Descubra os erros mortais e as decisões desastrosas de alguns líderes militares da Primeira Guerra Mundial

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Guerra</a>, uma época caracterizada por sua brutalidade inédita e inovações destrutivas, não apenas desvelou tragédias nos campos de batalha, mas também expôs a liderança desastrosa de alguns militares. Conheça nove generais da Primeira Guerra Mundial que se destacaram por suas decisões cruéis e estratégias desastrosas.</p><h2>1. Enver Paxá</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224232524013.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Enver Paxá, chefe do exército otomano, entrou para a história como um líder militar inepto. Sua decisão desastrosa de ordenar um ataque de inverno contra os russos na Batalha de Sarikamis resultou em pesadas baixas para as forças otomanas. No entanto, seu ato mais cruel foi a liderança no Genocídio Armênio, defendendo a atrocidade como necessária para a sobrevivência durante a guerra.</p><h2>2. Luigi Cadorna</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224357838014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Luigi Cadorna, chefe do exército italiano, destacou-se como um líder militar ineficaz. Sua falta de experiência em combate e teimosia nas táticas levaram à perda de dois terços de seu exército em 1917. Apelidado de "O Carniceiro do Isonzo", Cadorna aplicou disciplina cruel, incluindo a pena de morte, acentuando sua reputação infame.</p><h2>3. Douglas Haig</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224457442015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar de estar no lado vitorioso, Douglas Haig, comandante britânico, deixou um legado confuso. Na Batalha de Loos, em 1915, ordenou o uso de gás venenoso, resultando em baixas significativas em seu próprio exército. Conhecido como "O Açougueiro do Somme", sua estratégia imprudente causou enormes perdas britânicas na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/108200-100-anos-depois-confira-9-campos-de-batalhas-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Batalha do Somme</a>, e seu ocultamento de informações na Batalha de Passchendaele levou a meses de combates ineficazes.</p><h2>4. Paul von Hindenburg</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224548774016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O general alemão Paul von Hindenburg, apesar da vitória na Batalha de Tannenberg, tomou uma decisão desastrosa ao pressionar pela guerra submarina irrestrita. Isso atraiu os Estados Unidos para o conflito, mudando o curso da guerra. Mesmo ciente das consequências, Hindenburg optou por uma abordagem que levou a uma derrota inevitável para a Alemanha.</p><h2>5. Erich Ludendorff</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224639123017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Erich Ludendorff, comandante alemão, teve sucessos táticos, mas suas decisões estratégicas foram prejudiciais. Ao alterar o Plano Schlieffen, enfraqueceu o avanço alemão na Frente Ocidental. Sua pressão pela guerra submarina irrestrita atraiu os EUA, e sua incapacidade de integrar vitórias táticas resultou na derrota alemã.</p><h2>6. Franz Conrad von Hötzendorf</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224754224018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Franz Conrad, ao liderar as forças austro-húngaras, cometeu erros cruciais durante a mobilização. Ignorando a falta de preparação de seu exército, seus erros na Frente Oriental levaram a perdas substanciais. Sua abordagem agressiva e falta de flexibilidade contribuíram para derrotas significativas para os austro-húngaros.</p><h2>7. Helmuth von Moltke</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27224924874019.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Helmuth von Moltke, embora antecipasse a guerra, mostrou arrogância e falta de habilidade decisória. Sua incapacidade de seguir o Plano Schlieffen adequadamente resultou em derrotas alemãs. Moltke demonstrou falta de compreensão tática, levando à derrota na Primeira Batalha do Marne.</p><h2>8. Grão-Duque Nicolau Nikolaevich</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27225111166020.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Grão-Duque Nicolau, embora tenha ascendido ao comando russo, revelou inaptidão na liderança militar. Sua falta de habilidade estratégica, aliada à escassez de munições, prejudicou as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">forças russas</a>. Além disso, sua conivência com violações de direitos humanos, como pogroms, manchou sua reputação.</p><h2>9. Cemal Paxá</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27225416466021.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Cemal Paxá, um dos paxás otomanos, governou a Síria com autoritarismo cruel. Além de aterrorizar civis, recrutou à força soldados locais, enviando-os para áreas perigosas. Sua tentativa fracassada de controlar o Canal de Suez e sua negação do genocídio armênio destacam sua liderança desastrosa.</p>

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9 dos piores generais da Primeira Guerra Mundial

Imagem de Paul Alexander: o último homem vivendo com pulmão de ferro no megacurioso

Uma doença sem cura forçou Paul a viver em uma caixa de ferro por praticamente toda a sua vida

