Criado como uma fortaleza inexpugnável para os inimigos, Lesoto se transformou na nação mais alta do planeta.

Menor do que muitos estados brasileiros, Lesoto, país conhecido o "Teto da África" ou "Reino no Céu" faz jus aos apelidos. Ele é um único país do mundo que tem todo o seu território de 30,4 mil km2 acima de uma altitude de 1,4 mil metros. Ou seja, o país inteiro é mais alto do que as montanhas mais altas de muitos países do mundo.Isso torna esse enclave da África do Sul (país totalmente cercado pelo território do outro) uma espécie de oásis, pois, embora seja geograficamente um país tropical, seu clima temperado de altitude, com viés para frio, é totalmente diferente de todos os seus vizinhos.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/la-rinconada-o-local-de-maior-altitude-do-planeta-habitado-por-humanos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">La Rinconada: o local de maior altitude do planeta habitado por humanos</a></li></ul>O resultado dessa elevação incomum provoca invernos rigorosos e longos, e verões curtos e amenos. Tempestades de neve são comuns durante o inverno, quando as temperaturas caem abaixo de zero, com um clima predominantemente frio, enquanto a cerca de 400 km dali, turistas curtem o verão mediterrâneo de Camps Bay.&nbsp;<h2>Por que Lesoto é totalmente isolado dos outros países?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02135627216120.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Lesoto se libertou da Coroa Britânica em 1966. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Lesoto é um caso típico em que a história teve influência direta na geografia. E a origem do isolamento do país começou no início do século 19, quando o povo Zulu, comandado pelo líder militar Shaka Zulu, estabeleceu um exército permanente, partiu para conquistar nações vizinhas e expandiu a nação no sudeste da África.Entre os povos que fugiram do expansionismo zulu, chamado de Mfecane ("esmagamento"), estava um clã formado por diversos grupos étnicos sotho, liderado pelo rei Moshoeshoe I, que decidiu construir, nas montanhas, um reino inexpugnável para qualquer tipo de invasor.&nbsp; O local resistiu até mesmo a pressões coloniais britânicas e bôeres (colonos holandeses).<div data-is-streaming="false">Moshoeshoe I se tornou então o primeiro rei de Lesoto que, de forma diplomática e hábil, conseguiu preservar a autonomia do seu povo e elevar o país à categoria de entidade política independente tanto da África do Sul, em 1884, como da própria Coroa Britânica, em 1966.<h2>Lesoto: nação mais montanhosa do planeta</h2></div><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02170258852212.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Lesoto é conhecido como Reino do Céu. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Diversas nações na mesma situação de Lesoto, ou seja, montanhosas e sem acesso ao litoral, têm alguns pontos mais altos, com o exemplo mais famoso sendo o Nepal, onde está o pico do Monte Everest&nbsp;que, com seus 8.848, é o mais alto do planeta. No entanto, o distrito de Jhapa, no extremo leste do país, tem apenas 60 metros acima do nível do mar.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/lesoto-o-pais-com-a-maior-taxa-de-suicidios-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lesoto, o país com a maior taxa de suicídios do mundo</a></li></ul>Outro país, o Butão, chamado de Reino das Nuvens, tem uma altitude média de 3,3 mil metros e um dos picos mais altos do mundo, o Gangkhar Puensum, com 7,6 mil metros. No entanto, a cidade de Phuntsholing, na fronteira com a Índia, está a 300 metros acima do nível do mar.Dessa forma, ninguém ganha de Lesoto quando o assunto é altitude: além de nação mais montanhosa do planeta, o Reino do Céu jamais desce abaixo dos 1,4 mil metros.

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O único país do mundo totalmente acima dos 1000 m de altitude não é o que você imagina

Em 89 d.C., o imperador romano Domiciano ofereceu um jantar macabro no qual os convidados pensaram que seriam assassinados.

