adolf Hitler

Imagem de Aliados do Nazismo: Ford e as ideias antissemitas que inspiraram Hitler no site Mega Curioso

Conheça a história do envolvimento do industrial norte-americano com o chanceler alemão

Se voc&ecirc; est&aacute; acompanhando a s&eacute;rie aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras">Mega Curioso</a> sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm">Aliados do Nazismo</a>, ent&atilde;o deve ter lido a respeito da alian&ccedil;a de uma subsidi&aacute;ria <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm">Coca-Cola</a> com o Terceiro Reich, do suposto <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm">envolvimento da IBM</a> no desenvolvimento da Solu&ccedil;&atilde;o Final e sobre a forma&ccedil;&atilde;o da gigantesca corpora&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/58754-aliados-do-nazismo-a-ig-farben-e-sua-relacao-quimica-com-o-mal.htm">IG Farben</a> e sua colabora&ccedil;&atilde;o &ldquo;qu&iacute;mica&rdquo; com o mal. Pois hoje, dando continuidade ao tema, vamos contar para voc&ecirc; sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre Henry Ford e Adolf Hitler.
<h2>Ford T e Volkswagen</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182224763130.jpg" />O antigo Ford T
Henry Ford &mdash; o homem respons&aacute;vel por aperfei&ccedil;oar a produ&ccedil;&atilde;o em massa de autom&oacute;veis e, portanto, revolucionar a forma como vivemos hoje &mdash; foi, sem d&uacute;vida alguma, um incr&iacute;vel g&ecirc;nio industrial, e Adolf Hitler era um fervoroso devoto do norte-americano.
Por um lado, o chanceler alem&atilde;o se inspirou no Ford T &mdash; ve&iacute;culo de baixo custo voltado para as massas que fez do empres&aacute;rio um dos homens mais poderosos dos EUA &mdash; para desenvolver o Volkswagen, que era como o antigo fusquinha era chamado e cujo nome pode ser traduzido como &ldquo;carro do povo&rdquo;.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182304699131.jpg" />Nascimento do Volkswagen, o &ldquo;carro do povo&rdquo;
Hitler desejava que a posse de ve&iacute;culos deixasse de ser uma exclusividade dos alem&atilde;es endinheirados, e o carro inspirado no modelo da Ford chegou para permitir que a popula&ccedil;&atilde;o menos abastada tamb&eacute;m pudesse comprar autom&oacute;veis. Contudo, Henry Ford era antissemita assumido e at&eacute; <a href="http://www.jrbooksonline.com/Intl_Jew_full_version/ijtoc_.htm" target="_blank">lan&ccedil;ou um livro</a> &mdash; chamado &ldquo;O Judeu Internacional&rdquo; e traduzido para v&aacute;rios idiomas &mdash; expondo suas teorias de que os judeus tinham um plano para dominar o mundo.
<h2>&Iacute;dolo e pupilo</h2>
Henry Ford era propriet&aacute;rio do jornal &ldquo;The Dearborn Independent&rdquo; e publicava com frequ&ecirc;ncia artigos nos quais deixava bem clara a sua posi&ccedil;&atilde;o com respeito aos hebreus, e seu livro, basicamente, consiste em uma compila&ccedil;&atilde;o de todas essas publica&ccedil;&otilde;es.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182433729133.jpg" />
Adolf Hitler, por sua vez, al&eacute;m de ver em Ford um exemplo de mente progressista, teve no industrial sua fonte de inspira&ccedil;&atilde;o ideol&oacute;gica. Tanto que o chanceler alem&atilde;o fez uma dedicat&oacute;ria pessoal ao norte-americano na primeira edi&ccedil;&atilde;o de seu livro &ldquo;Mein Kampf&rdquo; &mdash; ou &ldquo;Minha Luta&rdquo; &mdash;, e inclusive tinha um retrato do &iacute;dolo pendurado em uma das paredes de seu escrit&oacute;rio em Munique.
Ali&aacute;s, Ford &eacute; o &uacute;nico norte-americano mencionado no livro de Hitler, e, durante os julgamentos de Nuremberg, Baldur von Schirach &mdash; oficial nazista comandante da Juventude Hitlerista &mdash; disse que, para o chanceler alem&atilde;o, os artigos de Ford haviam sido decisivos para o desenvolvimento de suas teorias antissemitas. O F&uuml;hrer teria dito que era um grande admirador do industrial e que faria o poss&iacute;vel para p&ocirc;r suas ideias em pr&aacute;tica na Alemanha.
<h2>A Ford na Alemanha nazista</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182515350134.jpg" />
Com tamanha afinidade entre o F&uuml;hrer e o industrial, n&atilde;o &eacute; de se estranhar que a Ford tenha instalado v&aacute;rias plantas na Alemanha antes que a Segunda Guerra Mundial estourasse e que tenha criado unidades focadas na fabrica&ccedil;&atilde;o de ve&iacute;culos militares. Ali&aacute;s, a companhia mais que dobrou de tamanho no pa&iacute;s entre os anos de 1938 e 1945 &mdash; mesmo com os EUA lutando contra os nazistas desde 1941.
O mais impressionante &eacute; que, depois que os EUA declaram guerra &agrave; Alemanha e proibiram qualquer rela&ccedil;&atilde;o comercial com os nazistas, muitos empres&aacute;rios continuaram negociando com os inimigos durante o conflito &mdash; e com o aval do governo norte-americano, especialmente quando havia muito dinheiro envolvido nas transa&ccedil;&otilde;es. A Ford, por exemplo, forneceu sozinha cerca de um ter&ccedil;o de todos os caminh&otilde;es da frota nazista.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182536348135.jpg" />Imagem a&eacute;rea da unidade da Ford Localizada em Col&ocirc;nia
Al&eacute;m disso, n&atilde;o &eacute; nenhum segredo que os administradores industriais e engenheiros nazistas adotaram e adaptaram diversas tecnologias e aspectos funcionais provenientes das f&aacute;bricas de Ford. Quando o Fusca come&ccedil;ou a ser produzido na Alemanha, a Frente Alem&atilde; para o Trabalho &mdash; organiza&ccedil;&atilde;o criada em 1933 em substitui&ccedil;&atilde;o aos antigos sindicatos &mdash; contratou engenheiros da Ford para fazer parte do quadro de funcion&aacute;rios.
<h2>Condecora&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/01/08/08182630090137.jpg" />
Ford foi o maior colaborador estrangeiro do Terceiro Reich e, em 1938, por ocasi&atilde;o de seu anivers&aacute;rio de 75 anos, foi condecorado com a &ldquo;Cruz da Suprema Ordem da &Aacute;guia Alem&atilde;&rdquo;. A cerim&ocirc;nia ocorreu em Michigan, nos EUA, e essa medalha era a mais alta honraria que a Alemanha Nazista podia conceder a colaboradores estrangeiros &mdash; e representava toda a admira&ccedil;&atilde;o pessoal que Adolf Hitler sentia pelo industrial.
Por certo, vale destacar que Ford lucrou muito com os dois lados da guerra, j&aacute; que produziu ve&iacute;culos tanto para os nazistas como para os aliados durante a guerra &mdash; e existem muitos documentos e evid&ecirc;ncias que comprovam a exist&ecirc;ncia de uma forte liga&ccedil;&atilde;o entre a companhia e o Terceiro Reich.
Tamb&eacute;m &eacute; ineg&aacute;vel que Adolf Hitler tinha total consci&ecirc;ncia do antissemitismo de Henry Ford e que se inspirou nas ideias do industrial para fortalecer as suas pr&oacute;prias convic&ccedil;&otilde;es. O F&uuml;hrer inclusive costumava elogiar o norte-americano publicamente. No entanto, ao contr&aacute;rio dos nazistas julgados em Nuremberg, Ford nunca teve que responder por sua liga&ccedil;&atilde;o com os inimigos &mdash; e, como estamos revelando nesta s&eacute;rie mat&eacute;rias, ele est&aacute; longe de ter sido o &uacute;nico.