<p><strong>Atualização</strong>: Paul Alexander faleceu no dia 11 de março de 2024 aos 78 anos. O “Homem do Pulmão de Ferro” havia sido internado em fevereiro com covid-19, o que pode ser bastante complicado par alguém nas condições dele, porém não foi confirmado se Alexander morreu em decorrência da doença.</p><p>“Estou muito grato a todos que fizeram doações para ajudar meu irmão”, disse Philip, irmão de Alexander. "Isso permitiu que ele vivesse seus últimos anos sem estresse. Também vai pagar seu funeral neste momento difícil. É absolutamente incrível ler todos os comentários e saber que tantas pessoas foram inspiradas por Paul. Estou muito grato", acrescentou.</p><p>A seguir, confira a matéria original sobre Paul Alexander:</p><p>***</p><p>Para os EUA, 1952 foi um ano desesperador em função da explosão no número de casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/108686-por-que-e-importante-vacinar-contra-a-poliomielite-e-o-sarampo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliomielite</a>. Os registros apontam cerca de 60 mil casos registrados por todo o país naquela época.</p><p>Para Paul Alexander, um menino de apenas seis anos, a infecção se manifestou com febre alta e dores no corpo. Mas não demorou muito para o garoto perder a capacidade de andar, engolir e, por fim, respirar.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Museu Nacional de História Americana do Smithsonian/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/texas-man-lives-70-years-in-an-iron-lung-i-never-gave-up-180979008/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18194820326000.jpg" alt="(Fonte: Museu Nacional de História Americana do Smithsonian/Reprodução)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Museu Nacional de História Americana do Smithsonian/ Reprodução)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/texas-man-lives-70-years-in-an-iron-lung-i-never-gave-up-180979008/">(Fonte: Museu Nacional de História Americana do Smithsonian/Reprodução)</span></p><p>A solução encontrada pelos médicos foi submeter Paul a uma traqueostomia e o colocar em um<strong>&nbsp;pulmão de ferro</strong> — uma espécie de tanque selado usado para tratar pacientes afetados pela pólio com dificuldades de respirar sozinhos.</p><p>Para estimular a respiração dos pacientes, esses aparelhos variavam a pressão do ar para comprimir e expandir o tórax. Boa parte das crianças com pólio precisavam passar algumas semanas dentro desses aparelhos enquanto tentavam se recuperar da doença. No entanto, Paul Alexander nunca pode se ver livre dos seus pulmões de ferro.</p><p><span class="img-fc" data-fonte="Monica Verma/Twitter" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/paul-alexander"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18195946693003.jpg" alt="(Fonte: Monica Verma/Twitter)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte="Monica Verma/Twitter" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/paul-alexander">(Fonte: Monica Verma/Twitter)</span></p><p>Os médicos acreditavam que o menino não viveria por muito tempo. Com o corpo paralisado do pescoço para baixo e sem conseguir respirar fora do aparelho, o hospital autorizou que sua família o levasse com o equipamento para casa para que pudessem passar o último Natal juntos.</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121961-incidente-de-cutter-quando-a-vacina-da-polio-causou-mortes-e-doencas.htm" target="_blank"><strong>Incidente de Cutter: quando a vacina da polio causou mortes</strong></a></li></ul><h2>A vida com o pulmão de ferro</h2><p>A questão é que os anos foram passando e Paul continuava vivo. Mesmo quando ventiladores pulmonares mais modernos surgiram, ele continuou com o seu pulmão de ferro. Desde quando era menino, aprendeu algumas técnicas para conseguir respirar e passar períodos cada vez mais longos sem precisar do aparelho.</p><p>Tempos depois, Paul começou a conseguir respirar e até engolir por horas a fio sem o equipamento. Isso lhe permitiu abandonar o pulmão de ferro para realizar algo que na sua infância seria impensável: fazer faculdade. Chegou até a exercer a profissão quando tinha seus 30 anos.</p><p><span class="img-fc" data-fonte=" (Fonte: Gizmodo/YouTube)" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/paul-alexander"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18195652708002.jpg" alt="(Fonte: Gizmodo/YouTube)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte=" (Fonte: Gizmodo/YouTube)" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/paul-alexander">(Fonte: Gizmodo/YouTube)</span></p><p>Infelizmente, Paul se viu obrigado a voltar ao companheiro mecânico de longa data novamente e teve que encerrar sua carreira para ser confinado na caixa de metal. Curiosamente, em suas entrevistas ele demonstrava bastante ânimo com a vida e era agradecido ao <strong>seu respirador de metal</strong>, já que o havia permitido viver e fazer mais coisas do que imaginava.</p><h2>O terror da pólio</h2><p><span class="img-fc" data-fonte=" (Fonte: Dallas News/Youtube) " data-fonte-url="https://www.youtube.com/watch?v=9kEFTmyM1tc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/18/18200138850004.jpg" alt="(Fonte: Dallas News/Reprodução)"></span><span class="img-fc desc" data-fonte=" (Fonte: Dallas News/Youtube) " data-fonte-url="https://www.youtube.com/watch?v=9kEFTmyM1tc">(Fonte: Dallas News/Reprodução)</span></p><p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112609-polio-tipo-3-e-erradicada-oficialmente-em-todo-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliomielite é uma doença</a> que apresenta sintomas iniciais parecidos aos da gripe, mas tem o potencial para afetar a medula espinhal do indivíduo ou o seu cérebro, causando paralisia e, em casos mais graves, levar a morte.</p><p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121961-incidente-de-cutter-quando-a-vacina-da-polio-causou-mortes-e-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vacina contra a pólio</a> só chegou em 1955. Antes disso, o que tornava essa doença aterrorizante é que não havia como prever quem se recuperaria da infecção com apenas uma dor de cabeça e quem ficaria paralisado por muito tempo.</p><p>Os pulmões de ferro foram desenvolvidos para durar, mesmo que as pessoas imaginassem que quem estivesse dentro deles não iria. O aparelho foi inventado em 1928 por Philip Drinker, engenheiro e médico, e por Louis Shaw, fisiologista.</p>

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Paul Alexander: o último homem que viveu com pulmão de ferro

Investigadores finalmente parecem ter descoberto o que aconteceu com o Império Asteca 500 anos após o colapso da sociedade.