Os poderosos imperadores romanos foram capazes de muitas loucuras. Mas no topo das mais tenebrosas, está certamente o banquete oferecido pelo imperador Domiciano em 89 d.C. para um grupo de senadores.Tudo em torno daquele jantar era lúgubre e assustador. Mas os convidados logo se deram conta de que estava sendo oferecido a eles um evento que normalmente era presenteado aos mortos.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42299-7-fatos-interessantes-sobre-o-imperio-romano-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 fatos interessantes sobre o Império Romano que você talvez desconheça</a></li><li><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aproveite: </a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;">garanta os melhores livros sobre história romana com desconto aplicando o cupom Amazon!</a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;</a></li></ul><h2>O famoso banquete de Domiciano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03190847163044.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O imperador Domiciano era conhecido por sua crueldade. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Naquela fatídica noite, o salão de banquete estava pintado de preto do teto ao chão. Na pouca luz que pairava, os senadores foram convidados a verificar seus nomes em uma fileira de lápides colocadas diante das cadeiras na mesa.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125144-6-festas-de-arromba-que-entraram-para-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 festas de arromba que entraram para a história</a></li></ul>Meninos nus pintados de preto vinham servir os homenageados. Só que as bandejas traziam oferendas que costumavam ser oferecidas aos mortos. É claro que, a essa altura, os próprios senadores começaram a se perguntar se logo eles mesmos seriam assassinados.Domiciano oferecia a eles um banquete romano tradicional, chamado de "memento mori". Assim que o jantar se encerrou, os convidados ficaram esperando o momento em que seriam executados. Até que, pela manhã, o imperador enviou mensageiros para informá-los que as lápides (agora reveladas como sendo feitas de prata maciça), os pratos caros e os meninos escravizados estavam sendo dados a eles como presentes.De acordo com Dio Cassius, historiador do século III, que é autor do único relato sobre esse jantar, o efeito de tudo isso aos convidados, como se pode imaginar, foi terrível. Durante o banquete, o imperador falava “apenas sobre tópicos relacionados à morte e à matança”. Enquanto isso, cada um dos senadores “temia e tremia e era mantido em constante expectativa de ter sua garganta cortada no momento seguinte”.<h2>Os imperadores romanos e seus banquetes de mau gosto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03191746833048.jpg" alt="(Fonte: Ancient Rome / Reprodução)"><figcaption>O Larva convivalis era um presente mórbido dado aos convidados em um jantar. (Fonte: Ancient Rome / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Tito Flávio Domiciano foi o terceiro membro de sua família a se tornar imperador de Roma. Ele ficou conhecido pela sua crueldade, e relatos especulam que ele tenha assassinado seu próprio irmão mais velho, Tito.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100244-o-que-afinal-era-um-vomitorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que, afinal, era um “vomitório”?</a></li></ul>Ainda assim, há dúvidas se realmente o relato sobre o "banquete negro" oferecido pelo imperador é real ou apenas uma lenda. O que se afirma é que Domiciano poderia estar promovendo a longa tradição do “memento mori”, que consistia em jantares funestos que eram relativamente comuns. Nessas ocasiões, os convidados eram lembrados de aproveitar todos os momentos, já que a vida poderia se encerrar a qualquer momento. Eles ainda recebiam de presente o&nbsp;Larva convivalis, que eram pequenos esqueletos de bronze feitos com membros articulados.Aparentemente, tudo apenas se tratava de uma brincadeira (de mau gosto, vale dizer). Mas o fato é que Domiciano poderia bem mandar matar os seus convidados, uma vez que eram atribuídas a ele várias mortes. Outra possibilidade é que ele estivesse agindo assim por se sentir ameaçado pelos senadores.Entretanto, Domiciano não foi o único imperador a aterrorizar seus convidados. De acordo com Sêneca, Calígula ordenou a execução de um jovem e depois convidou o pai do homem para jantar no mesmo dia. O homem conversou e brincou com o imperador, pois sabia que, se mostrasse o menor sinal de tristeza, Calígula ordenaria a morte de seu outro filho.Há ainda o imperador Heliogábalo, que também apreciava brincadeiras macabras. Ele oferecia a seus convidados travessas de comida falsa feitas de cera, madeira ou mármore, enquanto ele mesmo devorava iguarias de verdade. Eventualmente, o imperador servia a seus convidados pinturas de refeições ou guardanapos bordados com imagens da comida que ele estava comendo.Para piorar, Heliogábalo às vezes mandava soltar leões e leopardos entre os seus convidados. Sem saber que os animais eram domesticados, os presentes ficavam apavorados, o que fazia Heliogábalo se regozijar de prazer. Com certeza, receber um convite de um imperador não era nada legal, mas certamente não havia como recusar.

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Memento Mori: o banquete romano em que os convidados podiam morrer

O número de continentes não é tão simples quanto aprendemos na escola.

Desde cedo, aprendemos que a Terra tem seis continentes: África, América, Antártida, Ásia, Europa e Oceania. Essa classificação parece simples e definitiva, mas, ao mergulhar mais fundo, ela começa a desmoronar.A Europa, por exemplo, merece realmente o título de continente? Ou seria apenas uma extensão da Ásia? E o que dizer da misteriosa Zelândia, o suposto "continente submarino"? A verdade é que a história dos continentes está longe de ser tão clara quanto imaginamos.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122569-afinal-como-surgiram-os-nomes-dos-continentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afinal, como surgiram os nomes dos continentes?</a></li></ul><h2>Seis continentes? Talvez não...</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03215723890010.jpg" alt="Alguns especialistas acreditam que a Terra tem sete continentes, separando a América do Norte da América do Sul. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Alguns especialistas acreditam que a Terra tem sete continentes, separando a América do Norte da América do Sul. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A ideia de seis continentes é algo que nos foi ensinado para facilitar. Aliás, em alguns países, ensina-se que a Terra tem sete continentes, com a América dividida em América do Norte e América do Sul. O problema é que, quando crescemos, percebemos que a realidade é mais bagunçada do que o mapa-múndi colorido da sala de aula.Pegue a Europa, por exemplo. Para muitos especialistas, não faz sentido considerá-la um continente separado. Suas fronteiras com a Ásia são mares pequenos, cadeias de montanhas nem tão impressionantes assim e linhas imaginárias.Segundo estudiosos, a Europa é uma ideia inventada, fruto de convenções históricas e políticas. Essa divisão teria origem na necessidade dos antigos gregos de se colocarem no centro do mundo e no impulso europeu de definir as regras do jogo.De fato, a própria forma como definimos continentes pode ser vista como uma convenção histórica. Ao longo do tempo, as fronteiras entre as regiões do mundo foram se moldando de acordo com aspectos culturais, políticos e geográficos, criando divisões que nem sempre têm uma base natural ou objetiva.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110103-continentes-de-milhoes-de-anos-atras-descobertos-por-imagens-de-satelite.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Continentes de milhões de anos atrás descobertos por imagens de satélite</a></li></ul><h2>Então, afinal, o que define um continente?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03220445660013.png" alt="A Zelândia é considerada por alguns como um continente, embora grande parte de seu território esteja submerso. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A Zelândia é considerada por alguns como um continente, embora grande parte de seu território esteja submerso. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Talvez possamos recorrer à ciência para esclarecer as coisas, certo? Infelizmente, nem a geografia é tão certeira. Alguns geólogos tentaram criar critérios: crosta terrestre espessa, elevação significativa em relação ao fundo do oceano e uma boa variedade de formações rochosas.Parece razoável, mas até esses critérios abrem espaço para mais perguntas. A Zelândia, por exemplo, atende a quase todos esses requisitos e, mesmo assim, quase ninguém a considera oficialmente um continente.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127234-zelandia-a-historia-do-misterioso-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Zelândia: a história do misterioso continente perdido</a></li></ul>E o que dizer da Islândia? Sua crosta é sete vezes mais espessa do que o normal, sugerindo que ela também poderia ser parte de um continente escondido. Ou seja, se formos rigorosos, talvez existam oito ou até mais continentes!A verdade é que não existe uma resposta definitiva para a pergunta "quantos continentes existem?". Essa contagem depende de como você interpreta as convenções históricas, geológicas ou culturais.