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Aliados do Nazismo: Ford e as ideias antissemitas que inspiraram Hitler

Imagem de Aliados do Nazismo: a IG Farben e sua relação “química” com o mal no site Mega Curioso

Conheça o envolvimento de gênios e corporações químicas com as mentes malignas do Terceiro Reich

Como voc&ecirc; deve ter visto, h&aacute; duas semanas iniciamos aqui no <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/historia-e-geografia" target="_blank">Mega Curioso</a> uma s&eacute;rie de mat&eacute;rias chamada &ldquo;Aliados do Nazismo&rdquo;, nas quais semanalmente revelamos quem foram algumas das companhias que de alguma forma contribu&iacute;ram&mdash; e lucraram &mdash; com os nazistas durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/guerras" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>. Voc&ecirc; pode conferir a primeira mat&eacute;ria <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" target="_blank">aqui</a> e a segunda <a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/57712-aliados-do-nazismo-a-ibm-e-seu-envolvimento-com-a-solucao-final.htm" target="_blank">aqui</a>, e hoje conhecer mais sobre mais uma corpora&ccedil;&atilde;o da nossa lista, a IG Farben.
<h2>Nascimento de um gigante</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/12/26/26130713545324.jpg" />
A IG Farben &mdash; forma abreviada de Interessengemeinschaft Farben ou Associa&ccedil;&atilde;o de Interesses Comuns &mdash; foi criada em 1925, depois que Carl Bosch do Grupo BASF (Badische Anilin und Soda Fabrik), um homem extremamente objetivo e profundamente patriota, convenceu uma s&eacute;rie de companhias a se unir para formar um poderoso conglomerado.
Al&eacute;m da BASF, as demais integrantes do cartel eram a AGFA (Actien-Gesellschaft f&uuml;r Anilin-Fabrikation), a Cassella, a Bayer, a Farbwerke Hoechst (hoje chamada Sanofi-Aventis), a H&ouml;chst, a Chemische Werke H&uuml;ls e a Chemische Fabrik Kalle. Quase todas se dedicavam &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de pigmentos, corantes e tintas, mas logo passaram a se dedicar a atividades mais &ldquo;s&eacute;rias&rdquo; relacionadas com a ind&uacute;stria qu&iacute;mica.
<h2>Mentes brilhantes a servi&ccedil;o do mal</h2>
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Com o tempo a IG Farben se tornou o principal fornecedor de produtos qu&iacute;micos necess&aacute;rios para que as engrenagens da m&aacute;quina de guerra nazista pudessem funcionar. O mais chocante &eacute; que as companhias que vieram a formar o conglomerado &mdash; como a pr&oacute;pria IG Farben &mdash; incorporavam qualidades que hoje despertariam a nossa admira&ccedil;&atilde;o em grandes corpora&ccedil;&otilde;es.
Seus diretores eram criativos, eficientes e incans&aacute;veis, e os cientistas que trabalhavam para a corpora&ccedil;&atilde;o desenvolveram componentes qu&iacute;micos e medicamentos important&iacute;ssimos &mdash; e alguns chegaram a receber pr&ecirc;mios Nobel por suas descobertas. Carl Bosch, por exemplo, liderou os esfor&ccedil;os de produ&ccedil;&atilde;o de am&ocirc;nia sint&eacute;tica em larga escala, trabalho fundamental para solucionar o problema de escassez de fertilizantes no mundo e prevenir um quadro de fome global.
Bosch e outros integrantes da IG Farben tornaram a Alemanha um dos l&iacute;deres mundiais na produ&ccedil;&atilde;o de medicamentos e drogas, e ele se tornou um her&oacute;i nacional ainda na Primeira Guerra Mundial ao desenvolver sinteticamente o &aacute;cido n&iacute;trico, composto fundamental na produ&ccedil;&atilde;o de explosivos. Al&eacute;m disso, foi um dos cientistas da BASF, Fritz Haber, quem teve a ideia de usar o cloro no estado gasoso como arma.
<h2>Alian&ccedil;a com os nazistas</h2>
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Carl Bosch ficou no comando da IB Farben de 1935 at&eacute; seu falecimento em 1940, e a institui&ccedil;&atilde;o foi a maior patrocinadora da campanha que elegeu Adolf Hitler em 1933, com a doa&ccedil;&atilde;o de milhares e milhares de marcos &mdash; apoio que n&atilde;o foi gratuito, j&aacute; que resultou em uma parceria muito vantajosa para ambas as partes que durou at&eacute; 1944.
Al&eacute;m de proporcionar apoio financeiro ao regime, a IG Farben tamb&eacute;m teve participa&ccedil;&atilde;o ativa na prepara&ccedil;&atilde;o secreta da Alemanha para a guerra. Bosch criticou Hitler abertamente at&eacute; 1939 e, apesar de ter sido contra a demiss&atilde;o de diretores e cientistas judeus do quadro de funcion&aacute;rios, ele n&atilde;o evitou que membros da administra&ccedil;&atilde;o se filiassem ao Partido Nazista, e a IG Farben j&aacute; havia se livrado de todos os &ldquo;inimigos&rdquo; do Terceiro Reich em 1937.
E foi Friedrich Carl Duisberg, o ent&atilde;o Diretor-Executivo da Bayer, quem liderou as negocia&ccedil;&otilde;es que deram origem &agrave; proposta de importar m&atilde;o de obra for&ccedil;ada da B&eacute;lgica ocupada, e essa a&ccedil;&atilde;o abriu precedente para que a mesma barbaridade continuasse sendo feita com civis e prisioneiros de guerra de outros territ&oacute;rios ocupados.
<h2>IG Auschwitz</h2>
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Embora tivesse f&aacute;bricas por toda a Alemanha, em 1941, a IG Farben instalou uma enorme planta &mdash; a IG Auschwitz &mdash; nos territ&oacute;rios poloneses ocupados. A regi&atilde;o foi escolhida por se encontrar fora do alcance dos bombardeios aliados, por dispor de grandes quantidades de &aacute;gua e carv&atilde;o e por ser facilmente acess&iacute;vel atrav&eacute;s de trem. No entanto, o mais importante: o local oferecia abund&acirc;ncia de m&atilde;o de obra barata vinda do campo de concentra&ccedil;&atilde;o que se encontrava logo ao lado.
No in&iacute;cio das atividades, a IG Auschwitz se dedicava &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de borracha, e, em 1942, a planta foi ampliada e passou a fabricar combust&iacute;veis para a avia&ccedil;&atilde;o e para uso naval, &oacute;leos lubrificantes e metanol, assim como toda a borracha sint&eacute;tica e gasolina comercializada na Alemanha. A planta era gigantesca e consumia mais energia por dia do que a cidade de Berlin inteira.
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De certa forma, a IG Auschwitz n&atilde;o deixava de ser um campo de concentra&ccedil;&atilde;o privado, j&aacute; que os prisioneiros tinham uma expectativa de vida de apenas poucos meses e trabalhavam at&eacute; morrer de exaust&atilde;o. Al&eacute;m disso, a planta utilizava prisioneiros do campo de concentra&ccedil;&atilde;o vizinho como cobaias para testar novas drogas e vacinas e foi respons&aacute;vel por desenvolver o Zyklon B &mdash; ironicamente, o agente t&oacute;xico usado nas c&acirc;maras de g&aacute;s.
<h2>Julgamento</h2>
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Muitos dos dirigentes da IG Farben permaneceram nazistas at&eacute; o final e contribu&iacute;ram ativamente com as atrocidades cometidas contra os judeus. O conglomerado foi desfeito ap&oacute;s os julgamentos do Tribunal de Nuremberg, e durante os processos 24 membros ligados &agrave; IG Farben foram condenados por crimes de exterm&iacute;nio em massa, assassinatos, pilhagem e escraviza&ccedil;&atilde;o de popula&ccedil;&atilde;o civil e prisioneiros de territ&oacute;rios ocupados, al&eacute;m de outros delitos.
Mais tarde, os administradores alegaram que n&atilde;o tinham conhecimento dos crimes cometidos pelos nazistas &mdash; ou disseram que foram coagidos a participar dos horrores perpetrados. Contudo, os militares do Terceiro Reich trabalharam bem de perto com o pessoal da IG Farben, e as provas da coopera&ccedil;&atilde;o entre os envolvidos s&atilde;o ineg&aacute;veis.