<p>Em 1545, há quase cinco séculos, a nação asteca desmoronou de uma vez por todas. Seus cidadãos começaram a ter febre alta e dores de cabeça, passando a sangrar pelos olhos, boca e nariz pouco tempo depois. Com isso, eles foram morrendo aos poucos até sumirem do mundo. Em 1550, 80% da população asteca — de 15 milhões de pessoas — tinha sido exterminada.</p><p>Durante os séculos, os cientistas têm lutado para compreender como um evento tão mortal pode ter acontecido e chegado ao México. Agora, quase 500 anos depois, as primeiras respostas parecem ter sido encontradas.</p><h2>Praga populacional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194638186012.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Os habitantes locais descreveram a doença que acabou com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128458-5-impressionantes-invencoes-astecas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Asteca</a> como "cocoliztli", que na língua asteca nahuatl significa “pestilência”. Usando evidências de DNA dos dentes de vítimas mortas há muito tempo, os cientistas conseguiram concluir que a causa da peste era provavelmente uma "febre entérica" semelhante à febre tifoide causada pela <i>Salmonella enterica,</i> especificamente uma subespécie conhecida como<i>&nbsp;Paratyphi C.&nbsp;</i></p><p>Essa subespécie é um patógeno bacteriano conhecido por causar a febre entérica, que se espalha por meio de alimentos ou água infectados. Além disso, ela também é semelhante à <a href="http://megacurioso" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Salmonella</i></a> que hoje associamos aos ovos cruz. Para a nossa sorte, no entanto, a variação moderna dessa bactéria raramente causa infecção em seres humanos.</p><p>Usando o DNA antigo de 29 esqueletos encontrados em um cemitério de Cocoliztli, os cientistas conseguiram testar a presença dos patógenos bacterianos. O único germe detectado foi justamente o <i>Parathyphi C.</i>, levando os pesquisadores a acreditar que seja o candidato mais provável ao ter causado a "extinção" do povo asteca.&nbsp;</p><h2>Origem do surto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07194709991014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Apesar dos dados obtidos recentemente, a equipe de investigação deixou claro que poderia haver outros patógenos presentes nos restos mortais astecas, mas que eram indetectáveis ou desconhecidos pelos seres humanos. Esses, por sua vez, ainda não podem ser completamente descartados. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica <i>Nature Ecology and Evolution</i>.&nbsp;</p><p>Além da causa da peste, os pesquisadores também parecem ter encontrado a origem do surto: os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizadores europeus</a>. O cenário mais provável é que os animais portadores dessas doenças tenham sido levados ao México por colonos, cujo sistema imunológico já estava equipado para lidar com o germe. Os astecas, no entanto, nunca haviam sido expostos a tal doença e não conseguiram lidar com as consequências.</p><p>Historicamente, isso é algo que dizimou diversos povos nativos nas Américas no período de colonização. No passado, doenças como gripe, varíola, sarampo e outros agentes patogênicos que se saiba terem sido trazidos da Europa também foram levados em consideração em tentativas de explicar o fim do Império Asteca. Porém, os dados recentes parecem descartar completamente essas hipóteses. Apesar do fim trágico, os astecas certamente deixaram para trás um legado impressionante sobre uma das sociedades antigas mais evoluídas que já existiram por essas terras.&nbsp;</p>

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Quase 500 anos depois, cientistas confirmam o que matou os astecas

Considerado o maior apagão ocorrido na história do Brasil, o evento atingiu onze unidades federativas brasileiras e até mesmo partes do Paraguai

<p>No dia 12 de março, <strong>completará 25 anos que o Brasil sofreu o maior blecaute da sua história</strong>, superando o evento similar em 1985. O corte de energia, que durou aproximadamente quatro horas, atingiu 10 Estados e o Distrito Federal, chegando a ter reflexos também no Paraguai.&nbsp;</p><p>De acordo com estimativas da época, pelo menos 76 milhões de pessoas foram afetadas pelo caso, um equivalente a 47% da população brasileira na época.</p><ul><li><strong>Saiba também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118817-apagao-de-1977-quando-nova-york-ficou-25-horas-sem-energia.htm">Apagão em 1977 deixou a cidade de Nova York 25 horas sem energia</a></li></ul><p>As regiões mais atingidas foram São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo, que ficaram completamente no escuro — exceto pelas áreas abastecidas por companhias estaduais. Estados como Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul presenciaram o corte por 20 minutos e em menor proporção. Relembre mais sobre esse acontecido nos próximos parágrafos!</p><h2>Linha do tempo do apagão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/08/08030529470012.jpg" alt="Usina Hidrelétrica de Itaipu">O apagão Brasil-Paraguai é considerado um dos maiores blecautes da história do país. (Fonte: Getty Images)</p></figure><p>O apagão iniciou por volta das 22h16 do dia 11 de março de 1999 em uma subestação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109988-7-curiosidades-sobre-o-uso-da-energia-eletrica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia elétrica</a> da Companhia Energética de São Paulo (CESP) localizada no município de Bauru. <strong>Por conta da pane de energia, um sistema de segurança da Usina Hidrelétrica de Itaipu </strong>— a qual abastece o Paraguai e grande parte do território brasileiro — foi acionado e paralisou todas as 16 turbinas da usina. Com isso, o Paraguai ficou completamente sem luz.