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Quantos continentes existem de verdade? A resposta pode surpreender você!

De acordo com pesquisadores, contos sobre o aglomerado de estrelas batizado de "Sete Irmãs" são uns dos mais antigos do mundo e eram passados de geração para geração em fogueiras na África. 

Se você estiver no hemisfério norte entre outubro e março, não deixe de olhar para o céu noturno. Pode ser que você esteja contemplando a inspiração para a história mais antiga já contada na Terra! Estamos falando das Plêiades, também conhecidas como as Sete Irmãs, um dos aglomerados de estrelas mais famosos do céu.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122565-6-constelacoes-fascinantes-que-voce-deveria-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 constelações fascinantes que você deveria conhecer</a></li></ul>Localizado na constelação de Touro, o aglomerado é composto por mais de mil estrelas, mas as mais brilhantes são estrelas azuis luminosas que se formaram há cerca de 100 milhões de anos.&nbsp;Apesar de parecer uma simples formação estelar, essas irmãs celestiais possuem lendas associadas a elas em várias culturas do mundo — e é aí que o mistério começa a ganhar forma.<h2 style="text-align:justify;">Mitos conectados pelo tempo e pela cultura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193852025336.jpg" alt="Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Na mitologia grega, as Plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Como Atlas estava ocupado sustentando o céu, ele não pôde proteger suas filhas. Para evitar que fossem perseguidas por Órion, o caçador, Zeus as transformou em estrelas. Interessante, não? Mas o mais curioso é que histórias parecidas surgiram em culturas do outro lado do planeta, como entre os povos indígenas australianos.<ul><li style="text-align:justify;">Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-aborigenes-australianos-surgiram-e-se-adaptaram-ao-continente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os aborígenes australianos surgiram e se adaptaram ao continente?</a></li></ul>Os mitos aborígenes contam que um caçador tenta perseguir as irmãs, exatamente como Órion faz na lenda grega. Em ambos os casos, são sete irmãs que aparecem nas histórias, mesmo que, a olho nu, apenas seis estrelas sejam visíveis. "A semelhança entre os mitos aborígenes e gregos das Plêiades e Órion inclui três elementos específicos: ambos identificam as Plêiades como um grupo de meninas jovens, ambos identificam Órion como um homem e ambos afirmam que ele está tentando se relacionar com as meninas das Plêiades", explica a pesquisa publicada no livro Advancing Cultural Astronomy.A parte mais intrigante dessa história é como esses mitos se mantiveram tão semelhantes em culturas que não tiveram contato por milhares de anos. Afinal, os ancestrais dos europeus e dos australianos se separaram há cerca de 100 mil anos, quando saíram da África.&nbsp;Isso sugere que a história das Sete Irmãs pode ter sido contada à luz das fogueiras desde aquela época remota.<h2 style="text-align:justify;">Por que Sete Irmãs?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193735621335.jpg" alt="Embora seja chamada de "><figcaption>Embora seja chamado de "Sete Irmãs", aglomerado de estrelas é composto por apenas seis estrelas. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Mas se só vemos seis estrelas brilhantes, por que os mitos falam de sete? Para responder a isso, os pesquisadores fizeram simulações do céu de 100 mil anos atrás e descobriram que, naquela época, uma sétima estrela — chamada Pleione — era visível. Hoje, Pleione está tão próxima de Atlas que, para nossos olhos, elas parecem uma única estrela.Isso reforça a ideia de que a história das Sete Irmãs surgiu quando os humanos ainda viam sete estrelas distintas. "Quando os australianos e os europeus estavam juntos pela última vez, em 100 mil [a.C.], as Plêiades apareciam como sete estrelas", diz a pesquisa. Essa descoberta dá ainda mais peso à hipótese de que essa história é uma das mais antigas da humanidade, passada de geração em geração por milênios.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115802-megaconstelacoes-de-satelites-impactarao-no-estudo-de-astronomos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Megaconstelações de satélites impactarão no estudo de astrônomos</a></li></ul>E essa não é a única lenda ancestral que resiste ao tempo. Os Gunditjmara, um povo indígena do sul da Austrália, contam a história de um gigante que se transformou em uma montanha e cuspiu lava. Em 2020, cientistas descobriram que o vulcão associado a essa lenda entrou em erupção há cerca de 37 mil anos. Ou seja, a tradição oral pode guardar registros surpreendentemente antigos.