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Aliados do Nazismo: a IG Farben e sua relação “química” com o mal

Imagem de Aliados do Nazismo: a IBM e seu envolvimento com a “Solução Final” no site Mega Curioso

Conheça os detalhes sobre a suposta participação da gigante norte-americana no Holocausto

Na semana passada, postamos aqui no Mega Curioso a primeira mat&eacute;ria da s&eacute;rie &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/56655-aliados-do-nazismo-veja-quem-contribuiu-e-lucrou-com-os-horrores-da-guerra.htm" target="_blank">Aliados do Nazismo</a>&rdquo;, na qual apresentamos um breve contexto hist&oacute;rico da &eacute;poca e revelamos que diversas companhias famosas &mdash; e que continuam em plena atividade atualmente &mdash; n&atilde;o s&oacute; lucraram muito com acordos feitos com os nazistas, como, em diversos casos, tiveram participa&ccedil;&atilde;o direta no Holocausto.
Na mat&eacute;ria passada, contamos para voc&ecirc; sobre como a subsidi&aacute;ria da Coca-Cola na Alemanha inventou a Fanta e tirou proveito da m&atilde;o de obra escrava de prisioneiros de campos de concentra&ccedil;&atilde;o e da popula&ccedil;&atilde;o civil dos territ&oacute;rios ocupados para produzir o refresco e fazer dinheiro. E, dando continuidade &agrave; s&eacute;rie, hoje vamos falar sobre o envolvimento da IBM com os nazistas e sua participa&ccedil;&atilde;o na implementa&ccedil;&atilde;o da &ldquo;Solu&ccedil;&atilde;o Final&rdquo;.
<h2>Acusa&ccedil;&otilde;es</h2>
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As evid&ecirc;ncias sobre o envolvimento da IBM com os nazistas vieram &agrave; tona &mdash; e fizeram bastante rebuli&ccedil;o &mdash; ap&oacute;s o lan&ccedil;amento do pol&ecirc;mico livro &ldquo;IBM and the Holocaust&rdquo; (ou &ldquo;IBM e o Holocausto&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre) do jornalista e filho de sobreviventes do genoc&iacute;dio Edwin Black, em 2001. Segundo o autor, o Holocausto teria acontecido sem a ajuda da companhia, mas n&atilde;o da forma nem com os n&uacute;meros assustadores que conhecemos hoje.
Black passou tr&ecirc;s anos investigando o envolvimento da companhia com o Terceiro Reich e no livro argumenta que o Holocausto foi facilitado gra&ccedil;as &agrave; tecnologia desenvolvida pela IBM especialmente para os nazistas, permitindo que Hitler automatizasse sua persegui&ccedil;&atilde;o a judeus, ciganos, homossexuais e outros &ldquo;inimigos&rdquo; atrav&eacute;s da gera&ccedil;&atilde;o de listas de grupos de pessoas que deveriam ser enviadas aos campos de concentra&ccedil;&atilde;o.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/12/18/18154405283481.jpg" />
O livro dividiu opini&otilde;es &mdash; entre historiadores, jornalistas e especialistas no Holocausto &mdash;, mas vale destacar que Black apresentou centenas de documentos e provas que apoiam suas acusa&ccedil;&otilde;es, sendo a mais forte e irrefut&aacute;vel delas o envolvimento direto de Thomas J. Watson, o ent&atilde;o CEO da IBM, com os nazistas.
Outra quest&atilde;o importante &eacute; que, ap&oacute;s o lan&ccedil;amento do t&iacute;tulo, a companhia alegou n&atilde;o possuir documentos da &eacute;poca para se defender e n&atilde;o ter conhecimento na &eacute;poca de quais eram os planos de Hitler para sua tecnologia, explicando que teria perdido controle da subsidi&aacute;ria alem&atilde; em 1940, depois que os nazistas a tomaram.
<h2>A tecnologia usada para o mal</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/12/18/18153823048464.jpg" />
A tecnologia desenvolvida pela IBM e utilizada pelos nazistas estava baseada em um dispositivo criado no final do s&eacute;culo 19 pelo engenheiro de origem germano-americana Herman Hollerith. Ele inventou um modo de armazenar dados em cart&otilde;es atrav&eacute;s de uma s&eacute;rie de perfura&ccedil;&otilde;es que representavam diferentes tipos de informa&ccedil;&otilde;es, tais como idade, religi&atilde;o, educa&ccedil;&atilde;o e endere&ccedil;o.
Esses cart&otilde;es eram introduzidos em m&aacute;quinas que os organizavam e realizavam o cruzamento das informa&ccedil;&otilde;es &ldquo;perfuradas&rdquo; neles e, basicamente, a tecnologia permitia transformar pe&ccedil;as de papel individuais em dados estat&iacute;sticos. Hollerith trabalhava para a ag&ecirc;ncia do Governo dos EUA respons&aacute;vel pelo recenseamento da popula&ccedil;&atilde;o e fundou a companhia que mais tarde se transformaria na IBM. Seu sobrenome se tornou sin&ocirc;nimo das m&aacute;quinas operadas pelos nazistas.
<h2>Alian&ccedil;a</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/12/18/18153842408465.jpg" />
Conhecida em alem&atilde;o pelo nome Endl&ouml;sung der Judenfrage, a &ldquo;Solu&ccedil;&atilde;o Final&rdquo; nada mais era do que o plano nazista de exterminar todos os judeus e outras minorias da Alemanha e territ&oacute;rios ocupados durante a Segunda Guerra Mundial.
Como voc&ecirc; sabe, Adolf Hitler subiu ao poder em 1933 e Thomas J. Watson, o ent&atilde;o presidente da IBM, viu na Alemanha Nazista um lucrativo parceiro comercial. Assim, apenas algumas semanas ap&oacute;s Hitler ser eleito, Watson criou uma alian&ccedil;a estrat&eacute;gica entre a companhia e o Terceiro Reich que se estendeu praticamente durante toda a guerra.
A subsidi&aacute;ria alem&atilde; da IBM era a Deutsche Hollerith Maschinen Gesellschaft &mdash; ou simplesmente Dehomag &mdash; e, entre 1933 e 1939, Watson viajou ao menos duas vezes por ano a Berlim para supervisionar pessoalmente as opera&ccedil;&otilde;es da companhia. Gra&ccedil;as ao acordo, a Alemanha se tornou o principal cliente da IBM fora dos EUA, e Watson inclusive foi condecorado com a &ldquo;Ordem de M&eacute;rito da &Aacute;guia Alem&atilde;&rdquo;, medalha criada por Hitler em reconhecimento &agrave; contribui&ccedil;&atilde;o de cidad&atilde;os estrangeiros para o Terceiro Reich.
<h2>Implementa&ccedil;&atilde;o da Solu&ccedil;&atilde;o Final</h2>
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Logo que assumiu o governo, Hitler determinou que um meticuloso censo da popula&ccedil;&atilde;o alem&atilde; fosse realizado. Contudo, naquela &eacute;poca &mdash; em que n&atilde;o existia a tecnologia de que dispomos atualmente e esse tipo de pesquisa era realizada com papel e caneta &mdash; a tarefa era bastante &aacute;rdua. Foi ent&atilde;o que os nazistas decidiram empregar as m&aacute;quinas de Hollerith para automatizar o processo de recenseamento atrav&eacute;s de cart&otilde;es perfurados.
Em conjunto com os nazistas, a IBM desenvolveu cart&otilde;es personalizados que continham dados como religi&atilde;o, nacionalidade e ocupa&ccedil;&atilde;o de indiv&iacute;duos, e as m&aacute;quinas de Hollerith eram capazes de cruzar as informa&ccedil;&otilde;es de 25 mil cart&otilde;es por hora. Assim, os nazistas catalogaram os judeus por meio de uma s&eacute;rie de censos, registros e tabula&ccedil;&otilde;es estat&iacute;sticas cujas informa&ccedil;&otilde;es &mdash; constantemente atualizadas &mdash; eram transmitidas instantaneamente a v&aacute;rias ag&ecirc;ncias.
Com esses dados em m&atilde;os, os nazistas organizaram e administraram a identifica&ccedil;&atilde;o inicial e a posterior expuls&atilde;o de inimigos do regime, o confisco de suas propriedades, seu translado para guetos, a deporta&ccedil;&atilde;o a campos de concentra&ccedil;&atilde;o e, finalmente, seu exterm&iacute;nio. Em outras palavras, a IBM desenvolveu solu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas que permitiram acelerar &mdash; e automatizar &mdash; as pol&iacute;ticas de exterm&iacute;nio racial de Hitler.
<h2>M&aacute;quinas da morte</h2>
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As m&aacute;quinas de Hollerith foram utilizadas em diversos campos de concentra&ccedil;&atilde;o &mdash; entre eles Auschwitz, Buchenwald e Dachau &mdash; para que os nazistas pudessem manter registros dos prisioneiros e monitorar o trabalho escravo. Al&eacute;m disso, elas permitiam que os oficiais alem&atilde;es identificassem quais judeus tinham sido mortos a tiros, morrido de tanto trabalhar ou haviam sido exterminados nas c&acirc;maras de g&aacute;s.
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Os prisioneiros eram identificados a partir de n&uacute;meros individuais e recebiam designa&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas baseadas em 16 categorias. Assim, o n&uacute;mero 3 identificava homossexuais, o 8, judeus, e o 13, prisioneiros de guerra, por exemplo, e esses n&uacute;meros muitas vezes eram tatuados nos bra&ccedil;os dos capturados.
<h2>Holocausto e fim da alian&ccedil;a</h2>
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A guerra teve in&iacute;cio em 1939, depois que a Alemanha invadiu a Pol&ocirc;nia, e os EUA se uniram ao conflito em 1941. Meses antes, ainda em 1940, a IBM perdeu o controle da Dehomag e de outras subsidi&aacute;rias em territ&oacute;rios ocupados para os nazistas, e Watson devolveu a medalha que recebeu de Hitler &mdash; fato que teria enfraquecido a alian&ccedil;a.
No entanto, um dos fatores-chave do Holocausto foi a tecnologia da IBM fornecida diretamente por meio de uma filial polonesa criada durante a guerra e que mantinha contato direto com a matriz em Nova York.
O mais chocante &eacute; que, segundo as investiga&ccedil;&otilde;es de Black, existem centenas de p&aacute;ginas de correspond&ecirc;ncias internas entre Watson e os nazistas criadas entre 1933 a 1945, e uma revis&atilde;o desses documentos revelou que n&atilde;o existe uma &uacute;nica linha sequer na qual a companhia norte-americana questiona as opera&ccedil;&otilde;es alem&atilde;s, nem mesmo quando os t&iacute;tulos se referiam diretamente ao exterm&iacute;nio em massa de judeus.
<h2>Envolvimento ineg&aacute;vel</h2>
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N&atilde;o existem d&uacute;vidas de que os nazistas realmente utilizaram os equipamentos da IBM no intuito de executar seus planos, mesmo que nenhuma m&aacute;quina tenha sido vendida diretamente aos l&iacute;deres do Terceiro Reich. Os dispositivos, na verdade, foram cedidos por meio de leasing, e a companhia, al&eacute;m de ser respons&aacute;vel pelo treinamento de pessoal, era a &uacute;nica fornecedora de pe&ccedil;as e cart&otilde;es.
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Al&eacute;m disso, seus engenheiros eram respons&aacute;veis por projetar material personalizado e tabular informa&ccedil;&otilde;es para cada necessidade dos nazistas. A companhia constantemente atualizava os equipamentos, e mais de 1 bilh&atilde;o de cart&otilde;es eram fornecidos anualmente. A alian&ccedil;a n&atilde;o foi motivada pela ideologia da IBM, mas sim por seu desejo de fazer muito, muito dinheiro.
Afinal, a IBM era uma empresa focada em oferecer solu&ccedil;&otilde;es, e sua miss&atilde;o era desenvolver as solu&ccedil;&otilde;es que seus clientes desejavam, mesmo que essa fosse a Solu&ccedil;&atilde;o Final. E apesar de a companhia alegar n&atilde;o ter documentos da &eacute;poca para provar sua inoc&ecirc;ncia, n&atilde;o faltam evid&ecirc;ncias que sugerem que ela est&aacute; diretamente conectada com uma das piores atrocidades da hist&oacute;ria moderna.