</p><p>Segundo reportagens, os paraguaios presenciaram a interrupção de energia por 15 minutos. Na época, o então presidente da Itaipu Binacional, Euclides Scalco, declarou que 15 das 16 turbinas voltaram a "operar no vazio" com cerca de 20 minutos de apagão. Isso significa que elas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112730-brasileiros-criam-metodo-para-baratear-producao-de-energia-eolica.htm">estavam prontas para produzir energia</a>, mas dependiam da reativação da linha de transmissão para que a energia chegasse aos Estados.</p><p>No Rio Grande do Sul, o apagão perdurou por 40 minutos, mas não atingiu a região central do Estado que possuía geração própria de energia elétrica. No Rio de Janeiro, a luz voltou e caiu múltiplas vezes. <strong>O apagão só teve fim decretado por volta das 3h39 de sexta-feira, 12 de março de 1999, quando a energia foi restabelecida em São Paulo</strong>.</p><h2>Causas do apagão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/08/08030542145013.jpg" alt="(Fonte: João Wainer/Folhapress)"> Segundo o comunicado oficial, a causa do pagam foi a queda de um raio. &nbsp;(Fonte: João Wainer/Folhapress)</p></figure><p>Ainda no dia 11 de março, às 23h, o então ministro Rodolpho Tourinho foi para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), uma entidade privada e a principal responsável pela operação do sistema de energia elétrica do Brasil, a fim de acompanhar a operação de restabelecimento do fornecimento de energia. De lá, <strong>ele declarou que nenhum Estado chegou a ficar totalmente às escuras devido ao suporte das companhias estaduais</strong>.</p><p>Tourinho também afirmou que não tinha informações sobre as possíveis ligações entre as bombas que haviam sido colocadas nas linhas de transmissão de Furnas em 1998 com o blecaute do dia 12 de março.&nbsp;</p><p>A versão oficial do acontecimento diz que o apagão<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123912-por-que-os-raios-caem-em-zigue-zague.htm"> foi causado por conta de um raio</a> que atingiu a subestação de Bauru. Porém, estudos meteorológicos <strong>comprovaram que não houve tempestades de raios na região naquele dia</strong>.</p><p>Posteriormente, o Ministério de Minas e Energia admitiu que havia redução dos níveis de segurança e manutenção da subestação. Alguns especialistas também afirmaram que boa parte da responsabilidade cabia à desorganização do setor energético e da falta de investimento em equipamentos naquela época.&nbsp;</p><h2>Consequências do apagão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/08/08030658833017.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">A falta de energia causou diversos transtornos para a população. (Fonte: Getty Images)</p></figure><p>Com boa parte do Brasil completamente no escuro por alguns momentos,<strong> o país se viu em meio ao caos</strong>. Altos níveis de trânsito foram registrados nas grandes metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Reportagens feitas sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118817-apagao-de-1977-quando-nova-york-ficou-25-horas-sem-energia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">blecaute</a> também diziam que inúmeras pessoas foram assaltadas enquanto os bandidos se aproveitavam da escuridão.</p><p>Por conta disso, em São Paulo, a polícia teve que ir às ruas evitar arrastões. Linhas de trens e metrôs ficaram paralisadas por quase uma hora, deixando passageiros presos enquanto esperavam o caminho de volta para casa.&nbsp;</p><ul><li><strong>Confira: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109269-confira-7-dos-negocios-que-mais-utilizam-energia-eletrica-no-brasil.htm">7 dos negócios que mais utilizam energia elétrica no Brasil</a></li></ul><p>Alguns hospitais acabaram ficando sem luz por alguns segundos, enquanto outros não notaram o apagão por conta dos geradores próprios que passaram a funcionar imediatamente após a queda de energia.</p><p>Também por conta do apagão, muitas emissoras de televisão do país que não contavam com geradores de energia saíram do ar. Aquelas que possuíam esse tipo de equipamento, no entanto, basicamente não foram assistidas durante quatro horas nas cidades afetadas pelo apagão.&nbsp;</p><h2>Histórico de apagões</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/08/08030830246022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">O apagão de 1999 não foi o único episódio do tipo no país. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</p></figure><p>Embora o apagão que atingiu Brasil e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123603-por-que-o-paraguai-e-tao-popular-para-compras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Paraguai</a> em 1999 seja notavelmente o mais impactante na história do país, ele não foi o único a acontecer. <strong>Em setembro de 1985, um blecaute deixou pelo menos 12 milhões de pessoas sem luz em sete Estados</strong>. Essa é considerada uma das primeiras grandes falhas no fornecimento de energia elétrica brasileiro.</p><p>O caso mais recente aconteceu no dia 10 de fevereiro de 2010, apenas três meses depois de outro blecaute significativo em 2009. Nessa data, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/267571-apagao-deixa-varias-cidades-brasil-energia-terca-feira.htm">vários estados das regiões Norte e Nordeste ficaram sem luz</a> por algumas horas. Contudo, até hoje a causa desse apagão não foi identificada.</p><p><span class="ui-provider a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z ab ac ae af ag ah ai aj ak" dir="ltr">Gostou do conteúdo? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos.</span></p>