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Lenda das Sete Irmãs: história indígena australiana pode ter 100 mil anos

Cientistas e um designer brasileiro recriaram digitalmente o rosto de Amenhotep III, o faraó conhecido como “O Magnífico”, marcando a primeira vez em mais de 3.400 anos que sua aparência é revelada.

Amenhotep III, um dos faraós mais proeminentes da história egípcia, governou durante o auge do Novo Reino, no século XIV a.C. Seu reinado foi marcado por paz, prosperidade e uma impressionante produção artística e arquitetônica, como o templo de Luxor e os imponentes Colossos de Mêmnon.&nbsp;Agora, seu semblante foi recriado por um time de cientistas liderado pelo designer gráfico brasileiro Cícero Moraes, que transformou dados anatômicos de sua múmia em uma representação digital realista. O resultado é uma imagem inédita de um dos maiores líderes do Egito Antigo.<h2 style="text-align:justify;">Recriando um ícone</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08001155768002.jpg" alt="Pesquisadores usaram a técnica de reconstrução 3D para refazer o rosto do faraó. (Fonte: Cícero Moraes et al. / Divulgação)"><figcaption>Pesquisadores usaram a técnica de reconstrução 3D para refazer o rosto do faraó. (Fonte: Cícero Moraes et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Embora sua múmia esteja em péssimo estado devido ao desgaste do tempo, técnicas modernas possibilitaram a reconstrução do crânio, com base em medições feitas no início do século XX e novas interpretações.Cícero Moraes combinou esses dados com informações anatômicas de indivíduos vivos para determinar a posição de olhos, nariz, boca e outros traços faciais. O processo resultou em duas versões: uma mais objetiva, em tons de cinza, e outra colorida, com trajes e adereços reais da época. A segunda versão, com seu caráter artístico, reflete bem o título de "O Magnífico" que o faraó carregava.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128018-rostos-do-passado-10-reconstrucoes-faciais-incriveis-com-uso-da-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rostos do passado: 10 reconstruções faciais incríveis com uso da tecnologia</a></li></ul>Contudo, apesar da grandiosidade de suas estátuas, que sempre o retratavam como um ideal de força e divindade, os estudos revelam um Amenhotep III menos glamoroso em vida. Ele era baixo para os padrões atuais, com cerca de 1,56 metro, e enfrentava problemas de saúde, como obesidade, calvície e dores dentárias.&nbsp;Ainda assim, esses aspectos humanos não diminuem sua importância histórica. Pelo contrário, dão ao faraó uma dimensão mais próxima, conectando-o de forma inesperada às pessoas do presente.<h2 style="text-align:justify;">Um rei quase divino</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/08/08001438595003.png" alt="Imagem frontal da reconstituição feita pelos pesquisadores. (Fonte: Cícero Moraes et al/ Divulgação)"><figcaption>Imagem frontal da reconstituição feita pelos pesquisadores. (Fonte: Cícero Moraes et al/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>A opulência de seu reinado era tamanha que cartas diplomáticas da época descrevem o Egito como um país onde o ouro era “mais abundante que areia”. Há evidências de que sua múmia pode ter sido coberta de folhas de ouro, ressaltando sua aura de divindade.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127103-otzi-o-homem-de-gelo-tem-detalhes-de-sua-aparencia-revelados-por-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ötzi, o 'Homem de Gelo', tem detalhes de sua aparência revelados por cientistas</a></li></ul>Durante quatro décadas, ele governou com diplomacia e construiu monumentos que marcaram profundamente a paisagem cultural egípcia, tanto no Egito quanto na Núbia. Sua morte, aos 40 ou 50 anos, encerrou uma era de esplendor, mas seu legado persistiu, restaurado por seu neto, Tutancâmon.O trabalho de reconstrução não é apenas um avanço científico, mas também uma janela para o passado, oferecendo um olhar detalhado sobre a figura de um faraó que foi essencial para a história mundial. Como disse Moraes, “este é um presente para todos que apreciam a história”.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124400-aproximacao-facial-revela-rosto-de-brasileiro-de-9-600-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aproximação facial revela rosto de brasileiro de 9.600 anos</a></li></ul>Amenhotep III, que afirmava ser filho do deus Amon, é agora imortalizado de forma mais realista e tangível. Seu rosto, com expressão plácida, reflete o espírito de um governante que trouxe paz e prosperidade ao Egito.Este projeto não apenas revela a aparência de Amenhotep III, mas também reforça sua importância. Ele não foi apenas um líder, mas um símbolo da grandeza do Egito Antigo, cujos monumentos ainda impressionam o mundo moderno. A ciência e a tecnologia, unidas à história, devolveram à humanidade o rosto de um homem que, apesar das limitações físicas, era verdadeiramente magnífico.

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Faraó Amenhotep III tem rosto recriado por designer brasileiro

Os 3,05 mil quilômetros concluídos são parte do Programa de Florestamento Cinturão de Proteção das 3 Regiões do Norte, que será concluído após 2050.

