Ciência
06/03/2024 às 19:00•2 min de leituraAtualizado em 07/03/2024 às 09:51
Esparta é amplamente reconhecida como uma parte significativa da Grécia Antiga, destacando-se por sua sociedade militarizada e eventos emblemáticos. Apesar de sua fama, há uma série de fatos pouco conhecidos que adicionam nuances intrigantes à compreensão dessa sociedade distinta. Vamos explorar agora seis revelações fascinantes sobre a antiga Esparta, revelando aspectos menos óbvios e surpreendentes dessa cidade-estado grega.
As autoridades espartanas praticavam eugenia ao converter o infanticídio em política estatal, permitindo apenas a criação dos recém-nascidos considerados saudáveis, enquanto os bebês com deficiência eram enviados para Apothetae. O infanticídio foi transformado em eugenia em Esparta, com Aristóteles apoiando a exposição de crianças deformadas.
Estudiosos atuais questionam a generalização desse infanticídio espartano, que tem base principalmente na obra Vida de Licurgo, de Plutarco, escrita centenas de anos após os eventos. Há também registros de gregos criados apesar de deformidades, acrescentando dúvidas à extensão real dessa prática.
Kalchas Thestórides, ou Calcas, foi um poderoso vidente grego que teve um papel crucial na Guerra de Troia, influenciando eventos com suas profecias e estratégias. Ele aconselhou o sacrifício de Ifigênia, decisão impactante na guerra, e contribuiu fundamentalmente para o estratagema do Cavalo de Troia. De modo surpreendente, uma lenda conta que Calcas morreu de tanto rir quando o dia predito para o seu falecimento chegou, e a previsão aparentemente não se realizou.
Esparta institucionalizou a escravidão ao conquistar a Messênia, transformando sua população em hilotas, escravos estatais. Escravizados em larga escala, os hilotas eram sujeitos a constantes intimidações e humilhações pelos espartanos, que circulavam armados, mantendo um clima de medo. Para assegurar o sistema de escravidão em massa, Esparta adotou práticas de controle rigorosas, incluindo a criação da Krypteia, uma força policial secreta encarregada de espionar e eliminar hilotas rebeldes.
Milcíades, líder ateniense na vitória de Maratona, enfrentou uma reviravolta trágica após salvar Atenas do cerco persa. Apesar de seu heroísmo, foi ingrato e, envolvido em geopolítica, tornou-se vassalo persa. Sua reputação sofreu com uma expedição fracassada, levando à condenação por traição e sentença de morte, comutada para multa. Enquanto estava na prisão, Milcíades sucumbiu a um ferimento na perna, marcando um trágico fim para o outrora laureado general.
Temístocles, estrategista visionário da Grécia Antiga, previu a ameaça persa após Maratona, fortalecendo a marinha ateniense. Sua astúcia liderou a vitória em Salamina, mas sua ascensão foi breve, sendo ostracizado pelos atenienses devido a rivalidades políticas. Ironicamente, as mesmas pessoas que o rejeitaram foram aquelas que, em segredo, reconheceram a importância de suas propostas e decidiram implementar as medidas de fortificação que ele havia sugerido.
Efialtes, conhecido como o traidor das Termópilas, desempenhou um papel crucial na derrota dos espartanos, ao revelar o caminho aos persas. Sua traição o tornou infame, embora nunca tenha recebido recompensas, uma vez que os persas foram derrotados posteriormente. Efialtes não só foi responsável por desencadear uma resistência heroica liderada por Leônidas em Esparta, mas, de maneira irônica, também contribuiu para o resultado adverso dessa própria resistência que ele inadvertidamente incentivou.