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25 anos do Apagão Brasil-Paraguai: relembre o blecaute histórico

A famosa erupção do Vesúvio, ocorrida em 79 d.C. em Pompeia, deixou muitas vítimas. Será que alguém conseguiu escapar daquele terrível desastre?

<p>Pompeia se tornou sinônimo de um dos maiores desastres da antiguidade, porque diferente de grandes conflitos que envolveram o deslocamento de legiões de combatentes — como a Guerra do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peloponeso</a>, travada entre Atenas e Esparta entre 431 e 404 a.C., ou mesmo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110265-as-5-batalhas-mais-sangrentas-e-mortais-na-historia-das-guerras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerras Púnicas&nbsp;</a>entre Roma e Cartago, de 264 a.C. e 146 a.C. —, a erupção do Vesúvio foi implacável e sobre-humana. Sem escolher nenhum lado, ela aniquilou todos que permaneceram no seu entorno.</p><p>No entanto, não se deve concluir que essa expressiva capacidade destrutiva tenha resultado na aniquilação absoluta da população. Embora os moldes de gesso de Pompeia tenham deixado à vista a forma como muitos habitantes morreram, nem todos que ali viviam foram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127193-vitimas-do-vesuvio-morreram-asfixiadas-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asfixiados</a> ou queimados pelas lavas.</p><h2>Desdobramentos da erupção do Vesúvio</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p style="text-align:center;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26111708610111.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp;<br>(Fonte: Getty Images)</p></figure><p>Quando um vulcão está prestes a entrar em erupção, há sinais que podem ser percebidos e que não dependem de tecnologias avançadas para tal, a exemplo dos tremores de menor impacto que se iniciam dias antes do desastre se tornar evidente.</p><p>No entanto, para os povos da antiguidade romana, que não tinham um conhecimento difundido sobre a atividade vulcânica como nós temos atualmente, a não ser que alguma experiência tivesse propiciado essa noção, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127983-cidade-na-islandia-e-evacuada-apos-1-mil-terremotos-em-unico-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tremores</a> eram ignorados. O fato deles serem recorrentes naquele período também contribuiu para isso.</p><p>Foi somente em 24 de agosto de 79 d.C., quando o Vesúvio entrou em erupção, que o perigo desse tipo de fenômeno se tornou evidente: quem escolheu sair dos limites da cidade imediatamente a partir daquele de momento teria, portanto, uma maior chance de sobreviver.</p><p>Horas depois, o cenário se agravaria de tal forma que ficaria praticamente impossível escapar. Se antes a erupção se resumia a uma grande nuvem de cinzas que se espalhava no ar, dado certo ponto, pedras de maior dimensão também começaram a ser lançadas do vulcão em direção à cidade. Assim, as antigas construções romanas eram destruídas.</p><h2>Escapando do desastre em Pompeia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p style="text-align:center;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26112655579114.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp;<br>(Fonte: Getty Images)</p></figure><p>No dia seguinte, por fim, além do magma expelido, gases tóxicos em concentrações mais elevadas rapidamente tomaram conta da cidade, matando pessoas e outros animais instantaneamente. Ao mesmo tempo, os detritos se depositavam sobre os seus corpos, tudo isso em meio a temperaturas bem elevadas.</p><p>Nos arredores de Pompeia, por outro lado, existiam outras cidades ocupadas. Para aqueles que escaparam da "chuva de pedras", elas se tornaram um refúgio. <strong>Plínio, o jovem, estava dentre as pessoas relativamente próximas ao desastre</strong>. Na ocasião, ele tinha 18 anos, mas ainda assim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121071-plinio-o-jovem-a-testemunha-ocular-da-erupcao-do-monte-vesuvio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seus relatos</a> ofereciam uma visão concreta do que ocorreu.</p><p>Fora de Pompeia, em Miseno, situada a mais de 20 quilômetros do Vesúvio, ele conseguiu ver a nuvem de detritos ganhar forma e fugiu do local junto de sua mãe, retornando depois que o pior tinha passado. E assim como os que estavam mais próximos do vulcão, ele ouviu os gritos das pessoas em pânico nas ruas.</p><h2>Quantas pessoas sobreviveram à erupção do Vesúvio?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p style="text-align:center;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26112722575115.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">&nbsp;<br>(Fonte: Getty Images)</p></figure><p>Evidências encontradas por estudiosos nos últimos anos reforçam a ideia que muitas famílias que escaparam de Pompeia se estabeleceram em outros locais da província italiana de Nápoles.</p><p>Projetos de infraestrutura conduzidos no período também sugerem essa mesma hipótese de deslocamento populacional, considerando a necessidade de acolher desabrigados. Tal esforço, inclusive, teria sido coordenado pelo imperador do período, Tito.</p><p>Vale ainda lembrar que aqueles que estavam em Herculano, no entanto, não tiveram a oportunidade de escapar com vida da fúria do Vesúvio, já que a cidade também foi destruída.</p><p>Mas, afinal, existe alguma dimensão do número de pessoas que escaparam? Acredita-se que Pompeia e Herculano abrigavam, juntas, entre 20 e 30 mil habitantes, e que cerca de 2 mil pessoas morreram durante a erupção do Vesúvio. Apesar desse número de sobreviventes representar a maioria regionalmente, o desastre não se mostra menos impactante, mesmo quase dois mil anos depois.</p>

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Afinal, alguém sobreviveu à erupção do Vesúvio em Pompeia?

Uma antiga inscrição egípcia, datada de 238 a.C., fornece a primeira evidência da adoção do ano bissexto na história

<p>A cada quatro anos, nós temos em nosso calendário a ocorrência de um ano bissexto, com a adição de um dia no mês de fevereiro — assim como observado neste ano de 2024. Mas você sabia que essa adaptação presente no calendário moderno, na verdade, é bastante antiga?</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05120817825182.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</p></figure><h2>Evidências percebidas pelos egípcios</h2><p>Não é surpresa que os antigos egípcios tinham uma relação bastante próxima com o Rio Nilo. E para que essa descoberta envolvendo a duração total do ano ocorresse, eles tiveram de recorrer à observação nas alterações da cheia do rio e do aparecimento da estrela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sirius</a> no solstício.</p><p>Tudo isso porque, naquela região do planeta, esse astro não fica visível durante 70 dias. E após esse período, ele volta a aparecer logo que amanhece. Esse "reaparecimento" de Sirius no solstício, então, serviu de marco. Assim, ao analisar o período que levava para a estrela reaparecer nos anos seguintes, foi constatada a necessidade de incluir um quarto de ano de alguma maneira.</p><p>Isso considerando, é claro, o problema que se formaria no caso de não haver um ajuste no longo prazo. Embora os egípcios julgassem estar sincronizados com o sol e utilizassem o calendário de 365 dias, com a adição de mais um dia a cada quatro anos, seria possível manter-se, portanto, mais alinhado com o movimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128398-quantas-vezes-o-sol-ja-deu-a-volta-na-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">translação da Terra</a>.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05123410970200.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Reprodução)"> Decreto de Canopus data de 238 a.C. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)</p></figure><h2>O primeiro registro de ano bissexto da história</h2><p>Dada a necessidade constatada naquele período, o Decreto de Canopus fornece a primeira evidência da adoção do ano bissexto entre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcios</a>. Escrito em hieróglifos e com tradução para o grego, esse texto disposto numa placa de pedra mostra como essa antiga civilização estava ciente da necessidade de incluir um ano bissexto há nada menos que 2.262 anos.</p><p>O Decreto de Canopus apresenta claras instruções que dizem respeito ao calendário, evidenciando o expressivo conhecimento que os egípcios tinham sobre a astronomia. A inserção do ano bissexto, conforme o próprio texto aponta, visava evitar que o calendário ficasse em desacordo com a respectiva estação do ano.</p><p>Esse antigo registro foi encontrado em 1866 quando alemães visitavam a cidade de Tanis. Fruto da iniciativa do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121014-6-fatos-intrigantes-sobre-cleopatra-vii-a-ultima-farao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Faraó</a> Ptolomeu III que, além de abordar outros assuntos, como impostos e a manutenção da paz, estabelece que esse novo dia seria celebrado com um grande festival para honrar aos deuses.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/05/05123453592203.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</p></figure><h2>Aplicação do Decreto de Canopus</h2><p>Nessa tentativa de promover a alteração no calendário, o Decreto de Canopus teve várias cópias espalhadas durante a antiguidade, e algumas delas se preservaram até os tempos atuais. A encontrada na cidade de Tanis, mencionada anteriormente, está no Museu Egípcio do Cairo.</p><p>Mas também há um detalhe curioso: apesar desse trabalho, a instrução de Ptolomeu III não perdurou e o novo calendário proposto não foi levado adiante, por motivos que desconhecemos atualmente.</p><p>Isso foi constatado quando ocorreu a invasão dos romanos ao Egito, em 30 a.C., e o calendário vigente nesse período era, novamente, o de 365 dias. Foi questão de tempo para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/85355-conheca-as-10-pessoas-mais-ricas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imperador Augusto</a>, sucessor de Júlio César, impor a vigência do calendário juliano e restabelecer o ano bissexto no Egito.</p>