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Aliados do Nazismo: a IBM e seu envolvimento com a “Solução Final”

Imagem de Aliados do Nazismo: veja quem contribuiu e lucrou com os horrores da guerra no site Mega Curioso

Confira — e se surpreenda — com a nova série do Mega Curioso que revelará companhias e pessoas que negociaram com os nazistas

Em tempos de guerra, &eacute; comum que companhias e ind&uacute;strias se adaptem e at&eacute; modifiquem completamente sua linha de produ&ccedil;&atilde;o para poder suprir as necessidades mais imediatas de seus pa&iacute;ses durante o per&iacute;odo de conflito.
Embora o Brasil n&atilde;o seja uma na&ccedil;&atilde;o que possamos chamar de belicosa, inclusive por aqui existem diretrizes &mdash; descritas no Plano Nacional de Mobiliza&ccedil;&atilde;o estabelecido pelo governo brasileiro &mdash; para o caso de que o nosso pa&iacute;s entre em guerra. Acontece que, apesar de essas adequa&ccedil;&otilde;es serem necess&aacute;rias, muita gente aproveita a oportunidade para tirar vantagem da situa&ccedil;&atilde;o e lucrar com ela. E isso n&atilde;o &eacute; de hoje!
<h2>Nazismo lucrativo</h2>
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A Segunda Guerra Mundial foi um conflito marcado pelo envolvimento de mais de uma centena de pa&iacute;ses, pela morte de milhares de militares e civis e pelo Holocausto. Segundo uma reportagem sensacional de Cl&aacute;udia de Castro Lima da <a href="http://super.abril.com.br/historia/aliados-ocultos-hitler-805085.shtml" target="_blank">Superinteressante</a>, diversas companhias famosas n&atilde;o s&oacute; ganharam muito &mdash; muito &mdash; dinheiro gra&ccedil;as aos nazistas como contribu&iacute;ram com os horrores praticados por eles. N&atilde;o deixe de ler o artigo completo <a href="http://super.abril.com.br/historia/aliados-ocultos-hitler-805085.shtml" target="_blank">aqui</a>!
Cl&aacute;udia afirmou que muitos empres&aacute;rios trabalharam com os nazistas e se uniram ao partido, sem falar que produziram armamentos, demitiram os funcion&aacute;rios judeus e, ainda pior, os usaram como m&atilde;o de obra escrava. In&uacute;meras dessas corpora&ccedil;&otilde;es &mdash; como laborat&oacute;rios, montadoras de ve&iacute;culos e gigantes das telecomunica&ccedil;&otilde;es &mdash; continuam ativas at&eacute; hoje, e n&oacute;s estamos rodeados por produtos, servi&ccedil;os e tecnologias oferecidos por elas.
Assim, inspirados pela reportagem de Cl&aacute;udia, n&oacute;s aqui do Mega Curioso decidimos lan&ccedil;ar uma s&eacute;rie de mat&eacute;rias peri&oacute;dicas nas quais vamos revelar quem foram algumas dessas corpora&ccedil;&otilde;es que negociaram com os nazistas e que atualmente fazem parte de nossas vidas &mdash; assim como alguns dos crimes cometidos por elas. Mas, antes de apresentarmos as primeiras, que tal conferir o contexto hist&oacute;rico da &eacute;poca para entender melhor como tudo aconteceu?
<h2>Ascens&atilde;o de Hitler</h2>
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Antes de Hitler ascender ao poder em 1933, o sentimento geral na Alemanha ainda era de humilha&ccedil;&atilde;o pela derrota na Primeira Guerra Mundial. Al&eacute;m disso, a economia do pa&iacute;s tamb&eacute;m sofria com as consequ&ecirc;ncias da Grande Depress&atilde;o, e o n&uacute;mero de desempregados passava de 4 milh&otilde;es. Em poucas palavras, a Alemanha estava em frangalhos.
Portanto, tudo o que os alem&atilde;es precisavam naquele momento era de uma figura carism&aacute;tica como a de Adolf Hitler. Em 1932, o Partido Nacional dos Trabalhadores Alem&atilde;es conquistou maioria no Parlamento e, no ano seguinte, Hitler foi eleito l&iacute;der do governo. O F&uuml;hrer desejava que a Alemanha se tornasse autossuficiente na produ&ccedil;&atilde;o de mat&eacute;rias-primas &mdash; como borracha, fibras t&ecirc;xteis e metais n&atilde;o ferrosos &mdash; e fez de tudo para incentivar o progresso.
<h2>Aliados do Nazismo: a subsidi&aacute;ria alem&atilde; da Coca-Cola</h2>
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Hitler tomou todo tipo de medida para preparar a Alemanha para seus planos imperialistas, e os empres&aacute;rios da &eacute;poca preferiam apoiar os nazistas em vez dos comunistas. Assim, quando os EUA entraram na guerra em 1941, muitas de suas subsidi&aacute;rias alem&atilde;s continuaram negociando com os inimigos, mesmo com a pol&iacute;tica de genoc&iacute;dio sendo aplicada a todo vapor.
Em outras palavras, algumas companhias n&atilde;o deixaram de lucrar s&oacute; porque os alem&atilde;es se tornaram os inimigos do mundo &mdash; nem quando os horrores do Holocausto come&ccedil;aram a vir &agrave; tona. Muitas inclusive contribu&iacute;ram com os nazistas. E uma dessas companhias foi a subsidi&aacute;ria alem&atilde; da Coca-Cola.
<h2>Fanta</h2>
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J&aacute; comentamos aqui no Mega Curioso que foram os alem&atilde;es que inventaram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/publicidade-e-marketing/55540-confira-o-significado-do-nome-de-20-marcas-famosas.htm" target="_blank">Fanta</a>. Mas o que muita gente desconhece s&atilde;o as circunst&acirc;ncias do lan&ccedil;amento desse refrigerante. Segundo Manuel Villatoro do portal <a href="http://www.abc.es/20121012/archivo/abci-fanta-bebida-epoca-nazi-201210111707.html" target="_blank">ABC.es</a>, antes do in&iacute;cio da guerra os alem&atilde;es j&aacute; haviam se tornado grandes f&atilde;s da Coca-Cola, transformando-se nos maiores consumidores da bebida fora dos EUA.
Acontece que, depois que o conflito come&ccedil;ou, a matriz em Atlanta cortou rela&ccedil;&otilde;es com a subsidi&aacute;ria alem&atilde; e suspendeu o envio dos ingredientes para a produ&ccedil;&atilde;o da Coca-Cola. Sem conseguir importar os produtos necess&aacute;rios para preparar o refresco original, os alem&atilde;es resolveram desenvolver uma op&ccedil;&atilde;o que pudesse ser produzida com o que tinham dispon&iacute;vel.