Recentemente anunciada pela agência estatal de notícias da China, Xinhua, como “mais um feito na história da humanidade”, a chamada Grande Muralha Verde da China acaba de ser concluída. Trata-se de um cinturão verde de 3,05 mil quilômetros ao longo do deserto de Taklimakan, o maior do país.Além de tecnologias de bloqueio de areia movidas a energia solar e indústrias sustentáveis, o projeto envolveu o plantio em larga escala de salgueiros vermelhos, sacsaoules (um arbusto parecido com o nosso juazeiro) e outras espécies de árvores, em uma faixa ao longo da orla sul do deserto de Taklimakan, na Região Autônoma Uigur de Xinjiang, no noroeste da China.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105124-os-lagos-misteriosos-de-um-quase-desconhecido-deserto-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os lagos misteriosos de um (quase) desconhecido deserto na China</a></li></ul>A ideia é que a barreira vegetal atue como uma espécie de muro de segurança ecológica capaz de interromper o fluxo de ventos e tempestades de areia do deserto, chamado Mar da Morte, que causam estragos consideráveis à agricultura da região.<h2>Quantas árvores serão plantadas em volta do deserto?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/-XOsMIWgE8c" title="The final kilometer of Taklimakan Desert green barrier nears completion" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O Programa de Florestamento Cinturão de Proteção das Três Regiões do Norte da China pretende conter a expansão do deserto de Gobi e outras áreas desérticas via reflorestamento. Lançado em 1978, o projeto terá, após sua conclusão em 2050, até 100 bilhões de árvores, o que o tornará o maior projeto de engenharia ecológico do mundo.Alguns críticos do projeto argumentam que o estabelecimento de um monocultura de árvore poderá ter sérias implicações na vida selvagem na região, e expor as próprias árvores a surtos de doenças.Mas o que a China quer mesmo combater é um acelerado processo de desertificação no país.<h2>O que é a desertificação?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15103626974001.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A desertificação já atinge 27% das terras chinesas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A desertificação, que atinge 27% das terras da China, e afeta cerca de 400 milhões de pessoas, é considerado pela ONU um "perigo existencial global", com base em um relatório no qual se observou que 77,6% da área de superfície da Terra estava mais seca em 2020 do que há trinta anos.O fenômeno ocorre quando áreas previamente férteis se degradam e se tornam áridas, geralmente devido a atividades humanas como desmatamento, agricultura intensiva, sobrepastoreio (número de animais pastando em uma vegetação, superior à capacidade de regeneração dela) e uso inadequado do solo, combinadas com fatores climáticos, como secas prolongadas.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128079-4-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-o-deserto-do-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 coisas que você não sabia sobre o deserto do Saara</a></li></ul>Embora a degradação do solo atinja praticamente todos os continentes da Terra, inclusive a amena Europa, a China é hoje uma das regiões mais afetadas do planeta. "Sem esforços conjuntos, bilhões enfrentam um futuro marcado pela fome, deslocamento e declínio econômico”, prevê em um comunicado a presidente da Interface Ciência Política da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação, Nichole Barger.

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China conclui Grande Muralha Verde de 3 mil km ao redor de seu maior deserto

O achado arqueológico pode revelar mais detalhes sobre a vida agrícola na região.

Descobertas arqueológicas costumam nos trazer pistas de como os seres humanos viveram há milhares de anos. E um achado recente surpreendeu os pesquisadores na Alemanha: eles encontraram vestígios de uma antiga padaria.A escavação, que data de 2.800 anos, mostra locais de cozimento e resíduos de grãos, além de uma pedra de moer que era usada para moer farinha.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123980-como-o-pao-frances-virou-o-queridinho-dos-brasileiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o pão francês virou o queridinho dos brasileiros?</a></li></ul><h2>A padaria de Burgbernheim</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15200237933011.jpg" alt="Pedra que era usada para moer trigo. (Fonte: All That's Interesting / Reprodução)"><figcaption>Pedra que era usada para moer trigo. (Fonte: All That's Interesting / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Arqueólogos que escavavam um local em Burgbernheim, na Alemanha, encontraram algo surpreendente: evidências de que lá haveria existido antes uma espécie de padaria. O mais curioso é que o lugar estava sendo arrumando para receber a nova sede de uma rede de panificadoras!Foram encontrados uma pedra de moer e resíduos de grãos em várias covas de cozimento. Os elementos analisados nos achados sugerem que os mecanismos foram montados por alemães por volta de 800 a.C., em plena Idade do Ferro.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/arquitetura-e-engenharia/98532-7-castelos-fantasticos-que-voce-adoraria-chamar-de-lar-doce-lar.htm?img-4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 castelos fantásticos que você adoraria chamar de lar, doce lar</a></li></ul>Havia no local uma alta concentração de poços de cozimento, o que serviu como primeiro indício de que havia algo ali. “Poços de cozimento foram identificados em estudos anteriores, tanto nesta região quanto além. No entanto, a concentração excepcional dessas estruturas documentadas aqui é altamente significativa para a reconstrução de dietas e práticas agrícolas durante as Idades dos Metais na Baviera”, afirmou a professora Stefanie Berg, chefe do Departamento de Preservação de Monumentos Arqueológicos do Escritório Estadual da Baviera.Os resquícios de radiocarbono no carvão achado nas fossas revelou que os instrumentos deveriam ter sido criados por volta de 800 a.C. Já as amostras de cereais eram de trigo, einkorn (um tipo de farinha de trigo ancestral), espelta e aveia. Também havia alguns restos de sementes de fisális, uma pequena fruta que existe até hoje.<h2>O que esses achados revelaram?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15200439385012.jpg" alt="A região da Baviera hoje. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A região da Baviera hoje. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além de tudo isso, os arqueólogos também encontraram uma pedra de moer que era usada para transformar grãos em farinha. Ela possui uma superfície lisa e desgastada moldada em forma de tigela e com um fundo plano, o que sugere que era bastante usada.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/salto-tecnologico-incrivel-teria-acontecido-na-europa-ha-900-mil-anos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Salto tecnológico "incrível" teria acontecido na Europa há 900 mil anos</a></li></ul>Os pesquisadores concluíram que as populações antigas na área produziam farinha e a cozinhavam nos poços para assar pão. Ou seja, os indícios trazem novos elementos para entender como se dava a produção de pães na Baviera, região que tem uma rica história agrícola. “Esta descoberta é extremamente importante para entender a antiga Burgbernheim e seu papel no desenvolvimento agrícola”, afirmou Berg.Agora, a ideia é transportar os achados para uma oficina de restauração para poder conservá-los. Além disso, os estudiosos pretendem entender mais detalhes sobre a história da agricultura na Alemanha.