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Egípcios fizeram o 1º registro de ano bissexto da história

Depois de cruzar o rio Rubicão com seu exército a reboque, Júlio César quebrou outra tradição milenar dos líderes de Roma ao escrever seu próprio discurso

<p>A proclamação em latim <i>veni, vidi, vici</i> ("vim, vi, venci" em português) de Júlio César é sem dúvida uma das citações mais famosas da antiguidade. A frase também descreve um dos episódios mais famosos da vida agitada de César, incluindo a travessia do rio Rubicão, seu intrigante caso com a rainha egípcia Cleópatra e seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125542-local-onde-julio-cesar-foi-esfaqueado-vira-ponto-turistico-na-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinato</a> prematuro nas mãos dos senadores romanos descontentes.&nbsp;</p><p>"Vim, vi, venci" é uma frase que sobrevive em parte porque foi repetida e parafraseada por inúmeros governantes mundiais, como o primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill, quando as forças anglo-egípcias ultrapassaram o Sudão no final do século XIX. Mas qual a verdadeira origem dessa citação tão famosa?</p><h2>Origem da frase</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27004144111020.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Segundo pesquisadores, "vim, vi, venci" remonta a três fontes antigas, cada uma das quais relata uma sequência de eventos ligeiramente diferentes. Todas as fontes concordam que César pronunciou as três palavras icônicas em resposta à sua campanha contra Farnaces II, o rei do Ponto, a quem derrotou durante a Batalha de Zela em 47 a.C.</p><p>No entanto, eles discordam sobre como César comunicou sua mensagem e a quem. De acordo com o historiador grego Plutarco, o general cunhou a frase numa conversa com seu amigo Amâncio. Já Apiano, outro historiador grego, afirmou que a frase não foi falada, mas escrita. Por fim, o historiador romano Suetônio, mais jovem que o primeiro e mais velho que o segundo, também afirma que as palavras foram escritas em tábuas e exibidas durante o retorno triunfal de César à Cidade Eterna em 46 a.C.</p><p>Fato é que as tábuas com inscrições mencionadas por Suetônio eram uma parte importante da cultura militar romana, mas apresentando estatísticas da guerra. César teria quebrado uma tradição milenar ao apresentar ao seu público um slogan em vez dos dados finais.&nbsp;</p><h2>Significado de "vim, vi, venci"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27004211628022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Para uma frase tão simplista, o slogan de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122605-como-o-ditador-romano-julio-cesar-foi-assassinado-pelo-senado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a> parece ter tido vários significados diferentes. Segundo Suetônio, a frase indicava não os acontecimentos da guerra, mas a velocidade como ela terminou. Outros pesquisadores, no entanto, argumentam que a ênfase na velocidade não apenas serviu para demonstrar os talentos do próprio comandante, mas também minimizar seus rivais políticos. Isso inclui seu antigo aliado e membro do triunvirato Pompeu, o Grande.</p><p>Pompeu, junto dos generais Lúcio Cornélio Sula Félix e Lúcio Licínio Lúculo lutavam contra Ponto há quase 20 anos — uma campanha que César conseguiu terminar em cinco dias. Antes de mais nada, "vim, vi, venci" foi uma atuação cuidadosamente coreografada de autopromoção.</p><p>Porém, ao se colocar acima de todos que comandavam a política de <a href="http://%3A//www.megacurioso" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma</a>, César deixou de ser uma engrenagem da máquina republicana. Ele afirmou seu poder como ditador, um governante individual e absoluto que remodelaria Roma à sua própria imagem. Depois, no entanto, as consequências vieram e ele acabou sendo assassinado.</p>

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"Vim, vi, venci": a verdade por trás da famosa frase de Júlio César

Saiba como vivem atualmente os descendentes de algumas figuras históricas marcantes, como os sobrinhos-netos de Adolf Hitler