Assim, a partir de ingredientes como frutas, polpa de ma&ccedil;&atilde; utilizada para a produ&ccedil;&atilde;o de sidra, subprodutos da fabrica&ccedil;&atilde;o do queijo e edulcorantes, a Fanta foi desenvolvida. E a ideia deu t&atilde;o certo que a bebida tamb&eacute;m come&ccedil;ou a ser fabricada em filiais da Coca-Cola nos territ&oacute;rios ocupados pelos alem&atilde;es &mdash; que tiravam proveito da m&atilde;o de obra escrava em suas f&aacute;bricas. A companhia norte-americana se desculpou publicamente depois que a guerra acabou.

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Aliados do Nazismo: veja quem contribuiu e lucrou com os horrores da guerra

Imagem de Como os pilotos kamikazes eram selecionados pelo exército japonês? no site Mega Curioso

Esses pilotos suicidas não eram tão voluntários assim e passaram por muito mais dificuldades do que nós podemos imaginar

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Jap&atilde;o ficou bastante conhecido com seus pilotos de avi&otilde;es que carregavam explosivos e faziam ataques suicidas aos navios dos Estados Unidos. Eles ficaram popularmente conhecidos como kamikazes (kami quer dizer Deus e kaze quer dizer vento, que pode ser entendido como Vento Divino), apesar de o nome oficial desses soldados ser Tokubetsu Kogekitai, ou em portugu&ecirc;s, Unidade de Ataque Especial.
Voc&ecirc; j&aacute; imaginou como os japoneses selecionavam esses soldados que iriam morrer? Eles realmente desejavam morrer pelo pa&iacute;s, como muitos acreditavam, ou eram for&ccedil;ados pelo governo? Al&eacute;m disso, por que o Jap&atilde;o resolveu utilizar t&eacute;cnicas t&atilde;o dr&aacute;sticas de ataque? Algumas dessas perguntas vamos procurar responder aqui.
<h2>Ex&eacute;rcito em prec&aacute;rias condi&ccedil;&otilde;es</h2>
Em primeiro lugar, precisamos entender que o ex&eacute;rcito japon&ecirc;s estava bastante desesperado com o desfecho que os confrontos militares estavam tomando. O inimigo estava em maior n&uacute;mero e estava no controle de tecnologias que o Jap&atilde;o n&atilde;o dominava no momento. Em 1942, mais pilotos foram mortos do que treinados, o que exigiu novos recrutas que n&atilde;o eram t&atilde;o experientes e que tinham que voar em aeronaves j&aacute; ultrapassadas se comparadas &agrave;s inimigas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/11/21/21103528773146.jpg" />Base dos Estados Unidos atingida por kamikazes
Al&eacute;m disso, morrer antes de ser derrotado &eacute; algo que est&aacute; (ou pelo menos estava) intrinsecamente ligado &agrave; cultura do pa&iacute;s. Por exemplo, os soldados eram instru&iacute;dos a cometer suic&iacute;dio se fossem capturados pelo inimigo. O Capit&atilde;o Motoharu Okamura foi o primeiro oficial do ex&eacute;rcito que prop&ocirc;s o uso dos kamikazes &ndash; e inclusive expressou o seu desejo de liderar um desses ataques suicidas.
Contudo, n&atilde;o foi em um desses ataques que o Capit&atilde;o Okamura morreu, por&eacute;m com um tiro que ele disparou em si pr&oacute;prio depois de se sentir culpado pelo envio de centenas de jovens japoneses &agrave; morte &ndash; o culto &agrave; morte foi bastante divulgado no pa&iacute;s para que as pessoas se voluntariassem. O vice-almirante Takijiro Onishi tamb&eacute;m foi um dos respons&aacute;veis por defender as t&aacute;ticas suicidas com o uso de avi&otilde;es, o que s&oacute; deu mais poder ao plano.
<h2>Volunt&aacute;rios do pa&iacute;s. Ser&aacute; mesmo?</h2>
No in&iacute;cio dos registros do per&iacute;odo, diversos jornais apontavam que existiam muito mais volunt&aacute;rios para se sacrificar pelo pa&iacute;s do que avi&otilde;es dispon&iacute;veis. Entretanto, hoje sabemos que esses volunt&aacute;rios provavelmente n&atilde;o eram t&atilde;o volunt&aacute;rios assim. Eles eram recrutados principalmente em universidades e, caso n&atilde;o se apresentassem, eram tidos como covardes e sofriam todo o tipo de insulto. Al&eacute;m da press&atilde;o do governo, os familiares tamb&eacute;m os pressionavam veementemente.
Quando os soldados deviam anunciar se eram volunt&aacute;rios, ouviam um discurso extremamente patri&oacute;tico e de como deviam se sacrificar pelo imperador. Como essas quest&otilde;es eram muito importantes, poucos tinham coragem de n&atilde;o se voluntariar e sofrer as consequ&ecirc;ncias desse ato considerado covarde. Os kamikazes recebiam os mais variados tipos de instru&ccedil;&otilde;es, sendo que eles tamb&eacute;m carregavam pistolas nos avi&otilde;es para se suicidar caso n&atilde;o morressem nos ataques.
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O treinamento tamb&eacute;m ficou conhecido por n&atilde;o ser nem um pouco agrad&aacute;vel, j&aacute; que os pr&oacute;prios soldados sofriam os mais variados tipos de agress&otilde;es se se recusassem a voar. Hoje, algumas pessoas comparam os kamikazes com os homens-bomba isl&acirc;micos, algo que diversos antrop&oacute;logos afirmam estar bastante err&ocirc;neo, j&aacute; que os japoneses eram recrutados pelo ex&eacute;rcito do pa&iacute;s e n&atilde;o tinham como alvos civis.
<h2>Ataques certeiros</h2>
O modelo de avi&atilde;o mais utilizado foi o Mitsubishi A6M Zero, por&eacute;m outros tamb&eacute;m foram usados. Os pilotos s&oacute; deviam lan&ccedil;ar os seus avi&otilde;es &agrave;s bases americanas se as condi&ccedil;&otilde;es de tempo estivessem boas, j&aacute; que eles eram instru&iacute;dos a n&atilde;o desperdi&ccedil;ar suas vidas se n&atilde;o fosse com o objetivo de impactar o inimigo de modo bem sucedido. Se n&atilde;o encontrassem os navios americanos, eles eram orientados a voltar ao territ&oacute;rio japon&ecirc;s e aguardar pelo pr&oacute;ximo poss&iacute;vel alvo.
&Eacute; estimado que mais de tr&ecirc;s mil kamikazes cometeram suic&iacute;dio na Segunda Guerra Mundial. No total, 47 navios americanos foram afundados com esses ataques, sendo que 4900 marinheiros morreram e aproximadamente 4800 ficaram feridos. O ex&eacute;rcito japon&ecirc;s preparou mais ataques kamikazes aos Estados Unidos se eles se aproximassem do litoral do pa&iacute;s. Entretanto, os americanos amea&ccedil;aram o Jap&atilde;o de total destrui&ccedil;&atilde;o caso n&atilde;o se rendessem &ndash; o que resultou nas bombas at&ocirc;micas de Hiroshima e Nagasaki. Depois desse tr&aacute;gico epis&oacute;dio, os japoneses se renderam.

