Estilo de vida
09/03/2021 às 08:00•2 min de leitura
A Autoridade de Antiguidades de Israel frequentemente realiza descobertas de artefatos e objetos variados, mas poucos se encontram em um estado de preservação tão bom quanto um acessório encontrado em 2012, porém relembrado recentemente pela instituição.
Trata-se de um capacete de bronze com mais de 2.500 anos de idade que foi achado no fundo do mar pelo dono de um navio.
O objeto foi achado no porto de Haifa, um dos principais da região, e entregue aos responsáveis para estudo e preservação durante um processo de dragagem. Ele é o único até agora encontrado na composição completa, com poucos danos estruturais.
O capacete em ótimo estado de preservação.
O capacete é de origem grega, mais precisamente da cidade de Corinto, e possivelmente pertencia a um soldado que estava em um navio de guerra durante os combates contra a Pérsia. E ele seria um combatente rico, já que o acessório apresenta adornos que não podiam ser bancados por todos os cidadãos do período.
As guerras Greco-persas, ou Guerras Médicas, foram travadas durante o século V a.C. e envolveram batalhas que se tornaram clássicas, como a batalha de Maratona, que a lenda indica que levou à criação do termo para a corrida de longa distância, e a batalha das Termópilas — origem da história dos "300 de Esparta".
Ilustração da Batalha de Maratona.
Esse formato de capacete começou a ser fabricado na região a partir do século VI a.C.
O método de produção envolvia aquecimento e moldagem usando um martelo em uma única folha de bronze — o que permitia ao ferreiro criar um objeto bastante leve e mais confortável para uso, sem perder a camada de proteção.
A forma de fabricação se espalhou pelo Mediterrâneo ao longo do tempo, o que significa que outra cidade pode ser a origem do item. Uma versão muito parecida do capacete datada do mesmo período foi achada na ilha de Giglio, na Itália, na década de 1950.
Porto de Haifa.
Os pesquisadores passaram a estudar a estrutura do capacete para determinar exatamente o que aconteceu ao dono da armadura. Ela apresenta um dano no lado superior direito que pode ter sido causado por alguma arma inimiga durante um combate ou quando foi abandonado, sem descartar ainda desgastes por tanto tempo passado no fundo do mar.