<p>Muitas pessoas conseguem traçar suas raízes até uma figura famosa. Afinal, dentro da árvore genealógica dos seres humanos, basta ter um pouco de dedicação para encontrar alguém de sua família que teve uma história curiosa para ser contada. Porém, também existem aqueles que têm uma missão de corrigir conceitos errados sobre seus antepassados — como aqueles que fazem parte da família de um assassino famoso.</p><p>Ou então, o que será que estão tramando os sobrinhos-netos de Adolf Hitler os dias de hoje? São tantas histórias relevantes ainda para serem contadas que fica até difícil acompanhar tudo. Por isso, nós separamos uma lista com cinco contos intrigantes sobre figuras históricas e seus descendentes vivos!</p><h2>1. A história de Rosa Parks</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27014207889008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122760-6-fatos-inspiradores-sobre-rosa-parks.htm#:~:text=Rosa%20Parks%20ficou%20conhecida%20por,cidade%20de%20Montgomery%2C%20no%20Alabama." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rosa Parks</a> tornou-se um ícone no movimento moderno pelos direitos civis quando se recusou a ir para a parte de trás de um ônibus quando foi ordenada pelo motorista. Isso desencadeou um grande boicote ao modo de transporte na cidade de Montgomery, nos Estados Unidos, em 1955.</p><p>A sobrinha de Parks, Sheila McCauley Keys, no entanto, quer deixas as coisas claras sobre aquele dia. Segundo ela, Rosa nunca esteve sentada na seção "branca" do ônibus nem foi convidada a ceder seu lugar para um homem branco. De acordo com a família, Parks sempre esteve na área "de cor", e a lei dizia que as duas seções tinham que ser separadas por uma fileira vazia. Então, quando um homem branco se sentou a sua frente, o motorista do ônibus pediu para ela recuar uma fileira.</p><h2>2. Os descendentes de Sitting Bull</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27014154984007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Sitting Bull foi um chefe Hunkpapa Lakota Sioux que resistiu à invasão europeia no século XIX, sendo baleado e morto em 1890. Hoje, sua fama faz com que surjam por aí muitas pessoas que fingem ser seus descendentes. Contudo, a verdadeira neta de Sitting Bull contou aos filhos sobre ele, mas também alertou para não revelarem sua identidade para não serem tratados de forma diferente.</p><p>Ernie LaPointe só decidiu quebrar o silêncio porque o Museu Nacional de História Natural dos EUA buscava familiares para retornar dois artefatos do líder histórico: uma mecha de cabelo e leggings tiradas dele após a sua morte.</p><h2>3. A justiça por Dante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27014142547005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>O poeta e político Dante escreveu a icônica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127488-divina-comedia-5-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-obra-de-dante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Divina Comédia</i></a> e também é conhecido até hoje como o "pai da língua italiana". Porém, Dante Alighieri nem sempre teve sua história real reconhecida. Em 1301, ele não estava em sua cidade natal, Florença, quando um grupo político rival tomou controle da área e o acusou de vários crimes.&nbsp;</p><p>Por conta disso, um magistrado condenou-o a ser queimado na fogueira, assim como seus filhos. Mais de 700 anos depois, um dos descendentes de Dante exige que as condenações penais contra sua família sejam anuladas, afirmando que seu antecessor nunca cometeu qualquer crime.&nbsp;</p><h2>4. O verdadeiro nome de Beethoven</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27014121266002.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p>Em 1827, Ludwig van Beethoven faleceu aos 56 anos. Antes da sua morte, o compositor sofria de problemas de saúde e surdez. Embora muitos autores tenham investigado seu passado, o primeiro estudo genético para separar a especulação dos fatos só foi feito há apenas alguns anos.</p><p>Amostras de seu cabelo foram analisadas, mostrando que ele era geneticamente muito vulnerável a doenças hepáticas. Porém, o DNA mostrou algo ainda mais surpreendente: sua genética não estava verdadeiramente conectada a família Beethoven. Portanto, ainda não está claro qual era o verdadeiro nome paterno do artista.&nbsp;</p><h2>5. Os Hitlers e o paisagismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/27/27014102969000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: GettyImages)</p></figure><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121500-hitler-tinha-planos-de-aniquilar-a-etnia-polonesa-em-ate-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler</a> é uma das figuras mais sombrias da história da humanidade, tendo cometido diversas atrocidades. Além disso, o Führer nunca demonstrou afeto pelo filho do seu meio-irmão e referiu-se ao menino William Hitler como um "sobrinho repugnante". Nascido em Liverpool, William mudou-se para os Estados Unidos em 1939 e mudou seu sobrenome, tendo quatro filhos.</p><p>Um de seus filhos, Howard, morreu em um acidente de carro na década de 1980, mas seus três irmãos ainda estão vivos. Por motivos de privacidade, seus novos sobrenomes nunca foram divulgados, mas sabe-se que o mais velho, Alexander, é assistente social, e Louis e Brian dirigem uma empresa de paisagismo. Desde que seu pai faleceu em 1987, eles são agora os últimos membros da linha paterna de Hitler.&nbsp;</p>

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5 casos sobre os descendentes vivos de figuras históricas

Análises de restos mortais mostram que egípcios podem até ter as múmias mais famosas, mas não possuem de forma alguma as mais antigas

<p>Quando ouvimos a palavra "múmia", a primeira imagem que temos em mente certamente é a dos restos mortais enfaixados de faraós no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm#:~:text=O%20processo%20de%20mumifica%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9,na%20vida%20ap%C3%B3s%20a%20morte." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a> há muito tempo preservados. Porém, apesar dessa fama, os exemplares egípcios não são as múmias mais antigas do mundo.</p><p>Esse título vai para o povo chinchorro, do deserto chileno do Atacama, que mumificou seus mortos há 7 mil anos. Essa antiga cultura de caçadores-coletores marinhos foi a primeira a se estabelecer no norte do Chile e no sul do Peru, por volta de 5450 a.C. Logo após a sua chegada, os chinchorros iniciaram uma nova prática funerária de preservar seus mortos nas areias secas do deserto que os cercava.</p><h2>As múmias chilenas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21214006930002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</p></figure><p>Os antigos cemitérios Chinchorro agora estão inscritos na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO pelo seu valor arqueológico, pois não só fornecem informações sobre essa estranha forma de mumificação, mas também como funcionavam essas comunidades como estruturas sociais e de forma espiritual.</p><p>É importante ressaltar que, ao contrário dos egípcios que reservavam a mumificação para a sua elite social, os chinchorros a ofereciam como um ritual para todos. E como eles mumificavam seus mortos? Para isso, o processo foi um tanto quanto diferente daquele visto no Egito. Primeiro, o corpo seria despojado de sua pele e seus órgãos seriam removidos.</p><p>Assim que as cavidades do corpo estivessem secas, a pele seria costurada novamente. Às vezes, os corpos também eram embrulhados em materiais elaborados, como junco, pele de leão-marinho e lã de alpaca. Depois, os rostos eram cobertos de barro, onde era então colocada uma máscara que tinha aberturas para os olhos e a boca. Por fim, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128808-misterio-de-mumias-dos-pantanos-pode-ter-sido-desvendado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> recebiam perucas feitas de cabelo humano antes de serem enterradas no deserto, na esperança de que as condições áridas as preservassem para sempre.</p><h2>Pedaços da história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21214043911003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"> (Fonte: Wikimedia Commons)</p></figure><p>A primeira múmia chinchorro foi documentada em 1917 pelo arqueólogo alemão Max Uhle, que descobriu alguns corpos numa praia. É evidente que esses espécimes eram antigos, mas não foi possível datá-los com precisão naquela época. Então, com o desenvolvimento das técnicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128829-como-funciona-a-datacao-por-carbono-14-para-determinar-a-idade-de-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">datação por radiocarbono</a>, foi possível datar as múmias com mais de 7 mil anos.</p><p>Desde a primeira descoberta, há mais de 100 anos, centenas de outras múmias foram encontradas na região. Algumas delas foram encontradas durante obras ou desenterradas por animais curiosos. As comunidades que vivem em Arica, no norte do Chile, conhecem há muito tempo esses restos mortais especiais — principalmente porque os corpos estão próximos da superfície.</p><p>Infelizmente, devido às alterações climáticas, muitas das sepulturas dos Chinchorros estão sendo desenterradas por eventos climáticos anormais, o que expõe os corpos aos elementos da natureza. Isso terá sérios impactos na sua conservação no futuro, à medida que os arqueólogos lutam para financiar esforços para recuperá-los e preservá-los.&nbsp;</p><p>Em 2022, um novo museu climatizado perto de Arica estava sendo construído para abrigar as múmias chilenas. Espera-se que esta instalação sofisticada, avaliada em cerca de US$ 19 milhões, possa ajudar a proteger estes valiosos artefatos de um passado distante.&nbsp;</p>