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Como os pilotos kamikazes eram selecionados pelo exército japonês?

Imagem de Bandagem? Novos géis poderão estancar ferimentos em segundos no site Mega Curioso

Produtos devem impedir que sangramentos comprometam as chances de sobrevivência de militares e civis

Ser atingido por disparos inimigos &eacute; algo que ningu&eacute;m deseja em uma guerra, ainda mais quando a dist&acirc;ncia at&eacute; uma mesa de cirurgia &eacute; muito grande &mdash; demandando muito mais tempo do que o ferido disp&otilde;e para garantir a pr&oacute;pria sobreviv&ecirc;ncia. Mas um projeto de pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Massachusetts e da universidade Texas A&amp;M &mdash; ambas dos Estados Unidos &mdash; pode ajudar essas pessoas.
Eles est&atilde;o desenvolvendo um gel biodegrad&aacute;vel que pode ampliar muito as chances de sobreviv&ecirc;ncia de um soldado ferido em combate. Isso acontece porque o gel &eacute; capaz de ajudar na coagula&ccedil;&atilde;o do sangue, fazendo com que a perda seja reduzida em at&eacute; 77% &mdash; uma mudan&ccedil;a muito interessante para os combatentes e tamb&eacute;m para os m&eacute;dicos que estiverem nos campos de guerra.
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Os desenvolvedores querem adicionar o gel em seringas ao kit de suprimentos dos soldados, fazendo com que eles carreguem a subst&acirc;ncia sempre que estiverem em atividade. Isso significa que qualquer ferimento pode ser melhor estancado por um companheiro ou mesmo pelo pr&oacute;prio soldado ferido. E vale dizer que este n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico projeto relacionado ao tema que est&aacute; em execu&ccedil;&atilde;o atualmente.
<h2>VetiGel: a op&ccedil;&atilde;o civil</h2>
Se o sistema apresentado anteriormente deve ser aplicado nos campos de guerra, um laborat&oacute;rio de Nova York est&aacute; trabalhando para permitir algo parecido no mercado civil. O projeto &eacute; bem similar, pois trata-se de um gel capaz de fazer com que sangramentos sejam estancados em at&eacute; 20 segundos &mdash; funcionando como uma bandagem l&iacute;quida que tamb&eacute;m serve como antiss&eacute;ptico.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/Cif-o4V-2wA" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Tudo isso &eacute; criado com pol&iacute;meros extra&iacute;dos de vegetais, o que torna o processo praticamente universal &mdash; n&atilde;o causando alergias ou rea&ccedil;&otilde;es que possam comprometer a sa&uacute;de dos usu&aacute;rios. No v&iacute;deo que est&aacute; acima deste par&aacute;grafo, voc&ecirc; pode conferir como o VetiGel pode fazer com que a carne cicatrize rapidamente e impe&ccedil;a o fluxo cont&iacute;nuo de sangue. Assim como o gel militar, ainda n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o de quando ele se tornar&aacute; uma realidade.
Via <a target="_blank" href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/66199-bandagem-novos-geis-estancar-ferimentos-segundos.htm">TecMundo</a>

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Bandagem? Novos géis poderão estancar ferimentos em segundos

Imagem de Conheça detalhes das pistolas utilizadas na Segunda Guerra Mundial no site Mega Curioso

Armamentos chineses copiavam outros modelos e os ingleses tinham um dos revólveres mais poderosos