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"Padaria" de 2.800 anos é descoberta na Alemanha por arqueólogos

Descoberta no Cáucaso pode revelar novos segredos sobre culturas antigas e conexões entre civilizações.

Uma tabuleta de basalto do tamanho de um livro, inscrita com uma escrita desconhecida, foi encontrada por pescadores no Lago Bashplemi, na Geórgia, e agora intriga pesquisadores ao redor do mundo. Medindo pouco mais de 24 centímetros e gravada com 60 símbolos misteriosos, a peça parece remontar ao fim da Idade do Bronze ou início da Idade do Ferro.&nbsp;Apesar de diversas tentativas de decifração, sua língua permanece um enigma, alimentando debates sobre possíveis conexões entre culturas antigas e a complexidade das civilizações do Cáucaso.<h2 style="text-align:justify;">Do fundo do lago</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15143425149001.jpg" alt="Visão aérea do lago . (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação) "><figcaption>Visão aérea do lago Bashplemi. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A descoberta aconteceu quase por acaso no outono de 2021, quando pescadores locais retiraram a peça do fundo do lago. Curiosos, limparam-na com um prego de ferro, felizmente sem danificar as delicadas inscrições feitas com ferramentas avançadas da época.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128234-5-linguas-mortas-que-ainda-conversam-conosco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 línguas mortas que ainda 'conversam' conosco</a></li></ul>Os pesquisadores identificaram 39 símbolos únicos organizados em sete linhas horizontais, com semelhanças parciais a sistemas do Oriente Médio, Índia e Egito, mas sem vínculo direto com alfabetos conhecidos, sugerindo um sistema único de uso cerimonial ou administrativo.A ligação com a escrita proto-kartveliana do 4º milênio a.C. e outras tradições do Cáucaso, como as runas colchianas e o alfabeto georgiano antigo Mrgvlovani, sugere que a região pode ter desempenhado um papel maior do que se pensava na história dos sistemas de escrita.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15144200129002.jpeg" alt="Quem diria que perdida no meio de um lago na Geórgia estaria uma tábua misterioso. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgacão)"><figcaption>Quem diria que perdida no meio de um lago na Geórgia estaria uma tábua misteriosa. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgacão)</figcaption></figure></figure>Há ainda ecos de alfabetos como o fenício e o aramaico, reforçando a hipótese de que o Cáucaso era um ponto de contato entre diversas culturas da Antiguidade.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128428-quais-seriam-as-linguas-mais-estranhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais seriam as 'línguas mais estranhas' do mundo?</a></li></ul>A qualidade técnica da inscrição é outro ponto fascinante. Os símbolos foram feitos com uma broca cônica para criar contornos precisos, que depois foram alisados com ferramentas de ponta arredondada. Essas marcas atestam o alto nível de habilidade dos artesãos da época e sugerem um propósito significativo para o artefato.&nbsp;Ainda assim, o conteúdo da tabuleta permanece indecifrado. Entre as hipóteses levantadas pelos especialistas, o texto pode listar despojos de guerra, registrar um grande projeto de construção ou mesmo ser uma oferenda religiosa.<h2 style="text-align:justify;">Um lugar rico em história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15145209090006.jpeg" alt="Identificação dos 60 símbolos na misteriosa tábua. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)"><figcaption>Identificação dos 60 símbolos na misteriosa tábua. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O contexto da descoberta também adiciona camadas de mistério. O Lago Bashplemi, situado em um planalto vulcânico pouco explorado, já revelou outros artefatos como cerâmicas e pedras de argamassa, indicando intensa atividade humana no passado. No entanto, poucos estudos detalhados foram conduzidos na área, o que torna a tabuleta uma peça única na narrativa arqueológica da região.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128924-escrita-misteriosa-da-ilha-de-pascoa-e-anterior-a-colonizacao-europeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escrita misteriosa da Ilha de Páscoa é anterior à colonização europeia</a></li></ul>A autenticidade do achado não deixa dúvidas. Além de corresponder à geologia local, marcas de desgaste indicam que a peça foi manuseada ao longo dos séculos, talvez sem que as populações modernas reconhecessem seu valor histórico.&nbsp;Mais importante, a descoberta desafia ideias preconcebidas sobre a periferia cultural do Cáucaso, sugerindo que a&nbsp;região pode ter sido um centro significativo de inovação e troca cultural entre o Oriente Próximo e o Mediterrâneo.Embora ainda faltem respostas definitivas, a tabuleta de Bashplemi já é um marco no estudo de sistemas de escrita antigos. Sua análise abre portas para novas investigações sobre a história cultural do Cáucaso e levanta questões sobre a preservação de línguas e tradições perdidas.&nbsp;