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Chile possui múmias milhares de anos mais velhas do que o Egito

Explore o passado complexo de Esparta e descubra curiosidades fascinante sobre essa antiga civilização

<p>Esparta é amplamente reconhecida como uma parte significativa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grécia Antiga</a>, destacando-se por sua sociedade militarizada e eventos emblemáticos. Apesar de sua fama, há uma série de fatos pouco conhecidos que adicionam nuances intrigantes à compreensão dessa sociedade distinta. Vamos explorar agora seis revelações fascinantes sobre a antiga Esparta, revelando aspectos menos óbvios e surpreendentes dessa cidade-estado grega.</p><h2>1. Eugenia e infanticídio em Esparta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21133924984210.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</p></figure><p>As autoridades espartanas praticavam eugenia ao converter o infanticídio em política estatal, permitindo apenas a criação dos recém-nascidos considerados saudáveis, enquanto os bebês com deficiência eram enviados para Apothetae. O infanticídio foi transformado em eugenia em Esparta, com Aristóteles apoiando a exposição de crianças deformadas.</p><p>Estudiosos atuais questionam a generalização desse infanticídio espartano, que tem base principalmente na obra <i>Vida de Licurgo,</i> de Plutarco, escrita centenas de anos após os eventos. Há também registros de gregos criados apesar de deformidades, acrescentando dúvidas à extensão real dessa prática.</p><h2>2. A intrigante morte de Calcas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21135113007214.jpg" alt="Calcas (à direita), no sacrifício de Ifigênia. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"> Calcas (à direita), no sacrifício de Ifigênia. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</p></figure><p>Kalchas Thestórides, ou Calcas, foi um poderoso vidente grego que teve um papel crucial na Guerra de Troia, influenciando eventos com suas profecias e estratégias. Ele aconselhou o sacrifício de Ifigênia, decisão impactante na guerra, e contribuiu fundamentalmente para o estratagema do Cavalo de Troia. De modo surpreendente, uma lenda conta que Calcas morreu de tanto rir quando o dia predito para o seu falecimento chegou, e a previsão aparentemente não se realizou.</p><h2>3. A escravidão em Esparta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21135830636220.jpg" alt="Ruínas de Messênia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"> Ruínas de Messênia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</p></figure><p>Esparta institucionalizou a escravidão ao conquistar a Messênia, transformando sua população em hilotas, escravos estatais. Escravizados em larga escala, os hilotas eram sujeitos a constantes intimidações e humilhações pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124871-como-era-a-preparacao-de-um-guerreiro-espartano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espartanos</a>, que circulavam armados, mantendo um clima de medo. Para assegurar o sistema de escravidão em massa, Esparta adotou práticas de controle rigorosas, incluindo a criação da Krypteia, uma força policial secreta encarregada de espionar e eliminar hilotas rebeldes.</p><h2>4. Milcíades, o estrategista, e sua queda pós-triunfo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21140048828222.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"> (Fonte: Getty Images/Reprodução)</p></figure><p>Milcíades, líder ateniense na vitória de Maratona, enfrentou uma reviravolta trágica após salvar Atenas do cerco persa. Apesar de seu heroísmo, foi ingrato e, envolvido em geopolítica, tornou-se vassalo persa. Sua reputação sofreu com uma expedição fracassada, levando à condenação por traição e sentença de morte, comutada para multa. Enquanto estava na prisão, Milcíades sucumbiu a um ferimento na perna, marcando um trágico fim para o outrora laureado general.</p><h2>5. A breve ascensão de Temístocles</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21140317959223.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"> (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</p></figure><p>Temístocles, estrategista visionário da Grécia Antiga, previu a ameaça persa após Maratona, fortalecendo a marinha ateniense. Sua astúcia liderou a vitória em Salamina, mas sua ascensão foi breve, sendo ostracizado pelos atenienses devido a rivalidades políticas. Ironicamente, as mesmas pessoas que o rejeitaram foram aquelas que, em segredo, reconheceram a importância de suas propostas e decidiram implementar as medidas de fortificação que ele havia sugerido.&nbsp;</p><h2>6. Efialtes e a traição que mudou a história de Esparta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><p><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/21/21140544615224.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"> (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</p></figure><p>Efialtes, conhecido como o traidor das Termópilas, desempenhou um papel crucial na derrota dos espartanos, ao revelar o caminho aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117902-capacete-grego-usado-em-guerra-contra-a-persia-e-achado-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">persas</a>. Sua traição o tornou infame, embora nunca tenha recebido recompensas, uma vez que os persas foram derrotados posteriormente. Efialtes não só foi responsável por desencadear uma resistência heroica liderada por Leônidas em Esparta, mas, de maneira irônica, também contribuiu para o resultado adverso dessa própria resistência que ele inadvertidamente incentivou.</p>

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