Embora as grandes guerras mundiais tenham trazido desgra&ccedil;as e danos irrevers&iacute;veis para a humanidade, &eacute; ineg&aacute;vel que elas tamb&eacute;m contribu&iacute;ram para o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico e cient&iacute;fico. No quesito b&eacute;lico, por exemplo, as armas ficaram mais poderosas e ainda mais letais.
A seguir, voc&ecirc; confere detalhes dos modelos anat&ocirc;micos de algumas das pistolas mais utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial.
<h2>Rep&uacute;blica da China</h2>
<h3>M1900 ( Modelo Browning 1900)</h3>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/11/13/13155002447696.jpg" />
Embora a 1911 fosse descendente do modelo Colt 1900, essa arma era uma c&oacute;pia da FN 1900. O sistema simples de blowback (fun&ccedil;&atilde;o que dispensa o travamento da culatra da pistola) de cartuchos .32ACP representou uma revolu&ccedil;&atilde;o na fabrica&ccedil;&atilde;o de pequenas armas por toda a Europa. Sendo a primeira pistola militar operada por ferrolho, ela estabeleceu um padr&atilde;o para pistolas pequenas e de calibres curtos que foram utilizadas durante toda a Segunda Guerra.
No in&iacute;cio da d&eacute;cada de 20, o arsenal chin&ecirc;s come&ccedil;ou a copiar essa ic&ocirc;nica pistola e vend&ecirc;-la para soldados e senhores da guerra locais. Uma esp&eacute;cie de ind&uacute;stria artesanal come&ccedil;ou a surgir a partir do modelo, sendo que a qualidade das c&oacute;pias variava de boa at&eacute; absolutamente sofr&iacute;vel.
Ainda que a armas chinesas derivadas da 1900 pudessem ser encontradas em diversas formas e tamanhos (muitas delas misturadas com as caracter&iacute;sticas da C96), o exemplo mais comum &eacute; a da foto acima.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/11/13/13160814845727.jpg" />
A maioria dos clones caseiros utilizava a mesma numera&ccedil;&atilde;o: 126063. Marca&ccedil;&otilde;es brit&acirc;nicas e belgas eram utilizadas para transmitir um senso de qualidade para os analfabetos ou os clientes n&atilde;o falantes de ingl&ecirc;s. Infelizmente, nem mesmo os produtores podiam ler a numera&ccedil;&atilde;o, uma vez que elas costumavam ser feitas de cabe&ccedil;a para baixo ou at&eacute; mesmo misturadas.
Embora n&atilde;o fossem muito confi&aacute;veis, essas pistolas serviram nos anos de guerra, na nacionaliza&ccedil;&atilde;o em massa, na Segunda guerra Mundial e na Guerra Civil Chinesa. Entretanto, &eacute; bom lembrar que elas tamb&eacute;m eram cheias de defeitos e feitas com metal inferior. Logo, n&atilde;o &eacute; muito recomend&aacute;vel atirar com uma delas.
<h2>Imp&eacute;rio Japon&ecirc;s</h2>
<h3>Nambu Tipo 14</h3>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/11/13/13155111930697.jpg" />
A pistola original Kijiro Nambu (Nambu Tipo 14) era uma mistura ecl&eacute;tica de muitas ideias. Muitos especialistas apontam que ela pegou emprestado alguns conceitos de outros modelos militares, tais como a Gilisenti ou a semiautom&aacute;tica Mauser C96. Todavia, n&atilde;o h&aacute; provas de que ela tenha se inspirado em algum deles ou que realmente tenha sido influenciada. Portanto, deve ser considerada como um modelo &uacute;nico.
Conhecida nos Estados Unidos como &ldquo;Papa Nambu&rdquo;, essa pistola de 8 mm foi desenvolvida em 1904 e vendeu bem comercialmente e em pequenas quantidades na Tail&acirc;ndia, China e para o ex&eacute;rcito japon&ecirc;s. Por&eacute;m, o design pareceu despropositadamente complicado e caro para que pudesse ser adotado oficialmente pelo governo.
O grande terremoto de Kanto mudou o destino da pistola para sempre, uma vez que ele destruiu a maior parte dos equipamentos da f&aacute;brica de Koishikawa e interrompeu a produ&ccedil;&atilde;o dos modelos comerciais, em 1923. Depois disso, o governo tomou a iniciativa de atualizar a Nambu, visando adot&aacute;-la. Em 1925, a pistola do Tipo 14 foi aceita oficialmente pelo imp&eacute;rio.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2014/11/13/13155155282698.jpg" />
A Nambu Tipo 14 possui recuo curto, trava semiautom&aacute;tica e dispara cartuchos de 8 x 22 mm. A for&ccedil;a do recuo da bala faz com que o cano e a extens&atilde;o da arma sejam levados para tr&aacute;s e travem o ferrolho. Esse sistema &eacute; feito por um bloco de trancamento &ndash; que lembra a cabe&ccedil;a de um martelo &ndash; e que fica preso a extens&atilde;o da arma e se conecta &agrave; parte inferior do corpo do ferrolho.
Conforme os componentes deslizam para tr&aacute;s, uma abertura no chassi da pistola permite que bloco de trancamento deslize suavemente, soltando o ferrolho, mas impedindo o cano e a extens&atilde;o. As primeiras pistolas do Tipo 14 tiveram diversos problemas, a maioria em rela&ccedil;&atilde;o aos pinos e &agrave;s molas fracas. Ap&oacute;s v&aacute;rias atualiza&ccedil;&otilde;es, o modelo recebeu um guarda-mato estendido, molas de reten&ccedil;&atilde;o de cartuchos extras, pinos de tiro e ricochete mais fortes.
Os cartuchos de 8 mm da Namu eram um tanto fracos para um sistema de travamento t&atilde;o robusto. Apesar de todos os problemas, a arma n&atilde;o parece ter sido substitu&iacute;da facilmente e serviu junto com a Tipo 94 &ndash; talvez at&eacute; mesmo um modelo inferior do que ela &ndash; at&eacute; o fim da Segunda Guerra.
<h2>Rep&uacute;blica Francesa</h2>
<h3>Modelo 1935 A</h3>
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Os franceses foram mais lentos para atualizar seu modelo de pistolas autom&aacute;ticas ap&oacute;s a Primeira Guerra Mundial, pois eles ainda tinham um vasto estoque de armas &ldquo;Rubis&rdquo; feitas na Espanha. Posteriormente, algumas amostras foram entregues e eles escolheram um modelo que descendia da pistola U.S. M1911. Ela tinha um sistema de prote&ccedil;&atilde;o para os cartuchos, um indicador de carregamento de balas e uma trava simplificada.
A trava da empunhadura podia ser removida e, mais importante, o mecanismo do martelo funcionava em um pacote individual e remov&iacute;vel, facilitando assim o processo de substitui&ccedil;&atilde;o durante os reparos. Entretanto, os oficiais franceses n&atilde;o se importavam com o recuo &ldquo;brutal&rdquo; da .45ACP. Eles escolheram um cartucho americano diferente para a arma: o Pedersen .30.
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Essa muni&ccedil;&atilde;o foi desenvolvida para os kits de convers&atilde;o para o rifle semiautom&aacute;tico Springfield M1903, durante a Primeira Guerra. Com um poder um pouco reduzido, os cartuchos foram adotados como o novo padr&atilde;o para as pistolas francesas. O modelo mais popular, adotado em 1935, foi fornecido pela Societe Alsacienne de Construction M&eacute;chanique, portanto a arma ganhou o sufixo &ldquo;A&rdquo; de &ldquo;Alsace&rdquo;.
No in&iacute;cio, a produ&ccedil;&atilde;o foi vagarosa e apenas algumas centenas foram finalizadas e entregues antes da invas&atilde;o alem&atilde;. Uma f&aacute;brica francesa foi capturada e for&ccedil;ada a produzir os armamentos para o ex&eacute;rcito nazista. Com a invas&atilde;o dos aliados, as produtoras foram devolvidas e voltaram a criar armamentos para Fran&ccedil;a at&eacute; o fim da guerra, continuando assim at&eacute; a d&eacute;cada de 50.
<h2>O Grande Reich Alem&atilde;o</h2>
<h3>Pistola Walther 38</h3>
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A r&aacute;pida expans&atilde;o e rearmamento da Alemanha levou a produ&ccedil;&atilde;o de armas j&aacute; existentes ao limite. Em busca de uma substituta para a pistola Luger, o ex&eacute;rcito iniciou a procura por um modelo mais simples de fabricar da Parabellum de 9 mm. A Walther forneceu um prot&oacute;tipo para o ex&eacute;rcito e, ap&oacute;s algumas mudan&ccedil;as, eles tentaram adot&aacute;-lo em 1938.
Os modelos de teste tiveram poucas mudan&ccedil;as at&eacute; 1939, logo, a vers&atilde;o oficial da P.38 n&atilde;o come&ccedil;ou a ser produzida inteiramente at&eacute; 1940. Na &eacute;poca, a substituta da Luger feita pela Walter era uma das pistolas mais avan&ccedil;adas existentes. Ela possu&iacute;a uma alavanca de decoking e um sistema de gatilho DA/AS, o que fazia com que ela fosse f&aacute;cil e segura de carregar.