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Mistério milenar: tabuleta encontrada na Geórgia intriga com língua desconhecida

Saiba mais sobre uma das divindades da mitologia grega, quem são seus filhos e outros detalhes relacionados à sua figura

Seja por conta de animações como Hércules ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/103203-voce-sabia-que-os-cavaleiros-do-zodiaco-mudaram-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cavaleiros do Zodíaco</a>, você certamente vai se lembrar de ter ouvido falar de Afrodite. Ela é conhecida como a Deusa da Beleza, e habitou o Olimpo juntamente com Zeus e outras divindades.Entretanto, não são todas as pessoas que conhecem os detalhes associados à sua história. Por isso, convidamos você a prosseguir sua leitura, pois falaremos mais sobre a divindade nas linhas a seguir.<h2>Quem é e qual a origem da Deusa Afrodite?&nbsp;</h2>Afrodite, assim como praticamente todas as outras divindades gregas, possuía mais de uma atribuição associada ao seu nome. Neste caso, estamos falando daquela que era a responsável por ser a deusa do amor, da beleza, da fertilidade e do desejo.Uma das versões mais conhecidas sobre o nascimento de Afrodite diz que ela teria surgido da espuma do mar.&nbsp;Segundo Hesíodo, o teólogo da mitologia grega, após Cronos castrar seu pai Urano e lançar seus órgãos genitais no mar, uma espuma branca se formou. Foi dela que emergiu Afrodite, com toda a sua beleza e esplendor. &nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12003245077000.jpg" alt="Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h3>Aparência emprestada?</h3>A figura de Afrodite não surgiu do nada. Pesquisadores acreditam que a deusa grega tenha sido influenciada por antigas divindades orientais, como Astarte, deusa fenícia do amor, da fertilidade e da guerra.&nbsp;Essa influência é perceptível em diversos aspectos de seu culto e em suas atribuições. Astarte, assim como Afrodite, era frequentemente representada como uma figura feminina sensual e poderosa, geralmente associada à natureza e à vida.Com o tempo, os gregos adaptaram a figura de Astarte aos seus próprios valores e crenças, dando origem a Afrodite. A deusa grega, porém, adquiriu características e nuances próprias, tornando-se um ícone da cultura helênica.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122885-4-mitos-gregos-que-os-filmes-de-hollywood-te-ensinaram-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 mitos gregos que Hollywood te ensinou errado</a></li></ul><h3>Quais são os filhos de Afrodite?</h3>Como é relatado na história de vários deuses gregos,&nbsp;Afrodite foi mãe de inúmeros filhos, fruto de suas muitas aventuras amorosas. Entre seus descendentes mais famosos, destacam-se:<ul><li>Eros: o deus do amor, frequentemente representado como um menino alado com um arco e flecha (também conhecido por muitos como o cupido);</li><li>Eneias: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127346-a-guerra-de-troia-realmente-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herói troiano</a>, filho de Anquises, que desempenhou um papel fundamental na Eneida de Virgílio;</li><li>Harmonia: foi a esposa de Cadmo, fundador de Tebas.</li></ul>Já sobre os pares, há menções na história de que Afrodite gerou filhos de Poseidon, Ares e Apolo, apenas para citar algumas de suas relações.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127227-e-verdade-que-os-antigos-egipcios-se-casavam-com-irmaos-e-filhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">É verdade que os antigos egípcios se casavam com irmãos e filhos?</a></li></ul><h2>Etimologia e origens do culto</h2>O nome "Afrodite" tem origem na palavra grega "aphros", que significa "espuma". Essa etimologia está ligada a uma das principais versões sobre o nascimento da deusa, que já mencionamos pouco mais acima neste texto.&nbsp;Já quando falamos sobre o seu culto, ele certamente tem raízes profundas na história da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128757-conheca-4-locais-de-peregrinacao-espalhados-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religião</a>. Além de Astarte, acredita-se que a deusa também tenha sido influenciada por Ishtar, deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra.&nbsp;Ishtar era uma figura central na religião mesopotâmica, sendo associada aos planetas Vênus e Lua. Assim como Astarte, Ishtar era uma deusa complexa e multifacetada, com um papel fundamental na vida social e religiosa das comunidades mesopotâmicas.&nbsp;Neste sentido, podemos dizer que Afrodite não é apenas uma deusa grega. Por conta das misturas de origens, ela acaba aparecendo como um reflexo de um mundo antigo, complexo e interconectado.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12003403958001.jpg" alt="Assim como outros deuses gregos, história de Afrodite também tem relação com divindades de outras regiões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Assim como outros deuses gregos, história de Afrodite também tem relação com divindades de outras regiões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h3>Afrodite na mitologia grega</h3>Na mitologia grega, Afrodite é frequentemente retratada como uma figura sedutora e poderosa, capaz de manipular os corações tanto de deuses quanto de mortais. Sua beleza era considerada divina e insuperável, por isso era frequentemente invocada em rituais de amor e fertilidade.A deusa era associada a diversos símbolos, como o espelho, a pomba, o cisne e a rosa. O espelho representava sua vaidade e a busca pela beleza, enquanto a pomba simbolizava a paz e o amor. O cisne, por sua vez, era considerado uma ave sagrada para Afrodite, e a rosa era a flor que a representava.<h2>Quais são os mitos e simbolismos ligados à Afrodite?</h2>A mitologia grega está repleta de histórias envolvendo Afrodite. Algumas das mais conhecidas são:<ul><li>O julgamento de Paris: Afrodite ofereceu a Paris, príncipe de Troia, o amor da mais bela mulher em troca de um julgamento a seu favor. Essa decisão desencadeou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110158-soube-que-acharam-uma-cidade-lendaria-relacionada-com-a-guerra-de-troia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra de Troia</a>;</li><li>O mito de Adônis: neste mito, Afrodite se apaixonou por Adônis, um jovem caçador, e o protegia dos perigos da floresta. No entanto, Adônis foi morto por um javali, e Afrodite transformou o sangue do amado em uma flor: a anêmona;</li><li>O mito de Psiquê: Afrodite, enciumada com a beleza de Psiquê, enviou Eros para fazê-la se apaixonar por um monstro. No entanto, Eros se apaixonou por Psiquê, e os dois viveram um grande amor.</li></ul>Vale mencionar que Afrodite, além de ser a deusa do amor e da beleza, também era associada à fertilidade e à procriação.&nbsp;Seu culto estava intimamente ligado à natureza e aos ciclos da vida.&nbsp;Outro ponto importante é que a deusa era celebrada em diversas festas e rituais, e sua imagem era comumente representada em esculturas, pinturas e vasos.Gostou do conteúdo? Convidamos a compartilhá-lo com seus amigos nas redes sociais, e também apresentamos aqui outro texto que pode lhe agradar: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades sobre Afrodite, a deusa grega da beleza</a>. Até a próxima!