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Basicamente, o soldado podia carregar a pistola, inserir uma bala e ent&atilde;o desativar o decoker. Isso fazia com que o martelo (c&atilde;o) fosse deslocado com seguran&ccedil;a. Sem a trava, um pressionar do gatilho fazia com que o martelo retornasse e soltasse (dupla a&ccedil;&atilde;o). O ciclo de descarregamento repetia a a&ccedil;&atilde;o e deixava o c&atilde;o na posi&ccedil;&atilde;o inicial, o que significa que os tiros seguintes seriam todos autom&aacute;ticos.
Al&eacute;m disso, a arma possu&iacute;a um indicador de carregamento e uma arma&ccedil;&atilde;o contornada que a tornava excelente para atirar com as duas m&atilde;os e mirar melhor. A trava da P.38 possu&iacute;a um sistema de recuo curto que incorporava mecanismos de subida/descida da cunha de bloqueio. Essa pistola foi um grande sucesso durante a Segunda Guerra, sendo produzidas mais de 1 milh&atilde;o delas.
<h2>Estados Unidos</h2>
<h3>Modelo Colt 1911A1</h3>
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Na virada do s&eacute;culo 20, John Browning estava desenvolvendo uma nova s&eacute;rie de pistolas semiautom&aacute;ticas. Seu modelo de bolso 1900, fabricado pela FN, ganhou fama internacional. Por&eacute;m, apenas seu outro design de mesmo n&uacute;mero, mas licenciado pela Colt, conseguiu deixar um verdadeiro legado. Essa arma usava um cano seguro por duas liga&ccedil;&otilde;es (frontal e traseira) ao chassi.
Quando a arma descarregava, o recuo for&ccedil;ava o ferrolho para tr&aacute;s, que era conectado ao cano por uma s&eacute;rie de interliga&ccedil;&otilde;es posicionadas na parte de dentro dele e no topo do ferrolho. Ap&oacute;s v&aacute;rias mudan&ccedil;as, a Guerra Filipino-Americana padronizou de vez o modelo. Os problemas com o antigo design de balas .38 Long Colt impediram que o ex&eacute;rcito americano conseguisse deter as guerrilhas Moro, o que fez com que eles procurassem um novo tipo de cartucho mais adequado.
John Browning criou as balas .45 ACP (inspiradas no modelo .45 Long Colt) junto com o novo modelo de pistola militar. Trabalhando com as fun&ccedil;&otilde;es de travamento de suas armas 1900 e 1902, ele desenvolveu o que viria a ser a 1911. Essa pistola semiautom&aacute;tica de a&ccedil;&atilde;o &uacute;nica, acionada por c&atilde;o, possui tanto uma trava manual quanto uma autom&aacute;tica.
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As duas liga&ccedil;&otilde;es foram substitu&iacute;das por uma que ficava na parte inferior da c&acirc;mara, criando assim um cano inclinado. Em 1926, algumas mudan&ccedil;as na ergonomia da pistola criaram o modelo 1911A1. Isso inclui o encurtamento do gatilho, moagem de recessos por tr&aacute;s do chassi, vista mais larga na parte da frente, mola principal mais arredondada, empunhadura simplificada e um &ldquo;bico&rdquo; maior na trava do punho.
A 1911 feita por Browning se tornou a pistola oficial do ex&eacute;rcito americano e o acompanhou na Guerra do Vietn&atilde;, sendo utilizada at&eacute; hoje. Diversos pa&iacute;ses a copiaram e v&aacute;rios modelos j&aacute; foram feitos a utilizando como base. O conceito de cano inclinado cujo topo &eacute; travado com o ferrolho ainda &eacute; usado na maioria das pistolas modernas. Al&eacute;m disso, ela &eacute; considerada a arma mais influente na hist&oacute;ria do design de pistolas.
<h2>Reino de It&aacute;lia</h2>
<h3>Modelo Beretta 1934</h3>
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A maioria das fun&ccedil;&otilde;es presentes na Beretta 1934 j&aacute; existiam em sua antecessora, a 1923. As &uacute;nicas mudan&ccedil;as feitas foram no cano e no design do blowback com a abertura ic&ocirc;nica na parte de cima do ferrolho. Todavia, a maior diferen&ccedil;a em compara&ccedil;&atilde;o com os modelos antigos foi o uso do c&atilde;o externo. Ela foi produzida para conseguir contratos militares e adotar o cartucho Glisenti de 9 mm.
Com a popularidade das pistolas de bolso e da .32 ACP, a Beretta reduziu o modelo 1923 e melhorou um pouco seu estilo. Esse se tornou o modelo 1931. O interesse do ex&eacute;rcito italiano na s&eacute;rie Walther PP inspirou as futuras mudan&ccedil;as que fizeram parte da 1932 e da 1934, a qual foi adotada pelas for&ccedil;as armadas italianas. Posteriormente, a 1935 &ndash; uma vers&atilde;o da .32 ACP &ndash;foi escolhida pelas for&ccedil;as a&eacute;reas e pela marinha.
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Essas pistolas confi&aacute;veis e de f&aacute;cil manuseamento foram muito populares entre a tropas italianas. As Berettas eram muito estimadas pelas tropas americanas e inglesas, tanto &eacute; que elas costumavam ser surrupiadas de oficiais italianos mortos ou aprisionados. No per&iacute;odo p&oacute;s-guerra, n&atilde;o era nada incomum encontrar essas armas para vender em outros pa&iacute;ses.
<h2>Rep&uacute;blica Socialista Federativa Sovi&eacute;tica da R&uacute;ssia</h2>
<h3>Tula-Tokarev Obraztsa 1933</h3>
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A pistola TT-33 &eacute; uma das descendentes do modelo 1911. Durante a d&eacute;cada de 20, os oficiais russos procuraram uma pistola autom&aacute;tica para substituir os antigos rev&oacute;lveres Nagant M1895. A experi&ecirc;ncia adquirida com a Mauser C96 criou um grande respeito para com os cartuchos 7.63 x 25 mm, mas a arma em si era um tanto ineficiente e complicada. Por fim, a muni&ccedil;&atilde;o 7.62 x 25 mm (uma vers&atilde;o um pouco menor) foi selecionada como o novo padr&atilde;o de pistolas e submetralhadoras russas. 
Fedor Tokarev desenvolveu a base para o que viria a ser a sua TT-30 ao combinar caracter&iacute;stica das pistolas Colt 1903 e 19011. Devido a sua configura&ccedil;&atilde;o mais robusta, a arma era extremamente confi&aacute;vel e dif&iacute;cil de quebrar. Posteriormente, a pistola recebeu o n&uacute;mero 33 ap&oacute;s passar por uma s&eacute;rie de melhorias t&eacute;cnicas.
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O modelo TT-33 foi utilizado pela Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica at&eacute; ser substitu&iacute;do em 1952, entretanto ele continuou sendo vendido como segunda linha durante alguns anos. Diversas c&oacute;pias e varia&ccedil;&otilde;es foram produzidas na &eacute;poca e continuam sendo at&eacute; hoje.
<h2>Reino Unido</h2>
<h3>Revolver Webley Mark IV</h3>
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Durante o per&iacute;odo entre as duas Grandes Guerras, os brit&acirc;nicos perceberam que o cartucho da Webley .455 era excessivamente poderoso e resultava em tiros menos precisos e no maior tempo de treinamento das tropas. As muni&ccedil;&otilde;es pesadas tamb&eacute;m eram dif&iacute;ceis de carregar e exigiam mais espa&ccedil;o no invent&aacute;rio e no transporte.
Dessa maneira, eles decidiram que um cartucho quase t&atilde;o poderoso quanto o original poderia ser feito para o calibre .38 com uma bala de 200 gramas. A .38/200 era id&ecirc;ntica &agrave; .38 S&amp;W, por&eacute;m com uma carga diferenciada, que depois foi reduzida por medo de violar a Conven&ccedil;&atilde;o de Haia &ndash; junto com &agrave;s Conven&ccedil;&otilde;es de Genebra, o tratado internacional lida com as leis e crimes de guerra.
A Webley &amp; Scott forneceu seu rev&oacute;lver MkIV, reduzido para a escala .38/200, como uma nova arma em potencial para o ex&eacute;rcito brit&acirc;nico. Entretanto, ele foi rejeitado e se optou por um modelo da Royal Small Arms Factory, Enfield. O problema era que o design era praticamente o mesmo em todos os aspectos, visando assim impedir a troca de componentes entre as armas.
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A Webley processou a empresa e perdeu. O governo alegou que o capit&atilde;o H. C Boys, mais conhecido como &ldquo;Captain Boys&rdquo;, havia produzido o novo modelo de rev&oacute;lver sozinho. As perdas iniciais da Segunda Guerra Mundial criaram uma grande demanda pelas armas, entretanto a Enfield n&atilde;o foi capaz de supri-la. Logo, a Webley Mk IV foi adotada como paralelo, finalmente ganhado seu merecido papel.
Entretanto, a Webley estava preocupada que os soldados vissem a qualidade de suas armas para a guerra e assumissem que aquela seria a mesma implantada nas armas desportivas &ndash; o que sujaria a reputa&ccedil;&atilde;o da empresa, visto que as armas da guerra eram inferiores. Portanto, eles decidiram marcar o lado direito do cabo com o escrito &ldquo;War Finish&rdquo; (Feito para guerra), visando assim evitar qualquer confus&atilde;o e preservar o bom nome da marca.

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