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Quem foi Afrodite e qual é a origem da Deusa da Beleza?

A interrupção da obra viária descobriu um sítio arqueológico capaz de revelar informações preciosas sobre o passado pré-hispânico na região.

A paralisação repentina da construção de uma terceira pista em uma rodovia mexicana que liga duas cidades do estado de Hidalgo, em junho de 2024, foi explicada recentemente pelo Ministério da Cultura do México e do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH). É que no caminho estrada havia uma pirâmide com cerca de 1,4 mil anos.Segundo o comunicado, o local descoberto por acidente pelas equipes de construção é, na verdade, um sítio arqueológico, batizado como “San Miguel”, em referência a uma cidade próxima com o mesmo nome (San Miguel Metzquititlán).<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127642-a-curiosa-historia-da-grande-piramide-de-cholula-a-piramide-mais-volumosa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A curiosa história da Grande Pirâmide de Cholula, a pirâmide mais volumosa do mundo</a></li></ul>Tão logo iniciaram seus trabalhos, os arqueólogos conseguiram desenterrar partes da pirâmide que chamaram de "Estrutura 1" e abrangia cinco setores contendo pelo menos dez elevações artificiais de terra. Ao final da escavação, foram também encontrados 155 artefatos, como conchas, cerâmicas e materiais de pedra, além de evidências de carvão, madeira carbonizada e pisos de cal.<h2>Investigando a pirâmide</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13092019914005.jpg" alt="Autoridades mandaram erguer um muto para proteger a descoberta. (Fonte: INAH/Divulgação)"><figcaption>Autoridades mandaram erguer um muro para proteger a descoberta. (Fonte: INAH/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para resguardar os tesouros arqueológicos, as autoridades aprovaram a construção urgente de um grande muro ao redor da pirâmide, medindo 43 metros de comprimento e 11,7 metros de altura.Segundo os pesquisadores, a estrutura é parte de um senhorio indígena, espécie de unidade político-territorial com governo próprio e liderança tradicional. Estabelecido antes da ocupação espanhola, o senhorio de Metztitlán, ou apenas "senhorio Metzca", dominou a área de Sierra Alta de Hidalgo durante as eras Epiclássica (650-950 d.C.) e pós-clássica tardia (1350-1519 d.C.).No anúncio oficial, o diretor de turismo de San Agustin Metzquititlán, Héctor Labra Chávez, explicou que "não havia vestígios conhecidos de civilizações pré-hispânicas nesta área imediata" antes da descoberta do local, e que "estudos mais profundos são essenciais para descobrir o contexto cultural desta descoberta significativa".<h2>Descobrindo o passado pré-colombiano da América</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13092511678006.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Centro de Pachuca, capital do estado de Hidalgo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Muitas estruturas pré-hispânicas, como essa localizada por acidente no caminho de uma rodovia, podem estar escondidas no México, assim como em outras regiões da América Central e América do Sul. Ultimamente, o INAH tem usado a tecnologia LIDAR, um método de sensoriamento remoto que utiliza laser para criar modelos 3D do subsolo e revelar possíveis assentamentos.Só no ano passado, esses pulsos de laser fizeram duas revelações arqueológicas: uma estrada de 18 quilômetros de extensão que conectava as cidades maias há mais de 1,2 mil anos e. mais ao sul, onde é hoje a Guatemala, uma civilização maia desconhecida, com 964 assentamentos interconectados entre si por 177 quilômetros de estradas antigas.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/lasers-revelam-segredos-de-cidades-perdidas-no-uzbequistao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lasers revelam segredos de cidades perdidas no Uzbequistão</a></li></ul>Tais revelações reforçam a ideia de que o mundo pré-colombiano era culturalmente rico e complexo, com sociedades avançadas em organização social, conhecimentos astronômicos, arquitetura e engenharia, antes de sua aniquilação prematura com a chegada dos europeus.

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